quinta-feira, 3 de novembro de 2011
IDH DO BRASIL 2011
O Brasil é o 84° colocado no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2011 divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) da Organização das Nações Unidas (ONU).
A lista tem 187 países e o índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 o resultado, melhor o desempenho. O IDH 2011 do Brasil é de 0,718, colocando o País no grupo com desenvolvimento humano elevado. O índice brasileiro está acima da média global (0,682). Na comparação com 2010, o Brasil subiu uma posição.
A Noruega manteve a liderança no ranking, com IDH de 0,943. Em seguida estão a Austrália (0,929) e os Países Baixos (0,910) no grupo com desenvolvimento muito elevado.
Nas últimas posições, com os piores índices, estão o Burundi (0,316), o Níger (0,295) e a República Democrática do Congo (0,286), todos na África Subsaariana. O IDH considera três dimensões fundamentais para o desenvolvimento humano:
o conhecimento, medido por indicadores de educação;
a saúde, medida pela longevidade;
e o padrão de vida digno, medido pela renda.
Em 2011, para o Brasil, foram registrados 73,5 anos de expectativa de vida.
13,8 anos esperados de escolaridade (para crianças no início da vida escolar).
7,2 anos de escolaridade média (considerando adultos com mais de 25 anos)..
A Renda Nacional Bruta (RNB) per capita dos brasileiros em 2011 considerada no cálculo do Pnud foi US$ 10.162. Desde a criação do IDH, em 1980, o Brasil registra evolução no índice..
Em três décadas, a expectativa de vida do brasileiro aumentou em 11 anos, a média de escolaridade subiu 4,6 anos, mas a expectativa de anos de escolaridade caiu 0,4 ano.
No período, a RNB per capita subiu cerca de 40%. "As dimensões sociais de educação e saúde foram as que mais causaram impacto no IDH do Brasil e fizeram com que o país ganhasse posições", avaliou o economista do Relatório de Desenvolvimento Humano brasileiro, Rogério Borges de Oliveira..
Entre 2006 e 2011, o Brasil subiu três posições no ranking do IDH, segundo o Pnud.
Apesar dos avanços, o índice do Brasil está abaixo da média da América Latina (0,731). O desempenho brasileiro está atrás do Chile (0,805), da Argentina (0,797), do Uruguai (0,783), de Cuba (0,776), do México (0,770), do Panamá (0,768), do Peru (0,725) e do Equador (0,720).
Em relação aos outros países que compõem o Brics (grupo de mercados emergentes formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), o IDH brasileiro é o segundo melhor, atrás da Rússia.
"É interessante colocar esses países em um mesmo grupo de comparação pelo tamanho continental, pelas populações enormes, pela importância política, por serem economias emergentes e por terem políticas similares em alguns pontos", explicou o economista.
Além do índice principal, o Pnud também divulgou o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que capta perdas no desenvolvimento humano por causa das disparidades socioeconômicas. Nesta avaliação, o Brasil cai 27,7% em relação ao IDH, ficando em 0,519. Enquanto o IDH clássico é um índice potencial, o IDHAD retrata melhor a situação real de um país.
"É uma questão de conceito. Não basta viver em uma sociedade que tenha, na média, um bom indicador de saúde, de renda, de educação, mas na qual as pessoas convivam com diferenças no dia a dia. Conceitualmente, é relevante considerar a desigualdade", disse Oliveira.
O IDHAD do Brasil fica próximo ao de países como a República Dominicana e o Suriname. O impacto negativo da desigualdade no IDH do Brasil, de 27,7%, é maior do que a média de perda global, de 23%, e do que a dos países da América Latina, de 26,1%.
Para calcular o IDH ajustado à desigualdade, o Pnud considera as mesmas dimensões utilizadas no IDH original. No caso brasileiro, o maior responsável pela perda por causa da desigualdade é o quesito renda. Segundo Oliveira, o Brasil e os outros países da América Latina têm avançado atualmente na redução das desigualdades. Para ele, o impacto dos programas de transferência de renda deverá refletir-se no índice nos próximos anos.
"O IDH não é o melhor instrumento para avaliar políticas públicas no curto prazo. Mas espera-se que, a cada cinco ou dez anos, já tenhamos impacto dessas políticas no índice." Brasil tem cinco milhões de pessoas em situação de pobreza.
A ONU também divulgou ontem o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que vai além da renda e avalia privações nas áreas de saúde, educação e padrão de vida para dimensionar se uma pessoa é pobre. O índice considera privações em dez indicadores, como nutrição, acesso à água potável, saneamento, acesso à energia e anos mínimos de escolaridade. É considerado multidimensionalmente pobre o indivíduo privado de pelo menos um terço dos indicadores.
No Brasil, segundo o Pnud, 2,7% da população estão nesse tipo de pobreza. São 5,075 milhões de pessoas. Outros 7% da população correm o risco de entrar nessa condição, de acordo com o levantamento. Por esses critérios, 1,7 bilhão de pessoas em 109 países, ou um terço da população mundial, vivem em situação de pobreza. O valor é ainda maior do que o grupo de 1,3 bilhão de pessoas que vivem com US$ 1,25 ou menos por dia, que é a linha internacional de pobreza. De acordo com o relatório, o Níger é o país com maior proporção de pessoas em pobreza multidimensional, com 92% da população nessas condições. No caso brasileiro, quando se considera a proporção de pessoas em situação de pobreza grave (com privação em pelo menos cinco dos dez indicadores), 375 mil indivíduos são afetados. No entanto, 13,2 milhões de pessoas se encontram em uma situação vulnerável, ou seja,graças a um forte avanço nos indicadores de mortalidade materna, o Brasil se tornou um país menos desigual entre homens e mulheres, segundo o relatório do Pnud. O relatório do ano passado mostra que 110 brasileiras morriam a cada 100 mil partos. O deste ano aponta que esse número caiu para 58. O relatório não deixa claro de que período são os números de 2010, somente dizendo que eles se referem ao ano mais recente disponibilizado entre 2003 e 2008.
Diante desse quadro, o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) - calculado com base em indicadores de saúde, educação e participação das mulheres na sociedade - ficou em 0,449 para o Brasil em 2011. No ano passado, ele havia sido de 0,631. Pesou também no índice a taxa de fertilidade na adolescência, que permanece elevada: 75,6 para cada mil nascimentos. O cálculo é feito de acordo com o número de partos de mulheres com idades entre 15 e 19 anos para cada mil mulheres na mesma faixa etária. Problemas ambientais ameaçam avanços As ameaças ambientais podem comprometer avanços no desenvolvimento humano nos próximos anos, e os principais prejudicados serão os países mais pobres do mundo. De acordo com o Pnud, os avanços em saúde e renda poderão ser ameaçados pelas consequências das mudanças climáticas e da destruição ambiental. "Os resultados alcançados nas últimas décadas poderão ser revertidos se não levarmos em conta o desenvolvimento sustentável, compreender que a desigualdade afeta a degradação ambiental e vice-versa", apontou o pesquisador Alan Fuchs.
Pelas projeções, se o ritmo de evolução do IDH dos últimos 40 anos for mantido, em 2050 a grande maioria dos países terá índices considerados muito elevados. No entanto, essa trajetória pode ser comprometida pelos riscos ambientais, que foram divididos pelo Pnud em dois cenários: desafio e desastre ambiental.
O Pnud sugere mudanças significativas na implementação de políticas públicas e investimentos em sustentabilidade para reverter a situação. "É preciso haver uma mudança macro. Um ambiente limpo e seguro deve ser um direito, e não um privilégio", avaliou Fuchs.
Entre as medidas, está a criação de um imposto verde, para taxar as grandes transações financeiras internacionais e financiar o enfrentamento das mudanças climáticas e da pobreza extrema. Segundo cálculos do programa das Nações Unidas, uma taxa de 0,005% sobre as negociações cambiais poderia gerar anualmente US$ 40 bilhões para essas causas.
FONTE/JORNAL DO COMÉRCIO/PORTO ALEGRE.
5ª economia do mundo, 84º IDH, é uma brincadeira.
ResponderExcluirComo é que um país como o Brasil pode se torna desenvolvido com tanta disparidade. Rica mais egoista perversa mãe gentil vendo seus filhos morrerem de fome e não dividi o pão, sem educação mas não os coloca na escola, doentes mais não lhe dá assitencia médica. Que feio para uma mãe que deveria cuidar de seus filhos amados.
ResponderExcluirÉ PARA PENSAR....
ResponderExcluirCOMO UM PAÍS QUE TEM A 5° MAIOR ECONOMIA, ESTÁ NA POSIÇÃO 84° DO IDH, É TÃO DESIGUAL, SERÁ QUE O BRASIL REALMENTE MERECE ESTES DADOS, ESTAR NESSA POSIÇÃO, PARA MIM ELE PRECISA MELHORAR...
RUMO AO FUTURO BRASIL, EM BUSCA DO MELHOR PARA TODOS!!!