domingo, 25 de janeiro de 2015

PAULISTANOS E A QUESTÃO HÍDRICA

Oito em cada 10 paulistanos acham que água vai acabar e 57% mudariam de cidade, revela pesquisa

Oito em cada dez paulistanos acreditam que é grande o risco de a água acabar na cidade. E 42% dos moradores da capital paulista acham que a falta de planejamento do governo estadual é a grande responsável pelo problema, enquanto 29% creditam a crise hídrica à falta de chuvas.
A reportagem é de Tiago Dantas e publicada pelo portal do jornal O Globo, 22-01-2014.
Esses são alguns dos resultados da 6ª edição da pesquisa Indicadores de Referência de Bem Estar no Município (Irbem), divulgada na manhã desta quinta-feira. O levantamento revelou ainda que 57% dos moradores deixariam a cidade se pudessem.
Realizada pela ONG Rede Nossa São Paulo e pela Fecomercio, a pesquisa revela o nível de satisfação dos paulistanos em relação a 25 temas relacionados à vida na cidade. Neste ano, os pesquisadores também perguntaram sobre a crise de falta d'água que atinge a região metropolitana. Apesar dos esforços do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para negar a existência de racionamento, 91% dos entrevistados colocaram a culpa no governo do estado e na Companhia de Saneamento Básico (Sabesp).
Além daqueles que citaram a falta de planejamento do governo e a seca como principais motivos para explicar a estiagem que o estado enfrenta, 3% dos paulistanos votaram no desmatamento da Amazônia. Cientistas relacionam as chuvas no Sudeste com a ocorrência de um fenômeno chamado "rios voadores", que tem origem no Norte do país e tem perdido força com o desmatamento.
A pesquisa também mediu a aprovação da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT). O percentual de pessoas que considera a administração petista "ótima" ou "boa" subiu de 11% para 15% em relação ao ano passado. A avaliação como "regular" diminuiu de 49% para 45%, enquanto as notas "ruim" ou "péssima" oscilaram de 39% para 40% no último ano. Os vereadores foram avaliados como "ruins" ou "péssimos" por 55% da população, e só receberam "ótimo" ou "bom " de 10% dos entrevistados.
A satisfação do paulistano continua baixa. Quando perguntados se mudariam de cidade caso pudessem, 57% dos paulistanos responderam que sim e 40% disseram que não sairiam da capital paulista. No Irbem divulgado ano passado, o índice dos que queriam deixar a metrópole foi de 55%. Para metade dos entrevistados a qualidade de vida ficou estável, para 37% deles melhorou "um pouco" ou "muito".
De uma forma geral, áreas em que os moradores de São Paulo mostraram mais grau de satisfação não dependem diretamente do poder público, como trabalho, religião, vida cotidiana e consumo. Assuntos relacionados aos governos, como segurança, transporte e acessibilidade, mostraram tendência de ter notas baixas.
A pesquisa foi realizada entres os dias 24 de novembro e 8 de dezembro de 2014 com 1.512 pessoas maiores de 16 anos que moram em São Paulo. A margem de erro é de três pontos percentuais.
Fonte : Instituto Humanitas Unisinos.

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