Violonista Bruno Madeira faz recital em São Paulo com composições de todo o continente.
Bruno Madeira, um dos mais premiados intérpretes da nova geração de violonistas brasileiros, apresenta-se em concerto de violão solo no dia 7 de abril, sábado, às 18h30, no Sesc Vila Mariana, em São Paulo.
O recital propõe uma vivência artística particular, despertando a curiosidade em relação às diversas vertentes da música do continente americano. O concerto faz uma viagem pela música de nove países: Brasil, Cuba, Paraguai, Canadá, Venezuela, Estados Unidos, Uruguai, México e Argentina.
A originalidade e vivacidade no tratamento do ritmo, aliadas a estruturas formais bem definidas, são algumas das características presentes nas peças. Compõem o programa obras de Brouwer, Piazzolla, Ponce, Rivera, Hétu, Barrios e Carlevaro, entre outros, em um autêntico panorama da produção das Américas.
Bruno Madeira
Premiado nos maiores concursos de violão do Brasil, o violonista catarinense Bruno Madeira vem se destacando nos últimos anos como solista, professor e pesquisador.
Bacharel, mestre e doutor em Música pela Universidade Estadual de Campinas, se apresentou como solista em mostras, seminários, festivais, salas e séries de concerto de vários estados brasileiros. Destacam-se os recitais no Centro Cultural São Paulo (São Paulo/SP), Quartas Clássicas – BNDES (Rio de Janeiro/RJ), Palcos Musicais (Londrina/PR), Festival Villa-Lobos de Inverno de São José dos Campos (S. J. Campos/SP) e Festival de Música Erudita do Espírito Santo (Vitória/ES) (leia crítica). Fez sua estreia internacional na cidade de La Plata (Argentina) e em 2016 se apresentou na série de concertos do Vortex Garten (Matildenhöhe), em Darmstadt (Alemanha).
Bruno também se apresenta como camerista em diversas formações: no duo com a soprano Ana Carolina Sacco, voltado à música espanhola e brasileira; com o flautista Lucas Madeira, dedicando-se à música do século 20 para a formação; com o violinista Leonardo Feichas, focado na música brasileira; e com o pianista Samuel Pontes, tendo como repertório a música do século 20 para violão e piano.
Foi vencedor de prêmios em diversos concursos, entre eles o melhor intérprete de Villa-Lobos no 10º Concurso Nacional Villa-Lobos e primeiros lugares no 1º Concurso Internacional de Violonistas do Conservatório de Tatuí, 6º Concurso Internacional de Violão J. S. Bach, 3º Concurso Latino-americano de Violão Maurício de Oliveira e 8º Concurso Nacional de Violão Fred Schneiter.
Tem artigos publicados em respeitados congressos e revistas nacionais e internacionais, dos quais se destacam as pesquisas sobre aspectos técnicos do violão e o gesto corporal na performance. De 2011 a 2014, foi professor da Universidade do Estado de Santa Catarina, responsável pelas classes de violão dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Música. No mesmo período, na Universidade Federal de São Carlos, atuou como tutor e professor de violão do curso à distância de Educação Musical. Atualmente trabalha no Centro Universitário Claretiano, sendo regularmente convidado para realizar masterclasses em universidades e conservatórios.
Notas sobre o programa
O recital começa com o Prelúdio Americano n. 5 – Tamboriles, escrito em 1974 pelo compositor uruguaio Abel Carlevaro. A música venezuelana é representada pelas Valsas Venezuelanas ns. 2 e 3, obras com uma rítmica envolvente, compostas em 1963 por Antonio Lauro. Carlos Rafael Rivera é um compositor estadunidense, dele sendo apresentada Whirler of the Dance, uma obra em três movimentos do ano de 1997. Seguindo, consta Estrellita, uma canção lenta do mexicano Manuel Ponce de 1912. O Brasil é representado na obra Desterro (Noite), composta em 2003 por Maria Ignez Cruz Mello, que faz alusão à cidade de Florianópolis.
Também compõem o programa dois movimentos da Suite pour Guitare (1986), do canadense Jacques Hétu, com seu característico uso do serialismo e politonalismo. O programa segue com Agustín Barrios, de quem é apresentada a Valsa Op. 8, n. 4, de 1952, que expõe o romantismo do ‘Paganini das selvas do Paraguai’. De Leo Brouwer (Cuba), é apresentada a Danza Característica, composta no início de sua carreira (1957), quando a influência da música popular cubana era uma característica muito marcante em sua música. Finalizando o programa, Primavera Porteña evoca a atmosfera de Buenos Aires no estilo característico do mais emblemático compositor argentino, Astor Piazzolla.
Nos dias de hoje, o violão é um dos instrumentos mais populares do mundo, presente nas mais diversas manifestações artísticas, atraindo a atenção de ouvintes independente da nacionalidade, gênero e idade. O recital proposto propicia uma vivência artística particular, despertando a curiosidade em relação às diversas vertentes da música das Américas.
PROGRAMA:
Abel Carlevaro (Uruguai, 1916-2001)
Prelúdio Americano n. 5 – Tamboriles
Prelúdio Americano n. 5 – Tamboriles
Antonio Lauro (Venezuela, 1917-1986)
Valsas Venezuelanas ns. 2 e 3
Valsas Venezuelanas ns. 2 e 3
Carlos Rafael Rivera (Estados Unidos, 1970-)
Whirler of the Dance
Whirler of the Dance
Manuel Ponce (México, 1882-1948)
Estrellita
Estrellita
Maria Ignez Cruz Mello (Brasil, 1962-2008)
Desterro (Noite)
Desterro (Noite)
Jacques Hétu (Canadá, 1938-2010):
Suite pour Guitare, Op. 41: Prélude | Final
Suite pour Guitare, Op. 41: Prélude | Final
Agustín Barrios (Paraguai, 1885-1944)
Valsa Op. 8, n. 4
Valsa Op. 8, n. 4
Leo Brouwer (Cuba, 1939-)
Danza Caracteristica
Danza Caracteristica
Astor Piazzolla (Argentina, 1921-1992)
Primavera Porteña (arr. Sérgio Assad)
Fonte : Movimento.com
Primavera Porteña (arr. Sérgio Assad)
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