Ação humana reduziu a biomassa oceânica
Impacto humano na biomassa oceânica: baleias e peixes grandes perderam 90% de sua biomassa
Um novo estudo internacional publicado na revista Science Advances descobriu que os impactos humanos já tiveram consequências importantes para as espécies oceânicas maiores, incluindo baleias e peixes grandes. Os pesquisadores estimam que essas espécies perderam 90% de sua biomassa desde o início da pesca em escala industrial no século XIX.
O estudo, liderado por cientistas do ICTA-UAB na Espanha, o Instituto Max Planck de Matemática nas Ciências na Alemanha, a Queensland University of Technology na Austrália, o Weizmann Institute of Science em Israel e a McGill University no Canadá, examinou a distribuição da biomassa em toda a vida nos oceanos, das bactérias às baleias.
Os pesquisadores usaram avanços na observação do oceano e análises para mostrar que, antes do início da pesca em escala industrial, a biomassa era distribuída de forma relativamente uniforme em todas as classes de tamanho. No entanto, o estudo descobriu que essa distribuição foi alterada drasticamente pelos impactos humanos.
Em particular, as baleias e os peixes grandes sofreram perdas significativas de biomassa. As baleias, que são animais de topo da cadeia alimentar, desempenham um papel importante no ecossistema oceânico. Elas ajudam a regular a população de peixes menores e a manter o equilíbrio do sistema.
A perda de baleias pode ter consequências significativas para o oceano, incluindo o aumento da quantidade de algas e a diminuição da biodiversidade.
Os autores do estudo alertam que os impactos humanos na biomassa oceânica são um problema sério que precisa ser abordado. Eles afirmam que é necessário reduzir a pesca e a caça de baleias para proteger as espécies oceânicas maiores e restaurar o equilíbrio do ecossistema oceânico.
Referência:
Ian A. Hatton et al, The global ocean size spectrum from bacteria to whales, Science Advances. DOI: 10.1126/sciadv.abh3732
https://doi.org/10.1126/sciadv.abh3732 https://www.science.org/doi/10.1126/sciadv.abh3732
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in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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