sexta-feira, 25 de abril de 2025

Coppolla INDIGNADO! Debate sobre intimação de Bolsonaro na UTI .


 

Piada? PSOL protocola pedido para que brasileiros paguem por desvios no INSS .


 

EXCLUSIVO: PT tem ligação com entidade envolvida em fraude bilionária no INSS .


 

FINALMENTE - Meu projeto de 10 anos está pronto. Nossos filhos serão BLINDADOS .


 

quarta-feira, 23 de abril de 2025

ESCÂNDALO N#7 - Lula roubando dos velhinhos .


 

#3 VISTO CANCELADO - TRUMP PARTIU PARA CIMA DO PRESIDENTE ESQUERDISTA .


 

BOMBA: vaza segredo inacreditável de Moraes e tem a ver com as eleições! 😱


 

Bomba! FOI AFASTADO DO CARGO! TÁ FORA!! ALEXANDRE DE MORAES ACABA DE SOFRER DURAS CRÍTICAS na OESTE .


 

Relatório revela mais impactos da exploração de petróleo no pré-sal .

 plataforma de petróleo

ABr

A Fiocruz e o Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT), por meio do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS), elaboraram o Relatório Analítico de Perdas e Danos da Cadeia do Petróleo e Gás do Pré-Sal, que identifica 25 possíveis impactos ainda não listados por estudos que embasaram o licenciamento do pré-sal, especificamente o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima).

Nos estudos técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e das empresas que operam os empreendimentos, são consideradas três categorias de impacto: físicos (alterações no solo, água, ar), bióticos (plantas, animais); e socioeconômicos (afetam o modo como as pessoas vivem, trabalham, se divertem e convivem em comunidade), além dos aspectos de cumulatividade (soma de vários impactos no mesmo lugar).

A partir do estudo do OTSS, a Fiocruz e o FCT propuseram cinco novas categorias de impacto ainda não consideradas pelos documentos oficiais: 

– Culturais;

– Econômicos e sobre o bem-estar material; 

– Institucionais, legais, políticos e igualdade;

– Sobre a qualidade do meio ambiente habitado e o bem-viver

– Sobre a saúde e o bem-estar das pessoas afetadas pelo empreendimento. 

Neste contexto, boa parte das perdas e danos verificada pelo novo estudo foi identificada a partir de lacunas no processo de licenciamento. “Um exemplo são os impactos dos navios aliviadores, que são analisados em documentos diferentes do EIA de exploração de petróleo em águas ultraprofundas do pré-sal. Assim, nenhum EIA de quaisquer das três etapas do pré-sal apresenta a análise dos impactos dos navios aliviadores, somente dos navios-plataformas, o que leva a uma visão fragmentada e insuficiente dos impactos reais do empreendimento de exploração do petróleo do pré-sal”, afirma a Fiocruz.

“Foram aspectos como esses que, por enquanto, geraram nova revisão do EIA pelo órgão licenciador, que já cita os impactos gerados pelos navios aliviadores no documento para a etapa 4 do pré-sal. A gente espera que considerem as demais recomendações também”, diz a bióloga Lara Bueno Chiarelli Legaspe, pesquisadora do OTSS e parte do grupo que elaborou o relatório Perdas e Danos.

Para Leonardo Freitas, coordenador-geral de Governança e Gestão do OTSS e revisor tecnocientífico do estudo, é preciso considerar a relevância do licenciamento ambiental como política pública. “Portanto, é fundamental que as populações afetadas por esses empreendimentos possam incidir sobre o licenciamento. Não apenas denunciar problemas quando são observados, mas avançar fazendo anúncios e, na medida do possível, contribuindo para fortalecer e melhorar esse licenciamento. O Estudo de Perdas e Danos busca não apenas mostrar lacunas em relação ao licenciamento do Pré-Sal, até porque suas recomendações valem para muitos empreendimentos licenciados Brasil afora”, argumenta.

O relatório também traz 14 recomendações para aprimorar o processo de licenciamento e fortalecer a defesa de territórios tradicionais localizados na área de influência do empreendimento. “Entre elas, está centrar a análise do licenciamento ambiental e de suas condicionantes a partir do conceito de Territórios Sustentáveis e Saudáveis, perspectiva que vai além dos meios tradicionalmente avaliados (físico, biótico e socioeconômico), considerando que há relação entre os impactos de diferentes meios, que se acumulam e potencializam”,  diz a Fiocruz.

“O relatório é muito importante porque traz contribuições fundamentais para avaliar impactos que estão além dos contemplados para o licenciamento. Mas precisamos aprofundar as discussões sobre as demandas apontadas para definir os nexos causais entre os novos impactos e a atividade de exploração de petróleo e gás. É uma grande iniciativa para ajudar a aprimorar nossos processos e a prever perdas de forma estratégica e antecipada”, avalia Carlos Eduardo Martins Silva, analista do Ibama que atua na Coordenação de Petróleo e Gás Offshore.

Pré-sal

A exploração do pré-sal, a camada ultraprofunda no oceano que armazena petróleo e gás natural, começou há cerca de 18 anos no Brasil. Essa camada tem cerca de 800 quilômetros de extensão e 200 quilômetros de largura, e está localizada entre os estados do Espírito Santo e de Santa Catarina. É tão grande que nela caberiam mais de três estados do Rio de Janeiro.

Segundo o estudo, em três etapas de perfuração, exploração e alteração no ambiente original, muitos impactos invisíveis já trouxeram consequências notáveis na saúde mental das pessoas e na dinâmica das comunidades. Em processo de licenciamento ambiental pela Petrobras junto ao Ibama, a Etapa 4 tem agora como objetivo ampliar a exploração de petróleo e gás natural do pré-sal da Bacia de Santos, dando continuidade aos projetos Etapa 1, Etapa 2 e Etapa 3.

Os dez projetos que compõem a Etapa 4 terão cerca de 152 poços, totalizando uma produção média estimada de 123 mil m3/dia de petróleo e 75 milhões de m3/dia de gás natural. O tempo médio de operação previsto para cada uma das unidades é de 25 anos. Segundo a Fiocruz, para se ter uma ideia, 123 mil m³ de petróleo bruto seriam suficientes para abastecer aproximadamente 5,7 milhões de carros por dia, considerando o petróleo bruto necessário para produzir a gasolina.

“A gente gostaria de aprimorar a forma de fazer esde licenciamento. E as condicionantes também devem ser dialogadas com as comunidades. Do que os territórios precisam? Saneamento, educação, formação? Há várias outras possibilidades de condicionantes”, aponta Marcela Cananéa, coordenadora de Justiça Socioambiental do OTSS e integrante das coordenações do Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT) e da Coordenação Nacional de Comunidades Tradicionais Caiçaras (CNCTC).

Recomendações

Nesse contexto, a lista de recomendações gerada pelo estudo traz 14 pontos prioritários tendo em vista o fortalecimento do licenciamento ambiental federal. Alguns deles são:

1.O Projeto Povos de Caracterização de Territórios Tradicionais (PCTT) deve ser reconhecido e implantado como política pública, de forma permanente e com atualizações periódicas.

2.O licenciamento ambiental em seus estudos (EIAs) deve centrar a análise na constituição de territórios sustentáveis e saudáveis, perspectiva que vai além dos meios tradicionalmente avaliados (físico, biótico, socioeconômico), considerando que há relação entre os impactos de diferentes meios, que se acumulam e potencializam.

3.Recomenda-se a inclusão de todas as comunidades caiçaras, quilombolas e indígenas, de sertão e da região costeira, tendo em vista a noção de território único e o modo de vida tradicional

4.Recomenda-se que seja realizado estudo aprofundado de modo a identificar, integrar e classificar os impactos socioambientais não considerados no EIA.

5.A partir dos 25 novos danos e impactos revelados, que sejam apresentados estudos de reparação justa e integral, e também de valoração, incluindo as externalidades.

6.. As condicionantes de interesse das comunidades tradicionais devem ter termos de referência construídos por essas comunidades, junto aos movimentos sociais do território.

7. As comunidades tradicionais definem e incidem sobre as condicionantes de interesse para o território, e ajudam a elaborar os termos de referência das mesmas em diálogo direto entre suas lideranças e o órgão licenciador, sem a necessidade de intermediação de órgãos intervenientes do processo de licenciamento.

8. Os estudos de impactos cumulativos do território sejam territorializados, integrando os resultados dos estudos de impactos cumulativos e sinérgicos do território.

9. Os órgãos públicos devem ser incorporados nos debates sobre os territórios, com destaque para: Funai, Fundação Palmares, Incra e Iphan.

“Precisamos mostrar os impactos disso tudo, com dados científicos e organizados para pautar o empreendedor e deixar bem claro: nós precisamos de reparação porque o empreendimento afeta nossa saúde mental, afeta nosso território, nosso direito de ir e vir e nossa cultura”, diz Vagner do Nascimento, coordenador-geral do OTSS e integrante do Colegiado de Coordenação do Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT).

 

Por Ana Cristina Campos, da Agência Brasil , in EcoDebate, ISSN 2446-9394

Mudança climática no Ártico aumenta risco de novas pandemias .

 

degelo

Um estudo internacional publicado recentemente na revista científica Science of the Total Environment alerta para um novo perigo decorrente das mudanças climáticas: o derretimento do gelo ártico está criando condições ideais para a propagação de doenças infecciosas e liberando micróbios anteriormente congelados, alguns dos quais podem ter potencial pandêmico.

O perigo oculto sob o gelo

Segundo o consórcio de cientistas responsáveis pela pesquisa, o aquecimento global está provocando o descongelamento do permafrost – solo permanentemente congelado das regiões árticas – liberando microrganismos que permaneceram inativos por milhares de anos. Entre as ameaças estão patógenos como brucelose, tularemia e E. coli, que podem encontrar novos caminhos para infectar humanos.

“O descongelamento do solo que ficou congelado durante milhares de anos no Ártico pode liberar micróbios adormecidos presentes em corpos de animais mortos e outras criaturas”, explica o estudo, destacando o risco de doenças com potencial pandêmico.

Doenças zoonóticas: uma preocupação crescente

Aproximadamente três quartos de todas as doenças infecciosas humanas conhecidas são zoonóticas – capazes de passar de animais para humanos – incluindo muitas encontradas no Ártico. A pesquisa alerta que a poluição, as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade agravam a transmissão dessas zoonoses na região polar.

O estudo analisa documentos científicos e governamentais do Polo Norte, com foco especial no Canadá, Alasca, Groenlândia e Norte da Europa, adotando uma abordagem conhecida como “One Health” (Saúde Única), que reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental.

Novas rotas, novos riscos

O derretimento do gelo está abrindo novas áreas para viagens e indústrias, aproximando pessoas de ambientes árticos antes isolados. Essa interação crescente entre humanos e habitats selvagens cria condições perfeitas para que patógenos zoonóticos – sejam eles parasitários, virais ou bacterianos – saltem de animais para humanos.

“As atividades humanas e os habitats animais estão se sobrepondo de maneira que perturba o equilíbrio ambiental”, alertam os pesquisadores. Esses agentes podem se espalhar para humanos através de diferentes meios, como água, alimentos ou meio ambiente.

Urgência da ação preventiva

Os autores do estudo fazem recomendações claras para “aumentar a conscientização e o gerenciamento de zoonoses existentes e emergentes com potencial epidêmico e pandêmico, focando também nos impactos de vários estressores ambientais e fatores de estilo de vida sobre as zoonoses no Ártico”.

Este trabalho serve como um alerta para “governos e comunidades agirem precocemente — antes que surtos ocorram”. Os cientistas defendem o desenvolvimento de melhores sistemas de vigilância de doenças, monitoramento ambiental mais robusto e sistemas de saúde pública resistentes às mudanças climáticas.

Conhecimento das comunidades inuítes como aliado

O estudo também destaca a importância do conhecimento do povos indígenas na detecção dos primeiros sinais de mudanças no ecossistema e na saúde. As comunidades inuítes, que habitam a região há milênios, possuem um entendimento único sobre as transformações ambientais e podem contribuir significativamente para estratégias preventivas.

“Os casos destacam lacunas críticas no monitoramento e no conhecimento atual”, escrevem os autores, enfatizando a necessidade de ações para nos preparar para o futuro.

Com o aquecimento global continuando a transformar rapidamente o Ártico, a ameaça de novas doenças infecciosas representa mais um desafio urgente que exige atenção e ação global imediata.

Referência:

Emilie Andersen-Ranberg et al, Environmental stressors and zoonoses in the Arctic: Learning from the past to prepare for the future, Science of The Total Environment (2024). DOI: 10.1016/j.scitotenv.2024.176869

 

 
in EcoDebate, ISSN 2446-9394

Conversar com as plantas pode nos fazer bem .

 Vaso de plantas

Foto de Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Podemos nos sentir mais aliviados das nossas dores, estresses e temores quando conversamos com as plantas

Ensaio de Rosângela Trajano

Vivemos em uma sociedade cada vez mais egoísta e individualista. As pessoas não se falam mais e muitas têm se sentido sozinhas em suas casas. Tem gente que conversa com o gato, com o cachorro ou com a televisão, mas tem gente que gosta de conversar com as plantas e isso pode fazer muito bem para ambas as partes.

Quando contamos um segredo para as plantas sabemos que elas não vão sair por aí contando para Deus e o mundo o que ouviram, então podemos ter a certeza de que o que foi contado ficará só entre nós e as plantas que são grande amigas e se soubermos ter um olhar mais cuidadoso para elas é possível até que nos façam carinhos e nos digam alguma coisa que não sabemos interpretar acostumados que estamos com a linguagem racional.

Para as plantas, quando elas nos escutam, sentem-se felizes e as vibrações sonoras que recebem da nossa voz as deixam mais bonitas. Alguns estudos sugerem que essas vibrações podem estimular o movimento de fluidos ou até a ativação de genes relacionados ao crescimento. Sem contar que quando falamos emitimos Dióxido de Carbono (CO2). As plantas precisam desta substância para fazerem a sua fotossíntese, principalmente em lugares fechados como apartamentos.

Também nos sentimos melhor e menos estressados ao desabafarmos com as plantas, pois segundo uma terapia natural chamada ecoterapia a conversa com as plantas pode causar vários benefícios ao ser humano, dentre eles a quebra da solidão e da ausência de quem já partiu. Esquecemos muitas vezes dos nossos problemas e da tecnologia contemporânea quando tiramos um tempinho para conversarmos as nossas dúvidas ou qualquer coisa insignificante com as plantas, o que elas querem mesmo é nos ouvir e o que mais desejamos é sermos ouvidos com atenção.

Ao conversarmos perto das folhas, soltamos um pouco de umidade (vapor da respiração) e calor corporal. Isso não é determinante, mas em ambientes secos ou frios pode suavemente afetar o microclima em volta da planta. E se estiver fazendo frio demais a plantinha pode se sentir aquecida com a nossa audição. Já pensaram que coisa linda é aquecer uma planta?

Conversar com seres vivos (até mesmo com plantas) pode liberar ocitocina, o “hormônio do afeto”, que gera sensações de bem-estar. Podemos nos sentir mais aliviados das nossas dores, estresses e temores quando conversamos com as plantas. E isso não é coisa de maluco, é comprovado pela ciência que o hormônio do afeto é produzido cada vez mais intensamente quando conversamos com quem gostamos e sentimos que estamos sendo ouvidos.

A prática de cuidar das plantas, junto da conversa, pode ativar neurotransmissores ligados ao prazer, à alegria e à sensação de recompensa, daí produzirmos mais endorfina que é a substância do prazer e da alegria. Sem contar que a fala tranquila, o contato visual com o verde e o cuidado abaixam os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Por isso tudo que mostrei acima, é comprovado que todos nós devemos conversar com as plantas sempre que pudermos independente de estarmos nos sentindo sozinhos ou não porque não somos egoístas, mas seres humanos que nos preocupamos com a natureza.

Você pode cantar para a sua plantinha ou até mesmo colocar uma música em um volume mais alto para que ela possa escutar, pois um experimento feito pelo The MythBusters (Discovery Channel) mostrou que plantas expostas a vibrações sonoras crescem mais fortes e bonitas.

Espiritualmente nos tornamos pessoas melhores quando passamos a conversar com as plantas porque aprendemos com elas a arte de ouvir com atenção e aprendemos que segredos devem ser levados para a eternidade. Nos tornamos pessoas melhores para o mundo e o mundo para nós ao darmos atenção às nossas plantinhas por mais pequeninas que elas sejam. Então, vamos conversar com as plantas?

Rosângela Trajano, Colunista do EcoDebate, é poetisa, escritora, ilustradora, revisora, diagramadora, programadora de computadores e fotógrafa. Licenciada e bacharel em filosofia pela UFRN e mestra em literatura comparada também pela UFRN. É pesquisadora do CIMEEP – Centro Internacional e Multidisciplinar de Estudos Épicos. Com mais de 50 (cinquenta) livros publicados para crianças, ministra aulas de Filosofia para crianças na varanda da sua casa, de forma voluntária. Além disso, mora pertinho de um mangue aonde vai todas as manhãs receber inspiração para poetizar.

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394