Economia circular: conheça maneiras simples de contribuir para o futuro sustentável
Melhores escolhas de consumo, reciclagem de materiais e compostagem caseira estão entre medidas simples que fazem diferença no impacto ambiental
Por Beatriz Cavalcanti e Thaís Fernandez
Previsões do Banco Mundial estimam que a quantidade de resíduos sólidos gerados hoje pela humanidade no mundo dobrará até 2025, chegando a 6,5 de milhões de toneladas – por dia! De outro lado, a Organização das Nações Unidas prevê que a população global aumentará em mais dois bilhões de pessoas nos próximos 30 anos, passando dos atuais 7,7 bilhões para 9,7 bilhões em 2050. Os números são impactantes e o tempo para reverter esse quadro, escasso, mas a boa notícia é que empresas e cidadãos começam a aderir cada vez mais à economia circular, uma nova visão de desenvolvimento econômico e progresso.
“O conceito de economia circular propõe que a sociedade evolua de um modelo econômico baseado em produzir-usar-descartar para um processo mais sustentável, onde os recursos são totalmente utilizados e otimizados”, destaca Rafael Costa, diretor comercial da Embalixo. “Como o próprio nome diz, é preciso pensar de forma circular, ou seja, desde o momento que você produz e consome determinado produto até o modo como ele será descartado e reaproveitado, entrando em um novo ciclo de vida útil e contribuindo, assim, para reduzir essa montanha de resíduos sólidos que hoje afeta o meio ambiente e a nossa saúde”.
Desde 2017 toda a linha de produtos da Embalixo passou a ser 100% reciclável, com amplo investimento em tecnologia e inovação para o desenvolvimento de alternativas diferenciadas, como o saco para lixo vegano e o zero carbono, que já respondem por 40% das vendas da empresa. O projeto Carbono Zero foi fundamental nesse processo para tornar o produto cada vez mais sustentável. “Atualmente, gerar uma energia limpa, eliminando a emissão de dióxido de carbono na atmosfera é de extrema importância para o meio ambiente. No processo de reciclagem, é gerada uma pequena emissão de CO2, e ela é compensada pela fixação deste material junto ao polietileno renovável de planta feito a partir da cana de açúcar, pois este material, dentre vários benefícios, há captura de CO2, assimilado pelas folhas das plantas através da fotossíntese. A junção de ambos resulta na solução do Carbono Zero” explica Rafael Costa.
Ele lembra que a economia circular é um esforço conjunto da sociedade. “Como indústria, assumimos nossa responsabilidade de contribuir com a redução de resíduos, inovação na matéria-prima, processos produtivos mais limpos e geração de empregos”, analisa o executivo. “Mas é preciso que governos, entidades e pessoas adotem também essa mentalidade para que de fato funcione”, conclui.
Para quem quer aderir à economia circular e não sabe como começar, confira cinco dicas simples:
1.Prefira consumir produtos de fabricantes que adotem a economia circular em seu negócio, ou seja, que além de recorrer a matérias-primas e tecnologias que impactem menos o meio ambiente, ainda ofereçam soluções para o descarte ou reaproveitamento do produto ou das embalagens.
2.Busque maneiras criativas de reaproveitar embalagens e produtos. Redes sociais como o Pinterest são uma fonte rica de ideias para projetos e artesanato à base de garrafas pet ou de vidro, CDs usados, plástico em geral, além de muitos outros materiais. Compartilhe também suas ideias com os outros.
3.Monte uma composteira em casa, ou seja, um sistema que transforma o lixo orgânico (como restos de alimentos) em adubo para suas plantas. Clique aqui e veja o passo a passo de como fazer a sua, indicado pelo Instituto Akatu.
4.Escolha reparar ao invés de descartar. Isso vale para eletrônicos, eletrodomésticos, itens de vestuário, enfim, uma infinidade de coisas. Aprender a costurar, por exemplo, pode ser divertido e ainda auxilia nessa meta, ou pesquise entre amigos e familiares quem sabe fazer o tipo de reparo necessário, muitas vezes é possível até trocar conhecimentos. Para consertos mais complexos, como rede elétrica e hidráulica, sempre recorra a profissionais.
5.Crie grupos no WhatsApp ou no Facebook para trocas e desapegos. Pode começar entre vizinhos e amigos e ir expandindo para todos os interessados nas proximidades. Cada vez mais comuns, esses grupos permitem um reaproveitamento bacana de produtos: o que não serve mais para você, pode ser muito útil ao outro. E, o melhor: nada disso vai parar no lixo!
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 24/02/2021
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