domingo, 24 de junho de 2012

FERROVIAS NO BRASIL

Fonte:http://historiasylvio.blogspot.com.br
O primeiro trem a circular no Brasil foi puxado por uma locomotiva chamada Baronesa. A data histórica de sua primeira viagem é o dia 30 de abril de 1854. Percorreu a distância de 14 Km compreendida entre o Porto de Estrela, situado ao fundo da Baía da Guanabara e a localidade de Raiz da Serra, em direção à cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro. Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá (depois visconde), foi o responsável pela construção dessa ferrovia por uma concessão dada pelo príncipe regente D. Pedro II. A ferrovia ficou conhecida por Estrada de Ferro Petrópolis ou Estrada de Ferro Mauá. A estação ferroviária localizada no Centro do Rio de Janeiro hoje leva o nome de Barão de Mauá.

Quando da Proclamação da República, em 1889, já existiam no Brasil cerca de dez mil quilômetros de ferrovias, mas foi no início do século 20 que se deu um grande passo no desenvolvimento das ferrovias, tendo sido construídos entre 1911 e 1916 mais cinco mil quilômetros de linhas férreas. A expansão ferroviária do início do século 20 trouxe então desenvolvimento econômico e social para inúmeros municípios do interior brasileiro, como Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul.

A Estrada de Ferro Central do Brasil foi um marco importante na história ferroviária brasileira. Ela era a única ferrovia verdadeiramente nacional, já que ligava entre si os três principais Estados do Brasil: Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Esta interligação tinha um enorme movimento de pessoas e cargas, e foi importantíssima no escoamento da produção das jazidas de minério de ferro de Minas Gerais.

A locomotiva Carioquinha (apelidada de Charutão) foi construída pela General Electric. É semelhante às locomotivas GE U12B e GM G12, com a cabine de operações no meio da máquina

Em 30 de setembro de 1957 foi criada a Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA), que unificou 42 ferrovias existentes mo Brasil, criando um sistema regional composto por 18 estradas de ferro.

A rede ferroviária é estendida por 25 mil quilômetros, alguns ramais já eletrificados, com ligações para Bolívia, Argentina e Uruguai.

É nessa época que surgem as primeiras locomotivas a diesel no Brasil.

Mas foi no governo do presidente Juscelino Kubitschek, empossado em 31 de janeiro de 1956, governou até 31 de janeiro de 1961- que se deu o desaquecimento na construção de ferrovias para dar ênfase à construção de rodovias, como a Belém-Brasíla (Pará-Distrito Federal). O Plano de Metas do governo contemplava a implantação da indústria automobilística, com interesses também no desenvolvimento da indústria petrolífera e nos derivados de petróleo. A política que se seguiu nos governos militares não foi diferente, inclusive desativando estradas de ferro, ao invés de expandi-las.

Em 1996, as ferrovias são privatizadas e suas linhas divididas por várias empresas: América Latina Logística, Brasil Ferrovias, Companhia Ferroviária do Nordeste, Ferrovia Centro Atlântica, Ferrovia Teresa Cristina, MRS Logística e outras (veja a totalidade das empresas e mapa de localização das ferrovias no link para a página do Ministério dos Transportes).

A RFFSA entrou em liquidação a partir de 1999. Está incluída no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) a extinção definitiva dessa outrora importante rede estatal.

Em 2008, o governo federal anuncia a construção do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo-Campinas, incluindo o projeto na cartilha do PAC. A proposta é que o trem-bala brasileiro esteja circulando nos trilhos até 2014, ano em que a Copa do Mundo deverá ser sediada no Brasil. O projeto marca a retomada no investimento na malha ferroviária do país, que ainda se encontra em degradação.

O que restou da malha ferroviária no Brasil

A malha ferroviária brasileira é obsoleta, com traçados antigos sem a lógica da menor distância entre dois pontos, em que correm lentos os enormes trens cargueiros. Os serviços de passageiros praticamente acabaram, dando lugar ao transporte de carga em que trafegam principalmente minérios da companhia Vale, produtos agrícolas, bobinas de aço, toras de madeira, combustíveis, containers, carvão mineral etc. A única linha de passageiros que ainda preserva serviços diários de longa distância, com relativo conforto, liga Belo Horizonte, em Minas Gerais, a Vitória, no Espírito Santo. Os serviços ferroviários de passageiros ficaram restritos aos subúrbios nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, João Pessoa, Natal, Recife, Fortaleza e Teresina. Entretanto, ainda existem algumas ferrovias que servem ao turístico como a Curitiba-Paranaguá, Paraná; a Campinas-Jaguariúna, São Paulo e a linha urbana do Memorial do Imigrante, também em São Paulo.

Transporte ecológico-social

Hoje é sabido que o transporte ferroviário é o mais ecológico e social existente. Isso porque, além de transportar o maior número possível de carga e pessoas, a construção de estradas de ferro causa menos danos ao meio ambiente que a construção de rodovias.

As ferrovias não compactam e impermeabilizam solos e, mesmo suas locomotivas sendo a diesel, poluem menos que a quantidade de veículos que trafegam por rodovias. Seja transportando carga ou pessoas, o trem é um transporte seguro, confortável e custo menor por quilômetro transportado.

Fonte:cabana-on.com/Brasil/artigos/artigo22.html



PROTOCOLO DE KYOTO.

Fonte: Fotos da hora

Protocolo de Quioto

O Protocolo de Quioto é um acordo internacional criado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, aprovado na cidade de Quioto, no Japão, em 1997 e que entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. Seu principal objetivo é estabilizar a emissão de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera e assim frear o aquecimento global e seus possíveis impactos. Ao todo, 184 países ratificaram o tratado até o momento.

Fonte:sectam.wordpress.com

Os países signatários foram divididos em dois grupos, de acordo com seu nível de industrialização. Cada grupo tem obrigações distintas em relação ao Protocolo.
• Anexo I – reúne os países desenvolvidos
• Não Anexo I – grupo dos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil

Reconhecendo que os países desenvolvidos são os principais responsáveis pelos atuais níveis elevados de emissões de GEE na atmosfera como resultado da mais de 150 anos de atividade industrial, o protocolo impõe uma grande tarefa às as nações desenvolvidas sob o princípio de "Responsabilidades comuns, porém diferenciadas ".

Legenda - Posição de cada país frente ao Protocolo de Kyoto:

¨€¨€ Países que assinaram e ratificaram o protocolo.

¨€¨€ Países que assinaram, mas com ratificação pendente.

¨€¨€ Países que assinaram, mas não aprovaram a ratificação.

¨€¨€ Países que ainda não assumiram uma posição.

Fonte: Wikipedia


Desta forma, os países desenvolvidos que ratificaram o tratado têm o compromisso de diminuir suas emissões de GEE numa média de 5,2% em relação aos níveis que emitiam em 1990. E têm um prazo final para cumprir a meta: entre 2008 e 2012.

Já os países do não Anexo I não têm metas obrigatórias, mas devem auxiliar na redução de emissão desses gases por meio de ações nacionais e também através de projetos previstos no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

Mecanismos de Flexibilização

Para que haja cumprimento da redução de emissões de GEE, o Protocolo propõe três Mecanismos de Flexibilização:
Implementação Conjunta
Comércio de Emissões
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.


A Implementação Conjunta diz respeito apenas aos países desenvolvidos. Acontece quando dois ou mais deles implementam projetos que reduzam a emissão de GEE para posterior comercialização.

O Comércio de Emissões existe quando um país do Anexo I já reduziu a emissão de GEE além da sua meta. Assim, ele pode comercializar o excedente com outros países do Anexo I que não tenham atingido sua meta de redução.

Já o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) possibilita a participação dos países em desenvolvimento no tratado. Eles podem vender para países desenvolvidos os créditos de projetos que estejam contribuindo para a redução de emissões de carbono.
Fonte:Ainda da Tempo
De acordo com o texto do protocolo, as emissões devem ser monitoradas por meio de registros precisos dos negócios realizados. Um sistema de acompanhamento garante que as Partes estão cumprindo seus compromissos.

O caminho pela frente

O Protocolo de Quioto é visto como um primeiro passo importante para um regime global de redução de emissões. Mas é preciso avançar e é justamente nesse sentido que as negociações da COP 16 e da 6ª Reunião das Partes do Protocolo de Quioto, devem definir quais serão as metas para os países do chamado Anexo I ao longo segundo período de compromisso do documento, que vai de 2013 a 2017.

Alguns até podem pensar que o tratado vai acabar ou será substituído, mas cabe esclarecer que, no mandato da Convenção-Quadro, isso não está em discussão, apesar de haverem tentativas por partes de alguns países para acabar com o Protocolo.

RIO-92 OU ECO-92

Fonte: TV Brasil
A preocupação com os problemas ambientais vem se intensificando a cada ano, pois é necessária uma mudança comportamental urgente para não agravar ainda mais a degradação do meio ambiente. No entanto, há algumas décadas essa temática tem sido abordada; o primeiro grande evento foi a Conferência de Estocolmo, realizada em 1972 na Suécia.
Na década de 80, a Conferência de Nairóbi – a Nairóbi 1982 –, convocada para uma avaliação da situação e, principalmente, dos resultados da aplicação dos princípios da anterior, concluiu que era necessário avançar no processo. Foram selecionadas duas prioridades:
1- a criação de Unidades de Conservação (UCs)
2- a Recuperação de Áreas

Outro grande evento para debate ambiental foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada entre os dias 3 e 14 de junho de 1992, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. O evento, que ficou conhecido como ECO-92 ou Rio-92, fez um balanço tanto dos problemas existentes quanto dos progressos realizados, e elaborou documentos importantes que continuam sendo referência para as discussões ambientais.
Foto oficial dos chefes de Estado presentes na ECO-92 no Rio de Janeiro em 1992

Diferentemente da Conferência de Estocolmo, a Eco-92 teve um caráter especial em razão da presença maciça de inúmeros chefes de Estado, demonstrando assim a importância da questão ambiental no início dos anos 90. Durante o evento, o presidente Fernando Collor de Mello transferiu temporariamente a capital federal para o Rio de Janeiro. As forças armadas foram convocadas para fazer uma intensa proteção da cidade, sendo responsáveis também pela segurança de todo o evento.
Fonte:cartadaterra.com.br
A ECO-92 contou também com um grande número de Organizações Não Governamentais (ONGs), que realizaram de forma paralela o Fórum Global, que aprovou a Declaração do Rio (ou Carta da Terra). Conforme esse documento, os países ricos têm maior responsabilidade na preservação do planeta.

Duas importantes convenções foram aprovadas durante a ECO-92:
1- Sobre Biodiversidade
2- Sobre Mudanças Climáticas.
Outro resultado de fundamental importância foi a assinatura da Agenda 21, um plano de ações com metas para a melhoria das condições ambientais do planeta.

Há 20 anos, o Rio de Janeiro foi o palco para um marco no assunto meio ambiente. A Rio-92, também conhecida como Cúpula da Terra ou Eco-92, foi até agora a maior conferência já realizada pelas Nações Unidas. Cento e setenta e dois países se reuniram para discutir problemas ligados à preservação ambiental e ao desenvolvimento sob uma perspectiva global. Eram diferentes etnias e culturas unidas para discutir o futuro do planeta. Cerca de dez mil jornalistas do mundo todo fizeram parte da cobertura do evento no Rio Centro, que também teve atividades paralelas no Aterro do Flamengo, onde acontecia o Fórum Global. A proximidade com a realização de um evento tão importante trouxe para o dia a dia dos cariocas a discussão sobre ecologia e a semente do desenvolvimento sustentável.
A Rio-92 conseguiu envolver boa parte da população, visitantes de outras cidades brasileiras e de várias partes do mundo, que garantiram o sucesso e a grande repercussão. Foram assinados vários documentos que influenciam até hoje nas decisões governamentais.

Entre eles está a convenção da biodiversidade, que estabeleceu metas para a preservação da biodiversidade biológica e para a exploração sustentável do patrimônio genético.
A Convenção do Clima, que reconheceu que o clima da Terra está mudando rapidamente em função da atividade humana. Outro documento foi a Declaração de Princípios sobre Florestas, que trata do aproveitamento sustentável das matas. Mas o principal documento da Rio-92 foi a Agenda 21, um programa de ações que visa fomentar em escala planetária um novo modelo de desenvolvimento capaz de aliar os padrões de consumo e produção com o objetivo de reduzir as pressões ambientais e atender às necessidades básicas do ser humano.

A Agenda 21 é o documento mais abrangente sobre questões ambientais por tratar de temas como biodiversidade, recursos hídricos, infra-estrutura, problemas de educação, habitação, entre outros.

sábado, 23 de junho de 2012

ESTOCOLMO-1972

Fonte:Tutela Ambiental
Em 1972, a data foi criada para marcar a abertura da Conferência de Estocolmo, a primeira reunião ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU).
O evento estabeleceu, pela primeira vez, princípios de comportamento e responsabilidade que deveriam governar as decisões relacionadas a questões ambientais. A ideia que estava ali é a mesma que volta agora. Com o slogan "Kick the habit!", algo como "corte um hábito", a ONU pede uma mudança de atitude de todo o mundo sobre as emissões de gás carbônico (CO2) – principal gás de efeito estufa e cuja alta concentração na atmosfera, provocada pela queima de combustíveis fósseis, é a maior responsável pelo aquecimento global.
Fonte: Mundo Educação
A Conferência Estocolmo-72 foi um marco para a consciência e as preocupações ambientais no mundo. A partir de então foram apresentados princípios e objetivos, abstratos vale dizer, relacionados à preservação ambiental e aos rumos que o desenvolvimento humano vinha tomando, uma vez que suas atividades se tornaram cada vez mais agressivas de danosas ao Meio Ambiente.

A partir de Estocolmo, o mundo, de forma ainda tímida, passou a ver as questões ambientais não mais como possibilidades remotas e sim como uma realidade presente em toda a extensão social.

Surgiram então ideias que colocavam o homem em seu devido lugar no meio natural, qual seja, de mero participante e inter-relacionador do Meio Ambiente, e não mais como era anteriormente concebido, sob uma visão antropocêntrica em que o homem seria o ser dominante do Meio Ambiente e a ele deveria sucumbir, de acordo com seus interesses, todo o meio natural.

Assim, todos os países participantes da Estocolmo-72 tomaram suas posições, sendo uns desenvolvidos e a grande maioria em desenvolvimento. O que foi proposto inicialmente dava conta de que os países em desenvolvimento deveriam sacrificar seu progresso em prol do meio ambiente, o qual se encontrava danificado pelos processos e atividades progressistas dos países desenvolvidos, fato que gerou certas divergências.

Todavia, com a Conferência de Estocolmo, uma posição ficou assentada: Havia uma urgente necessidade pela preservação ambiental e a redução de atividades danosas ao Meio Ambiente em todo o mundo.

O Brasil, na época da Conferência, havia vivenciado à poucos anos um episódio conhecido como Milagre Econômico Brasileiro. Tratava-se de uma época em que houve excepcional euforia e entusiasmo social frente a um elevado índice de crescimento, desenvolvimento e industrialização nacional. Instaurou-se a ideia de Brasil potência mundial, ideia esta que se tornou ainda mais evidente com a conquista brasileira da Copa do Mundo de 1970.
Milagre Econômico/ Fonte: Professorgilbert.com.br
Após alguns anos recessivos e de organização econômica, o país iniciou em 1968 grande expansão econômica, com o PIB brasileiro crescendo em torno de 10% ao ano, e a construção civil crescendo anualmente a uma taxa de 15%.

O repentino crescimento econômico brasileiro se deu devido ao que acontece atualmente com a China, ou seja, países e empresas transnacionais buscando novas áreas para investir, havendo grande aumento da atividade econômica por meio da abertura de novas áreas passíveis de exploração.
Nesse período as desigualdades sociais se acentuaram ainda mais, uma vez que para o governo mais importava a classe alta, a qual realizava mais poupanças, e se as rendas nacionais fossem distribuídas às classes baixas a poupança interna cairia, observando-se que as classes baixas geralmente poupavam muito pouco.

O crescimento econômico foi vigoroso: o consumo de energia elétrica crescia 10% ao ano , as montadoras de veículos produziram, em 1970, 307 mil carros de passeio, o triplo de 1964. Os trabalhadores tinham em casa 4,58 milhões de televisores, contra 1,66 milhão em 1964.

Viveu-se um ciclo inédito de desenvolvimento no Brasil; o governo divulgava estes números na sua publicidade pela TV; criavam-se bordões como “Brasil Potência”, “Brasil Grande” e o mais famoso deles, “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

Apesar de inúmeras consequências ruins do crescimento desenfreado, havia um furor popular super valorizando alguns índices e resultados do crescimento econômico e ignorando outros fatores, como o aumento da desigualdade social e o crescimento da miséria. Ao governo importava o crescimento.
Tal crescimento somente veio a ser barrado com a crise petrolífera de 1974, entrando então a economia brasileira em recessão, tendo seus efeitos perdurados até a década de 1990.

Todavia, em Estocolmo-72, o Brasil vivenciava grande entusiasmo econômico e um constante processo de desenvolvimento interno e a rápida industrialização era muito bem-vinda.

Assim, a posição brasileira frente às premissas apresentadas na Suécia foi conflitante a ponto do país liderar um grupo de 77 outras nações reivindicando também o direito do crescimento econômico, o qual já havia sido atingido pelas nações desenvolvidas.

A posição defendida era de que todos tinham direito ao crescimento econômico. O Brasil juntamente com os outros países por ele liderados, deferiram acusações aos países industrializados em defesa do crescimento a qualquer custo. Em protesto estendeu uma faixa com os dizeres: “Bem vindos à poluição, estamos abertos a ela. O Brasil é um país que não tem restrições, temos várias cidades que receberiam de braços abertos a sua poluição, porque nós queremos empregos, dólares para o nosso desenvolvimento”, deixando claro que o país preferia promover o crescimento econômico a qualquer custo a se dedicar às políticas ambientais.

Todavia tal posicionamento, após o evento, logo foi corrigido e o Brasil iniciou internamente o desenvolvimento de políticas e setores do governo condizentes com as ideias de preservação ambiental do mundo, como por exemplo quando o governo brasileiro implantou, em 1973, a Secretaria Especial do Meio Ambiente, vinculada à Presidência da República. Esta Secretaria tinha atribuições especialmente voltadas para o controle da poluição, o uso racional dos recursos naturais e a preservação do estoque genético.
Fonte: Tutela Ambiental/Adaptado por Geoconceição

sexta-feira, 22 de junho de 2012

SANTA CATARINA / INDÚSTRIA

FONTE:JORNALE.COM.BR

INDÚSTRIA - DEFINIÇÃO
É um conjunto de atividades produtoras que se caracteriza pela transformação de matérias-primas, manualmente ou com o auxílio de máquinas e ferramentas, com o objetivo de fabricar mercadorias. De uma maneira bem ampla, entende-se como indústria desde o artesanato voltado para o auto-consumismo até a moderna produção de computadores e instrumentos eletrônicos.
No passado, o homem empregou sua própria força física para transformar as matérias-primas, passando, posteriormente, a utilizar tração animal. Entretanto, a indústria só teve impulso considerável com a utilização da energia proveniente do carvão mineral e vegetal nas máquinas a vapor e nos transportes. A partir do final do século XIX, os derivados do petróleo passaram a ser cada vez mais usados como insumos energéticos, tornando-se, juntamente com a eletricidade, imprescindíveis ao desenvolvimento da indústria no século XX.
A indústria divide-se em dois setores principais:

Extrativa Mineral, que tem como finalidade a extração, a elaboração e o beneficiamento de minerais;
Fonte: Épocanegócios.com
Indústria de Transformação, voltada para a transformação de matérias-primas em bens.
De acordo com a utilização dos bens produzidos, a indústria é assim classificada: indústria de bens de capital (máquinas e equipamentos), indústria de bens de consumo intermediário (matérias-primas para outras empresas) e indústria de bens de consumo final (duráveis ou não).
cliga.wordpress.com

Os principais centros industriais de Santa Catarina são: Joinville e Blumenau. 
Joinville - tem caráter diversificado, com fábricas de tecidos, de produtos alimentícios, fundições e indústria mecânica.
Blumenau - concentra sua atividade na indústria têxtil, metal mecânico e na de softwares, além da recente eclosão de cervejarias artesanais. No interior do estado, ocorrem numerosos centros fabris de pequeno porte, ligados tanto à industrialização de madeira quanto ao beneficiamento de produtos agrícolas e pastoris.

O nordeste do Estado (eixo Joinville - Jaraguá do Sul) se destaca na produção de moto compressor, autopeças, refrigeradores, motores e componentes elétricos, máquinas industriais, tubos e conexões.Fundição Tupy/Joinville
No sul do Estado (incluindo as cidades de Imbituba, Tubarão, Criciúma, Cocal do Sul, Içara e Urussanga), por sua vez, concentram-se as principais fábricas de cerâmica de revestimento do Brasil. O estado de Santa Catarina também lidera, no país, a produção de louças e cristais.
Copos coloridos de cristal strauss lapidados à mão

Ao norte do Estado, destaca-se a cidade de São Bento do Sul, que é o maior polo exportador de móveis do Brasil, sendo reconhecida como a capital nacional dos móveis.
As matrizes dos principais frigoríficos do país se encontram no meio-oeste e oeste do Estado.
A gloriosa trajetória da Cia Hering iniciou-se em 1880, quando os irmãos Bruno e Hermann Hering criaram uma pequena malharia na cidade catarinense de Blumenau. Empreendedores chegaram ao Brasil dois anos antes com a herança de uma sólida tradição de tecelões nascida séculos antes na cidade de Hartha, interior da Alemanha.
Bruno e Hermann Hering
Em 1906, o envolvimento dos irmãos com a comunidade foi reconhecido através de um título concedido a Bruno Hering por seu pioneirismo em projetos de reflorestamento. Na década de 80, a empresa atingiu o status de ser uma das maiores malharias da América Latina, além de destacar-se como uma das primeiras a exportar seus produtos.

Cia.Hering Blumenau/ Fonte Frickrs
Santa Catarina possui um importante parque industrial, ocupando posição de destaque no Brasil. A indústria de transformação catarinense é a quarta do país em quantidade de empresas e a quinta em número de trabalhadores. Os segmentos de artigos do vestuário e alimentar são os que mais empregam, seguindo-se o dos artigos têxteis.

O PIB catarinense é o sexto do Brasil, registrando, em 2011, R$ 169 bilhões. O setor secundário participa com 35,1%, o terciário com 59,0% e o primário com 6,0%. Dentro do setor secundário, a participação da indústria de transformação é de 22,5% e a da construção civil é de 5,7%, segundo dados do IBGE. Santa Catarina é o segundo estado com maior participação da indústria de transformação no PIB. 

A economia industrial de Santa Catarina é caracterizada pela concentração em diversos polos, o que confere ao estado padrões de desenvolvimento equilibrado entre suas regiões: cerâmico, carvão, vestuário e descartáveis plásticos no Sul; alimentar e móveis no Oeste; têxtil, vestuário, naval e cristal no Vale do Itajaí; metalurgia, máquinas e equipamentos, material elétrico, autopeças, plástico, confecções e mobiliário no Norte; madeireiro na região Serrana e tecnológico na Capital. Embora haja essa concentração por região, muitos municípios estão desenvolvendo vocações diferenciadas, fortalecendo vários segmentos de atividade. A indústria de base tecnológica, além de estar presente na Grande Florianópolis, também se destaca em Blumenau, Chapecó, Criciúma e Joinville. 
loospsteam.wordpress.com



No Estado estão situadas importantes indústrias, algumas com destaque na América Latina e outras no mundo todo. Santa Catarina é líder na América Latina em produção de elementos de fixação (parafusos, porcas etc), blocos e cabeçotes para motor, matrizes para cerâmica, embarcações rebocadoras, óxido, hidróxido e carbonato (todos de magnésio), tubos de PVC, conexões e acessórios, produtos de EPS (isopor), compressores de ar a pistão, fitas elásticas, motores, geradores e transformadores elétricos e a maior recicladora de PET da América Latina. Possui uma das gráficas mais bem equipadas do mundo.

Santa Catarina é líder nacional nos produtos citados acima e na fabricação de cerâmica para revestimento; tubos de aço com costura até sete polegadas, sistemas de exaustão para OEM de veículos comerciais, equipamentos laser para uso industrial e é o maior produtor de suínos, pescados e industrializados de carnes (derivados de frango, suínos e bovinos) do Brasil. Ocupa o segundo lugar no ranking nacional em isoladores de porcelana para energia elétrica, silos armazenadores e secadores de cereais, caixas acústicas e amplificadas, chapéus, esmaltes para cerâmica e produtos descartáveis de plástico (copos, pratos etc).
             
De janeiro a dezembro de 2011, as exportações catarinenses alcançaram o valor acumulado de US$ 9,1 bilhões, o que significa um acréscimo de 19,4% em relação ao ano anterior. Os valores exportados por Santa Catarina corresponderam a 3,5% das exportações brasileiras. Ocupamos a décima colocação no ranking nacional. Os principais mercados de destino dos produtos catarinenses em 2011 foram Estados Unidos (11,0%), Japão (7,6%), Argentina (7,5%) e Países Baixos/Holanda (7,1%).

O Estado possui uma forte estrutura portuária, por onde escoa grande parte da produção: portos de Itajaí, São Francisco do Sul, Imbituba, Navegantes e Itapoá. O porto de Laguna atua voltado à pesca.

Santa Catarina tem 46 indústrias listadas dentro das mil maiores indústria no Brasil.
Das 46 que estão na listagem das mil maiores, 14 estão entre as 500 primeiras colocações: Bünge, Sadia, Perdigão, CELESC, WEG Equipamentos, Tractebel Energia, Seara, Aurora, Tupy, Tigre, Angeloni, Cooperalfa, Amanco e Intelbras.
Juntas, as 46 empresas catarinenses listadas pela revista Exame, faturam US$ 36 bilhões e empregam mais de 231 mil pessoas.
Os números são do estudo “Melhores & Maiores – as 1000 maiores empresas do Brasil”, publicado anualmente pela Revista Exame.
Do total das 14 empresas de Santa Catarina que aparecem no ranking das 500 maiores – eram 13 em 2007 –, perderam posições apenas a CELESC (foi 64ª para 80ª), a Tractebel (passou de 120ª para 134ª) e a rede Angeloni (caiu de 276ª para 297ª). O salto mais positivo foi da Tupy, que saiu da 268ª para a 203ª posição. As novidades ficaram por conta da Amanco (472ª), que não havia divulgado seus números em 2007 e, portanto, estava fora da lista, e da Intelbras (498ª), que também figuraram entre as 500 maiores.

A Bünge Alimentos, de Gaspar, manteve a liderança entre as catarinenses. A empresa alcançou um faturamento de US$ 10,1 bilhões em 2008, um crescimento de quase 50% em relação ao ano anterior, e saltou da 14ª para a nona posição no ranking nacional. Cerca de 62% da receita obtida pela companhia foi obtida com exportações, o que equivale a US$ 6,2 bilhões.
A hegemonia estadual da gigante, no entanto, deve cair por terra com a fusão da Sadia e da Perdigão, que criou a Brasil Foods.Em 2008, os números das duas companhias ainda foram contabilizados separadamente. A Sadia ganhou três posições e agora ocupa o posto de 33ª maior empresa do país. A companhia foi a sexta que mais exportou no ano passado (US$ 2,1 bilhões) e a oitava que mais contratou (60.461 funcionários). A Perdigão subiu da 49ª para a 45ª colocação. As vendas da empresa ficaram em US$ 3,7 bilhões. (Fonte: Pedro Machado para o Noticenter).
Publicado em: 08/06/2012 - Foto ROBSON BRAGA DE ANDRADE
Empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

A segurança jurídica é uma condição essencial para a elevação consistente dos investimentos produtivos. No momento em que planejam abrir uma indústria ou ampliar unidades, os empresários fogem de incertezas. A instabilidade nas regras condiciona a permanência do volume total investido anualmente na economia brasileira num nível abaixo de 20% do Produto Interno Bruto (PIB). Os economistas estimam que, para crescer de forma sustentada, com geração de empregos e sem riscos inflacionários, o país precisa de uma taxa superior a 25%. Esse ritmo só deverá ser alcançado, entretanto, quando o ambiente for mais propício aos negócios, o que pressupõe normas estáveis.
O amadurecimento político e institucional do Brasil nas últimas décadas contribuiu para diminuir um pouco o risco jurídico da atividade empresarial.

A economia se baseia na indústria (principalmente agroindústria, têxtil, cerâmica e metal-mecânica), no extrativismo (minérios) e na pecuária.
O estado de Santa Catarina é o maior exportador de frango e de carne suína do Brasil, sendo que a Brasil Foods, a maior empresa de alimentos do Brasil, é catarinense.
Entre as indústrias, sedia um dos maiores fabricantes de motores elétricos do mundo, a Weg (Jaraguá do Sul), um dos maiores fabricantes de motores elétricos, a Embraco (Joinville), e também a maior fundição da América Latina, a Tupy (Joinville). Possui grande expressividade as indústrias de eletrodomésticos (e metal mecânica em geral) no norte do estado, com marcas de projeção nacional como Consul e Brastemp (ambas de Joinville).

Santa Catarina é o sexto estado mais rico do Brasil, e, com o Paraná (quinto) e Rio Grande do Sul (quarto), controla 18,2% da economia do país. O estado também é um grande exportador.Agricultura, pecuária e pesca

Colheita de arroz, Rio do Sul.
O principal produto agrícola de Santa Catarina é o milho, cultivado no planalto basáltico, que fornece ração para a criação de suínos. Seguem-se a soja, o fumo, a mandioca, o feijão, o arroz (cultivado com irrigação nas várzeas da baixada litorânea e do vale do Itajaí), a banana e a batata-inglesa. O estado é também importante produtor de alho, cebola, tomate, trigo, maçã, uva, aveia e cevada.
A criação de bovinos se faz principalmente em campo natural, de maneira extensiva, e nas áreas florestais, em menor escala, com os animais submetidos a semi-estabulação. Nas áreas em que a agricultura é a atividade predominante, a criação se volta para os suínos, sobretudo no planalto basáltico, onde a produção de milho assegura ração adequada aos animais. A suinocultura experimentou grande progresso no estado, em virtude do desenvolvimento dos frigoríficos especializados no processamento de carne de porco, como a Seara, Perdigão, a Sadia e a Aurora Alimentos. Grande expansão se verificou ainda na criação de aves.
A pesca desempenha importante papel na economia do estado. Santa Catarina é um dos maiores produtores de pescado e crustáceos do país. A atividade, que remonta à origem açoriana da população, desenvolve-se, sobretudo em Florianópolis, Penha, Laguna, Navegantes e Itajaí.

Extrativismo
As riquezas vegetais e minerais concorrem decisivamente para o progresso produtivo do estado. Entre as primeiras destacam-se as reservas florestais, representadas especialmente pelos pinheirais, apesar de sua intensa exploração, e os ervais, que permitem ao estado manter-se como grande produtor da erva-mate. O estado de Santa Catarina é um dos maiores produtores de papel e celulose do país.
No extrativismo mineral, as ocorrências de carvão, principalmente nas áreas da baixada litorânea (Urussanga, Criciúma, Lauro Müller e Tubarão), representam fator importante para o desenvolvimento econômico regional. As condições de exploração do carvão mineral têm apresentado sensível melhoria, do ponto de vista técnico e dos equipamentos empregados. Santa Catarina possui ainda as maiores reservas brasileira de fluorita e sílex (em produção). Outros recursos minerais disponíveis são os depósitos de quartzo e grandes ocorrências de argila cerâmica, bauxita e pedras semipreciosas, além de petróleo e gás natural na plataforma continental.

Áreas de desenvolvimento industrial:
- No Norte do Estado estão concentradas as indústrias metal-mecânico e elétrico, com ênfase à indústria de fundição, tubos e conexões, eletrodomésticos, etc. destacando-se a micro-região de Joinville. Consideramos ainda como importância econômica para o Estado a indústria moveleira em São Bento do Sul e Rio Negrinho.
-Região Vale do Itajaí: setor têxtil e de confecções. Destacando a indústria têxtil, do pescado, naval etc. com relevância às cidades de Blumenau, Brusque, Itajaí e Indaial.
- Região da Grande Florianópolis: Tijucas e Canelinha – Cerâmicas de pisos, tijolos e telhas. São João Batista Calçados. Nova Trento o Turismo Religioso. Destaca-se nessa região a prestação de serviços na grande Florianópolis, bem como empresas ligadas ao pólo Tecnológico.
-Região Sul: setor cerâmico, descartáveis plásticos e confecções de jeans e com grande importância econômica a indústria extrativa do carvão mineral.
- Região do Planalto Serrano: Madeira, papel, celulose e Turismo Rural, com destaque para as cidades de Lajes, Otacílio Costa e Abelardo Luz.
- Região Oeste: Agroindústrias, com destaque para as grandes empresas do ramo ali estabelecidas (Chapecó, Aurora, Concórdia, Videira, etc.)
Fonte: Wikipédia.org./wiki/ Fiescnet.com.br
Adaptado por Geoconceição