Solo:
- Horizonte do Solo
Devemos entender como horizonte do solo as camadas diferentes entre si que se sucedem em profundidade, de cima para baixo. São eles que definem o perfil do solo.
Cada horizonte possui cor, composição mineralógica e textura próprias.
O perfil do solo, ou seja, um corte na vertical através do solo mostra seus horizontes. Estes são representados por símbolos e convenções.
- Características dos solos.
Os solos apresentam várias características, todas elas importantes para o conhecimento mais aprofundado desse recurso natural imprescindível à vida animal e vegetal.
Apontaremos, nessa abordagem, apenas algumas de suas características, somente para introduzi-lo ao assunto e levá-lo a compreender a dinâmica terrestre ou, mais especificamente, a dinâmica do solo: a profundidade, a textura e a fertilidade.
Profundidade:
Corresponde à espessura que um solo apresenta determinada pela camada impeditiva ao desenvolvimento das raízes dos vegetais, que podem ser, por exemplo, o lençol d’água subterrâneo permanente, o substrato rochoso ou camadas internas bastante adensadas. Quanto à profundidade, o solo pode ser classificado conforme abaixo:
Solo: profundidade e classificação
Solo Profundidade
Um solo raso impõe certas limitações: dificulta a fixação ou ancoragem do vegetal e restringe seu acesso aos nutrientes e à própria água. Por sua vez os solos profundos podem também apresentar restrições. Se o lençol freático for elevado ou se as camadas inferiores estiverem adensadas, pode haver obstáculos à penetração de raízes mais profundas, impedindo o desenvolvimento de lavouras permanentes.
Textura:
O solo pode ter textura arenosa, argilosa ou siltosa, dependendo do teor ou proporção de argila, areia e silte que contenha. A dominância de um ou de outro no solo é que determina sua porosidade, isto é, sua capacidade de absorção de água e oxigênio, que, como sabemos, são elementos importantes para as plantas. Os solos argilosos, dependendo de outros fatores, retêm mais água e nutrientes (cálcio, potássio etc.). Os solos arenosos retêm pouca água e nutrientes, pois possuem grandes poros, facilitando o escoamento da água.
Existe um procedimento prático para se observar a textura do solo. Pega-se um pouco de solo na mão, molha-se com água, sem contudo encharcá-lo, e procura-se sentir nas pontas dos dedos se ele é áspero ou macio. Os solos arenosos mostram-se ásperos e recusam a ação de moldagem. Já os argilosos são macios e moldáveis, e são utilizados, desde a antiguidade, para fabricação de vários objetos: utensílios de cerâmica, tijolos, telhas, porcelanas, etc..
Há solos que apresentam variações de textura de uma camada para outra, podendo, por exemplo, ser arenoso na superficial e compactado na profunda. Esses tipos de solo são facilmente erodidos, pois a água ao se infiltrar, não consegue ultrapassar a camada compactada, provocando a lavagem ou lixiviação superficial.
Fertilidade:
Essa característica está intimamente relacionada à disponibilidade de elementos nutritivos num solo, que possibilita ou não um bom desenvolvimento dos vegetais. Entretanto, para uma boa colheita, não basta que o solo seja fértil. Isso depende de uma conjugação de fatores: boa drenagem, regime das chuvas, topografia e principalmente o seu manejo pelo homem.
Podemos citar como exemplo de solo de boa fertilidade natural no Brasil o latossolo roxo, originário de rocha básica (aquela que cuja percentagem de sílica oscila entre 45 e 52%), tem textura argilosa ou muito argilosa e estrutura típica de latossolo, ocorre em superfícies planas e levemente ondulosas, relacionadas com derrames basálticos e diques de diábase, é encontrado principalmente nos planaltos de Araucária da Bacia do Paraná, em trechos do Planalto Central, no Triangulo Mineiro e no sul de Goiás.
Existem também os solos de baixa fertilidade natural: a classe dos litossolos é um exemplo. São rasos ou muitos raros, possuindo muitas vezes o horizonte A alojado diretamente sobre o substrato rochoso. São também ácidos e pobres em nutrientes.
- A erosão e a degradação dos solos:
Erosão e degradação: o que são? Exemplos no mundo e no Brasil.
A erosão é um processo natural caracterizado pela destruição e transformação de rochas realizadas por um conjunto de agentes que modelam ou escultura a superfície terrestre. Participam desse processo os denominados fatores endógenos (tectonismo, vulcanismo, terremotos) e os fatores exógenos (clima, rios, correntes marinhas, vagas, água de escoamento superficial –enxurradas – animais e vegetais).
Entre os fatores exógenos, o clima tem uma participação muito grande em todas as áreas da Terra, através das variações de temperatura, insolação e umidade, da alternância do degelo, dos ventos e das chuvas. A esses agentes deve-se somar a erosão antrópica ou antropogenética, ou seja, aquela realizada pelo homem em seu processo de construção e produção de espaços geográficos e as consequências, modificações e comprometimentos ambientais resultantes.
Entretanto não podemos perder de vista que, sempre que há destruição ou erosão causada pelos agentes do relevo, há em contrapartida um processo de construção ou deposição de materiais (sedimentação). Assim, a erosão e ou a sedimentação são processos integrantes de um processo mais amplo, isto é, do ciclo de erosão. A erosão ocorre simultaneamente à sedimentação ou deposição de materiais.
Fonte Melhem Adas e Sergio Adas.
3 comentários:
muito bom!
òtimo!
Belo material !
Postar um comentário