Entenda as diferenças e riscos dos adoçantes artificiais e naturais
Segundo especialista, é importante lembrar que tanto os adoçantes artificiais quanto os naturais têm suas vantagens e desvantagens
Por Nice Castro
Os adoçantes artificiais são populares entre aqueles que desejam reduzir o consumo de açúcar, seja por questões de saúde ou estética. No entanto, muitos desses adoçantes podem representar riscos para a saúde se consumidos em excesso, segundo a nutróloga e geriatra Mariana Carvalho.
“Os adoçantes artificiais são compostos químicos que podem ser prejudiciais ao organismo se consumidos em excesso. Eles podem causar irritação no estômago, diarreia e até mesmo problemas renais a longo prazo”, alerta a especialista.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável por aprovar e regularizar a comercialização de adoçantes artificiais. Todos passam por estudos científicos e os que são encontrados nos mercados são considerados seguros em doses moderadas. “O uso excessivo pode levar a um desequilíbrio na flora intestinal e a alterações no metabolismo”, explica Mariana.
Entre os adoçantes artificiais mais comuns, estão o aspartame, a sucralose, a maltodextrose, a sacarina, o ciclamato e o acessulfame-K. Cada um desses adoçantes possui suas próprias características e propriedades, mas todos têm em comum o fato de serem produtos químicos criados em laboratório.
Por outro lado, os adoçantes naturais são derivados de plantas ou outras fontes naturais, como o açúcar de coco, o mel, o açúcar mascavo e o xarope de bordo. “A principal vantagem dos adoçantes naturais é que eles são menos processados e, portanto, contêm menos aditivos químicos. Eles também são ricos em vitaminas e minerais, o que pode trazer benefícios à saúde”, explica a nutróloga.
No entanto, é importante lembrar que mesmo os adoçantes naturais devem ser consumidos com moderação, pois podem ser ricos em calorias e açúcares. “Embora sejam considerados mais saudáveis, é importante lembrar que eles ainda devem ser usados com parcimônia. O excesso de açúcar, mesmo o natural, pode levar ao ganho de peso, resistência a insulina e outros problemas de saúde”, afirma Mariana.
Além disso, é preciso observar outras variáveis, como nível de açúcar e índice glicêmico.
“De uma maneira geral, as pessoas imaginam que qualquer outro adoçante é melhor do que o açúcar, mas esse não é sempre o caso. A maltodextrina, por exemplo, precisa ser usada em grande quantidade, por adoçar de maneira muito ruim e, para piorar, é bastante calórica”, diz.
Entre os adoçantes naturais mais populares estão o xilitol, o eritritol, a estévia e o açúcar de coco. A estévia é um adoçante extraído de uma planta e é considerado cerca de 300 vezes mais doce que o açúcar. O açúcar de coco tem a mesma carga glicêmica da sacarose (açúcar de mesa), 4 calorias por grama. O xilitol e o eritritol são adoçantes derivados de frutas e vegetais que são menos calóricos do que o açúcar e têm baixo índice glicêmico. “Mas, mesmo o xylitol, que virou moda e tem sido utilizado como um substituto do açúcar, embora seja considerado seguro, o uso excessivo pode levar a problemas gastrointestinais, como inchaço, gases e diarreia”, diz Mariana.
Segundo a especialista, é importante lembrar que tanto os adoçantes artificiais quanto os naturais têm suas vantagens e desvantagens. “O importante é usá-los com moderação e sempre procurar a orientação de um profissional de saúde antes de fazer qualquer mudança significativa em sua dieta”, conclui.
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in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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