Rádio USP
O refrigerante foi criado em 1676, mas a configuração atual, com água e gás misturados, só surgiu no início de 1886. E logo o refrigerante cairia no gosto da população e seu consumo explodiria. Hoje, integra uma dieta que preocupa países em todos os cantos do mundo. Com grandes quantidades de açúcar, o refrigerante está associado ao aumento da obesidade. Mas as bebidas gasosas, como o refrigerante, engordam mesmo?
Pesquisa recente na Universidade Birzeit, na Cisjordânia, e teste similar encomendado pela BBC afirmam que sim. O dióxido de carbono, ingrediente indispensável na composição do refrigerante, faz com que as células liberem o hormônio da fome, a grelina, e naturalmente isso faz sentir fome.
Ao analisar esses resultados, a professora Rosa Wanda Diez Garcia, do curso de Nutrição da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (FMRP), diz que os estudos apontam outros problemas, além do aumento da fome, como a descalcificação do esmalte dos dentes, aumento do risco de câncer de pâncreas, até mesmo de próstata, doenças cardíacas, aumento do diabete, risco de danos hepáticos, risco de Alzheimer e até mesmo interfere na questão do comportamento. Segundo a professora, o alto índice de açúcar modifica o mecanismo cerebral, aumentando a hiperatividade e a agressividade.
Da Rádio USP, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 12/01/2018
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