terça-feira, 31 de março de 2015

PRODUÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DO LIXO ORGÂNICO.

Maior parte do lixo produzido no Brasil é orgânico e poderia ser aproveitado.

Publicado em julho 7, 2014 
Lixo, uma montanha de problemas

Somente na cidade de São Paulo, mais de 5 mil toneladas de resíduos orgânicos domésticos são enviados diariamente para aterros sanitários. Resíduos podem ser aproveitados na forma de adubo orgânico.

Mais da metade de todo lixo produzido no Brasil é composto por resíduos orgânicos que inclui restos de alimentos como frutas, legumes e folhagens que consumimos diariamente. Essas sobras que, muitas vezes, vão para aterros sanitários e lixões, podem ser transformados em adubo orgânico para serem utilizados em hortas, parques, praças e jardins.
São Paulo acaba de lançar um projeto para compostagem doméstica, que deverá distribuir 2 mil composteiras para reutilização de resíduos orgânicos.
O projeto contempla uma das propostas defendidas há anos pelos catadores. O objetivo dos trabalhadores desse ramo é chegar a um patamar de 100% de reciclagem, como defendeu Alex Cardoso, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), em recente entrevista à Radioagência BdF.
“Nós temos hoje no Brasil um potencial de 53 a 56% de materiais passíveis de reciclagem. E na nossa parte é que tenha investimento para fazer a compostagem e a partir da compostagem fazer biodigestores. E a partir dos biodigestores produzir a biomassa para geração de energia. E o reaproveitamento dos resíduos da construção civil para que se possa construir ruas e blocos para fazer pavimentação.”
Nos aterros sanitários, os resíduos orgânicos causam problemas ambientais, como por exemplo, a formação de chorume tóxico, ao se misturar a outras substâncias, que pode infiltrar-se no solo e contaminar a água subterrânea.
Diariamente, em São Paulo, são enviados para o aterro sanitário 18 mil toneladas de resíduos, sendo 10 mil toneladas de origem doméstica. Somente na capital paulista, mais de 5 mil toneladas de resíduos orgânicos domésticos são enviados todos os dias para aterros sanitários.
De São Paulo, da Radioagência BdF, Leonardo Ferreira.
EcoDebate, 07/07/2014

PRODUÇÃO DE ENERGIA E OS IMPACTOS.

O que dizem da energia limpa e quem fica com o ‘menor impacto’, artigo de Lou-Ann Kleppa

Publicado em março 31, 2015 
artigo

[Amazônia Real]  Em dois documentários feitos sob a perspectiva dos atingidos pela indústria eólica – um realizado pelo CPT (Conselho Pastoral da Terra) Bahia, Energia Eólica: a caçada pelos ventos! (2013) e outro, Vento Forte, realizado pelo CPP (Conselho Pastoral dos Pescadores) e lançado esse ano – acompanhamos os relatos dos danos ambientais e sociais causados pelas (várias) empresas de geração de energia eólica.
Para quem acompanhou as transformações causadas pelas usinas hidrelétricas, o esquema se repete: contratos abusivos, audiências públicas de fachada, devastação da flora e fauna, controle sobre a água (ao menos no período da construção), desapropriação e remoção de comunidades tradicionais.
Assim como no caso das hidrelétricas no Madeira se propalava que usinas a fio d’água eram sinônimo de energia limpa, o senso comum diz que as usinas eólicas também geram energia limpa. A fonte é renovável, não é? Falar de “impacto” é pouco, porque o dano não pode mais ser mitigado. Trata-se de transformações em que o desgaste provocado é irreversível. A remoção de pessoas é uma constante. A disputa por territórios é perpetuada. Grandes obras de infraestrutura implicam em remoções forçadas de comunidades inteiras, sejam obras para a Copa, as Olimpíadas, ou para geração de energia. Para onde vai essa energia toda?
A energia produzida ali não se destina ao entorno. Assim como Santo Antônio e Jirau tiveram sérios problemas em relação às linhas de transmissão, as usinas eólicas estão criando elefantes brancos mal planejados. Aqui se aplica bem a frase perolar proferida por um colega: “Primeiro atiram a flecha, depois correm com o alvo, pra tentar fazer a flecha acertar o alvo.”
Com tais “regras do jogo”, não há nenhuma fonte limpa. 31 novas usinas solares foram contratadas pelo Governo em leilão realizado no ano passado. A novíssima fonte se reúne à matriz energética nacional repisando os trilhos da concentração econômica, licenciamento e instalação compulsórias nos locais mais propícios à maximização da geração, o que significa novas levas de remoções sumárias e efeitos ambientais “imprevistos”.
Não estamos fazendo opção por fontes com “menor impacto”. Todas as fontes estão sendo inventariadas para serem utilizadas extensivamente, como demonstra o projeto de expansão do parque nuclear brasileiro no vale do rio São Francisco, ou as dezenas de novas hidrelétricas na Amazônia, projetadas para serem instaladas até 2018. A escolha já foi feita em nome dos conglomerados eletrointensivos que ficam muito contentes em poderem ostentar selos de “sustentabilidade”.  Os documentários anunciam uma nova geração de moinhos de gente, que mesmo assim se apresentam como negócios limpos.
No modelo que temos hoje, a indústria eletrointensiva é a maior consumidora de energia, e sua demanda é infinita: nunca se produziu tanta energia no Brasil e nunca se pagou tão caro por ela. Tem alguma coisa errada nessa conta. Será que, com nosso poder de organização e planejamento, não somos capazes de repensar esse modelo predatório de geração de energia?

foto lou
Lou-Ann Kleppa, que está publicando artigo neste site como colunista convidada, é professora da Universidade Federal de Rondônia (Unir), graduada em Letras pela Universidade de São Paulo, tem mestrado e doutorado em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (SP), e doutorado sanduíche em Neurolingüística pela Radboud University Nijmegen. Foi diretora do documentário “Entre a cheia e o vazio”. 

Artigo originalmente publicado no Amazônia Real e reproduzido pelo Portal EcoDebate, 31/03/2015

segunda-feira, 30 de março de 2015

A ECONOMIA BRASILEIRA.

'Não perdi a esperança porque existe a classe emergente'

Pessimista com os rumos do ajuste fiscal e com a economia brasileira no longo prazo, o economista Yoshiaki Nakano identifica uma fagulha de esperança: o pragmatismo das classes ascendentes. Comparando o ajuste brasileiro com os casos bem-sucedidos da história, Nakano lamenta a alta dos juros, a falta de um corte mais drástico de despesas públicas e a garantia para o empresariado de que o real não vai voltar a se apreciar.
A entrevista é de Diego Viana, publicada pelo jornal Valor, 27-03-2015.
Nakano, que foi tesoureiro e secretário do governo estadual paulista de 1995 a 2001, secretário especial do Ministério da Fazenda e consultor do Banco Mundial, teme também que o país fique enredado na "armadilha da renda média", sem forças para aumentar produtividade e integrar-se em cadeias globais de valor. Mas os novos consumidores no país permitem ao economista manifestar algum otimismo: são eleitores avessos à inflação e dispostos a reivindicar melhores serviços públicos.
Luis Ushirobira/ValorNakano: "O mundo se reorganizou nos últimos 40 anos e perdemos o bonde".
Diretor da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio VargasNakano fala da metodologia que a escola adota para aumentar a fixação de conhecimentos pelos alunos. O método de aprendizagem por problemas recusa as tradicionais aulas expositivas e obriga os estudantes a reter o conteúdo ao explicar uns para os outros o que aprenderam.
Eis a entrevista.
Desde 2013, o sr. tem argumentado sobre a necessidade do ajuste fiscal. Como avalia o ajuste tal como proposto?
Não sou otimista com o ajuste que está sendo feito. A maior parte dos ajustes bem-sucedidos tem três componentes. Uma política cambial com regras críveis, forte contração da despesa, de no mínimo 3% do PIB, e juros baixos para estimular investimento e consumo. A economia se recupera rapidamente. Ajustes que aumentam impostos normalmente não dão certo. A primeira etapa costuma ser a desvalorização cambial que aponta para o empresariado - se o câmbio permanecer competitivo, vai ter condições de exportar. Depois do ajuste cambial, que dá o estímulo à economia, tem o problema do impacto inflacionário. Aí vem o ajuste fiscal: cortam-se despesas do governo, o que dá credibilidade e segura a inflação.
Bem ou mal, desvalorização estamos tendo.
No nosso caso, ninguém tem segurança de que o câmbio vai ficar nesse nível. O empresário brasileiro demora pelo menos dois anos para responder a um ajuste cambial. Nenhum empresário está fazendo operações de adiantamento de câmbio. Todo mundo está esperando para ver o que acontece.
Se o câmbio se mantiver nesse nível, a indústria tem fôlego para se recuperar ou a desindustrialização é irreversível?
Tem fôlego para um longo processo de recuperação, mas o problema de longo prazo é mais complicado. O mundo se reorganizou nos últimos 40 anos e perdemos o bonde. A integração da indústria se deu com ampliação de cadeias globais de valor agregado. Todo esse processo da década de 80 para cá se deu por meio de acordos de livre comércio. Ficamos fora. Só fizemos o Mercosul, o clube dos não competitivos, que não tiveram coragem de fazer um projeto de país. Se temos dificuldade de fazer um mísero ajuste fiscal, imagina mudar toda a estrutura industrial. Nossa economia é fechada e vai continuar assim. Mas uma coisa pelo menos já aconteceu: a indústria brasileira em 1980 era contra qualquer negociação de livre comércio. Hoje, é a favor. O governo é que não é.
Os Estados Unidos preparam elevação dos juros, o que provoca alta do dólar ao redor do mundo. Quando os EUA elevaram os juros em 1979, o Brasil quebrou. Como isso refletirá em nós desta vez?
Teremos o mesmo problema. Se tiver conta de capital totalmente livre, vai ter saída súbita de dólares. Mas os EUA estão numa armadilha e a Europa está entrando na mesma: a armadilha do afrouxamento monetário. Em 2013, só de [BenBernanke [ex-presidente do Fed] falar que pararia de comprar títulos no longo prazo, o juro disparou e deu confusão. Estão postergando tanto quanto podem. O afrouxamento torna a base monetária maior do que precisaria ser: são sobras de reservas bancárias que os bancos não conseguem emprestar por falta de demanda de crédito. As empresas preferem pagar a dívida a investir, sabendo que a economia vai crescer devagar.
O sr. comentou também sobre a necessidade de reformas e enfatizou a reforma política, porque as classes emergentes não se sentem refletidas nos partidos.
Ainda não perdi a esperança neste país porque existe essa classe emergente, que, diferentemente da classe média tradicional, é pragmática. Vai reagir em função do bolso. O que querem? Emprego, inflação baixa, melhorar as condições de vida, poder consumir. Quando a política de um país adquire um componente pragmático, e isso hoje constitui a maioria da população, adquire fator de racionalidade. É a economia que interessa, é o emprego, inflação baixa. E isso pode mudar o país. Por exemplo, a carga tributária: finalmente a população está descobrindo que paga muito imposto.
A Eesp está adotando novo método de ensino no momento em que, no mundo todo, as escolas de economia são questionadas por seus alunos. Isso vem desde o manifesto pós-autista, há mais de dez anos, e culmina com greves estudantis nos EUA e no Reino Unido.
Um dos problemas é que a economia se "matematizou". Tudo o que a economia diz ficou restrito ao campo da lógica formal, mas os fenômenos econômicos, sociais e políticos não são redutíveis à lógica formal. Outra razão é que o ensino da economia é desastroso. Adota-se, particularmente no Brasil, um modelo de ensino ultrapassado: aulas expositivas. A capacidade do aluno de reter o que o professor diz é muito baixa. Depois de um mês, ele lembra no máximo 5%.
A crise do ensino de economia se reflete no mercado de trabalho?
As empresas não procuram tanto o conhecimento específico da área de formação, mas uma série de outras habilidades: capacidade de comunicação, resolução de problemas, análise, tomada de decisão, trabalho em grupo, liderança. No nosso método, para cada tópico que o professor ensina há um problema do mundo real. O aluno deve destrinchar, interpretar, analisar. Isso desenvolve a capacidade analítica. O aluno toma o particular para pensar o universal e volta do geral para o particular. Ele se torna um verdadeiro economista, não alguém que tenta resolver um problema pelo senso comum.
Fonte : Instituto Humanitas Unisinos

REDUÇÃO NO NÚMERO DE FILHOS POR FAMÍLIA.

Redução no número de filhos por família é maior entre os 20% mais pobres do país

Publicado em março 30, 2015 
Nos últimos dez anos, o número de filhos por família no Brasil caiu 10,7%. Entre os 20% mais pobres, a queda registrada no mesmo período foi 15,7%. A maior redução foi identificada entre os 20% mais pobres que vivem na Região Nordeste: 26,4%.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e têm como base as edições de 2003 a 2013 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento mostra que, em 2003, a média de filhos por família no Brasil era 1,78. Em 2013, o número passou para 1,59. Entre os 20% mais pobres, as médias registradas foram 2,55 e 2,15, respectivamente. Entre os 20% mais pobres do Nordeste, os números passaram de 2,73 para 2,01.
Para a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, os dados derrubam a tese de que a política proposta pelo Programa Bolsa Família estimula as famílias mais pobres do país a aumentar o número de filhos para receber mais benefícios.
“Mesmo a redução no número de filhos por família sendo um fenômeno bastante consolidado no Brasil, as pessoas continuam falando que o número de filhos dos pobres é muito grande. De onde vem essa informação? Não vem de lugar nenhum porque não é informação, é puro preconceito”, disse.
Entre as teses utilizadas pela pasta para explicar a queda estão os pré-requisitos do programa. “O Bolsa Família tem garantido que essas mulheres frequentem as unidades básicas de Saúde. Elas têm que ir ao médico fazer o pré-natal e as crianças têm que ir ao médico até os 6 anos pelo menos uma vez por semestre. A frequência de atendimento leva à melhoria do acesso à informação sobre controle de natalidade e métodos contraceptivos”.
A demógrafa da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE Suzana Cavenaghi acredita que o melhor indicador para se trabalhar a questão da fecundidade no país deve ser o número de filhos por mulher e não por família, já que, nesse último caso, são identificados apenas os filhos que ainda vivem no mesmo domicílio que os pais e não os que já saíram de casa ou os que vivem em outros lares.
Segundo ela, estudos com base no Censo de 2000 a 2010 e que levam em consideração o número de filhos por mulher confirmam o cenário de queda entre a população mais pobre. A hipótese mais provável, segundo ela, é que o acesso a métodos contraceptivos tenha aumentado nos últimos anos, além da alta do salário mínimo e das melhorias nas condições de vida.
“Sabemos de casos de mulheres que, com o dinheiro que recebem do Bolsa Família, compram o anticoncepcional na farmácia, porque no posto elas só recebem uma única cartela”, disse. “É importante que esse tema seja estudado porque, apesar de a fecundidade ter diminuído entre os mais pobres, há o problema de acesso e distribuição de métodos contraceptivos nos municípios. É um problema de política pública que ainda precisa ser resolvido no Brasil”, concluiu.

domingo, 29 de março de 2015

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.

Novo Acordo Ortográfico Será Cobrado no Enem 2016 | infoEnem



Posted: 29 Mar 2015 09:23 AM PDT
As regras de ortografia da Língua Portuguesa estão em transição. O Novo Acordo Ortográfico está em período de adaptação desde 2009 até 2016. Isso significa que até 31 de dezembro de 2015, as duas ortografias são oficialmente aceitas.
Como o exame nacional geralmente é aplicado no final de cada ano, é esperado que o Enem 2015 aconteça entre outubro e novembro deste ano, período em que as duas ortografias, a antiga e a nova, são aceitas. Já a partir de 1 de janeiro de 2016, somente a nova ortografia será aceita como correta na norma formal da Língua Portuguesa.
No caderno de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias, não é comum haver muitas questões de gramática que requeiram que o aluno saiba regras de ortografia. Entretanto, como esse é o último ano de adaptação, o Enem pode surpreender muitos candidatos e professores trazendo nessa prova questões que tratem sobre o uso formal da Língua e a aplicação da ortografia.
Além das questões, a parte do exame que mais preocupa os candidatos quando se trata do Novo Acordo Ortográfico é a redação. Para escrever a dissertação, é necessário seguir a norma culta da Língua Portuguesa aplicando todas as regras gramaticais, o que inclui a ortografia oficial. Essa norma é a Primeira Competência da Redação do Enem, ou seja, o primeiro critério de avaliação. Escrever gramaticalmente correto vale 200 pontos de um total de 1000 na redação.
Por isso, caso você esteja se preparando para prestar vestibular esse ano, deve se atentar para esse fato. As provas realizadas ainda em 2015, como possivelmente será o Enem, podem ser escritas ainda na ortografia antiga. As provas realizadas em 2016, mesmo que seja segunda fase de algum vestibular desse ano, deverão obrigatoriamente serem escritas a luz da nova ortografia.
Para treinar redações, conheça o Programa de Correção do infoEnem, onde você poderá ter uma redação corrigida por semana, nos mesmos critérios do exame! Ao fazer redações, você pode estudar as novas regras ortográficas conforme escreve e já ir se preparando para as provas feitas a partir do ano que vem.


Estude com as Melhores Apostilas Para o Enem 2015

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sábado, 28 de março de 2015

ISOSTASIA : MOVIMENTOS EPIROGENÉTICO

A superfície da Terra está subindo embaixo dos nossos pés.

Brian K. Sullivan


  • MODIS/Aqua/NASA
    Camada de gelo mostra sinais de derretimento a oeste do Alasca, em imagem feita em 4 de fevereiro de 2014 por satélites da Nasa. O estreito de Bering, coberto com gelo, se situa entre Alasca e Rússia
    Camada de gelo mostra sinais de derretimento a oeste do Alasca, em imagem feita em 4 de fevereiro de 2014 por satélites da Nasa. O estreito de Bering, coberto com gelo, se situa entre Alasca e Rússia
Nos EUA, nos últimos doze meses, houve alertas mais do que suficientes de como o clima pode afetar nossas vidas. A Califórnia está entrando no quarto ano de seca porque não teve neve suficiente. Boston está começando a emergir de uma quantidade recorde de neve. Quase todos os dias, voos são cancelados, crianças perdem aulas e pais enviam cheques às seguradoras para se protegerem de inundações, furacões e tornados.
No entanto, também existem impactos de longo prazo que a maioria das pessoas talvez não perceba. Por exemplo, se você mora no Canadá, no norte dos EUA ou em determinadas partes da Europa, o solo sob seus pés está subindo. E o motivo, de certo modo, é o clima.
Mas não o clima no sentido da chuva de ontem ou do vento da semana passada. O fenômeno foi causado pelas neves que se acumularam e criaram enormes mantos de gelo que cobriram a terra na última Era do Gelo. OK, foi muita neve, por um longo período de tempo, mas a questão tem mais a ver com o clima do que simplesmente com as condições meteorológicas.
Independentemente da causa, a mudança é perceptível. "Podemos monitorá-la em tempo real", disse Theresa Damiani, pesquisadora de geologia da Investigação Geodésica Nacional (NGS), da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), em Camp Springs, Maryland.
Compensação da Terra
O peso dos mantos de gelo, que tinham diversos quilômetros de espessura em alguns lugares, empurrou a superfície da Terra para baixo. Quando o gelo derreteu e recuou, o solo começou a subir novamente.
A NOAA descreve o fenômeno como o que acontece quando um colchão velho volta ao formato original depois que uma pessoa se levanta de manhã. Quando os mantos de gelo começaram a recuar, ocorreu uma recuperação rápida em muitas regiões, que desacelerou ao longo dos séculos, disse Damiani.
"O solo vem se recuperando e continua nisso", disse Damiani. "Leva um período muito longo".
A superfície da Terra sobe cerca de 1 milímetro por mês no Canadá e aproximadamente a mesma quantidade ao longo de um ano nos EUA, disse ela. Para um lugar como a Baía de Hudson, no Canadá, as mudanças seriam visíveis ao longo da vida de uma pessoa, disse ela.
"Se você construiu um atracadouro, parece que o oceano está baixando", disse Damiani.
Não é que o nível do oceano esteja caindo ? é que a terra está voltando a subir.
Ao calcular o aumento dos oceanos devido ao atual derretimento das geleiras e dos mantos de gelo, os pesquisadores precisam levar em consideração essas taxas de recuperação, de acordo com um relatório da NOAA publicado em dezembro de 2012.
Área coberta
É claro que a terra só está subindo nas áreas cobertas pelo manto de gelo. No hemisfério ocidental, essa região abrange quase todo o Canadá até a Nova Inglaterra, passando pelos Grandes Lagos e chegando à Região Centro-Oeste, às Grandes Planícies do norte e ao Noroeste do Pacífico.
Além do limite dos lugares em que o gelo empurrou o solo para baixo, existem áreas onde a superfície está, na verdade, assentando-se mais abaixo. O que aconteceu aí é que o terreno na beira dos mantos de gelo se comportou como a geleia que se esparrama para fora de um sanduíche esmagado.
As mudanças podem provocar pequenos terremotos, embora eles sejam muito fracos e passem despercebidos para a maioria das pessoas.
O movimento é acompanhado por meio de satélites de posicionamento global e é utilizado para assegurar que os mapas continuem sendo exatos, disse Damiani.
"A tarefa da minha agência, a NGS, é a de monitorar o formato do planeta", disse Damiani.
Os países escandinavos também monitoram a lenta taxa de recuperação da superfície ao longo dos últimos 14.000 anos, um ou dois séculos a mais ou a menos, desde que os mantos de gelo atingiram o auge na última Era do Gelo.
A paciência é, sem dúvida, um dos requisitos para esse trabalho.
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Nasa registra o que o aquecimento global já fez no meio ambiente 11 fotos

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As transformações no meio ambiente causadas pelas mudanças climáticas são registradas em um banco de imagens da Nasa. As imagens foram, em geral, tiradas na mesma época do ano, respeitando as estações. A paisagem da geleira Muir, no Alasca (EUA), foi registrada à esquerda no ano de 1882 e à direita mais de um século mais tarde, em agosto de 2005 1882/G.D. Hazard; 2005/Bruce F. Molnia/World Data Center for Glaciology

LENÇOL FREÁTICO URBANO - UMA SOLUÇÃO PARA CRISE HÍDRICA.

Lençol freático: o melhor reservatório urbano para as águas de chuva, artigo de Álvaro Rodrigues dos Santos

Publicado em março 26, 2015 
artigo

[EcoDebate] Esses tempos de crise hídrica em vários regiões e centros urbanos do país tem virtuosamente servido a um despertar de leigos e especialistas para certos aspectos de ordem hidrológica que somente não se destacaram antes porque nessas mesmas regiões que hoje sofrem com a falta do recurso hídrico predominava uma certa cultura da bonança hídrica, no âmbito da qual era inimaginável uma circunstância de escassez grave e prolongada.
O absurdo das perdas de água nas canalizações de distribuição, o enorme desperdício por parte os usuários finais, a criminosa poluição das águas urbanas, o desmatamento generalizado dos mananciais, a perda quase total do volume hídrico de chuvas ocasionais, compõem alguns desses paradoxos e aberrações.
No caso específico do melhor aproveitamento das águas de chuva o país pode, a partir dessas constatações, dar um enorme salto de qualidade em um período de tempo razoavelmente curto, com resultado fantástico para o balanço hídrico de suas cidades. Até porque em regiões como São Paulo, e especialmente em épocas como as de crise hídrica, como a atual, choca-nos testemunhar o enorme desperdício de boa água quando de chuvas torrenciais urbanas. É um paradoxo, como uma cidade em crise hídrica pode permitir que tal caudal de água boa se esvaia pelo sistema de drenagem sem um mínimo aproveitamento?
Precisamos distinguir nesse caso dois tipos de aproveitamento de águas de chuva: o direto e o indireto.
Sobre o armazenamento direto, não há dúvida que os reservatórios domésticos e empresariais de águas de chuva para usos mais brutos, como lavagem de pisos internos, praças, arruamentos, autos, regas de vegetação, descargas sanitárias, operações em caldeiras e processos industriais, etc. em muito aliviariam o sistema público de oferta de água tratada potável. Pode-se inclusive pensar em grandes reservatórios urbanos subterrâneos implantados em áreas urbanas circunscritas, nas quais, pelo tipo e consolidação da urbanização presente, o grau de contaminação das águas de escoamento superficial fosse mais baixo e tolerável. O piscinão do Pacaembu, na cidade de São Paulo, seria um bom exemplo. Essas águas passariam por algum mínimo tratamento local e poderiam após ser utilizadas para vários fins que não exigissem sua potabilidade.
Mas há também a excepcional e esquecida possibilidade de armazenamento indireto, ou seja, armazenamento da água de chuva devidamente infiltrada no solo e acumulada nas camadas que compõem o substrato geológico das cidades; em outras palavras a água subterrânea. É conhecida a propriedade das cidades em impermeabilizar os terrenos e impedir a infiltração das águas de chuva, lançando-as rápida e diretamente nos sistemas de drenagem superficial, que ao fim, através de córregos e rios as conduzem e levam para fora do município. Se, através de uma série de dispositivos, como os próprios reservatórios domésticos e empresariais aliados à capacidade de infiltração, a disseminação de bosques florestados, a obrigatoriedade de adoção de pisos e pavimentos drenantes, etc., a cidade aumentar sua capacidade de infiltrar águas de chuva estaremos “abastecendo” o grande reservatório subterrâneo com milhões de metros cúbicos de boa água; a ser retirada e aproveitada através da instalação de uma rede de poços profundos. Essa alternativa ainda trará uma enorme colaboração na redução de riscos de enchentes urbanas.
Nisso tudo está, obviamente, envolvida uma questão de mudança de cultura e muito esforço educativo. Não há o que esperar, mãos à obra.
Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.com.br)
Geólogo formado pela Universidade de São Paulo; ex-diretor de Planejamento e Gestão do IPT; autor dos livros “Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática”, “A Grande Barreira da Serra do Mar”, “Cubatão” e “Diálogos Geológicos” e “Enchentes e Deslizamentos: Causas e Soluções”, “Manual Básico para Elaboração e Uso da Carta Geotécnica”, consultor em Geologia de Engenharia, Geotecnia e Meio Ambiente, Colaborador e Articulista do Portal EcoDebate.
Publicado no Portal EcoDebate, 26/03/2015

POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA ( PEA )

O precoce fim do bônus demográfico no Brasil, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Publicado em março 27, 2015 
população economicamente ativa

[EcoDebate] O debate sobre a relação bidirecional entre população e desenvolvimento (P & D) ficou centrado, durante muito tempo, nos efeitos do crescimento demográfico sobre as taxas de aumento do Produto Interno Bruto (PIB). Porém, após o fenômeno da transição demográfica (redução das taxas de mortalidade e natalidade) a atenção se deslocou para os efeitos da estrutura etária da pirâmide populacional sobre o desenvolvimento econômico e social.
A redução das taxas de fecundidade (número médio de filhos por mulher) implica em um estreitamento imediato da base da distribuição de sexo e idade da população, um alargamento, no médio prazo, da parte central da pirâmide e um adensamento, no longo prazo, do topo da pirâmide etária.
Como resultado do primeiro movimento e no transcurso das primeiras décadas posteriores ao início da queda da fecundidade (quando a pirâmide fica mais parecida com um botijão de gás), a população em idade ativa (PIA) cresce em ritmo superior ao da população total. Este efeito puro, transitório pela própria natureza, decorrente da mudaça da estrutura etária é conhecido como bônus demográfico.
Se a população economicamente ativa (PEA) acompanha o crescimento da PIA, a taxa de crescimento do PIB per capita tende a ser maior do que a taxa de crescimento da produtividade do trabalho. Quando isto acontece, o bônus demográfico está sendo colhido e dando frutos, o representa um estímulo ofertado pela demografia ao crescimento econômico, à redução da pobreza e à melhoria do bem-estar social.
O bônus demográfico (ou dividendo demográfico ou janela de oportunidade) acontece quando a razão de dependência demográfica se reduz (resultante do aumento da relação entre produtores e consumidores efetivos na população). Ou seja, o bônus cresce na medida em que há um grande contingente da população em idade produtiva concomitantemente a um menor percentual de crianças e idosos no total da população. Se o desempenho econômico e institucional do país for positivo haverá aproveitamento da janela de oportunidade demográfica.
O gráfico acima mostra que, em 1950, a população economicamente ativa (PEA) era de 17,1 milhões de pessoas para uma população total de 51,9 milhões de habitantes. Isto quer dizer que havia 33% de pessoas ocupadas e/ou procurando emprego no Brasil. Essa relação caiu nos vinte anos seguintes, atingindo o nível mais baixo (31,3%), em 1970. Ou seja, antes da transição da fecundidade havia uma pessoa na PEA para cada duas pessoas fora da PEA. Isto é, um produtor efetivo tinha que sustentar dois outros consumidores, além de si próprio. Pode-se dizer, grosso modo, que uma renda originária do trabalho era repartida por três pessoas.
Após a transição da fecundidade (que se generalizou pelo país depois de 1970) a PEA começou a crescer em ritmo mais rápido do que a população atingindo 35,6% em 1980, 39,8% em 1991, 45,7% em 2000 e quase 50% em 2010. Pode-se dizer, então, que uma renda passou a ser repartida somente entre duas pessoas em 2010. Neste processo, cresceu a capacidade de consumo, poupança e investimento dos cidadãos brasileiros. Somente pelo efeito da mudança da estrutura etária e do bônus demográfico,  a renda cresceu cerca de 50% entre 1970 e 2010. A demografia atuou no sentido de facilitar o crescimento da renda per capita, garantindo avanços sociais e maiores direitos de cidadania.
Por definição, o crescimento econômico é igual ao incremento da força de trabalho multiplicado pelo aumento da produtividade das pessoas ocupadas (via aumento do estoque de capital, progresso técnico e aumento do capital humano). Segundo as séries históricas do IPEADATA, entre 1970 e 2010, o PIB brasileiro cresceu, em termos reais, 438%, a população cresceu 105% e o PIB per capita cresceu 163%. O crescimento populacional e a mudança da estrutura etária contribuíram para transformar o Brasil em uma das dez maiores economias do mundo.
Porém, como dito anteriormente, o bônus demográfico é um fenômeno temporário e tem prazo de validade. Adicionalmente, pouco contribui o fato de haver muitas pessoas em idade produtiva se a situação do mercado de trabalho não garante o pleno emprego e o trabalho decente. Também, pouco contribui a redução da razão de dependência demográfica se os jovens não conseguem se inserir adequadamente nas atividades produtivas e se há uma retirada precoce do mercado de trabalho.
Infelizmente, na conjuntura atual, o Brasil está deixando de colher os últimos frutos oferecidos por uma situação demográfica ainda favorável. As tendências observadas entre 1970 e 2010 poderiam ser estendidas facilmente até 2020 e, com esforço, até 2030. Todavia, parece que as políticas macroeconômicas do país estão contribuindo para o fim precoce do bônus demográfico brasileiro.
Os dados dos censos demográficos nos dão uma noção clara dos ganhos do bônus demográfico entre 1970 e 2010. Para o período mais recente precisamos acompanhar os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). No primeiro caso, a série da PNAD do século XXI mostra que a estrutura etária brasileira continua favorável. Entre 2001 e 2013 a População em Idade Ativa (PIA) passou de 65,2% para 68,8%, enquanto a razão de dependência demográfica (população de 0-14 anos + população de 65 anos e mais dividida pela população de 15-64 anos) caiu de 53,3% para 45,2%. Isto quer dizer que cresceu a população em idade ativa e diminuiu a população em idade considerada dependente. Mas para colher este bônus em potencial seria preciso que o mercado de trabalho oferecesse as vagas necessárias para incorporar a disponibilidade de mão de obra.
Contudo, a PNAD mostra que a relação da População Economicamente Ativa (PEA) com a PIA cresceu e acompanhou a relação da PIA com a população total (POP) somente até 2005, declinando ligeiramente até 2009 e caindo rapidamente no período 2011-2013. A relação entre a população ocupada (PO) e a PIA apresentou melhor desempenho, pois houve redução do desemprego no período. A relação PO/PIA passou de 54,8% em 2001 para 57,6% em 2009. Isto quer dizer que o bônus demográfico estava sendo “colhido” (mesmo que de forma parcial). Mas houve queda da PO/PIA entre 2011 e 2013.

po x pea

Ou seja, embora a razão de dependência demográfica ainda esteja em declínio e em nível muito baixo no Brasil, o ritmo de geração de emprego perdeu fôlego desde o final da década passada e, mesmo com baixas taxas de desemprego até 2013, os dados da PNAD mostram que o bônus demográfico não está sendo aproveitado em decorrência do fraco desempenho econômico. Havia esperança que o declínio da relação PO/PIA fosse temporário e que houvesse recuperação no restante da década. Porém, os dados da PME confirmam a piora das condições do mercado de trabalho e a crise econômica de 2015 indica um colapso dos níveis de emprego.
Vejamos então os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE que fornecem informações atualizadas do mercado de trabalho para as seis maiores regiões metropolitanas do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). O gráfico mostra que a taxa de atividade (PEA/PIA) ficou aproximadamente estável entre setembro de 2003 (58,2%) e novembro de 2012 (58,1%), mas declinou desde então e atingiu o nível de 55,8% em fevereiro de 2015.
A relação entre a população ocupada e a população em idade ativa (PIA) cresceu desde o início da nova série histórica, em março de 2002 (quando estava em 47,9%) e atingiu o pico de 55,3% em novembro de 2008. A população ocupada cresceu enquanto a PEA permanecia aproximadamente constante porque houve redução das taxas de desemprego (a taxa de desemprego da PME atingiu o valor máximo em agosto de 2003 com 13,1% das pessoas desocupadas). Embora as taxas de desemprego tenham se mantido baixas em 2013 e 2014, a relação entre a população ocupada e a população em idade ativa (PIA) decresceu desde novembro de 2012 (quando estava em 55,3%), atingindo o valor de 52,3% em fevereiro de 2015. O percentual de população ocupada em fevereiro de 2015 é equivalente ao mês de agosto de 2009 (quando estava em 52,2%).

po x pea

Ou seja, o mês de fevereiro de 2015 mostrou uma estabilidade na relação PEA/PIA, mas como houve aumento do desemprego de 5,3% em janeiro para 5,9% em fevereiro de 2015 a relação PO/PIA caiu para os níveis dos meados de 2009, quando a crise nacional e internacional estava no auge. Assim, os dados da PME também mostram que o bônus demográfico não está sendo aproveitado em decorrência do fraco desempenho econômico mesmo nas regiões metropolitanas mais dinâmicas do país. E o quadro deve piorar.
Tanto os dados da PNAD, quanto os dados da PME mostram que o ritmo de geração de emprego e de crescimento da população ocupada em relação à PIA perdeu fôlego principalmente após o final do ano de 2012. O tamanho da PEA e da População Ocupada (PO) é menor no início de 2015 do que era no início de 2010. Ou seja, considerando que o bônus demográfico acontece quando a população ocupada (PO) cresce em ritmo superior ao da população total, pode-se dizer que o bônus demográfico no Brasil terminou em 2012, pois o mercado de trabalho estagnou na segunda metade do primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff e tende a entrar em desfalecimento em 2015.
A análise do comportamento do mercado de trabalho formal – a partir das bases estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – mostra que houve crescimento do emprego em todos os anos entre 1996 e 2014. Desde o início do século (2001) até 2013 houve a geração de quase 16 milhões de postos de trabalho, com uma média de 1,2 milhão de empregos formais por ano. Este tipo de emprego geralmente é mais produtivo e garante direitos trabalhistas para a população trabalhadora.
Porém, o CAGED aponta a geração de apenas 152 mil empregos em 2013, sendo que, em 2015, houve perda de 81.774 empregos em janeiro e perda de 2.415 empregos em fevereiro. A consultoria MB Associados estima uma perda de 645 mil empregos formais em 2015. Seria o primeiro ano, em duas décadas, a apresentar redução dos postos de trabalho. Este é mais um indicador do fim do bônus demográfico. Nota-se que o problema não está na dinâmica da razão de dependência demográfica, mas na falta de dinamismo do crescimento econômico e do emprego.

emprego formal

Considerando somente o lado demográfico, a janela de oportunidade continuaria aberta entre os anos de 2020 e 2030, fechando progressivamente nas décadas seguintes. Todavia, a razão de dependência só voltaria aos níveis do ano de 1970 no final do século XXI. Desta forma, haveria espaço para aproveitar as condições demográficas favoráveis pelo menos até 2030.
Mas para tanto, seria fundamental incorporar um maior número de brasileiros e brasileiras ao mercado de trabalho. Segundo dados da PNAD, enquanto a PEA em 2013 era de 103,4 milhões de cidadãos, havia 70 milhões de pessoas de 10 anos ou mais fora da PEA. Somente entre os jovens de 15 a 29 anos havia cerca de 10 milhões de indivíduos que não estavam nem trabalhando e nem estudando, a chamada “geração nem-nem”. No outro extremo do ciclo de vida, havia uma grande quantidade de pessoas fora da PEA entre a população acima de 50 anos, pois o Brasil é conhecido como um dos países onde a idade média de aposentadoria é uma das mais baixas do mundo.
Todavia, ao contrário do esperado, a falta de dinamismo da economia brasileira tem contribuído para a estagnação da população economicamente ativa. A deterioração das condições econômicas do Brasil é reconhecida até mesmo pelo Boletim Focus do Banco Central que prevê, para 2015, inflação acima da meta, altas taxas de juros e queda de pelo menos 0,6% do PIB. Nesse modelo em que prevalece baixas taxas de poupança e investimento, não é de se estranhar que a população ocupada se reduza e o desemprego aumente, sem perspectivas de grandes mudanças estruturais.
Na verdade, houve uma regressão produtiva nos últimos anos, pois o país passa por um claro processo de desindustrialização e de reprimarização da economia. Ao mesmo tempo, o Brasil tem um grande déficit em transações correntes, grande déficit público nominal (inclusive déficit primário em 2014), aumento das dívidas interna e externa, perda de competitividade, baixa produtividade do trabalho, reduzida qualidade da educação e grande déficit da previdência num processo de rápido envelhecimento populacional. O potencial produtivo da população em idade de trabalhar nunca foi totalmente aproveitado no Brasil, mas tem entrado em situação crítica após 2012, com reversão do bônus demográfico.
A relação entre população ocupada e PIA chegou ao pico entre 2008 e 2012 (fim do bônus) e agora vai se reduzir gradualmente. Ou seja, o ritmo de crescimento da população ocupada será menor do que o ritmo de crescimento da população. Haverá menor proporção de “produtores” e maior proporção de “consumidores”. Embora a demografia ainda pudesse servir de estímulo para a economia, os baixos níveis de poupança e investimento não ajudam na geração de emprego e a inserção produtiva. Talvez não seja coincidência que as manifestações de rua de junho de 2013 e março de 2015 tenham acontecido justamente quando o mercado de trabalho perdeu dinamismo, a despeito de haver taxas de desemprego aberto relativamente reduzidas.
Há quem diga que a situação da economia brasileira é conjuntural e que haverá, em breve, depois do ajuste fiscal, retomada do crescimento do PIB e do emprego. Porém, com a continuidade da Operação Lava-Jato de combate à corrupção, a crise na Petrobras e a desorganização da cadeia produtiva dos combustíveis fósseis será difícil voltar ao ciclo de crescimento do emprego e da renda das famílias. As crises hídrica e energética somente agravam a situação.
Na verdade, houve uma regressão produtiva no Brasil nos últimos anos, pois há um claro processo de desindustrialização e de reprimarização da economia. O Brasil tem passado por uma situação de grande déficit em transações correntes, grande déficit público nominal (inclusive déficit primário em 2014), aumento das dívidas interna e externa, aumento da inflação, aumento dos juros, perda de competitividade, baixa produtividade do trabalho, reduzida qualidade da educação e grande déficit da previdência num momento de rápido incremento dos benefícios da seguridade social. O potencial produtivo da população em idade de trabalhar nunca foi totalmente aproveitado, mas tem entrado em situação crítica após 2012, com reversão do bônus demográfico. O Brasil está em estágio de aceleração do processo de envelhecimento populacional (aumento da razão demográfica dos idosos) antes mesmo de ter conseguido resolver os problemas básicos de inclusão social.
Exatamente pelos motivos acima, há quem considere que a presente crise econômica é estrutural e que estamos diante de uma nova década perdida, sem perspectiva de uma forte retomada da economia, do emprego e da renda. A elevação dos juros nos Estados Unidos e uma possível perda do “grau de investimento” no Brasil podem gerar um choque cambial que impactará negativamente a economia brasileira e dificultará o aumento dos investimentos produtivos, necessários para o crescimento do emprego.
Na maioria das vezes, a população foi vilã no debate sobre P & D. Contudo, neste momento da história brasileira é a crise do modelo de desenvolvimento que está emperrando a abertura da janela de oportunidade demográfica. Se prevalecer o cenário mais dramático traçado acima, podemos assistir, com pouca chance de erro, a uma crise de longo prazo no mercado de trabalho. Além do retrocesso das conquistas sociais dos últimos 20 anos, seria o fim definitivo e precoce da colheita do bônus demográfico no Brasil.
Referências:
ALVES , J. E. D. O Bônus Demográfico e o crescimento econômico no Brasil. Rio de Janeiro, Aparte, Inclusão Social em Debate, IE-UFRJ, 06/12/2004. Disponível em:
http://www.ie.ufrj.br/aparte/pdfs/bonusdemografico.pdf
ALVES, J. E. D., BRUNO, M. A. P. População e crescimento econômico de longo prazo no Brasil: como aproveitar a janela de oportunidade demográfica? In: XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, 2006, Caxambu. Anais do XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Campinas: ABEP, 2006. http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2006/docspdf/ABEP2006_302.pdf
ALVES , J. E. D. A transição demográfica e a janela de oportunidade. Braudel Papers. São Paulo, v.1, p.1 – 13, 2008.http://fernandonogueiracosta.files.wordpress.com/2010/08/transicao_demografica.pdf
ALVES, José Eustáquio Diniz. Como medir o tempo de duração do Bônus Demográfico?
Instituto Fernand Braudel de Economia Internacional, São Paulo, p.1-4, maio 2008.
Disponível em: http://www.braudel.org.br/eventos/seminarios/2008/0506/como_medir.pdf
ALVES, J. E. D., VASCONCELOS, D. CARVALHO, A.A., Estrutura etária, bônus demográfico e população economicamente ativa: cenários de longo prazo e suas implicações para o mercado de trabalho. Texto para Discussão, 10, Cepal/IPEA, Brasília, pp. 1-38, 2010. Disponível em:
http://www.eclac.cl/publicaciones/xml/1/42471/CEPAL_10_MIOLO.pdf
ALVES, JED, A janela de oportunidade demográfica do Brasil, Recife, Revista Coletiva, FJN, No 14, mai/ago, 2014
http://www.coletiva.org/site/index.php?option=com_k2&view=item&layout=item&id=198&Itemid=76

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br
Publicado no Portal EcoDebate, 27/03/2015

sexta-feira, 27 de março de 2015

CAMADAS DA ATMOSFERA / VESTIBULAR 100% - PROJETO DO COLÉGIO SALESIANO ITAJAÍ

VESTIBULAR 100%                                                   Geografia
Conceição Aparecida Fontolan
Temas:Camadas da Atmosfera 03/12 - Circulação da  Atmosfera 04/12 e Ventos alísios e contra alísios 04/13.
Objetivos: Identificar e caracterizar as camadas da atmosfera
Identificar as causas e as consequências da circulação da atmosfera.


1- (UPE) A atmosfera terrestre não se encontra em repouso, mas, em frequente dinamismo, que é materializado, sobretudo, pelos fluxos de ar.

Com relação a esse assunto, observe a figura a seguir:

Com base nas informações contidas na ilustração, analise as seguintes afirmativas:
I. A região correspondente à ilustração encontra-se situada no hemisfério sul da Terra.
II. A área indicada pela letra A é um anticiclone, no qual os ventos são subsidentes e divergentes.
III. A área indicada pela letra B corresponde à zona de divergência dos alísios austrais.
IV. Em áreas como a indicada pela letra B, o ar é ascendente, resfria-se e pode formar nuvens mais ou menos desenvolvidas.
V. As áreas que ficam permanentemente sob a influência do sistema atmosférico A correspondem, em geral, às superfícies desérticas ou subdesérticas.

Estão CORRETAS

a) I e V.
b) II e III.
c) I, III e IV.
d) II, IV e V.
e) I, II, III e IV.

2-(Unicap)



Com relação a este mapa, o que pode ou não ser dito?
0 – 0 Ele está mostrando, didaticamente, o mecanismo das monções que atingem uma parcela considerável do planeta.
1 – 1 As anomalias térmicas observadas na superfície terrestre acarretam o fenômeno climático denominado “El Niño”, que, inclusive, atinge indiretamente o Brasil.
2 – 2 Quando o fenômeno representado se consuma, a parte ocidental da América do Sul recebe pesados aguaceiros, a exemplo do Peru e do Equador, enquanto as secas podem acontecer no Nordeste brasileiro.
3 – 3 Os ventos que estão soprando do centro da ilustração para a esquerda são vórtices ciclônicos responsáveis por tempo estável na Oceania.
4 – 4 Quando o fenômeno representado se verifica, chove apenas sobre a massa oceânica, mas são chuvas frontais de grande intensidade.
Resposta:  Estão corretas a 1 e 2

3- (URCA) Marque a única assertiva que traz somente fatores climáticos, isto é, aqueles que contribuem para determinar as condições climáticas de uma região do globo.

a) Correntes marítimas, temperatura do ar, umidade relativa do ar e amplitude térmica.
b) Latitude, pressão altitude, hidrografia e massas de ar.
c) Altitude, massas de ar, maritimidade e latitude.
d) Hidrografia, correntes marítimas, latitude e pressão.
e) Temperatura do ar, umidade relativa do ar, insolação e média térmica.

4- (IFBA)

Desde a construção dos primeiros termômetros até a análise de dados por meio de satélites e supercomputadores, a meteorologia - a ciência que estuda os fenômenos atmosféricos aumentou enormemente o grau de previsão do tempo.
Geografia atualidades 2014, p. 46.

Baseando-se nessa afirmação e em seus conhecimentos sobre os fenômenos atmosféricos terrestres, pode-se dizer que

a) a chuva frontal ou orográfica ocorre quando a massa de ar sobe por causa de algum obstáculo de relevo, como uma montanha.
b) a chuva orográfica, também chamada de chuva convectiva, ocorre quando a massa de a sobe por causa de algum obstáculo de relevo, como uma montanha.
c) a massa de ar constitui-se como um corpo de ar com características próprias de umidade, pressão e temperatura, herdadas, por sua vez, das diferentes regiões da superfície terrestre.
d) a Troposfera, também conhecida como Tropopausa, representa a camada atmosférica mais importante para o ser humano, por concentrar a maioria dos fenômenos atmosféricos.
e) geralmente as áreas anticiclonais ou de baixa pressão atmosférica são áreas dispersoras de ventos, enquanto as áreas de alta pressão atmosférica ou ciclonais são zonas receptoras de ventos.

5- (UCPEL) A temperatura atmosférica varia de um lugar para outro, mas também pode apresentar variações no decorrer do tempo, pois vários fatores estão relacionados à sua distribuição ou variação.

Sobre os fatores que interferem na variação e distribuição da temperatura atmosférica, é correto afirmar que
a) as variações de temperaturas no continente são menos acentuadas que nos oceanos devido à diferença do comportamento térmico no meio sólido e no líquido.
b) a influência da altitude ocorre, porque o calor é irradiado da superfície da Terra para o alto e a atmosfera se aquece por irradiação. Assim, quanto maior a altitude, maior a temperatura.
c) o relevo pode facilitar ou dificultar a passagem de massas de ar, por isso a presença de altas cadeias de montanhas no litoral evitam a formação de desertos.
d) a variação da temperatura com a latitude deve-se, fundamentalmente, à forma esférica da Terra e, em função disso, a insolação diminui a partir do Equador em direção aos polos.
e)o fenômeno da continentalidade térmica explica por que, quanto mais distante estiver uma área do continente, menores são suas oscilações térmicas.

6- (UNISC) O aquecimento da superfície da Terra controla o aquecimento do ar sobrejacente. Portanto, para entender variações nas temperaturas do ar, deve-se examinar as propriedades das várias superfícies, que refletem e absorvem energia solar em quantidades diferentes. O quadro abaixo mostra que as variações nas amplitudes médias anuais de temperatura são consideravelmente menores no Hemisfério Sul que no Hemisfério Norte.

Fonte: adaptado de http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/

Sobre as diferenças nas amplitudes médias anuais da temperatura podemos dizer que
I- As localidades longe da costa, embora situadas praticamente à mesma latitude, ostentam curvas com amplitudes muito maiores que as litorâneas. Essa influência é chamada efeito de continentalidade.
II- O Hemisfério Norte é coberto, aproximadamente por 61% de água; a terra ocupa os outros 39%. O Hemisfério Sul tem apenas 19% de terra, com 81% de água. Logo, o mar atua como um regulador da temperatura do ar, tendendo a suavizar as flutuações e, portanto, a reduzir a sua amplitude anual.
III- A amplitude térmica é a soma da temperatura máxima do ar com a temperatura mínima do ar dividida por dois.

Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I está correta.
b) Somente a afirmativa III está correta.
c) Todas as afirmativas estão corretas.
dSomente as afirmativas I e II estão corretas.
e) Somente as afirmativas II e III estão corretas.

7- (FGV-eco) Analise o mapa que representa uma anomalia climática.


Com base nos conhecimentos sobre a dinâmica climática mundial, pode-se concluir que se trata
a) da presença de La Niña no oceano Pacífico.
b) de mudanças provocadas pelo aquecimento global.
c) da ocorrência de furacões no oeste do continente americano.
d) do fenômeno El Niño e suas consequências.
e) de alterações na circulação dos ventos alísios.

 8- (UNIFEI) A maior parte dos fenômenos meteorológicos, como as chuvas, os ventos e os deslocamentos de massas de ar, ocorre na:

a) Estratosfera
b) Troposfera
c) Mesosfera
d) Termosfera

9- (IFBA) A climatologia possui excepcional importância para o estudo ambiental, pois a dinâmica climática é responsável pela intensidade assumida pelos processos geomorfológicos, formação dos solos e crescimento e desenvolvimento das plantas. Todo o sistema do meio ambiente físico funciona em termos de calor e umidade. As próprias atividades humanas apresentam características relacionadas com os eventos climáticos. A zona tropical caracteriza-se pela grande quantidade de energia solar, apresentando uma dinâmica atmosférica específica
AYOADE, J.O. Introdução à Climatologia para os Trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.

Com base nos conhecimentos geográficos sobre a dinâmica climática tropical, analise as alternativas abaixo, colocando V ou F conforme sejam Verdadeiras ou Falsas.
( )A climatologia estuda os padrões de comportamento da temperatura, umidade e pressão definidas a partir de processos atuantes na atmosfera durante o período aproximado de 30 a 35 anos.
( )A geometria orbital da Terra no sistema solar interfere diretamente na definição das zonas climáticas polar, temperada e tropical, tendo a variação longitudinal como o principal fator de diferenciação térmica.
( ) No clima tropical, as médias térmicas anuais são elevadas e as estações definidas fundamentalmente com base na ocorrência de precipitação e na umidade relativa do ar
( ) O padrão climático tropical é predominante no Brasil, o que justifica a ausência de estação fria e amplitude térmica diária elevada, ao longo do ano, no território nacional.
( ) Os fenômenos climáticos do El Niño e La Niña ocasionam anomalias nas temperaturas superficiais do Oceano Atlântico que intensificam a média térmica anual da zona tropical.
A sequência correta obtida, de cima para baixo, é

a) V-V-F-F-V
b) V-F-V-F-F
c) V-F-F-V-F
d) F-V-V-F-V
e) F-V-V-F-F

10- (IFBA) A figura em destaque representa, de forma ilustrativa, as camadas que integram a atmosfera terrestre: troposfera, estratosfera, mesosfera e termosfera. Essas camadas foram definidas a partir da variação da temperatura e propriedades físicas, em relação à altitude. A partir dos conhecimentos geográficos sobre a dinâmica e estrutura atmosférica, analise as questões que seguem:

AYOADE,J.O. Introdução a Climatologia para os Trópicos. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

I. O início e a evolução da vida no planeta Terra teve um papel fundamental na modificação da atmosfera primitiva até a sua composição atual, constituída de forma predominante pelos gases do hidrogênio e o hélio.
II. Em todas as camadas da atmosfera, a variação térmica é inversamente proporcional à elevação da altitude. Ou seja, quanto maior for a distância em relação ao nível médio do mar, menor será a temperatura atmosférica.
III. As noites estreladas são mais frias no inverno pela ausência do vapor de água condensado nas nuvens do céu, agindo como absorvente do efeito estufa e garantindo o aumento térmico na parte baixa da atmosfera.
IV. Quando a quantidade de água superficial no estado sólido aumenta por diminuição da insolação, tende-se a definição de um clima mais seco. Ao contrário, elevando-se a temperatura atmosférica na superfície terrestre, define-se um clima mais úmido.
V. O dióxido de carbono, o metano e os clorofluorcarbonetos são considerados “gases-estufa”, sendo que os clorofluorcarbonetos, em especial, também possuem a capacidade de destruir a camada do ozônio localizada na mesosfera que filtra a radiação ultravioleta.
Estão corretas as alternativas

a) I e II
b) II e V
c) III e IV
d) I, II e V
e) III, IV e V


11- (UNICAMP) Observe o esquema abaixo, que indica a circulação atmosférica sobre a superfície terrestre, e indique a alternativa correta.



a) Os ventos alísios dirigem-se das áreas tropicais para as equatoriais, em sentido horário no hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul, graças à ação da Força de Coriolis, associada à movimentação da Terra.
b) Os ventos alísios dirigem-se das áreas de alta pressão, características dos trópicos, em direção às áreas de baixa pressão, próximas ao equador, movimentando-se em sentido anti-horário no hemisfério norte e em sentido horário no hemisfério sul.
c) Os ventos contra-alísios dirigem-se dos trópicos em direção ao equador, movimentando-se em sentido horário no hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul, graças à ação da Força de Coriolis.
d) Os ventos contra-alísios dirigem-se da área tropical em direção aos polos, provocando quedas bruscas de temperatura e eventualmente queda de neve, movimentando-se em sentido anti-horário no hemisfério sul e em sentido horário no hemisfério norte.

12- (MACK) Foi da junção de duas palavras gregas, Atmós (vapor) e Sphaîra (esfera), que surgiu o nome dado a estrutura de gás que envolve um satélite ou planeta: a Atmosfera. Em tempos de aquecimento global, passou a ser mais estudada, mais valorizada no meio acadêmico, pois é nela que diversos fenômenos relacionados aos distúrbios climáticos atuais ocorrem. No nosso planeta, ela é formada por diversas camadas e, em sua porção mais densa, chega a até 800 quilômetros de altitude a partir do nível do mar. É tida como irrisória, se considerarmos o tamanho do globo terrestre, que mede aproximadamente 12,8 mil quilômetros de diâmetro.

A respeito das camadas que compõem a atmosfera terrestre, considere as afirmações I, II, III e IV.

I. A Troposfera é a camada mais baixa da atmosfera e, é nela, que os principais fenômenos meteorológicos ocorrem, tais como tempestades, chuvas, precipitações de neve ou granizo e formação de geadas.
II. A camada de ozônio (O3) concentra-se na Termosfera. Formada a cerca de 400 milhões de anos, protege a Terra dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol, nocivos à vida. Porém sabemos que, devido à emissão crescente de CO2 pelas sociedades modernas, abriram-se buracos enormes nessa camada, permitindo a entrada de tais raios.
III. A Mesosfera se estende da Estratosfera a até aproximadamente 80 quilômetros acima do nível do mar. É a faixa mais fria, porque nela não há nuvens nem gases capazes de absorver a energia do Sol. A temperatura varia de -5°C a -95°C.
IV. O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém o planeta aquecido nos limites de temperatura necessários para a manutenção da vida. Nos últimos dois séculos, vem aumentando, na camada atmosférica que recobre a Terra, a concentração de dióxido de carbono, do metano, do óxido nitroso e de outros gases. Esse aumento anormal provoca a aceleração do aquecimento global.

Estão corretas

a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

13- (UFAC) Observe a imagem abaixo:

ADAS, Melhem. Panorama geográfico do Brasil: Contradições, impasses e desafios sócioespaciais. São Paulo: Moderna, 1998, p.332. (adaptado).

Com auxílio da figura, pode-se concluir que:

a) Áreas frias (ou de alta pressão), como as polares e as subtropicais, são dispersoras de massas de ar e ventos e recebem o nome de áreas ciclonais.
b) As áreas quentes ou de baixa pressão atmosférica, como as equatoriais, são receptoras de massas de ar e ventos que recebem o nome de áreas ciclonais.
c) O ar aquecido das zonas de baixas latitudes próximas ao equador se expande, torna-se leve e sobe (ascende), criando uma área de alta pressão ou ciclonal.
d) Os movimentos do ar (massas de ar e ventos) resultam da distribuição homogênea de energia solar nas zonas de baixas, médias e altas latitudes.
e) A diferença de temperatura do ar atmosférico exerce uma função muito importante na formação de áreas de baixa e alta pressão atmosférica, porém não interfere no movimento das massas de ar e dos ventos.

14- (UEPB) Associe os fenômenos climáticos citados na coluna 1 às suas respectivas características descritas na coluna 2.

Coluna 1

(1) El Niño
(2) Circulação geral da atmosfera
(3) Monções
(4) Alísios
(5) Contra-alísios

Coluna 2

(      ) Ventos que se deslocam das áreas de alta pressão localizadas nos trópicos para as zonas de baixa pressão do Equador. Tais ventos são de nordeste no hemisfério norte e de sudeste no hemisfério sul; na sua zona de convergência são responsáveis pelos maiores índices pluviométricos do planeta.
(      ) Mecanismo global proveniente do aquecimento desigual da superfície terrestre através do qual o calor é distribuído pelo planeta e possibilita a formação das grandes zonas climática.
(      ) Ventos secos que perderam umidade e se aqueceram na zona equatorial, de onde retornam aos trópicos, latitude na qual contribuem para a formação da maioria dos grandes desertos do planeta.
(      ) Aquecimento das águas do Pacífico Sul, de causas ainda não conhecidas, com consequências globais ao provocar seca em algumas regiões do planeta e precipitações excessivas em outras.
(      ) Ventos sazonais que mudam de direção em função da alternância entre as áreas de alta e de baixa pressão atmosférica (continental e oceânica) e definem uma estaçã seca e outra chuvosa em grandes regiões tropicais e subtropicais do planeta.

A sequência correta da enumeração é

a4 2 5 1 3
b) 3 2 1 5 4
c) 2 1 3 5 4
d) 5 2 4 1 3
e) 1 3 2 4 5


15- (UESPI) A figura a seguir está representando um importante fenômeno climático. Assinale-o.


a) A formação de ciclones extratropicais.
b) A gênese das chuvas frontais.
c) A origem da Zona de Convergência Intertropical.
d) A dispersão de uma frente fria.
e) A formação de chuvas orogênicas.