Um dos primeiros blocos econômicos da Europa foi o BENELUX (Be de Bélgica, NE de Netherlands e Lux de Luxemburgo), o acordo aduaneiro que iniciou a união foi assinado em 1944. Ele é usado agora de uma forma mais geral para se referir ao agrupamento geográfico, econômico e cultural dos três países.
A CECA
Com o sucesso do Benelux, novas tentativas no mesmo sentido passaram a acontecer por outros países europeus no pós-guerra, com o intuito de promoverem uma maior evolução e cooperação econômica entre si. Assim, foi criada a CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço) no ano de 1952, envolvendo os países do Benelux, a Alemanha, a França e também a Itália. Esses três últimos foram justamente os países europeus mais afetados com as grandes guerras do século XX, além da Inglaterra, que, até então, não integrava o bloco.
Como o próprio nome diz, a CECA promoveu uma maior cooperação econômica no âmbito da produção de recursos naturais, notadamente o carvão e o aço, o que era simbólico naquela época, haja vista que franceses e alemães disputaram arduamente territórios que continham esses minerais, tais como o Vale do Ruhr e a Alsácia-Lorena.
O Tratado de Roma
A maior integração promovida pela CECA logo serviu de exemplo para outros países europeus, que passaram a encaminhar vários acordos que culminaram na assinatura do Tratado de Roma no ano de 1957. Esse acordo instituiu a criação do Mercado Comum Europeu, também chamado de Comunidade Econômica Europeia.
A criação desse novo bloco foi inovadora por ir muito além de um mero acordo econômico, pois propiciava uma livre circulação entre mercadorias, capitais, serviços e pessoas, algo impensável para o mundo até então. A força das fronteiras foi deixada de lado para a promoção de uma maior integração política, econômica e territorial entre diferentes países.
Posteriormente, ingressaram no Mercado Comum Europeu a Dinamarca, o Reino Unido e a Irlanda, em 1973. Já no ano de 1981, ingressou a Grécia e, em 1986, a Espanha e Portugal, tornando-se aquilo que na época ficou conhecido como a Europa dos Doze.
O Tratado de Maastricht
No início dos anos 1990, após a reunificação alemã e o fim do sistema soviético capitalista de Estado, ampliaram-se as discussões para que se aprofundassem ainda mais os níveis de integração do bloco econômico europeu. Em 1992, foi assinado o Tratado de Maastricht, que transformava o bloco de mercado comum em uma união econômica e monetária, que recebeu o nome, então, de União Europeia.
Dessa forma, além da livre circulação de mercadorias, bens, capitais e pessoas, foram estabelecidas novas medidas de integração, tais como a adoção de um passaporte único para os cidadãos e a união monetária, ou seja, a criação de uma moeda única, o euro, com a consequente criação de um Banco Central Europeu, órgão responsável por regular a moeda em questão. Inicialmente, no ano de 1999, o euro envolvia apenas alguns acordos comerciais do bloco e não circulava entre a população, o que só ocorreu posteriormente.
Em 1995, Suécia, Finlândia e Áustria ingressaram na União Europeia, passando a adotar todos os seus termos, totalizando quinze membros no bloco.
No ano de 2002, conforme previsto pelo Tratado de Maastricht, o euro começou a vigorar, passando a circular em todos os países da UE, com exceção da Inglaterra e Dinamarca. Os demais membros então adotaram integralmente a moeda e constituíram aquilo que se convencionou chamar de “Zona do Euro”.
Depois do ingresso de vários países na União Europeia, todos esses gradativamente cumprindo acordos para a também adoção do Euro, o bloco passou a contar com 28 países-membros em 2014.
A seguir está a lista de todos os países-membros da União Europeia, com o ano de suas respectivas adesões:
Alemanha (1952), Áustria (1995), Bélgica (1952), Bulgária (2007), Chipre (2004), Croácia (2013), Dinamarca (1973), Eslováquia (2004), Eslovênia (2004), Espanha (1986), Estônia (2004), Finlândia (1995), França (1952), Grécia (1981), Hungria (2004), Irlanda (1973), Itália (1952), Letônia (2004), Lituânia (2004), Luxemburgo (1952), Malta (2004), Países Baixos (1952), Polônia (2004), Portugal (1986), Reino Unido (1973), República Checa (2004), Romênia (2007) e Suécia (1995).
Fonte : Alunos Online
Adaptação e imagens : Geo-Conceição
Adaptação e imagens : Geo-Conceição
Histórico do Mercosul
O Mercado Comum do Sul, teve sua origem a partir da constituição do mercado comum entre a República Argentina e a República Federativa do Brasil, República do Paraguai e República Oriental do Uruguai, a partir da assinatura do Tratado de Assunção, em 26 de março de 1991, sendo considerado como um dos mais importantes passos para o processo de integração entre os países latinos.
O Tratado de Assunção apesar de ser um acordo de cunho internacional, marcadamente econômico, sua assinatura significou a coroação de um projeto estratégico regional de natureza igualmente política. Com a criação de blocos comerciais regionais constitui-se uma tendência que vem se consolidando há décadas. Nesse sentido o Mercosul representa tanto um esforço de integração econômica que aproxima seus países membros. Ao integrar-se ao Mercosul, o
Brasil ganha peso nas negociações internacionais, passando a negociar não mais individualmente, mas como bloco, tendo seu poder de negociação potencializado.
Com a assinatura do Protocolo de Ouro Preto, em 17 de dezembro de 1994, o MERCOSUL ganhou personalidade jurídica de direito internacional: o protocolo reconhece ao bloco competência para negociar, em nome próprio, acordos com terceiros países, grupos de países e organismos internacionais.
O acordo firmado estipulava que, a partir de janeiro de 1995, todas as mercadorias e serviços teriam livre acesso comercial entre os países participantes, com ressalvas a alguns itens e posterior harmonização até o final do ano de 2005, quando toda economia da região será integrada.
O acordo tem três fases:
– Março/91 a dezembro/94: período de transição – programa de liberação comercial;
– Janeiro/95 a dezembro/99: caracteriza-se pela união aduaneira – estabelece-se a TEC (Tarifa Externa Comum);
– Janeiro/2000 a dezembro/2004: integração de fato – mercado comum.
– Janeiro/95 a dezembro/99: caracteriza-se pela união aduaneira – estabelece-se a TEC (Tarifa Externa Comum);
– Janeiro/2000 a dezembro/2004: integração de fato – mercado comum.
Países Membros do Mercosul
Países Associados ao Mercosul
PERU
EQUADOR
COLÔMBIA
BOLÍVIA
CHILE
EQUADOR
COLÔMBIA
BOLÍVIA
CHILE
País Observador
MÉXICO
MÉXICO
NAFTA
O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio é um termo que envolve os países da América do Norte (Estados Unidos, México e Canadá) e o Chile como associado, que visa a aproximação econômica desses países em busca de melhora mútua entre os mesmos. Esse acordo trabalha com a política de comércio entre esses países, tendo taxas menores.
Esse tratado teve início em 1 de Janeiro de 1994, sendo que seu teor foi decidido e assinado no ano anterior. Ao contrário do exemplo de acordo feito na união européia, o NAFTA não é de uma lei comum para os países participantes que os unifique. O acordo teve início quando em 1988, o Canadá e os Estados Unidos assinaram um acordo, de Liberalização Econômica. Mais tarde, em 13 de agosto de 92, o México entrou nessa negociação.
O NAFTA funciona como um tratado que visa diminuir barreiras comerciais, mas elas não passam por cima das leis internas de cada país. Esse Bloco Econômico deu fim às barreiras alfandegárias para a melhor circulação de mercadorias entre os países envolvidos, além, é claro, de unir interesses e a mútua proteção deles.
O tratado nunca foi unanimidade em nenhum dos três países. Até hoje, existem parcelas da população e do governo que questionam algumas cláusulas específicas do tratado e se ele é realmente proveitoso para todos os envolvidos. Setores do México, que é a economia mais fraca dos três países participantes do tratado, como os fazendeiros e de uniões trabalhistas, são contra a NAFTA. As uniões trabalhistas, pela perda de influência que elas tiveram nos centros urbanos do México e os fazendeiros, pela pressão que os Estados Unidos fazem em relação a preços dos produtos agrícolas mexicanos. Contrários à NAFTA diziam que o acordo transformaria o México numa “colônia” dos Estados Unidos.
O Canadá também teve problemas com revoltas contra a NAFTA, especialmente depois dos Estados Unidos se recusarem a cumprir cláusulas do tratado no que diz respeito às medidas antidumping (medida para proteção de empresas que praticam dumping, uma prática ilegal, que prejudica o comércio do país que importa produtos dessa empresa) e também pela taxa de contervailing. Cogitou-se até a possibilidade do Canadá vetar a importação de algumas formas de energia para os Estados Unidos, mas ao final, pouca coisa foi alterada.
Nos Estados Unidos, temeu-se que esse acordo poderia causa desemprego no país por conta da migração de empresas para outros países, motivadas pela mão de obra barata. A votação no Senado e no Congresso americano foi em favor da NAFTA, mas ganhou de uma maneira “apertada”, o que mostra que não era, e ainda não é, uma unanimidade no país.
A NAFTA, devido a vários fenômenos econômico que aconteceram depois de sua criação, ainda não pode ter uma análise que possa apontar com certeza se está sendo positiva ou não para seus participantes. Alguns efeitos já sentidos é que já há uma concentração maior de capital no México, um número maior de empresas dos Estados Unidos e do Canadá entraram no país para aproveitar a mão de obra barata, houve um aumento substancial de migração ilegal de mexicanos para os Estados Unidos e as tarifas de exportação ainda não foram retiradas de todos os produtos, por insegurança de seus participantes.
A NAFTA é vista como um Bloco Econômico que tem mercado e potencial para crescer e concorrer de forma igualitária com os outros Blocos Econômicos como a União Europeia.
A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) é um Bloco Econômico que não foi motivado pela proximidade geográfica. Prova disso é que países de continentes diferentes participam dele. Sua fundação foi em 1989, mas na época, não era um Bloco Econômico, mas sim um fórum econômico que servia para relação entre os países participantes, que se chamava ASSEAN (Associaton of The SouthEast Asian Nations ). Passou a ser um Bloco Econômico apenas em 1994. Seu objetivo é o livre comércio em todo o pacifico.
A Apec, no inicio era chamada de ASSEAN, e funcionava apenas como centro de discussões dos países participantes, agora tem sido considerado como o Bloco Econômico com maior ascensão, com números de crescimento que, em alguns casos, passam os números esperados para crescimento das grandes potências mundiais. A ASSEAN nasceu em 1989.
De fato, a intenção primordial dos Blocos Econômicos é crescer em conjunto para cada um ajudar os outros. No caso da APEC, essa ajuda se deu com a redução de taxas e barreiras alfandegárias da área asiática do Pacífico. Essa redução (extinção de taxas em alguns casos) acarreta um crescimento econômico dos países daquela região e também promove facilidades para quem exporta ou importa produtos para essa região. Os três pilares de atuação do Bloco são:
A cooperação econômica e técnica
Liberação comercial e de investimentos;
A facilitação dos negócios entre os participantes do bloco.
Liberação comercial e de investimentos;
A facilitação dos negócios entre os participantes do bloco.
Além de medidas comerciais e econômicas, algumas ações visando o desenvolvimento humano dos países que o compõem o grupo já foram tomadas. Exemplos são projetos para prevenção e redução dos casos de doenças como AIDS, além de projetos contra terrorismo e corrupção
O Bloco tem quatro órgãos que são fundamentais para seu funcionamento. O responsável pelo auxilio a lideres de países para cumprir e organizar de tal país é um órgão ESC. O CTI é responsável por tornar mais fácil a liberação de verbas, além de ser responsável também pelos comércios. O BMC é quem administra e comanda orçamentos. Finalmente o EC é um centro de pesquisas e debates de assuntos relacionados a economia.
A APEC é um Bloco em ascensão, com países em fase de crescimento econômico e isso conta para os bons resultados desse bloco.. Os países do bloco somam cerca de 33 por cento da população mundial, participam de mais da metade do PIB mundial e tendem à crescer, pois seus desenvolvimento está baseado, no que alguns especialistas explicam como crescimento de conhecimento. Esse crescimento se dá em áreas como informática e tecnologia, áreas que aceleram e elevam o crescimento econômico de países com essas vertentes.
Os países que participam da APEC são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Cingapura, Tailândia Vietnã e Estados Unidos, além de Taiwan (Formosa) e Hong Kong.
ALCA
A ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) é um projeto de Bloco Econômico que reúne países da América, tanto do sul, central e do norte. É considerado um projeto porque, ao longo das reuniões que foram feitas pelos países participantes, surgiram discordâncias entre eles e no fim de 2005, as negociações pararam. A criação desse Bloco não agrada a todos no continente, especialmente os latino-americanos. Os Estados Unidos foram os idealizadores da ALCA que, se estivesse em vigor, englobaria todos os países da América, com exceção de Cuba.
A Alca consistiria numa área de livre comércio no espaço americano, cujas taxas alfandegárias seriam reduzidas. Isso possibilitaria a passagem de mercadorias e a chance de um aumento significativo de comércio entre os países americanos. A proposta foi feita pelos Estados Unidos, no dia nove de dezembro de 1994, em Miami.
A ALCA foi proposta no ano de 1994 e varias manifestações aconteceram até que no ano de 2005 a proposta foi ”esquecida”. As manifestações aconteceram, em sua maioria, nos países latinos que consideravam a Alca como um “truque” dos Estados Unidos para controlar o mercado das Américas. Já para alguns norte-americanos, o bloco teria uma má influencia em seu países, já que nesses casos, havia o receio de que as empresas pudessem sair de lá e buscar mão de obra barata, e com isso, diminuir a quantidade de empregos dentro do pais e por consequência, gerar o desemprego.
A maioria dos pontos que não permitiram que essa ideia fosse à frente foram normas no contrato do Bloco. Medidas essas que priorizavam o Estados Unidos e que foram rejeitadas pelos outros países.
Se a ALCA existisse, seria o Bloco Econômico com maior espaço físico do mundo, além de englobar economias crescentes (como Brasil e Argentina), além dos Estados Unidos e Canadá, que já são potencias mundiais.
BRICS é um acrônimo formado pelas iniciais dos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (do inglês South Africa).
Em 2001, essa expressão foi criada pelo economista Jim O’Neill sob a forma de “BRIC” (sem a África do Sul) para designar aqueles países emergentes com grande capacidade de investimento e que se transformariam em potências econômicas até 2050.
Em 2006, o BRIC deixou de ser apenas um termo e se tornou um acordo internacional entre os países, mas sem a configuração de um bloco econômico. A partir de 2011, os sul-africanos ingressaram nesse acordo inter-regional, com o acréscimo do “S” maiúsculo ao final da sigla.
Vale lembrar que os BRICS não formam um bloco econômico. Portanto, não há mercado comum, acordos comerciais e alfandegários e, tampouco, uma política necessariamente comum entre os seus integrantes.
Os BRICS representam mais de 40% da população mundial e mais da metade do número de pessoas sofrendo com a fome e a miséria. Por outro lado, esses países apresentam sucessivos aumentos no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), no PIB (Produto Interno Bruto) e na renda per capita. Nos últimos anos, foram responsáveis por cerca de 55% do crescimento econômico mundial, cenário no qual os países desenvolvidos contribuíram apenas com 20%.
Desde o início da década de 2010, assiste-se a certa desaceleração do crescimento dos BRICS, com destaque para os baixos índices de crescimento brasileiro e pela desaceleração do crescimento econômico chinês. A isso soma-se a redução dos investimentos estrangeiros, que se direcionam novamente aos países desenvolvidos e a outros emergentes, com destaque para México e Coreia do Sul.
Por outro lado, observa-se que o crescimento dos BRICS continua acontecendo e que, nos últimos anos, os seus governos priorizaram algumas ações mais específicas, como a melhoria das condições de suas populações e o combate a problemas econômicos internos, a exemplo da inflação. Além disso, a baixa na queda de investimentos se justifica, sobretudo, pelo protecionismo adotado por esses países em tempos de crise econômica e pela ampliação dos direitos trabalhistas. Como o capital estrangeiro está sempre em busca de baixos salários, é natural que os investidores procurem outros países que tenham as leis trabalhistas mais “frouxas”.
No plano político, os países do BRICS estão cada vez mais próximos e apresentando atuações conjuntas. Em março de 2013, os países-membros debateram sobre a criação do Banco do BRICS, que será criado para fortalecer as suas economias e a de outros países subdesenvolvidos, em concorrência direta com o Banco Mundial (administrado pelo Reino Unido) e pelo FMI (comandado pelos EUA).
Fonte : MundoEducação
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