sábado, 11 de abril de 2015

PAISAGENS NATURAIS.

                               OS BIOMAS MUNDIAIS.

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   As formações vegetais são associações específicas de vegetais que se desenvolvem de acordo com o tipo de clima, relevo e solo do local em que se situam. A influência do clima é a de maior relevância, havendo uma relação entre a formação vegetal e a região climática característica.
De acordo com a estratificação ou o tamanho (ou porte) predominante na paisagem, as formações vegetais podem ser: arbóreas ou florestais, arbustivas, herbáceas ou campestres e complexas (reúnem espécies de porte variado).
   As formações vegetais, especialmente as florestas, desempenham funções importantes: na proteção do solo, minimizando os efeitos do escoamento superficial; no equilíbrio ecológico; no abrigo das faunas silvestres, propiciando a preservação de espécies; na manutenção dos ecossistemas e dos recursos hídricos.
   Por bioma entende-se o conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria (IBGE).

                               FLORESTAS TROPICAIS



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   Esse bioma engloba as florestas que se localizam entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, como as florestas equatorial e pluvial subtropical. Envolve as planícies do Congo (África) e do Amazonas (América do Sul), a região costeira oeste da África que se estende desde a Nigéria até Guiné, a região oriental da Índia e o Sudeste Asiático.



   A floresta equatorial é produto de um regime climático, continuamente quente, com precipitação em abundância durante todos os meses do ano (os períodos de seca são no máximo de um a dois meses). Um grande excedente hídrico caracteriza o balanço hídrico anual, em que os índices de precipitação são sempre superiores aos de evapotranspiração.
   O estrato arbóreo desse tipo de formação atinge alturas médias de 50 a 55 metros, sendo sua composição por três andares (estratos): superior, médio e inferior. O estrato superior que não é compacto, consiste em espécies que se elevam acima das outras árvores. O espesso dossel de folhas são formados nos andares médio e inferior.
   Os solos desse estrato são geralmente ácidos e extremamente pobres de nutrientes, o que diante da exuberância da vegetação, parece contraditório. Quase todas as reservas de nutrientes necessários à floresta fazem parte da porção de vegetação que caem e se decompõem acima do solo, e os elementos nutritivos liberados são novamente logo absorvidos pelas raízes. As árvores também podem utilizar-se dos fungos para obter seus nutrientes de forma orgânica, diretamente da serapilheira.
   A floresta se mantém por milhares de anos no mesmo lugar em razão dessa rápida reciclagem dos nutrientes, mas, tão logo seja desflorestada, há intensa erosão do solo. Normalmente o desmatamento é resultado da implantação de áreas de cultivo ou de criação de animais.
   As florestas pluviais subtropicais localizam-se nas áreas próximas aos trópicos (Câncer e Capricórnio), com alargamento na costa oriental dos continentes até uma latitude norte e sul (de aproximadamente 26º) compreendendo boa porção da África, da América e do sul e sudeste da Ásia.

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   O clima dessas áreas é quente, com variação anual da temperatura que não ultrapassa 6ºC e chuvas abundantes e bem distribuídas durante o ano.
   Desenvolve-se, nesse ambiente de calor e umidade, a maior variedade vegetal do planeta. A floresta apresenta-se sempre verde, com espécies de folhas grandes e largas, que formam um emaranhado quase compacto, com árvores que se sobressaem, com até 50 metros de altura. abaixo dessas, há outras de menor porte, com ocorrência que chega ao limite das espécies arbustivas.

                                  SAVANA



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   A palavra "savana" é usada para descrição das terras cobertas de gramíneas tropicais em vários continentes, incluindo a América do Sul (na região da bacia do rio Orenoco, denominado de Lhano) e a Austrália (ao norte, denominado de Scrub).
   É uma vegetação que cresce em climas que se alternam de seco a úmido ou de frio a quente. No período mais seco, a vegetação fica protegida da transpiração excessiva perdendo as folhas e as raízes buscam águas e grandes profundezas.
   As savanas podem ser úmidas, espinhentas, de inundação e recebem nomes regionais, como miombo e mopane, na África Tropical, cerrado do Brasil Central, Lhanos na Venezuela.


                                   PRADARIA



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As formações vegetais herbáceas caracterizam as pradarias, que podem ser chamadas de estepes ou pampa, conforme a área geográfica. Normalmente estão presentes em áreas planas, com suaves elevações e onde há ventos constantes.
A pradaria é um tipo de vegetação que predomina em áreas frias, geralmente com clima temperado, com pouca precipitação, em torno de 500/700 mm/ano e concentradas no final do verão. O relevo é plano e solos com significativa quantidade de matéria orgânica, o que favorece a sua utilização para agricultura.
O termo pampas é mais utilizado na América do Sul, predominando em regiões com relevo plano, com precipitações bem distribuída durante o ano todo. Os pampas argentinos situados próximos ao Oceano Atlântico foram  ocupados pela agricultura e são considerados o coração agrícola devido à sua boa produção. Já os situados próximos à Cordilheira dos Andes são secos, o que não favorece a ocupação agropecuária.
   Na Europa, as terras negras da Ucrânia são cobertas de plantas herbáceas, chamadas de estepe. Como nos demais lugares onde predominam as pradarias e os pampas, essas áreas foram intensamente ocupadas e adaptadas à exploração agrícola.

                                  DESERTOS



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   São áreas onde chove muito pouco (em torno de 200mm/ano), com amplitudes térmicas diárias acentuadas (podendo chegar a 50ºC de dia e negativos à noite), com ventos fortes. Essas áreas caracterizam-se como inóspitas, dificultando a presença de formações vegetais.


   As poucas espécies vegetais que se fazem presentes nos desertos, adaptaram-se biológica e morfologicamente, principalmente, à falta de água, com raízes mais profundas, além e alguns fatores para diminuir e impedir a evaporação, como talos, folhas e flores de tamanho reduzidos. Além disso, desenvolveram esqueleto firme e flexível para se curvarem ao vento e não quebrarem, além de armazenar líquidos nas raízes, nos caules e nas flores.

                                       TAIGA



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   A Taiga predomina no Hemisfério Norte, principalmente entre as latitudes de 48º a 72ºN, estando presente no Canadá (América do Norte), Noruega, Finlândia, Suécia e Federação Russa (Europa e Ásia).
   Esse tipo de vegetação está estritamente relacionado a grandes áreas de montanhas e predomina nas Rochosas Americanas, Aloés, Cárpatos, Cáucaso, Ilha de Hokkaido no Japão, Costa Nordeste dos EUA (Washington, Oregon e norte da Califórnia), Cadeia do Atlas no Marrocos e Apalaches, na Costa Leste Americana, entre outras áreas.
   Apesar de predominarem no Hemisfério Norte, estão presentes no Brasil (Floresta de Araucária onde predomina a espécie Araucária Angustifolia - o pinheiro do Paraná), Nova Zelândia, Austrália, Chile, Argentina, Equador, África do Sul, principalmente, em áreas com mais de 500 metros de altitude.
   As coníferas ocupam extensas áreas e, portanto, não se pode afirmar a existência de um clima uniforme, sendo influenciadas pelo clima frio oceânico, com pequena amplitude térmica e, também pelo clima frio continental, que podem apresentar variações térmicas anuais expressivas. Assim, as florestas de coníferas da América do Norte e as da Ásia Oriental, apresentam significativa quantidade de espécies diferentes.
   Apesar disso, uma característica presente nas diversas espécies vegetais da Taiga é o fato de possui tem folhas perenes e aciculifoliadas, isto é, em forma de agulha. Grande parte das espécies no outono, mudam a cor de suas folhas.

                                 TUNDRA



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   Na tundra predominam liquens, musgos e fungos, os arbustos estão presentes em áreas restritas. As espécies estão adaptadas ao clima que predomina no extremo norte da América 
do Norte, Europa e Ásia e em algumas ilhas no Hemisfério Sul.

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   O clima está associado às massas polares, com inverno rigorosos, abundante precipitação de neve, a qual é inferior a 100 mm/ano. os verões são curtos e frescos. Devido a essas 
características do clima, em algumas regiões, o solo fica congelado permanentemente (permafrost) a partir de uma pequena profundidade

                                      FLORESTA TEMPERADA



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   O bioma floresta temperada foi intensamente ocupado para a criação de animais e uso agrícola, principalmente na América do Norte e na Europa.
   Na Europa, alguns remanescentes estão na Floresta de Sherwood (Inglaterra) e Floresta Negra (Alemanha). Está presente, também, na Ásia e em pequenas extensões na América do Sul e Oceania.

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   O clima temperado, com as quatro estações bem definidas, tem influência direta no comportamento dessa formação vegetal. O solo é rico em matéria orgânica, contribuindo para o seu bom desempenho nas atividades agrícolas.
   Em relação à formação vegetal, pode haver quatro camadas de vegetação; uma camada rasteira, uma camada de arbustos que podem chegar a 5 metros e, uma camada de árvores, 
geralmente de 8 a 30 metros de altura que formam uma cobertura contínua.

                                   VEGETAÇÃO MEDITERRÂNEA



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   A vegetação mediterrânea desenvolve-se em regiões de clima mediterrâneo, com verões  quentes e secos e invernos com temperatura amena e chuvosos. Presente na Austrália, na América do Sul, porção sul da África e sudoeste da América do Norte. 
O sul da Europa e norte da África eram as áreas de maior ocorrência, mas, devido à intensa ocupação dessas regiões principalmente, para cultivo de oliveiras e videiras, restam poucas áreas dessa vegetação. Essa formação vegetal é composta de estrato arbóreo, estrato arbustivo e estrato herbáceo.
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                                 ALTA MONTANHA



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   A altitude é um fator que influencia o desenvolvimento das formações vegetais. A medida que aumenta a altitude, ocorre a diminuição da precipitação e da temperatura e, também, 
aumenta a amplitude térmica diária, que pode chegar a 35ºC.
  As formações de altas montanhas não são caracterizadas como um bioma, mas, apresentam características específicas em função da significativa influência da altitude.
   Nas elevações que se estendem de norte a sul como a Cordilheira dos Andes, por exemplo, ocorre um zoneamento das formações vegetais, no qual podem ser identificadas quatro faixas de altitude:

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   1- Terra quente: estende-se do sopé das elevações andinas até aproximadamente 1.100 
metros de altitude. Nessa faixa predominam as florestas pluvial tropical e a subtropical.
2- Terra temperada: entre 1 100 e 2 200 metros de altitude. As espécies tropicais desaparecem, mas, a formação vegetal continua heterogênea.
3- Terra fria : entre 2 200 e 3 300 metros de altitude. Varia conforme a sua localização : próximo ao Equador (baixa latitude ), onde há maior condensação de nuvens contribuindo para as altas taxas de umidade do ar, predomina o desenvolvimento de musgos, bambus, bromeliáceas e orquídeas; nas regiões próximas  aos trópicos, a vegetação que é de menor porte foi retirada para dar lugar ao cultivo de cereais e à criação de animais. Nas partes mais altas, há a presença de coníferas.
4- Terra gelada : acima de 3 300 metros de altitude . Nessa faixa frequentemente ocorrem geadas. A vegetação predominante é a de gramíneas e de pequenos arbustos. Na Cordilheira dos Andes é chamada de puna e, conforme as condições climáticas, pode ser dividida e puna úmida e puna seca.

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Fonte : Dirce Grando Dias Santis.

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