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O Sahel é uma zona que fica abaixo do deserto do Saara, como é mostrado na figura acima pela cor laranja.
Pensa-se que a agricultura no Sahel está condenada ao fracasso, mas, ao contrário, ela é protegida por uma “cintura verde” constituída por uma flora altamente diversificada, que – por não ter sido usada pelo homem - a protege dos ventos do Saara. No entanto, o Sahel tem sido palco de longos períodos de seca que, por exemplo, em 1968-1974 levaram a uma situação de fome nos países da região, o que levou à fundação do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, uma agência das Nações Unidas.
Também é conhecida por ser a região que apresenta os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo. Alguns países passaram por fortes guerras civis, ditaduras e regimes autoritários. Apesar da beleza natural, a pobreza, a fome e o alto índice de contaminação pelo vírus da AIDS ainda fazem parte do cotidiano da região mais paupérrima do planeta.
O Sahel (do árabe ساحل sahil, que significa “costa” ou “fronteira”) é a região da África situada entre o deserto do Saara e as terras mais férteis a sul, que forma um corredor quase ininterrupto do Atlântico ao Mar Vermelho, numa largura que oscila entre 500 e 700 km.
Normalmente, incluem-se no Sahel o Senegal, a Mauritânia, o Mali, o Burkina Faso, oNíger, a parte norte da Nigéria, o Chade, o Sudão, a Etiópia, a Eritréia, o Djibouti e a Somália. Por vezes, usa-se este termo para designar os países da África ocidental, para os quais existe um complexo sistema de estudo da precipitação.
O termo foi cunhado para designar uma região fitogeográfica, dominada por vegetação de estepes, que recebe uma precipitação entre 150 e 500 mm por ano. Pode, portanto pensar-se que a agricultura no Sahel está condenada ao fracasso mas, ao contrário, ela é protegida por uma “cintura verde” constituída por uma flora altamente diversificada, que – por não ter sido usada pelo homem - a protege dos ventos do Saara.
O Sahel é uma área de tensões permanentes por causa do crescimento demográfico galopante e as rivalidades tribais.
Ao longo da História da África, o Sahel assistiu à sucessão de alguns dos mais avançados reinos africanos, que beneficiaram do comércio através do deserto, conhecidos como Reinos Sahelianos.
Fonte: Quarta feira/ 23/04/2008 – O Sahel - Elaboradores: Vinicius Viena nº41 7ªA Roberta nº35 Rafael nº34não citado o Colégio ou Escola e Wikipédia livre.
Há lugares no mundo que parecem falar mais que outros ainda que não ostentam imagens robustas. O Sahel pode nos parecer fraco e desprezível, mas é imperativo e forte na sua mensagem. Revela ao mundo um passado menos árido e denuncia talvez uma marcha inexorável de uma natureza que o homem não é o senhor...:)
ResponderExcluirAdemais, parece que é para lugares remotos e flagelados que certos biótipos humanos são expulsos por conta de um script classificatório de inferioridade estabelecido pelos homens. A história é longa e por demais complexa e vaga no tempo desde os primórdios. Se aquela marcha é inexorável e os humanos humilhados pelos seus pecados humilham, a humildade poderosíssima da escatologia tem o alento e o fechamento, o fechamento escatológico e justo nos fins dos tempos com a implantação definitiva da justiça. Até lá a alegria e a esperança nos viajam glamourosos em meio às turbulências...:)
ResponderExcluirNa minha viagem por um pedacinho senegalês do Sahel, acho que poderia escrever um livro. Como um velho engenheirão rodoviário que Deus assim me fez, aqueles espaços vagos sem vegetação nenhuma me fizeram lembrar como que sinais da ocupação de um antigo acampamento de um empreiteiro de estradas. A alusão é meramente ilustrativa, porquanto não há estradas, uma trilha faz e desempenha a contento o papel. Qualquer carro por lá trafega. O chãozão batido é praticamente nivelado. Quase que o visitante motorizado pode abrir seu caminho simplesmente desviando da parca vegetação...:)
ResponderExcluirPassei por várias vilas no Senegal perto da fronteira com o Mali e com a Mauritânia. Dezenas de crianças me tinham como um súbito, ilustre, insólito e fugaz visitante, porquanto da amarokona suntuosa e da pele clara. Me rodearam com carro e tudo. Meu feeling, que não é meu, mas que me foi dado, varrendo os enigmas da filosofia teológica, foi no vdo!. Traduzindo, este mundo é cão. A África assolada por 5 tragédias (fome, racismo, analfabetismo, epidemias e guerras) é uma fazenda de confinamento do planeta para onde foram expulsos os classificados de feios, inferiores e indesejados, para ali desaparecerem. O mundo cão cria cão. Naquelas remotas vilas não existem cachorros. Não vi um só deles. Não há comida nem para os humanos. Ademais lá não precisam deles, dormem em cabanas abertas, são livres e solidários e reforçados pelo islã, arrebentam com quem rouba, embora não vi nada que ladrão cobice. Lá não tem nada, porque o mundo cão que cria cão assim os enxotou...:)
ResponderExcluirO companheiro acima descreve com propriedade a pitoresca e profunda visão de uma terra e seu povo por ele vivenciada!Acho até que de certa forma eu o invejo por esta experiência incrível, que o deixou muito mais humano e consciente desse mundo "real" dividido em lotes de peles multicoloridas. Um cenário capaz de amadurecer e ampliar uma consciência mais crítica do que é ser realmente humano. Nosso berço, a África, tem o meu respeito e admiração. Tenho uma filha que se chama SAHEL, e ensinei-lhe desde pequenina que seu nome significa "A Praia do Deserto".Sabe de uma coisa meu amigo, ela está feliz com seu nome, que aliás, também é nome de uma canção de Alpha Blondy, cantor de Serra Leoa.Ainda tenho esperança de ver um dia a África Unida, num só coração para pulsar no peito de todo aquele povo sofrido. Gostei bastante de seus comentários, possuem um valor não só subjetivo, mas histórico e real para se compreender um pouco desse continente magnífico.
ResponderExcluirBem legal o texto e interessante
ResponderExcluirAmei o texto, muito explícito.
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