domingo, 25 de março de 2012

LIXO ESPACIAL

Concepção artística feita pela Nasa mostra o grande volume de lixo espacial que orbita a Terra

O volume de entulho orbitando a Terra chegou a um "ponto extremo" para colisões, o que gera mais detritos e põe em risco astronautas e satélites, segundo estudo divulgado por uma instituição norte-americana de pesquisas.

A Nasa, agência espacial americana, precisa de um novo plano estratégico para mitigar os riscos impostos por carcaças de foguetes usados, satélites descartados e milhares de outros pedaços de lixo espacial voando ao redor do planeta a velocidades da 28.164 km/h, afirmou o Conselho de Pesquisa Nacional dos EUA no estudo , uma organização privada e sem fins lucrativos que fornece consultoria científica.
Os detritos em órbita representam uma ameaça para os cerca de mil satélites comerciais, militares e civis na órbita do planeta , parte de uma indústria global que gerou R$ 272,2 bilhões (US$ 168 bilhões) em receita no ano passado, de acordo com dados da Associação da Indústria de Satélites.
O primeiro choque espacial ocorreu em 2009, quando um satélite de telecomunicações da Iridium e um satélite russo não operacional colidiram a 789 km acima da Sibéria, gerando milhares de novos detritos em órbita.

Arte: Concepção artística mostra possível colisão entre dois objetos no espaço.. Crédito: Apolo11.
A colisão aconteceu após a destruição, em 2007, por parte da China, de um de seus satélites climáticos fora de uso como parte de um teste amplamente criticado de mísseis antissatélite.

O volume de detritos em órbita monitorados pela Rede de Vigilância Espacial saltou de 9.949 objetos catalogados em dezembro de 2006 para 16.094 em julho de 2011. Quase 20% dos objetos são provenientes da destruição do satélite chinês Fengyun 1-C, afirmou o Conselho de Pesquisa Nacional.

Alguns modelos computacionais mostram que a quantidade de lixo em órbita "chegou a um nível extremo, com detritos suficientes em órbita para causar colisões contínuas e criar ainda mais destroços, o que aumenta o risco de falha de viagens espaciais", disse o conselho em um comunicado divulgado como parte do relatório de 182 páginas.
Além de mais de 30 descobertas, o painel fez recomendações para a Nasa sobre como mitigar e aprimorar a situação do lixo espacial, o que incluiria a colaboração com o Departamento de Estado para desenvolver o sistema regulatório sobre a remoção de lixo espacial.
Atualmente, por exemplo, acordos internacionais proíbem países de remover ou coletar objetos espaciais de outros países.

Lixo espacial deixa astronautas de estação em alerta
23/03/2012
A tripulação da Estação Espacial Internacional teve de se refugiar em cápsulas de fuga de emergência temendo uma colisão com um pedaço de lixo espacial.
O detrito, um pedaço descartado de um foguete russo, foi detectado na sexta-feira, quando já era tarde demais para mover a estação espacial.
A agência espacial americana, a Nasa, afirmou que o detrito não chegou a se aproximar tanto da estação a ponto de constituir uma ameaça, mas acrescentou que foi preciso tomar medidas de precaução.
Foi a terceira vez em doze anos que a Estação Espacial Internacional enfrenta o risco de ser atingida por lixo espacial.
Em junho, um detrito chegou a 335 metros da plataforma espacial.
Segundo a agência espacial russa, o pedaço de foguete deste sábado passou a uma distância de 23 quilômetros da estação.

'Exercício de abrigo'
A plataforma espacial atualmente conta com três astronautas russos, dois americanos e um japonês.
A equipe recebeu ordens de se refugiar em duas cápsulas Soyuz na eventualidade de a estação ser atingida, mas um porta-voz da Nasa informou que eles receberam o sinal verde para regressar à estação na madrugada do sábado.
O "exercício de abrigo", segundo o porta-voz, foi realizado "com extremo zelo e de forma muito cuidadosa". Ele acrescentou que tudo ocorreu "como manda o figurino e o pequeno detrito passou pela Estação Espacial Internacional sem que houvessem incidentes".
A Nasa está atualmente rastreando cerca de 22 mil objetos que estão percorrendo a órbita terrestre, mas a agência espacial acredita que possam exitir milhões de objetos rondando o espaço, como consequência de décadas de programas espaciais.
Os detritos variam de tamanho, podendo ser desde pequenos objetos com menos de um centímetro de comprimento ou até grandes pedaços de foguetes, satélites que não operam mais ou tanques de combustível descartados.
Todos estes detritos que constituem o lixo espacial viajam a velocidades de vários quilômetros por segundo e, numa eventual colisão, podem provocar sérios danos à plataforma espacial ou a satélites.
Um dos eventos que provocou a maior criação de detritos se deu em 2007, quando a China usou um míssil para destruir um de seus próprios satélites. A explosão criou mais de 3 mil detritos, que puderam ser rastreados, e outras 150 mil partículas.

Suíços criam aparelho para lixo espacial
O aparelho CleanSpace One deve ser lançado em até cinco anos e deve custar o equivalente a R$ 18 milhões
Satélite faxineiro retira o lixo espacial / Centro Espacial da Suíça/AFP Satélite faxineiro retira o lixo espacial Centro Espacial da Suíça/AFP
Cientistas suíços desenvolveram um satélite para fazer uma verdadeira “faxina” no lixo espacial que existe na órbita da Terra. A novidade foi feita por conta da grande quantidade de detritos que rondam a região.
O aparelho CleanSpace One deve ser lançado em até cinco anos, de acordo com os cientistas. O valor da “lixeira” pode chegar a R$ 18 milhões (10 milhões de francos suíços).

Segundo os cientistas, existem 16 mil objetos com diâmetro superior a 10cm na órbita. Os especialistas advertem que o tamanho já torna possível um acidente com satélites de serviço e/ou aeronaves tripuladas.

FONTE: UOL EDUCAÇAO.COM.BE/APOLLO 11/G1.COM/Copyright Thomson Reuters 2011

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