terça-feira, 2 de julho de 2013

MONOTRILHO EM SÃO PAULO.

Obra do monotrilho tem fábrica própria de vigas pré-moldadas e produzirá duas mil peças até a conclusão, prevista para 2016

Fonte: Cimento Itambé

Até o final de 2013, os primeiros 2,9 quilômetros do monotrilho de São Paulo entrarão em funcionamento. O modal é a nova aposta da maior cidade do país para o transporte público. Sobre pilares de concreto pré-moldado de até 15 metros de altura cada um, trens irão se locomover para interligar o extremo leste paulistano (Cidade Tiradentes) à estação do metrô da Vila Prudente. Estima-se que a obra estará 100% concluída em 2016. O consórcio que viabiliza a construção é integrado pelos grupos Queiroz Galvão, OAS e Bombardier. Tanto os veículos quanto a tecnologia construtiva são novidades no país e podem indicar uma nova alternativa para o transporte de massa nas grandes cidades.
A escolha do modal foi orientada por aspectos como menor prazo de construção e rapidez para a entrada em operação do empreendimento, além de seu custo – orçado em R$ 2,4 bilhões. Enquanto a obra de uma linha de metrô de 26,5 quilômetros levaria até quinze anos para ser concluída, o monotrilho será entregue à população em menos de cinco. Em um ano, é possível construir cinco quilômetros de monotrilho, o que é aproximadamente metade do tempo de construção de um metrô subterrâneo. Isso é possível, graças ao menor número de desapropriações, que consomem tempo e recursos, e também em razão da inexistência de escavações exigidas na construção de um metrôconvencional.


O método construtivo empregará peças pré-moldadas, o que reduz o impacto da obra em vias públicas durante a execução. Serão duas mil vigas, medindo entre 1,2 e 1,5 metros de altura e 30 metros de cumprimento. Cada uma consumirá, em média, 42 m³ de concreto. Esse complexo sustentará lajes com 30 metros de cumprimento e 70 toneladas de peso. Para garantir a precisão das peças, o consórcio responsável pela obra construiu uma fábrica de pré-moldados somente para atender o empreendimento. Vigas e lajes precisam se encaixar milimetricamente e atender peculiaridades do projeto, como peças curvas e com superelevação variável. Para atender a demanda, todos os artefatos utilizam concreto com 50 MPa e são submetidos a cura elétrica (térmica).
O monotrilho terá capacidade para transportar até 500 mil passageiros por dia. O sistema será composto por 54 trens elétricos, que atingirão velocidade máxima de até 80 km/h. Eles irão atender 17 estações. Cada composição terá sete vagões e poderá transportar até mil passageiros. O modal já é utilizado com sucesso em importantes centros urbanos da Ásia, Europa e América do Norte. Se for bem sucedido em São Paulo, deve desencadear obras semelhantes em outras cidades do país. Rio de Janeiro e Manaus têm projetos e Porto Alegre estuda expandir o sistema, batizado de “aeromóvel”.
Fonte: Revista Grandes Construções.






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