Saiba como funciona um aterro sanitário em SP
Lixo de São Paulo é despejado em dois locais.
Após ser desativado, aterro é monitorado por 50 anos.
O lixo da cidade de São Paulo é despejado em dois aterros sanitários.
Os resíduos das zonas Sul e Leste são levados para um aterro sanitário
que fica no Parque São Rafael, no extremo da Zona Leste. Contudo, não há
mais espaço para enterrar lixo na capital. O resto de resíduo – do
Centro, zonas Norte e Oeste – vai para um aterro em Caieiras, na região metropolitana.
Todos os dias, 700 caminhões chegam ao centro de tratamento de resíduos
de Caieiras e despejam 6 mil toneladas de lixo coletadas na capital. O
aterro começou a operar em 2002 e já recebeu 15 milhões de toneladas de
lixo. O local funciona de domingo a domingo, 24 horas por dia e o vai e
vem deve continuar por mais 20 anos.
Antes de receber as camadas de resíduos, o terreno precisa ser
impermeabilizado e ter um sistema de drenagem. Só então o lixo é
depositado, compactado e aterrado. Debaixo da terra, ele se decompõe.
Gera um gás poluente - o metano -, e um líquido que pode contaminar o
solo - o chorume.
De Caieiras, o chorume é levado para a Sabesp. Lá ele é tratado para
ser despejado no Rio Tietê. Já o metano passa por canos e é queimado,
uma maneira de reduzir o impacto ao meio ambiente.
“O gás metano é 21 vezes mais poluidor que o gás carbônico. Quando
encaminhamos para a queima em chaminés, eles são destruídos e são
transformados e se aproximam ao gás carbônico”, explica Fábio Zorzi
Leme.
Em vez de ser jogado na atmosfera, ou simplesmente queimado, o metano
pode ser reaproveitado. Isso acontece nos aterros desativados São João,
na Zona Leste, e no Bandeirantes, Zona Oeste. O gás é o combustível para
geradores de energia elétrica.
Com o passar dos anos, a produção de gás dos aterros diminui, até que a
geração de energia para. O que não vai acabar é a necessidade de
monitoramento desses locais.
“Assim que finaliza a destinação dos resíduos nas áreas de aterro ainda
não pode ser feito nenhum trabalho de ocupação em cima dela. Ainda
existirão decomposição de resíduos que ainda gerarão líquidos e gases
para que devem ser tratados. Nós monitoraremos a área por
aproximadamente 50 anos. Ninguém pode ocupar o lugar”, completa Fábio.
Vale lembrar que 60% do que é levado para os aterros é material orgânico, que poderia virar adubo, e 30%, material reciclável. Segundo o Movimento Nossa São Paulo, quando o lixo é enterrado sem fazer a reciclagem, são desperdiçados R$ 750 milhões todos os anos.
Vale lembrar que 60% do que é levado para os aterros é material orgânico, que poderia virar adubo, e 30%, material reciclável. Segundo o Movimento Nossa São Paulo, quando o lixo é enterrado sem fazer a reciclagem, são desperdiçados R$ 750 milhões todos os anos.
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