sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

SONY VAI DEIXAR DE FABRICAR COMPUTADORES.

Sony demite 5 mil funcionários e vai deixar de fabricar computadores

Mudanças ocorrem num momento em que a empresa prevê prejuízo de mais de US$ 1 bilhão

A empresa japonesa Sony anunciou nesta quinta-feira a demissão de 5 mil trabalhadores, como parte de um plano de reestruturação que inclui o fim da fabricação de computadores pessoais (PC), ante a previsão de um péssimo resultado para o ano fiscal.

A fabricante nipônica reduziu brutalmente as previsões para o ano fiscal em curso, que termina em 31 de março. Ao invés de registrar lucro de 30 bilhões de ienes, a empresa projeta agora um prejuízo de 110 bilhões (US$ 1,08 bilhão). Nos primeiros nove meses do exercício, de 1 de abril a 31 de dezembro, o grupo lucrou 11,17 bilhões de ienes, quase US$ 110 milhões.

A empresa atribuiu às perspectivas ruins a um negócio em queda geral, assim como às perdas no setor de jogos eletrônicos, que não foram incluídas na previsão anterior. Como parte de uma ambiciosa reestruturação, a Sony anunciou que venderá a atividade de fabricação de computadores pessoais (PC), reunida sob o selo Vaio, ao fundo de investimentos Japan Industrial Partners (JIP).

O grupo não revelou detalhes financeiros, mas a imprensa afirma que o negócio renderá entre 40 e 50 bilhões de ienes. Ao citar "mudanças drásticas" no setor de produção de PCs em todo o mundo, a Sony anunciou que decidiu concentrar as atividades nos smartphones e tablets e parar de "elaborar e desenvolver produtos de PC".

A Sony começou a vender computadores pessoais em 1996 e registrou o melhor momento há alguns anos, quando venceu quase nove milhões de unidades em um ano. Mas para o ano fiscal em curso, a empresa prevê a venda de apenas 5,8 milhões e uma atividade deficitária.

A reestruturação, que também afetará a atividade de televisão, provocará a eliminação de 5 mil empregos até março 2015, sendo 3,5 mil no Exterior e o restante no Japão. Com o corte, a empresa espera economizar mais de um bilhão de dólares por ano.
Fonte:  Diário Catarinense

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