Boicote da Coreia do Norte paralisa complexo de Kaesong
Funcionários norte-coreanos não aparecem para trabalhar e projeto industrial com o Sul cessa as atividades pela primeira vez desde a sua inauguração
Imagem de arquivo mostra trabalhadoras norte-coreanas em Kaesong fabricando sapatos para empresa da Coreia do Sul(Lee Jin-man / AFP)
Cumprindo a ameaça realizada ontem por Pyongyang, nenhum dos mais de 50.000 funcionários norte-coreanos do complexo de Kaesong apareceu para trabalhar na manhã desta terça-feira, obrigando o parque industrial a cessar suas atividades pela primeira vez desde a inauguração em 2004. Localizado dentro do território da Coreia do Norte, Kaesong é o único projeto vigente de cooperação entre as duas Coreias.
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Motivada pela escalada de tensões na península, a Coreia do Norte proíbe desde a semana passada a entrada dos trabalhadores sul-coreanos no conjunto de fábricas. Nesta segunda-feira, o regime comunista anunciou a remoção temporária de todos os operários norte-coreanos do complexo e acrescentou que está considerando fechar Kaesong permanentemente.
"Por enquanto, nenhum funcionário da Coreia do Norte apareceu para trabalhar nesta manhã", afirmou um porta-voz sul-coreano do Ministério da Unificação. De acordo com o departamento, 77 cidadãos do país que ainda estão em Kaesong devem regressar para a Coreia do Sul nesta terça, enquanto outros 479 permanecem no complexo industrial. Em um comunicado, o ministério diz que fará o possível para garantir a segurança dos funcionários sul-coreanos que ainda estão no país vizinho.
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O governo de Seul lamentou o fechamento temporário de Kaesong e alertou que o boicote de Pyongyang à indústria afetará ainda mais a credibilidade da Coreia do Norte diante dos investidores. "Quando Pyongyang quebra promessas e regras internacionais e paralisa Kaesong enquanto o mundo todo está vendo, nenhum país do planeta vai querer investir no Norte", declarou a presidente Park Geun-hye. Enquanto isso, Pyongyang acusou Seul de "insultar a dignidade da nação" e declarou que o país vizinho é "completamente responsável" pelo que acontecer ao complexo industrial.
Histórico - Inaugurada em 2004 como símbolo da vontade de cooperação entre as duas Coreias, Kaesong abriga cerca de 54 mil operários norte-coreanos que fabricam diversos produtos a baixo custo de mão-de-obra para 123 empresas da Coreia do Sul. Por outro lado, a Coreia do Norte obtém do parque receitas que fornecem um importante sustento para a sua economia, em crise permanente desde os anos 1990.
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"Por enquanto, nenhum funcionário da Coreia do Norte apareceu para trabalhar nesta manhã", afirmou um porta-voz sul-coreano do Ministério da Unificação. De acordo com o departamento, 77 cidadãos do país que ainda estão em Kaesong devem regressar para a Coreia do Sul nesta terça, enquanto outros 479 permanecem no complexo industrial. Em um comunicado, o ministério diz que fará o possível para garantir a segurança dos funcionários sul-coreanos que ainda estão no país vizinho.
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Histórico - Inaugurada em 2004 como símbolo da vontade de cooperação entre as duas Coreias, Kaesong abriga cerca de 54 mil operários norte-coreanos que fabricam diversos produtos a baixo custo de mão-de-obra para 123 empresas da Coreia do Sul. Por outro lado, a Coreia do Norte obtém do parque receitas que fornecem um importante sustento para a sua economia, em crise permanente desde os anos 1990.
As armas da Coreia do Norte
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Hwasong-5 e Hwasong-6
Réplica de mísseis norte-coreanos Scud-B
O míssil Hwasong-5, desenvolvido na década de 1980 na Coreia do Norte, é uma versão baseada na tecnologia do míssil soviético Scud - que, por sua vez, é derivado de um foguete alemão V2, usado na II Guerra Mundial. Esses mísseis costumam carregar ogivas convencionais, mas também ter capacidades químicas, biológicas e nucleares. À época, Pyongyang realizou vários testes do Hwasong-5, que tem um alcance de aproximadamente 300 quilômetros, até lançar depois o Hwasong-6, com alcance de 500 quilômetros. Assim, passou a ter capacidade para atingir alvos na Coreia do Sul.
Sistemas de defesa contra a Coreia do Norte
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Sistema de defesa antimísseis Aegis
O sistema Aegis pode ser considerado a primeira linha de defesa antimísseis, pois permite aos navios de guerra abater mísseis balísticos lançados pelos inimigos enquanto eles ainda estão no espaço. Seus projéteis interceptores são disparados para acertar os mísseis antes que eles voltem à atmosfera. A Marinha dos EUA e do Japão possuem radares do sistema instalados em destróiers deslocados para a região da península coreana.
(Com agências EFE e Reuters)
Fonte; Revista Veja
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