As massas de ar constituem o principal fator determinante dos climas brasileiros, porque podem mudar bruscamente o tempo nas áreas onde atuam.
Em virtude de sua posição geográfica tropical, o território brasileiro está sob a influência da ZCIT, com exceção da parte localizada ao sul do trópico de Capricórnio, onde a massa polar atlântica tem papel de destaque nos meses mais frios.
O Brasil sofre a influência de praticamente todas as massas de ar que atuam na América do Sul, exceto as que têm origem no oceano Pacífico (oeste), cuja influência é limitada pela Cordilheira dos Andes, que barra a sua passagem para o interior do continente.
O mecanismo das massas de ar no Brasil depende da circulação geral da atmosfera na terra.
As massas de ar que interferem nos climas do Brasil
Por ter 92% de seu território na zona tropical e estar localizado no hemisfério sul, onde as massas líquidas (oceanos e mares) ocupam maior espaço do que as massas sólidas (terra), o Brasil é influenciado predominantemente pelas massas de ar quente e úmido.
Massa equatorial continental (mEc)
Originária da Amazônia ocidental – área de baixa latitude e muitos rios, a mEc é uma massa de ar quente, úmido e instável. É a que exerce maior influência no Brasil: atinge praticamente todas as regiões durante o verão no hemisfério sul, provocando chuvas.
Na Amazônia, as elevadas temperaturas e as altas taxas de umidade, decorrentes da atuação dessa massa de ar, são responsáveis pelos elevados índices pluviométricos da região. No inverno, a mEc recua e sua ação fica restrita à Amazônia ocidental.
Massa tropical atlântica (mTa)
De ar quente e úmido, a mta origina-se no atlântico sul. Formadora dos ventos alísios de sudeste, atua na faixa litorânea brasileira, que se estende da região sul à região nordeste, e é praticamente constante no decorrer do ano. Durante o inverno, a mTa encontra a única massa de ar frio e úmido que atua no Brasil, a massa polar atlântica (mPa).
Esse encontro provoca chuvas frontais no litoral nordestino. Por isso é comum ouvirmos notícias sobre chuvas que castigam Maceió, Salvador e Recife nos mês de julho, principalmente.
No litoral das regiões Sul e Sudeste, o encontro da mTa com as áreas elevadas da serra do Mar provoca as chuvas orográficas ou de montanha.
chuvas orográficas
Massa polar atlântica (mPa)
Por se originar no oceano atlântico, ao sul da Argentina, em uma zona de média latitude (de 30o a 60o), a mPa tem ar frio e úmido. Atua principalmente no inverno, dividindo-se em três ramos separados pela orientação do relevo brasileiro. Os dois primeiros ramos referem-se ao corredor de planícies interiores brasileiras, que estão cercadas por áreas de maiores altitudes, como os Andes (no oeste) e as serras brasileiras (no leste), permitindo o avanço da mPa sobre essas áreas mais baixas do nosso relevo.
O primeiro ramo sobe pelo vale do rio Paraná, atingindo a região Sul, e traz ventos frios, como o minuano e o pampeiro, causando a formação de granizo, geada e até neve nas serras catarinenses e gaúchas.
O morro da igreja (1828m), localizado no município de Urubici, em Santa Catarina, apresenta as menores temperaturas brasileiras por reunir os fatores altitude e latitude, e o elemento climático, no caso a massa polar atlântica. A temperatura mais baixa registrada no Brasil até 1996 ocorreu em Urubici: -17,8o.
O segundo ramo, também consequência das baixas altitudes da área central no território brasileiro, permite o avanço dessa massa de ar frio e úmido que chega a atingir a Amazônia ocidental e provoca queda brusca da temperatura, por alguns dias, em Mato Grosso, Rondônia e Acre. É o fenômeno da “friagem”.
O terceiro ramo refere-se ao avanço da massa polar atlântica pelo litoral brasileiro, do sul ao nordeste.
No nordeste oriental (litoral), como já vimos, o encontro da mPa (de ar frio e úmido) com a mTa (de ar quente e úmido) provoca as chuvas frontais durante o inverno.
chuvas frontais
Massa equatorial atlântica (mEa)
Massa de ar quente e úmido, a mEa origina-se próximo do arquipélago português dos Açores, na África. Formadora dos ventos alísios de nordeste atua, principalmente, durante a primavera e o verão no litoral das regiões norte e nordeste. Conforme avança pelo interior do país, essa massa de ar vai perdendo a umidade, por isso não causa chuvas significativas na porção norte do litoral nordestino.
Massa tropical continental (mTc)
Por ter origem na depressão do Chaco (Paraguai), isto é, em uma zona de altas temperaturas e pouca umidade, é uma massa de ar quente e seco. No Brasil, atua no sul da região Centro-Oeste e no oeste das regiões Sul e Sudeste, onde ocorrem longos períodos de tempo quente e seco. Também provoca um bloqueio atmosférico que impede a chegada das massas de ar frio, quase sempre nos meses de maio e junho, quando ocorrem dias com temperaturas mais altas, chamados de “veranico”.
Em virtude de sua posição geográfica tropical, o território brasileiro está sob a influência da ZCIT, com exceção da parte localizada ao sul do trópico de Capricórnio, onde a massa polar atlântica tem papel de destaque nos meses mais frios.
O Brasil sofre a influência de praticamente todas as massas de ar que atuam na América do Sul, exceto as que têm origem no oceano Pacífico (oeste), cuja influência é limitada pela Cordilheira dos Andes, que barra a sua passagem para o interior do continente.
O mecanismo das massas de ar no Brasil depende da circulação geral da atmosfera na terra.
As massas de ar que interferem nos climas do Brasil
Por ter 92% de seu território na zona tropical e estar localizado no hemisfério sul, onde as massas líquidas (oceanos e mares) ocupam maior espaço do que as massas sólidas (terra), o Brasil é influenciado predominantemente pelas massas de ar quente e úmido.
Massa equatorial continental (mEc)
Originária da Amazônia ocidental – área de baixa latitude e muitos rios, a mEc é uma massa de ar quente, úmido e instável. É a que exerce maior influência no Brasil: atinge praticamente todas as regiões durante o verão no hemisfério sul, provocando chuvas.
Na Amazônia, as elevadas temperaturas e as altas taxas de umidade, decorrentes da atuação dessa massa de ar, são responsáveis pelos elevados índices pluviométricos da região. No inverno, a mEc recua e sua ação fica restrita à Amazônia ocidental.
Massa tropical atlântica (mTa)
De ar quente e úmido, a mta origina-se no atlântico sul. Formadora dos ventos alísios de sudeste, atua na faixa litorânea brasileira, que se estende da região sul à região nordeste, e é praticamente constante no decorrer do ano. Durante o inverno, a mTa encontra a única massa de ar frio e úmido que atua no Brasil, a massa polar atlântica (mPa).
Esse encontro provoca chuvas frontais no litoral nordestino. Por isso é comum ouvirmos notícias sobre chuvas que castigam Maceió, Salvador e Recife nos mês de julho, principalmente.
No litoral das regiões Sul e Sudeste, o encontro da mTa com as áreas elevadas da serra do Mar provoca as chuvas orográficas ou de montanha.
chuvas orográficas
Massa polar atlântica (mPa)
Por se originar no oceano atlântico, ao sul da Argentina, em uma zona de média latitude (de 30o a 60o), a mPa tem ar frio e úmido. Atua principalmente no inverno, dividindo-se em três ramos separados pela orientação do relevo brasileiro. Os dois primeiros ramos referem-se ao corredor de planícies interiores brasileiras, que estão cercadas por áreas de maiores altitudes, como os Andes (no oeste) e as serras brasileiras (no leste), permitindo o avanço da mPa sobre essas áreas mais baixas do nosso relevo.
O primeiro ramo sobe pelo vale do rio Paraná, atingindo a região Sul, e traz ventos frios, como o minuano e o pampeiro, causando a formação de granizo, geada e até neve nas serras catarinenses e gaúchas.
O morro da igreja (1828m), localizado no município de Urubici, em Santa Catarina, apresenta as menores temperaturas brasileiras por reunir os fatores altitude e latitude, e o elemento climático, no caso a massa polar atlântica. A temperatura mais baixa registrada no Brasil até 1996 ocorreu em Urubici: -17,8o.
O segundo ramo, também consequência das baixas altitudes da área central no território brasileiro, permite o avanço dessa massa de ar frio e úmido que chega a atingir a Amazônia ocidental e provoca queda brusca da temperatura, por alguns dias, em Mato Grosso, Rondônia e Acre. É o fenômeno da “friagem”.
O terceiro ramo refere-se ao avanço da massa polar atlântica pelo litoral brasileiro, do sul ao nordeste.
No nordeste oriental (litoral), como já vimos, o encontro da mPa (de ar frio e úmido) com a mTa (de ar quente e úmido) provoca as chuvas frontais durante o inverno.
chuvas frontais
Massa equatorial atlântica (mEa)
Massa de ar quente e úmido, a mEa origina-se próximo do arquipélago português dos Açores, na África. Formadora dos ventos alísios de nordeste atua, principalmente, durante a primavera e o verão no litoral das regiões norte e nordeste. Conforme avança pelo interior do país, essa massa de ar vai perdendo a umidade, por isso não causa chuvas significativas na porção norte do litoral nordestino.
Massa tropical continental (mTc)
Por ter origem na depressão do Chaco (Paraguai), isto é, em uma zona de altas temperaturas e pouca umidade, é uma massa de ar quente e seco. No Brasil, atua no sul da região Centro-Oeste e no oeste das regiões Sul e Sudeste, onde ocorrem longos períodos de tempo quente e seco. Também provoca um bloqueio atmosférico que impede a chegada das massas de ar frio, quase sempre nos meses de maio e junho, quando ocorrem dias com temperaturas mais altas, chamados de “veranico”.
Mt bom a explicaçao, aprendi
ResponderExcluirTenho dificuldade neste assunto, mas finalmente aprendi :D
ResponderExcluirboa explicação,de fácil compreensão.
ResponderExcluirMuito bom o texto! Estou estudando o tema no livro do Demétrio Magnoli e fiquei na dúvida porque diz que a mEc corresponde aos alísios e a mTc aos contra-alísios, e isso não parece corresponder às definições de alísio e contra alísio.
ResponderExcluirFoi muito útil para minha pesquisa!!! Obrigada!!!
ResponderExcluirObrigada pela explicação professora! Ajudou-me bastante!!!
ResponderExcluirLi e gostei da explicação, obrigada! :D
ResponderExcluirLi e gostei da explicação, obrigada! :D
ResponderExcluirgostei muito essa explicação e demais
ResponderExcluirÓtima explicação! Obrigada, me ajudou muito
ResponderExcluirEstava fazendo uma confusão sobre massa de ar, agora ficou muito claro.Obrigada...
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirNunca imaginei que fosse ter de estudar sobre isso na minha idade adulta. Talvez já tenha até visto este assunto no passado, mas pouco me recordo, até porque nunca havia tido a necessidade. Porém, desde que passei a me preocupar com a umidade do interior da minha residência tenho buscado informações sobre como agem as correntes de ar, a fim de melhorar a eficiência do controle do ar em minha casa. Praticamente não uso aparelhos de ar condicionado pelo alto custo da energia. Ou seja, o calor dá até pra eu suportar. Mas o que mais estava me incomodando era o excesso de umidade, mesmo a minha casa sendo bem arejada e não ter contato direto com fontes de umidade, a não ser o próprio ar do ambiente, que em minha cidade já é úmido a maior parte do ano. Pois bem, a solução para controlar o excesso tem sido utilizar aparelhos desumidificadores elétricos a base de gás refrigerante, bem caros por sinal. Para se ter uma ideia de como esses aparelhos trabalham e do gasto de energia, durante um noite um desumidificador enche seu recipiente com capacidade de 10 litros de água por completo. O consumo gira em torno de 200w a 600 w, dependendo do modelo. Os preços dos aparelhos variam de R$ 1500,00 a R$ 3000,00. Mas, enfim, onde é que entra o assunto aqui estudado com a minha situação real? O fato é que eu precisava descobrir a dinâmica das correntes de ar, ou seja, como elas se comportam quando estão secas ou úmidas, frias ou quentes. E não imaginava. por exemplo, que uma corrente de ar quente pudesse estar úmida ou, ao contrário, que uma corrente de ar frio pudesse estar seca. Tinha dúvida também sobre em quais sentidos as correntes de ar se movimentavam, de acordo com a sua temperatura. Tentem imaginar a dimensão do meu problema, pois o que eu precisava era manter a umidade relativa dentro de casa no patamar abaixo de 60%, que é o nível máximo recomendado para se evitar proliferação de fungos e mofo. No entanto, minha cidade tem uma umidade sempre acima de 80%. Logo, dentro de casa, a tendência era que esta taxa ficasse até maior do que o da cidade. A solução foi comprar desumidificadores em quantidade suficiente para manter a umidade interna sempre menor do que a do exterior e manter a casa o máximo possível fechada para se criar uma barreira com o ar seco interno de forma a impedir a entrada de ar úmido do exterior. No meu caso, são três desumidificadores retirando cerca de 30 litros de aguá do ar, de dentro de casa, por dia. O que pesa muito é o gasto de energia.
Me ajudou muito no meu trabalho de escola, aprendi muito sobre o assunto, ótima explicação!
ResponderExcluirMuito bom! Não consegui entender muito bem quando minha professora me explicou, mas consegui entender e até resumir o que está nesse site, muito obrigada! :3
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirComo uma pessoa com déficit de atenção, levei uma tarde para ler esse texto por causa dessas bolhas. Texto bom.
ResponderExcluirMuito bom
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