domingo, 26 de maio de 2019

NO PAÍS, 72,4 MILHÕES DE PESSOAS MORAM EM DOMICÍLIOS SEM ACESSO À REDE GERAL DE ESGOTO.

No país, 72,4 milhões de pessoas moram em domicílios sem acesso à rede geral de esgoto


Em 2018, estima-se que 66,3% do total de domicílios do país tinham acesso a rede geral ou fossa ligada à rede para escoamento de esgotos. No Sudeste 88,6% dos domicílios tinham ligação à rede geral ou fossas ligadas à rede geral de esgotos. Os menores percentuais estavam no Norte (21,8%) e Nordeste (44,6%). No país, 72,4 milhões de pessoas residiam em domicílios sem acesso à rede geral coletora de esgotos.
De 2017 para 2018, o percentual de domicílios com acesso à rede ou de fossa ligada à rede da Região Centro-Oeste aumentou de 52,5% para 55,6%, principalmente devido à expansão das redes de esgoto em Mato Grosso (de 29,8% para 34,9%) e Mato Grosso do Sul (de 41,4% para 48,2%).
Percentual de domicílios particulares permanentes com rede geral ou fossa ligada a rede geral, por Grandes Regiões, 2016/2018
 Percentual de domicílios particulares permanentes com rede geral ou fossa ligada a rede geral, por Grandes Regiões, 2016/2018
20,1 milhões de pessoas não têm acesso à coleta de lixo, a maioria no Norte e Nordeste
No Brasil, em 2018, 83,0% dos domicílios tinham acesso a coleta direta de lixo e 8,1% faziam coleta via caçamba de serviço de limpeza, enquanto 8,9% queimavam ou lixo na propriedade ou lhe davam outro destino, como depositar em valões, por exemplo. Isso representa um contingente de 20,1 milhões de pessoas sem acesso a algum tipo de coleta de lixo. Entre as Grandes Regiões, o Nordeste tinha o maior contingente de moradores nessas condições, com 10,5 milhões, seguido pelo Norte, com 3,8 milhões. Mais de um quarto dos domicílios queimavam lixo na propriedade no Maranhão (27,5%) e Piauí (26,5%).
Percentual de domicílios particulares permanentes, por Grandes Regiões, segundo o destino do lixo – 2018
Brasil ganha mais 1,5 milhão de domicílios entre 2017 e 2018
O número de domicílios no Brasil cresceu de 69,5 milhões para 71,0 milhões em 2018, representando um aumento de 2,2%. O maior crescimento relativo foi da Região Norte, 3,1%, enquanto o Nordeste teve a menor expansão, 1,7%. Em relação a 2016, o aumento foi de 3,1% (2,1 milhões de unidades) no país.
Em 2018, 61,1 milhões de domicílios eram casas, equivalendo a 86,0% do total, aumentando 910 mil unidades frente a 2017. Os apartamentos, que tinham sofrido retração de 2016 para 2017 (-3,1%), cresceram 7,1% em 2018 (mais 651 mil unidades).
Número de domicílios no país com paredes sem revestimento aumenta 13,1%
Em todo o país, predominaram domicílios com paredes externas de alvenaria/taipa com revestimento, variando de 64,3%, na Região Norte, a 94,4% no Sudeste. Na comparação com 2017, houve crescimento de 13,1% (567 mil domicílios) de domicílios com paredes externas de alvenaria/taipa sem revestimento, com cerca de 15,5 milhões de moradores em domicílios com essa característica no Brasil em 2018.
Destacam-se os domicílios com paredes externas de madeira apropriada para construção (aparelhada) nas Regiões Norte (22,3%) e Sul (15,8%), acima da média nacional (4,4%).
População de Roraima aumenta 20,3% entre 2012 e 2018
A população do país cresceu 5,1% entre 2012 e 2018. Das unidades da federação, três apresentaram crescimento populacional acima de 10%: Roraima (20,3%), Amapá (13,9%) e Amazonas (10,8%). As que menos cresceram foram Piauí (1,6%), Bahia (2,6%), Alagoas (2,8%) e Rio Grande do Sul (2,9%). A proporção de população entre as Grandes Regiões permaneceu no padrão dos anos anteriores, com maior concentração no Sudeste (42,2%).
Apenas Tocantins e Roraima têm menos mulheres do que homens
Em 2018, as mulheres representavam 51,7% da população. O padrão foi acompanhado pela maioria das unidades da federação, com exceção de Tocantins (49,0%) e Roraima (49,4%). As maiores proporções de mulheres estavam em Rio de Janeiro (53,2%), Pernambuco (53,0%) e Sergipe (52,6%).
No Amapá, 25% da população são crianças entre 0 e 13 anos de idade
Em 2018, no Brasil, a população de 0 a 13 anos de idade correspondia a 18,6% do total. Os estados com maiores proporções de pessoas nessa faixa etária eram Amapá (25,0%), Acre e Maranhão (ambos com 24,0%). As menores proporções de crianças de 0 a 13 anos estavam no Rio de Janeiro (15,3%) e Rio Grande do Sul (16,5%).
Idosos de 65 anos ou mais de idade são 10,5% da população
Em 2018, as pessoas de 65 anos ou mais de idade representavam 10,5% da população nacional. Em 13 unidades da federação os idosos nesse grupo correspondiam a 10% ou mais da população: Rio de Janeiro (13,1%), Rio Grande do Sul (12,9%), São Paulo (11,3%), Minas Gerais (11,2%), Paraíba (11,1%), Paraná (10,9%), Ceará (10,7%), Piauí (10,6%), Rio Grande do Norte (10,5%), Santa Catarina (10,4%), Tocantins (10,2%), Bahia (10,1%) e Alagoas (10,0%).
O perfil etário da população, as pessoas com menos de 30 anos de idade passaram de 47,6% em 2012 para 42,9% em 2018. A população masculina apresentou perfil mais jovem do que a feminina. Os homens de até 24 anos passaram de 20,0% em 2012 para 18,2% em 2018; já as mulheres nesse grupo passaram de 19,5% em 2012 para 17,5% em 2018. Os homens de 60 anos ou mais subiram de 5,7% para 6,8% e as mulheres foram de 7,2% para 8,6%.
Bahia era o único estado com mais pessoas declaradas pretas do que brancas em 2018
Na divisão da população por cor ou raça, a Bahia tem o maior contingente de pessoas declaradas pretas (22,9%), que ultrapassam as brancas (18,1%). O estado com o segundo maior percentual de pessoas pretas é o Rio de Janeiro (13,4%).
As únicas unidades da federação em que o contingente de pessoas brancas é maior do que o conjunto de pessoas pretas e pardas do que são Santa Catarina (79,9%), Rio Grande do Sul (78,6%), Paraná (65,5%) e São Paulo (59,1%).
Do IBGE, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 23/05/2019

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