quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

ENERGIA EÓLICA- CONTINENTE AMERICANO INSTALOU 11,9 GW DE CAPACIDADE EM 2018.

Energia eólica – Continente americano instalou 11,9 GW de capacidade em 2018


Brasil, EUA e México lideram produção de energia eólica nas Américas


Energia eólica
Foto: Divulgação/Ari Versiani/PAC
O Brasil, os Estados Unidos e o México despontam como líderes na produção de energia eólica nas Américas, segundo dados recentes do Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council – GWEC, na sigla em inglês). Como um todo, as Américas do Norte, Sul e Central responderam por 25% do total da capacidade instalada global dessa energia em 2018.
Segundo o GWEC, a capacidade instalada total de energia eólica nas Américas agora totaliza 135 GW – aumento de 12% em relação a 2017. A expectativa é que a procura por esse tipo de energia na região continue, e a organização prevê a adição de 60 GW em novas capacidades eólicas entre 2019 e 2023.
Sediado em Bruxelas, na Bélgica, o GWEC é um órgão que representa o setor de energia eólica global, reunindo mais de 1,5 mil empresas e organizações em mais de 80 países, incluindo fabricantes, institutos de pesquisa, associações nacionais de energia eólica, fornecedoras de energia, empresas financeiras e seguradoras.
No Brasil
Líder em energia eólica na América do Sul, o Brasil adicionou 2 GW de capacidade eólica à sua matriz energética em 2018 e leiloou capacidade desse tipo de energia a preços competitivos em nível global de U$ 20 por MWh, segundo o GWEC.
A informação é confirmada pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério das Minas e Energia, Reive Barros. Segundo ele, o Brasil tem hoje capacidade instalada de produção de energia eólica de 14,7 GW. “Isso representa, na matriz energética brasileira, cerca de 8% do total. A meta é que daqui a 10 anos este percentual suba para 13%.”
O secretário disse que a Região Nordeste responde por 85% da produção de energia eólica brasileira, com destaques para os estados do Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia, nesta ordem. “Num prazo mais longo, contudo, a Bahia deverá assumir a liderança, por suas dimensões territoriais e potencialidades.”
Para este ano, Barros diz que estão previstos dois leilões para implantar parques eólicos no país. Um no primeiro semestre, a ser implantado em quatro anos, e outro no segundo semestre, com prazo de implantação de seis anos. “Nossa meta para a energia eólica no Brasil é crescer 2,2% ao ano.”
Américas
Os dados mais recentes divulgados pelo GWEC mostram que em 2018 a capacidade instalada de energia eólica das três Américas foi de 11,9 GW – aumento de 12% em relação a 2017. Na América do Norte (Canadá e EUA), houve aumento de 10,8% na capacidade adicionada em relação a 2017. Já na América Latina, a adição de capacidades cresceu 18,7% em relação a 2017.
Segundo o GWEC, na América Latina, o compromisso com leilões serviu para impulsionar o desenvolvimento do setor. A expectativa é que a região continue a crescer na área eólica em 2019, com expansão maior da cadeia de suprimentos.
“O desenvolvimento do mercado de energia eólica na América Latina se mostra bastante positivo. O Brasil realizou novamente leilões de grande escala e esperamos que o primeiro leilão na Colômbia ocorra este mês de fevereiro. Outros investimentos na cadeia de suprimentos por parte das principais fabricantes de equipamentos originais na Argentina comprovam o potencial do mercado no longo prazo”, disse Ben Backwell, diretor do GWEC.
Por causa de sua forte característica ecológica, a geração de energia eólica contribui de forma significativa para ajudar os países a cumprirem com suas metas previstas em acordos internacionais sobre o clima. O crescimento desse tipo de energia é parte fundamental da solução para reduzir emissões de gases, fortalecer a segurança energética, reduzir custos e aumentar o investimento em economias locais.
De acordo com Karin Ohlenforst, diretora de Inteligência de Mercado do GWEC, “o crescimento da energia eólica na América do Sul, em particular, comprova como essa fonte energética é competitiva nos mercados de leilão”.
Por Augusto Queiroz, da Agência Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 11/02/2019

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