domingo, 18 de dezembro de 2022

POR QUE A GEOGRAFIA DA ÍNDIA É INSANAMENTE BOA?


 

CANADÁ : NINGUÉM VIVE NO VERDE.


 

PEIXES NO MAR MORTO ?!


 

POR QUE TODOS BRIGAM POR JERUSALÉM ?


 

ÁRABE, LIBANÊS, TURCO ?!


 

POLÔNIA : CRACÓVIA.


 

O FIM DE LISBOA.


 

sábado, 17 de dezembro de 2022

CONCENSO CIENTÍFICO : O CLIMA DA TERRA ESTÁ AQUECENDO.

Consenso científico: o clima da Terra está aquecendo

Evidências científicas continuam a mostrar que as atividades humanas aqueceram a superfície da Terra e suas bacias oceânicas

Dados de temperatura de quatro instituições científicas internacionais. Todos mostram um rápido aquecimento nas últimas décadas e que a última década foi a mais quente já registrada.
Dados de temperatura mostrando rápido aquecimento nas últimas décadas, os dados mais recentes indo até 2021. De acordo com dados da NASA, 2016 e 2020 empataram como o ano mais quente desde 1880, continuando uma tendência de longo prazo de aumento das temperaturas globais. Os 15 anos mais quentes já registrados ocorreram desde 2005, sendo os oito anos mais recentes os mais quentes. Crédito: Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA

 

É importante lembrar que os cientistas sempre se concentram nas evidências, não nas opiniões. Evidências científicas continuam a mostrar que as atividades humanas ( principalmente a queima humana de combustíveis fósseis ) aqueceram a superfície da Terra e suas bacias oceânicas, que por sua vez continuaram a impactar o clima da Terra . Isso se baseia em mais de um século de evidências científicas que formam a espinha dorsal estrutural da civilização atual.

NASA Global Climate Change apresenta o estado do conhecimento científico sobre a mudança climática, destacando o papel que a NASA desempenha na melhor compreensão do nosso planeta natal. Esse esforço inclui a citação de vários estudos revisados ​​por pares de grupos de pesquisa em todo o mundo, 1 ilustrando a precisão e o consenso dos resultados da pesquisa (neste caso, o consenso científico sobre a mudança climática) consistente com o portfólio de pesquisa científica da NASA.

Com isso dito, vários estudos publicados em revistas científicas revisadas por pares 1 mostram que as tendências de aquecimento climático ao longo do século passado são extremamente prováveis ​​devido às atividades humanas. Além disso, a maioria das principais organizações científicas em todo o mundo emitiu declarações públicas endossando essa posição. A seguir está uma lista parcial dessas organizações, juntamente com links para suas declarações publicadas e uma seleção de recursos relacionados.

SOCIEDADES CIENTÍFICAS AMERICANAS


Declaração sobre Mudanças Climáticas de 18 Associações Científicas

“Observações em todo o mundo deixam claro que a mudança climática está ocorrendo, e pesquisas científicas rigorosas demonstram que os gases de efeito estufa emitidos pelas atividades humanas são o principal fator”. (2009) 2

  • Associação Americana para o Avanço da Ciência

    “Com base em evidências bem estabelecidas, cerca de 97% dos cientistas do clima concluíram que a mudança climática causada pelo homem está acontecendo”. (2014) 3

  • American Chemical Society

    “O clima da Terra está mudando em resposta ao aumento das concentrações de gases de efeito estufa (GEE) e material particulado na atmosfera, em grande parte como resultado das atividades humanas”. (2016-2019) 4

  • União Geofísica Americana

    “Com base em extensas evidências científicas, é extremamente provável que as atividades humanas, especialmente as emissões de gases de efeito estufa, sejam a causa dominante do aquecimento observado desde meados do século 20. Não há explicação alternativa apoiada por evidências convincentes.” (2019) 5

  • Associação Médica Americana

    “Nossa AMA… apoia as descobertas do quarto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas e concorda com o consenso científico de que a Terra está passando por mudanças climáticas globais adversas e que as contribuições antropogênicas são significativas.” (2019) 6

  • Sociedade Meteorológica Americana

    “A pesquisa encontrou uma influência humana no clima das últimas décadas … O IPCC (2013), USGCRP (2017) e USGCRP (2018) indicam que é extremamente provável que a influência humana tenha sido a causa dominante do observado aquecimento desde meados do século XX.” (2019) 7

  • American Physical Society

    “A mudança climática da Terra é uma questão crítica e representa o risco de perturbações ambientais, sociais e econômicas significativas em todo o mundo. Embora as fontes naturais de variabilidade climática sejam significativas, várias linhas de evidência indicam que as influências humanas têm tido um efeito cada vez mais dominante no clima global aquecimento observado desde meados do século XX.” (2015) 8

  • A Sociedade Geológica da América

    “A Geological Society of America (GSA) concorda com as avaliações das National Academies of Science (2005), do National Research Council (2011), do Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC, 2013) e do US Global Change Research Program (Melillo et al., 2014) que o clima global esquentou em resposta ao aumento das concentrações de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa… (IPCC, 2013).” (2015) 9

ACADEMIAS DE CIÊNCIAS


Academias Internacionais: Declaração Conjunta

“A mudança climática é real. Sempre haverá incerteza na compreensão de um sistema tão complexo quanto o clima do mundo. No entanto, agora há fortes evidências de que um aquecimento global significativo está ocorrendo. As evidências vêm de medições diretas do aumento da temperatura do ar na superfície e nas temperaturas subsuperficiais do oceano. e de fenômenos como o aumento do nível médio global do mar, o recuo das geleiras e mudanças em muitos sistemas físicos e biológicos. É provável que a maior parte do aquecimento nas últimas décadas possa ser atribuída às atividades humanas (IPCC 2001).” (2005, 11 academias de ciências internacionais) 10

  • Academia Nacional de Ciências dos EUA

    “Os cientistas já sabem há algum tempo, a partir de várias linhas de evidência, que os humanos estão mudando o clima da Terra, principalmente por meio das emissões de gases de efeito estufa”. 11

AGÊNCIAS GOVERNAMENTAIS DOS EUA


  • Programa de Pesquisa de Mudança Global dos EUA

    “O clima da Terra agora está mudando mais rápido do que em qualquer outro ponto da história da civilização moderna, principalmente como resultado das atividades humanas”. (2018, 13 departamentos e agências governamentais dos EUA) 12

ÓRGÃOS INTERGOVERNAMENTAIS


  • Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas

    “É inequívoco que o aumento de CO 2 , metano e óxido nitroso na atmosfera durante a era industrial é resultado de atividades humanas e que a influência humana é o principal fator de muitas mudanças observadas na atmosfera, oceano, criosfera e biosfera.

    “Desde que as avaliações científicas sistemáticas começaram na década de 1970, a influência da atividade humana no aquecimento do sistema climático evoluiu da teoria para o fato estabelecido.” 13-17

Referências

  1. K. Myers, et al, “Consensus revisited: quantifying scientific agreement on climate change and climate expertise among Earth scientists 10 years later,” Environmental Research Letters Vol.16 No. 10, 104030 (20 October 2021); DOI:10.1088/1748-9326/ac2774

    M. Lynas, et al, “Greater than 99% consensus on human caused climate change in the peer-reviewed scientific literature,” Environmental Research Letters Vol.16 No. 11, 114005 (19 October 2021); DOI:10.1088/1748-9326/ac2966

    J. Cook et al., “Consensus on consensus: a synthesis of consensus estimates on human-caused global warming,” Environmental Research Letters Vol. 11 No. 4, (13 April 2016); DOI:10.1088/1748-9326/11/4/048002

    J. Cook et al., “Quantifying the consensus on anthropogenic global warming in the scientific literature,” Environmental Research Letters Vol. 8 No. 2, (15 May 2013); DOI:10.1088/1748-9326/8/2/024024

    W. R. L. Anderegg, “Expert Credibility in Climate Change,” Proceedings of the National Academy of Sciences Vol. 107 No. 27, 12107-12109 (21 June 2010); DOI: 10.1073/pnas.1003187107

    P. T. Doran & M. K. Zimmerman, “Examining the Scientific Consensus on Climate Change,” Eos Transactions American Geophysical Union Vol. 90 Issue 3 (2009), 22; DOI: 10.1029/2009EO030002

    N. Oreskes, “Beyond the Ivory Tower: The Scientific Consensus on Climate Change,” Science Vol. 306 no. 5702, p. 1686 (3 December 2004); DOI: 10.1126/science.1103618

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394

AMAZÔNIA É O BIOMA COM MAIOR ÁREA DE PASTAGEM NO BRASIL.

Amazônia é o bioma com maior área de pastagens no Brasil

O principal uso dado ao solo brasileiro continua sendo a pastagem: de toda a área desmatada no Brasil, que já se aproxima dos 35% do território nacional, aproximadamente 90% foram ou continuam sendo pastagem

Por Izabela Sanchez e Karol Domingues

Nas últimas duas décadas, a área de pastagem cresceu 40% na Amazônia. No mesmo período, esse tipo de cobertura de solo diminuiu substancialmente na Mata Atlântica (28%) e no Cerrado (10%), onde 10,2 milhões de hectares foram transformados em lavouras temporárias.

avanço das pastagens sobre a Amazônia a colocou no topo da lista dos biomas com maior área, em termos percentuais, com 36%. Cerrado (31%), Mata Atlântica (18%), Caatinga (12%) e Pantanal (2%) vêm na sequência. Com exceção de Minas Gerais, com 19,3 milhões de hectares, os outros dois estados líderes em área de pastagens no Brasil ficam na Amazônia Legal: Pará (21,1 milhões de hectares) e Mato Grosso (20,2 milhões de hectares).

Os dados fazem parte de um mapeamento inédito do MapBiomas que será apresentado em 30 de novembro, pelo YouTube. Ele revela que o principal uso dado ao solo brasileiro continua sendo a pastagem: de toda a área desmatada no Brasil, que já se aproxima dos 35% do território nacional, aproximadamente 90% foram ou continuam sendo pastagem. Com presença nos seis biomas, ela ocupa atualmente algo em torno de 151 milhões de hectares de norte a sul do país. Mas a área total pode ser ainda maior porque esse número não integra parte dos campos naturais, principalmente no Pampa e Pantanal, que cobrem 12 milhões de hectares no país, e áreas de mosaico de usos, onde não é possível separar agricultura e pastagem (ou elas ocorrem de forma consorciada), e que cobrem 42 milhões de hectares.

A partir da análise de imagens de satélite é possível identificar uma intensa dinâmica quanto às áreas de pastagens no Brasil, marcada por momentos de expansão e retração territorial. Entre 1990 e 2000, 46,4 milhões de hectares de áreas naturais e antrópicas foram convertidas em pastagem, principalmente nos biomas Amazônia e Cerrado, enquanto 19,2 milhões de hectares de áreas de pastagem foram convertidos para outros usos ou abandonados, notadamente nos biomas Cerrado e Mata Atlântica.

Entre 2000 e 2021, as áreas naturais e antrópicas transformadas em pastagens totalizaram 47,1 milhões de hectares e, mais uma vez, Amazônia e Cerrado foram os principais alvos da conversão. Mas a conversão ou abandono da pastagens nesse mesmo período mais que dobrou em relação ao registrado nas duas décadas anteriores: 44,7 milhões de hectares, principalmente nos biomas Cerrado e Mata Atlântica.

Entre 1985 e 2021, a agricultura e pecuária ganharam 85 milhões de hectares — um crescimento de 47%. As atividades agropecuárias cresceram em cinco dos seis biomas brasileiros, com exceção da Mata Atlântica.

Pastagens brasileiras estocam mais de seis gigatoneladas de carbono

De forma inédita, a Coleção 7 do MapBiomas traz estimativas de estoques de carbono no solo associados às áreas de pastagens no Brasil. Considerando as pastagens de todo o Brasil (cultivadas e nativas), o estoque total de carbono orgânico no solo é de 6,43±1,79 gigatoneladas. Especificamente para o bioma Cerrado, a recuperação de cerca de 28 milhões de hectares de pastagens com algum nível de degradação pode resultar em um ganho de aproximadamente 6% nos estoques de carbono no solo até 2030.

Considerando estoques médios de carbono (toneladas por hectare), estes variam de 44 a 22 toneladas por hectare para a camada superficial do solo (0 a 20 cm) nas áreas de pastagens (nativas) do Pampa e Pantanal, respectivamente. Para os demais biomas – Mata Atlântica, Amazônia, Caatinga e Cerrado – estes estoques ficam em torno de 41, 39, 36 e 33 toneladas por hectare, respectivamente.

“A recuperação de pastagens degradadas e adoção de boas práticas de manejo representam um verdadeiro ganha-ganha. Ganha o produtor, com o aumento da produtividade do rebanho. E ganha o país, haja vista o maior potencial de pastagens bem manejadas em sequestrar carbono, contribuindo para a redução das emissões e para tornar a atividade pecuária, como um todo, mais sustentável”, afirma Laerte Ferreira, professor da Universidade Federal de Goiás e coordenador geral do mapeamento das pastagens.

Sobre MapBiomas: iniciativa multi-institucional, que envolve universidades, ONGs e empresas de tecnologia, focada em monitorar as transformações na cobertura e no uso da terra no Brasil, para buscar a conservação e o manejo sustentável dos recursos naturais, como forma de combate às mudanças climáticas. Esta plataforma é hoje a mais completa, atualizada e detalhada base de dados espaciais de uso da terra, em um país, disponível no mundo. Todos os dados, mapas, métodos e códigos do MapBiomas são disponibilizados de forma pública e gratuita no site da iniciativa.

área de pastagens no Brasil

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394