As emissões globais de dióxido de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis registraram um crescimento recorde de 36 bilhões de toneladas este ano, de acordo com um relatório de 49 pesquisadores de dez países.
O dado mostra o fracasso dos governos em seus esforços para controlar o gás de efeito estufa, responsável pelo aquecimento global.
O relatório do Global Carbon Project, um grupo que reúne dados de institutos de pesquisa ao redor do mundo a cada ano, foi publicado nesta terça-feira na revista "Earth Systems Data Discussions".
A informação é publicada pelo jornal O Globo, 19-11-2013.
A estimativa de 2013 representa um aumento de 2,1% em relação a 2012 e um aumento de 61% desde 1990, o ano base para o Protocolo de Kyoto para as Nações Unidas, o único acordo global que define os limites obrigatórios níveis de emissões nacionais de dióxido de carbono.
O relatório foi lançado enquanto autoridades de quase 200 países estão reunidas em Varsóvia, na Polônia, concentrando-se em avançadas negociações da ONU sobre um novo pacto para reduzir as emissões de todas as nações, que entrariam em vigor a partir de 2020.
"Os governos têm de chegar a um acordo sobre como reverter essa tendência. As emissões devem ser reduzidas de forma substancial e rapidamente se quisermos limitar as alterações climáticas para abaixo de dois graus Celsius", disse em um comunicado a principal autora do relatório, Corinne Le Quere, do Centro de Pesquisa de Mudanças Climáticas da Universidade de East Anglia, no Reino Unido.
Le Quere se referiu ao aumento da temperatura média global desde os níveis anteriores à Revolução Industrial. Cientistas apoiados pela ONU têm alertado que um aumento de mais de dois graus produzirá grandes inundações, secas e tempestades.
O relatório mostra que a taxa de crescimento das emissões globais de CO2 caíram ligeiramente para 2,2% de aumento no ano passado, mas é apenas um pouco menor que crescimento médio anual de 2,7% nos últimos 10 anos.
As emissões estão aumentando devido ao forte crescimento do consumo de carvão que ultrapassou qualquer redução derivada do rápido crescimento das energias renováveis nos últimos anos, segundo Glen Peters, autor do relatório do Cícero, um instituto de pesquisa sobre o clima da Noruega.
Fonte: Instituto Humanitas Unisinos
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