OCDE reduz previsões de crescimento global
Sede da OCDE: a organização reduziu suas projeções de crescimento global em cerca de 0,5 ponto porcentual, para 2,7% em 2013 e 3,6% em 2014
O futuro incerto das políticas fiscal e monetária dos EUA impõe um risco crescente à recuperação, já afetada pela desaceleração dos países emergentes
Paris - O futuro incerto das políticas fiscal e monetária dos EUA impõe um risco crescente à recuperação da economia global, já afetada pela desaceleração do crescimento em muitos países em desenvolvimento, afirmou nesta terça-feira a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
Em relatório semestral, a entidade com sede em Paris defendeu que o teto da dívida dos EUA seja abolido e substituído por um "plano de consolidação orçamentária confiável de longo prazo, com sólido apoio político".
O documento marca uma significativa mudança no foco de preocupação da OCDE, que nos últimos anos tem se concentrado nos esforços da zona do euro em superar sua crise fiscal e bancária. Embora a organização continue preocupada com as fragilidades da zona do euro, as ameaças globais mais imediatas à recuperação global parecem vir dos EUA.
Neste contexto, a OCDE reduziu suas projeções de crescimento global em cerca de 0,5 ponto porcentual, para 2,7% em 2013 e 3,6% em 2014.
Também no relatório, a entidade prevê que a zona do euro terá contração de 0,4% neste ano, enquanto os EUA crescerão 1,7%. Para 2014, a OCDE reduziu ligeiramente sua projeção de crescimento da zona do euro, de 1,1% para 1%, mas elevou a dos EUA, de 2,8% para 2,9%.
A previsão da OCDE para seus 34 países-membros é de expansão econômica de 1,2% em 2013, de 2,3% em 2014 e de 2,7% em 2015.
Em relação a grandes países emergentes, a OCDE reduziu suas projeções de crescimento para 2014 da China, de 8,4% para 8,2%, da Índia, de 6,7% para 4,7%, e da Indonésia, de 6,2% para 5,6%.
Ainda sobre os EUA, a OCDE previu que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deverá começar a reduzir suas compras mensais de bônus no ano que vem, se o desemprego continuar caindo e a inflação subir, e iniciar a elevação da taxa básica de juros em 2015, mesmo que os movimentos criem turbulências e prejudiquem outras economias. Fonte: Dow Jones Newswires.
Fonte : Exame.com
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