Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra no Brasil por estados de 2000 a 2018
Por Eduardo Peret / Arte: Brisa Gil / IBGE
Resumo
- Pela primeira vez, o IBGE divulga o Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra com estatísticas desagregadas por unidades da federação, com dados para os anos de 2000, 2010, 2012, 2014, 2016 e 2018.
- Os dados nacionais foram publicados em 2020.
- O Monitoramento inclui mapas, gráficos e textos técnicos que apresentam a as mudanças que ocorreram na cobertura e uso da terra do território brasileiro em cada período.
- De 2000 a 2018, o Pará teve a maior expansão de área de pastagem com manejo e a maior redução de área de vegetação florestal. O estado tinha a segunda maior área de pastagem do país em 2018.
- No mesmo período, Mato Grosso apresentou a maior área de expansão agrícola e ficou em segundo lugar tanto no aumento da área de pastagem quanto nas reduções de áreas de vegetação florestal e campestre.
- Bahia, Piauí e Maranhão responderam por 91,74% do aumento de áreas agrícolas no Nordeste entre 2000 e 2018, que ocorreu, principalmente, sobre áreas de vegetação campestre no Matopiba (região formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
- Em 2018, Minas Gerais apresentava a maior área de silvicultura do país, representando 22,97% do total do território nacional ocupado por essa classe de atividade.
O IBGE divulgou hoje (17), pela primeira vez, o Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra com estatísticas desagregadas por Estados e Distrito Federal, com dados para os anos de 2000, 2010, 2012, 2014, 2016 e 2018.
A contabilidade de cobertura e uso da terra já era divulgada, em nível nacional, para estes mesmos anos de referência, sendo que os dados mais recentes, de 2018, foram divulgados no ano passado. Os produtos incluem mapas, gráficos e textos de análise.
Os resultados contábeis são apresentados no formato de planilhas, com tabelas de Estoques (adições e reduções, em termos de área, para os tipos de cobertura e uso durante um determinado período contábil) e Matrizes de Mudanças (conversões entre as diferentes classes ao longo de um período). Já os mapeamentos, que expressam o fenômeno de forma geoespacial, permitem a análise das conversões de uso da terra ao longo do tempo e do espaço, e podem ser avaliados de forma combinada com outras informações ambientais, para uma ampla compreensão dessa evolução. Os dados também estão disponíveis na Plataforma Geográfica Interativa.
“A contabilidade da cobertura e uso da terra por estados permite uma análise mais detalhada dessa dinâmica, tornando-se, assim, uma importante ferramenta, tanto para gestores estaduais, como para instituições de pesquisa com atuação local ou regional, já que revelam dinâmicas associadas ao avanço das fronteiras agrícolas, a demanda por matérias primas e a expansão da atividade pecuária, entre outras atividades correlatas”, explica Fernando Peres, Gerente de Recursos Naturais da Unidade Estadual do IBGE em Santa Catarina.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 18/03/2021
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