noticias.uol.com.br - Distribuição de galões d'água em Darfur
ENTENDA A CRISE EM DARFUR
Mais de dois milhões de pessoas vivem em campos de refugiados, depois de terem sido desalojados em mais de três anos de conflito na região de Darfur, no Sudão. Acredita-se que pelo menos 200 mil pessoas já morreram.
A REGIÃO
Darfur é uma província semi-árida, na região oeste do Sudão, que é o maior país do continente. Sozinha, a região é maior do que o território francês.
contextoshistoricos.blogspot.com
O país é dominado por uma população de origem árabe, enquanto em Darfur a maioria é de origem centro-africana, sobretudo nômades e de diversas etnias.
Existe tensão em Darfur há muitos anos por causa de disputas territoriais e de direitos de pastagem entre os árabes, majoritariamente nômades, e os fazendeiros dos grupos étnicos de Fur, Massaleet e Zagawa.
bbc.co.uk - Há tensão em Darfur, que significa "terra dos Fur"
civilizacoesafricanas.blogspot.com- Zaghawa é um grupo étnico
Dois grupos rebeldes que se opõem ao governo se uniram, formando o Fronte de Redenção Nacional, liderado pelo ex-governador de Darfur Ahmed Diraige, mesmo havendo diferenças étnicas e políticas entre eles.
O CONFLITO
As hostilidades se iniciaram na região árida e pobre em meados de 2003, depois que um grupo rebelde começou a atacar alvos do governo, alegando que a região estava sendo negligenciada pelas autoridades sudanesas em Cartum.
REFUGIADOS EM DARFUR
Estima-se que conflito levou dois milhões a deixarem suas casas
blognovasideias.com
A retaliação do governo veio na forma de uma campanha de repressão da região, e mais de dois milhões de pessoas deixaram suas casas. Como a maioria das áreas é inacessível para funcionários de organizações humanitárias, é impossível se precisar o número de vítimas.
Contudo, uma estimativa publicada na revista americana Science, feita com base em áreas às quais se têm acesso, sustenta que “pelo menos 200 mil” já morreram assassinados ou em conseqüência de fome ou doença nos campos de refugiados.
Há relatos de intenso bombardeio de vilarejos por aviões da força aérea, seguidos por ataques das milícias Janjaweed, que são africanos muçulmanos de origem árabe.
Nos ataques dos Janjaweed (que usam camelos e cavalos), acusações de assassinatos, estupros e roubos são comuns.
Refugiados e observadores externos afirmam que há uma tentativa deliberada de se expulsar a população negra africana de Darfur.
O governo do Sudão admite a existência de "milícias de auto-defesa", mas nega que tenha ligações com os Janjaweed e diz que as acusações são exageradas.
Muitas mulheres dizem que foram raptadas pelos Janjaweed e mantidas como escravas sexuais por mais de uma semana antes de serem libertadas.
REFUGIADOS
Aqueles que conseguiram escapar da violência, agora estão vivendo em campos de refugiados espalhados por Darfur, enquanto cerca de 200 mil sudaneses cruzaram a fronteira do vizinho Chade, que na sua região leste, tem uma configuração étnica semelhante à da população de Darfur.
Janjaweed em Darfur
Janjaweed são acusados de massacrar não-árabes em Darfur
Os campos de refugiados dependem das doações internacionais de medicamentos e alimentos.
movimentocyan.com.br - Escassez de água e pobreza assombram vítimas do conflito.
De acordo com as organizações que prestam serviços humanitários, a violência tem tornado o trabalho de ajuda mais difícil e eventualmente impossível.
TRATADO DE PAZ
Tentativas da União Africana – um bloco de países africanos – para encerrar o conflito resultaram em um tratado de paz, assinado em 2006.
O governo do Sudão apoiou o tratado, mas apenas uma facção– a do rebelde Minni Minawi – assinou o acordo.
No tratado, o governo concorda em desarmar os Janjaweed, mas até agora pouco foi feito.
Neste tempo, a facção de Minni Minawi agora está lutando junto com o governo contra outros grupos rebeldes. Na prática, a violência sectária aumentou desde a assinatura do tratado de paz.
TROPAS DA ONU
Os sete mil soldados da União Africana são insuficientes e têm poucos poderes para conseguir coibir a violência numa área tão grande.
O Sudão tem resistido à pressão diplomática dos países ocidentais para aceitar que uma missão liderada pelas Nações Unidas assuma o trabalho da União Africana.
A ONU quer duplicar o número de tropas no país, mas até agora o Sudão aceita apenas o envio extra de três mil tropas. A ONU discute agora quais países integrarão a missão.
Em abril de 2006, o Conselho de Segurança da ONU aprovou sanções contra dois líderes rebeldes, um comandante da Aeronáutica e um líder dos Janjaweed acusados de crimes de guerra em Darfur.
Um dossiê denunciando crimes de guerra, produzido pela Comissão de Direitos Humanos da ONU, também foi entregue ao Tribunal Penal Internacional, em Haia.
Cerca de 50 integrantes das forças de segurança do Sudão estão sendo processados na Justiça, em Cartum, mas entidades internacionais dizem que isso é apenas uma forma do governo sudanês de impedir que eles sejam levados ao Tribunal Penal Internacional.
Fonte:BBC Brasil.com
Mais de dois milhões de pessoas vivem em campos de refugiados, depois de terem sido desalojados em mais de três anos de conflito na região de Darfur, no Sudão. Acredita-se que pelo menos 200 mil pessoas já morreram.
A REGIÃO
Darfur é uma província semi-árida, na região oeste do Sudão, que é o maior país do continente. Sozinha, a região é maior do que o território francês.
contextoshistoricos.blogspot.com
O país é dominado por uma população de origem árabe, enquanto em Darfur a maioria é de origem centro-africana, sobretudo nômades e de diversas etnias.
Existe tensão em Darfur há muitos anos por causa de disputas territoriais e de direitos de pastagem entre os árabes, majoritariamente nômades, e os fazendeiros dos grupos étnicos de Fur, Massaleet e Zagawa.
bbc.co.uk - Há tensão em Darfur, que significa "terra dos Fur"
civilizacoesafricanas.blogspot.com- Zaghawa é um grupo étnico
Dois grupos rebeldes que se opõem ao governo se uniram, formando o Fronte de Redenção Nacional, liderado pelo ex-governador de Darfur Ahmed Diraige, mesmo havendo diferenças étnicas e políticas entre eles.
O CONFLITO
As hostilidades se iniciaram na região árida e pobre em meados de 2003, depois que um grupo rebelde começou a atacar alvos do governo, alegando que a região estava sendo negligenciada pelas autoridades sudanesas em Cartum.
REFUGIADOS EM DARFUR
Estima-se que conflito levou dois milhões a deixarem suas casas
blognovasideias.com
A retaliação do governo veio na forma de uma campanha de repressão da região, e mais de dois milhões de pessoas deixaram suas casas. Como a maioria das áreas é inacessível para funcionários de organizações humanitárias, é impossível se precisar o número de vítimas.
Contudo, uma estimativa publicada na revista americana Science, feita com base em áreas às quais se têm acesso, sustenta que “pelo menos 200 mil” já morreram assassinados ou em conseqüência de fome ou doença nos campos de refugiados.
Há relatos de intenso bombardeio de vilarejos por aviões da força aérea, seguidos por ataques das milícias Janjaweed, que são africanos muçulmanos de origem árabe.
Nos ataques dos Janjaweed (que usam camelos e cavalos), acusações de assassinatos, estupros e roubos são comuns.
Refugiados e observadores externos afirmam que há uma tentativa deliberada de se expulsar a população negra africana de Darfur.
O governo do Sudão admite a existência de "milícias de auto-defesa", mas nega que tenha ligações com os Janjaweed e diz que as acusações são exageradas.
Muitas mulheres dizem que foram raptadas pelos Janjaweed e mantidas como escravas sexuais por mais de uma semana antes de serem libertadas.
REFUGIADOS
Aqueles que conseguiram escapar da violência, agora estão vivendo em campos de refugiados espalhados por Darfur, enquanto cerca de 200 mil sudaneses cruzaram a fronteira do vizinho Chade, que na sua região leste, tem uma configuração étnica semelhante à da população de Darfur.
Janjaweed em Darfur
Janjaweed são acusados de massacrar não-árabes em Darfur
Os campos de refugiados dependem das doações internacionais de medicamentos e alimentos.
movimentocyan.com.br - Escassez de água e pobreza assombram vítimas do conflito.
De acordo com as organizações que prestam serviços humanitários, a violência tem tornado o trabalho de ajuda mais difícil e eventualmente impossível.
TRATADO DE PAZ
Tentativas da União Africana – um bloco de países africanos – para encerrar o conflito resultaram em um tratado de paz, assinado em 2006.
O governo do Sudão apoiou o tratado, mas apenas uma facção– a do rebelde Minni Minawi – assinou o acordo.
No tratado, o governo concorda em desarmar os Janjaweed, mas até agora pouco foi feito.
Neste tempo, a facção de Minni Minawi agora está lutando junto com o governo contra outros grupos rebeldes. Na prática, a violência sectária aumentou desde a assinatura do tratado de paz.
TROPAS DA ONU
Os sete mil soldados da União Africana são insuficientes e têm poucos poderes para conseguir coibir a violência numa área tão grande.
O Sudão tem resistido à pressão diplomática dos países ocidentais para aceitar que uma missão liderada pelas Nações Unidas assuma o trabalho da União Africana.
A ONU quer duplicar o número de tropas no país, mas até agora o Sudão aceita apenas o envio extra de três mil tropas. A ONU discute agora quais países integrarão a missão.
Em abril de 2006, o Conselho de Segurança da ONU aprovou sanções contra dois líderes rebeldes, um comandante da Aeronáutica e um líder dos Janjaweed acusados de crimes de guerra em Darfur.
Um dossiê denunciando crimes de guerra, produzido pela Comissão de Direitos Humanos da ONU, também foi entregue ao Tribunal Penal Internacional, em Haia.
Cerca de 50 integrantes das forças de segurança do Sudão estão sendo processados na Justiça, em Cartum, mas entidades internacionais dizem que isso é apenas uma forma do governo sudanês de impedir que eles sejam levados ao Tribunal Penal Internacional.
Fonte:BBC Brasil.com
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