segunda-feira, 20 de maio de 2013

SANTA CATARINA E A MATA ATLÂNTICA

  SC : MAIOR COBERTURA DE MATA ATLÂNTICA, APESAR DO DESMATAMENTO


http://www.expressao.com.br/imagens/seta_up.gif Araucárias remanescentes da Mata

Atlântica em Santa Catarina: maior

fiscalização reduziu ritmo do desmate


Além da emissão de gases de efeito estufa, desmatamentos e queimadas também estão relacionados ao aquecimento global. O Brasil é um dos países com maior cobertura vegetal original preservada, cerca de 55%, graças principalmente à Floresta Amazônica, da qual restam mais de 80% da cobertura. O caso da Mata Atlântica, bioma mais rico em biodiversidade do mundo e predominante na região Sul, é diferente. Originalmente era encontrada em 17 estados, em área equivalente a 1,3 milhão de km2. A mata cedeu lugar à ocupação humana e hoje, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, restam apenas 7,91% de remanescentes florestais acima de 100 hectares. Somados os fragmentos acima de três hectares, o volume fica em 11%.
O território de Santa Catarina está totalmente inserido na Mata Atlântica. Restam 23,4% da cobertura original, ou 2,2 milhões de hectares, segundo o SOS Mata Atlântica. Já um estudo da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), concluído em 2009, diz que o estado tem 3,9 milhões de hectares de florestas em estágio médio, avançado e/ou primário, ou cerca de 41,5% da área total do estado. E um estudo da Universidade de Blumenau (FURB), em parceria com a Universidade Federal (UFSC) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), chegou ainda a uma outra conclusão: o estado tem 36% da cobertura original, mas a maioria das florestas é de árvores secundárias, de troncos finos. Há 857 tipos de árvores e 25% dessas espécies estão ameaçadas de extinção. Considerando qualquer das estatísticas, Santa Catarina se destaca por possuir a maior cobertura florestal remanescente do bioma em comparação a outros estados.
O Paraná possui 2 milhões de hectares de cobertura, ou 10,5% do total original, e o ritmo de desmatamento vem diminuindo: de 3,3 mil hectares no período 2005-2008, foi para 2,7 mil hectares entre 2008 e 2010. O Rio Grande do Sul é o estado que, na região, mais desmatou. Resta apenas 1 milhão de hectares do bioma, ou 7,3% do que originalmente havia. Entre 2008 e 2010 o desflorestamento cresceu 83% no estado.
Entre 2008 e maio de 2010, de nove estados analisados, Minas Gerais (12.524 hectares), Paraná (2.699) e Santa Catarina (2.149) foram os que apresentaram maior desmatamento de Mata Atlântica, segundo o atlas de remanescentes editado pela SOS Mata Atlântica e INPE. Considerando os outros estados, 20.867 hectares de floresta nativa foram cortados no período.
A boa notícia é que o ritmo de devastação está diminuindo, resultado, dizem os especialistas, de legislação específica e maior fiscalização: no país, a média anual entre 2008 e 2010 caiu 55% na comparação com 2005-2008.


Obs.: remanescentes totais do bioma Mata Atlântica em cada estado.
Fonte: SOS Mata Atlântica, 2010



 Fonte : www.expressao.com.br 

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