domingo, 28 de agosto de 2011

TERCEIRA GUERRA MUNDIAL









sexta-feira, 26 de agosto de 2011

BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL.

BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL
 MAPA DAS PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL.

Bacia hidrográfica: corresponde à área drenada por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. 

 CENTROS DISPERSORES

Os limites entre as bacias hidrográficas encontram-se nas partes mais altas do relevo e são denominados divisores de água, pois separam as águas de bacias.



geografalando.blogspot.com

O declive entre o divisor de água e o rio principal, por onde correm as águas dos afluentes, chama-se vertente. As águas são depositadas no leito do rio que, em época de cheia, pode transbordar para as margens baixas planas que o acompanham, que constituem a sua várzea.
 VERTENTES

O Brasil dispõe de uma das mais densas redes hidrográficas da Terra, que representam cerca de 14% das reservas mundiais de água doce. No entanto, o abastecimento das regiões mais desenvolvidas economicamente e mais populosas muitas vezes fica comprometido, pois é cada vez maior não só o consumo de água provocado pelo crescimento populacional e urbano, como o de energia elétrica.
Quando os níveis dos reservatórios estão baixos, em decorrência da falta de chuvas, as hidrelétricas limitam o fornecimento de água para não faltar energia elétrica, o que tem provocado racionamentos de água e até mesmo de energia.

POTENCIAL HÍDRICO POR REGIÃO

Esses grandes centros urbanos também estão situados distantes dos rios de maior navegabilidade, nos quais o transporte fluvial poderia constituir uma excelente alternativa de transporte. No Sudeste, na bacia do Paraná estão sendo feitos investimentos em obras que viabilizem a navegação nos rios que cortam áreas economicamente importantes.


De acordo com a divisão de relevo de Jurandyr Ross, os principais dispersores de água das maiores bacias brasileiras estão situados na parte centro-oriental do Brasil:

* A Cordilheira dos Andes, onde nascem os formadores do rio Amazonas;

* Os Planaltos Norte-amazônicos, origem dos rios da margem esquerda do rio Amazonas;
* Planalto de Chapada dos Parecis, separa a bacia Amazônica de rios da Bacia Platina ( rio Paraguai );

* Planaltos e serras de Goiás-Minas e Planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba, que são divisores de água das bacias do Tocantins e São Francisco;
* Planaltos e serras do Atlântico-Leste-Sudeste, onde nascem o rio São Francisco, os rios formadores do Paraná ( Paranaíba e Grande ) e os seus afluentes da margem esquerda.
De modo geral, os rios brasileiros recebem águas das chuvas. Por isso, em sua maioria, são caracterizados pelo regime pluvial.

AS PRINCIPAIS BACIAS BRASILEIRAS:




Bacia Amazônica: considerada a maior bacia hidrográfica do mundo, drena uma área superior à metade do território brasileiro ( 6,5 milhões de Km2 ) e também abrange áreas de outros seis países sul-americanos. De toda água dos rios lançada nos oceanos, 20% desembocam da foz do rio Amazonas.

 BACIA AMAZÔNICA

Sobretudo em território brasileiro, o rio Amazonas atravessa uma área plana e pouco profunda; é um rio largo e que apresenta grande volume de água. Essas também são características dos trechos de afluentes situados próximo ao Amazonas, tornando a navegação fluvial o principal meio de transporte da região.


Pelo Amazonas também são transportados produtos. A safra de soja do norte do Mato Grosso é transportada pelo rio Madeira ( afluente do Amazonas ). Como o custo do frete do transporte fluvial é menor que o do transporte rodoviário e ferroviário ( muitos usados nas zonas centro e sul do país ), o custo final do produto também é menor.


Além de usado para navegação, o rio é um meio essencial de vida para a população ribeirinha e diversos povos indígenas. Os rios da Amazônia têm a maior fauna fluvial do mundo e o número de espécies conhecidas é surpreendente.
A bacia Amazônica possui o maior potencial para geração de energia hidrelétrica do país. No entanto, a produção de energia é pequena. Isso se explica pela distância dos grandes centros econômicos e populacionais , situados no Sul e Sudeste do país.
Fonte : EcoDebate




Bacia do Tocantins-Araguaia: está ligada ao mesmo ecossistema da Bacia Amazônica e os seus rios também tem grande importância na organização do espaço regional da Amazônia Oriental. A sua maior extensão drena terrenos elevados, que garante boas possibilidades para geração de energia. Nela está situada a usina de Tucuruí, no rio Tocantins, no Pará - a maior hidrelétrica totalmente brasileira. É ela que alimenta os grandes projetos minerais implantados nesse estado, como o Grande Carajás, e, principalmente, as grande industrias de alumínio, como a Alcoa; a Albras ( Alumínio Brasileiro S/A ), pertencente à Companhia Vale e a Nippon, entre outros. A linha de transmissão de Tucuruí tem mais de 1 200 quilômetros de extensão e abastece, além dos projetos minerais, várias cidades do Pará e do Nordeste.
 BACIA DOS RIO TOCANTINS- ARAGUAIA

Essas indústrias, que pelo enorme consumo energético são chamada de eletrointensivas, consomem mais de 60% da hidreletricidade gerada por Tucuruí. A construção da hidrelétrica, por sua vez, exigiu vultosos investimentos do governo brasileiro no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, os quais favoreceram, principalmente , grandes grupos empresariais estrangeiros e nacionais.








Bacia do São Francisco: é alongada e situa-se quase totalmente em área de depressão, conforme classificação do prof. Jurandyr Ross. O extenso São Francisco ( cerca de 3 100 Km ) tem afluentes de pequena extensão e boa parte deles são temporários, ou seja, secam no período das estiagens ( escassez de chuvas ). Esse rio nasce na Serra da Canastra ( Minas Gerais ) e deságua no Atlântico, na divisa entre Alagoas e Sergipe, depois de percorrer longo trecho do sertão nordestino. Corre no sentido geral Sul-Norte, e foi por longo tempo meio de ligação entre as regiões Nordeste e Sudeste, onde se estruturaram os núcleos de povoamento mais antigos do Brasil. Possui declive acentuados em trechos próximo à nascente e à foz, o que lhe confere a posição de segunda bacia em produção energética do Brasil. Abastece tanto a região Sudeste, com a usina de Três Marias ( Minas Gerais ), como a Nordeste, com as usinas de Sobradinho ( PE/BA ), Paulo Afonso ( AL/BA ), Xingó ( AL/SE ), Itaparica ( PE/BA ) e Moxotó ( AL /BA ). O São Francisco também apresenta longo trecho navegável em seu curso médio.




O garimpo, o uso excessivo da água para irrigação, a poluição por defensivos agrícolas, a destruição da mata ciliar na cabeceira e a erosão das suas margens são alguns problemas que provocam forte impacto ambiental. A poluição das águas afeta diretamente os recursos da pesca e a vida da população ribeirinha do São Francisco.

Bacia Platina: reúne as bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, que nascem em território brasileiro e drenam, também os países platinos ( Paraguai, Uruguai e Argentina ). Na fronteira da Argentina e Uruguai todas as águas se juntam no estuário da Prata e deságuam no oceano Atlântico. É a segunda bacia em área da América do Sul.
BACIA PLATINA



Bacia do Paraná: é essencialmente planáltica, ocupando o primeiro lugar em produção hidrelétrica do país. No rio Paraná estão situadas as usinas de Ilha Solteira e Jupiá ( complexo de Urubupungá ), Engenheiro Sérgio Motta ( Porto Primavera ) e Itaipu ( usina binacional brasileira e paraguaia ).

 BACIA DO PARANÁ



Bacia do Paraguai: é típica de planície. Sua maior extensão no Brasil está situada no Complexo do Pantanal, destacando-se pelo seu aproveitamento como hidrovia interligada a outras bacias ( especialmente à do Paraná ) através dos rios Pardo e Coxim. A navegação nessa bacia é internacional, pois o rio Paraguai banha terras do Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina. Destaca-se a importância do porto fluvial de Corumbá ( MS ).


 BACIA DO PARAGUAI


Bacia do Uruguai: abrange grande trecho de relevo planáltico. O rio Uruguai, que nasce da confluência dos rio Canoas e Pelotas, é utilizado como limite em boa parte da divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, bem como em parte do trecho da fronteira entre o Brasil e a Argentina e em toda a fronteira entre a Argentina e o Uruguai.

FIG.12 BACIA DO URUGUAI
BACIAS SECUNDÁRIAS

As bacias secundárias reúnem um conjunto de bacias localizadas nas proximidades do litoral; apresentam rios de pequena extensão, geralmente com poucos afluentes. São consideradas bacias secundárias:

Bacias do Nordeste: Destacam-se os rios permanentes de Mearim, Turiaçu e Itapecuru ( no Maranhão ); Parnaíba ( Maranhão/Piauí ); e Beberibe e Capibaribe ( em Pernambuco ). Contudo, a maior parte dos rios situa-se no sertão; eles são temporários ( intermitentes ), como o Jaguaribe ( Ceará ), considerado o maior rio temporário do mundo.

Bacias do Leste: Destacam-se os rios Jequitinhonha, que corta uma região extremamente pobre do nordeste de Minas Gerais; Doce, que abrange tradicional área de mineração neste estado; e Paraíba do Sul, que atravessa importante região industrial do Brasil e de grande concentração urbana ( São Paulo e Rio de Janeiro ).

Bacias do Sudeste-Sul: são importantes rios dessa bacia o Ribeira do Iguape ( São Paulo, próximo à fronteira do Paraná ), região mais empobrecida econômica e socialmente do estado; o Itajaí ( principal região industrial de Santa Catarina ) e o Tubarão ( região carbonífera e industrial, também situada em Santa Catarina ). No Rio Grande do Sul, destacam-se os rios Guaíba ( Porto Alegre ) e Jacuí, além das lagoas dos Patos, Mirim e Mangueira.




FIGURAS-13-14 E 15 HIDROGRAFIA DE SANTA CATARINAFig. 16- Rio Itajaí-Açú/ nascente em Rio do Sul/principais afluentes.





A Nascente do Rio Amazonas (III) por Sellnet no Videolog.tv.


A Nascente do Rio Amazonas (IV) por Sellnet no Videolog.tv.


ATIVIDADES :
1- Qual a diferença entre centros dispersores e vertentes?
2- Quais são as bacias primárias e secundárias do Brasil ?
3- Qual a bacia hidrográfica brasileira com maior potencial para produção de energia?
4- O que significa rio intermitente ?
5- Quais são os tipos de foz? Explique cada uma delas, colocando um exemplo para cada uma:
6- Conceituar :
leito -
afluentes-
rede hidrográfica-
bacia hidrográfica-
curso-
regime-
vazão-
montante-
jusante-

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ALIANÇA PARA O PROGRESSO

PROJETO DOS ESTADOS UNIDOS PARA A AMÉRICA LATINA



A Aliança para o Progresso e a Contra-insurgência "...divorciar a inevitável e necessária transformação social latino-americana do comunismo, e impedir sua captura pela política de uma potência comunista de além mar". Grupo de trabalho para a América Latina, 1961. "(A Aliança) É uma obra de engenharia social (...) ela tem de funcionar como contra-mito em relação à ideologia comunista...". Roberto Campos (In: Relações Estados Unidos – América Latina, (1963).



A aliança para o progresso Em outubro de 1960, percebendo perfeitamente a tentação que o fidelismo poderia representar para a América Latina empobrecida e desesperançada, Kennedy tomou a iniciativa de lançar as bases da Aliança para o Progresso, algo assim como um “bactericida ideológico”, como então se disse, destinado a proteger o corpo político latino-americano extirpando o germe revolucionário do continente. Ao contrário dos pachorrentos governos republicanos, Kennedy possuía a intuição do perigo e sentia a necessidade de combatê-lo com outros recursos que não os da repressão pura e simples.




O relatório dos reformistas O Presidente Kennedy com Adolf Berle

Em princípios de 1961, um grupo de trabalho liderado por Adolf Berle, Lincoln Gordon e outros brain trust que prestavam assessoria ao presidente , apresentou um relatório com as diretrizes a serem seguidas doravante pela política norte-americana em relação à América Latina. Em linhas gerais, este documento preconizava as seguintes medidas: 
a) os Estados Unidos deveriam liderar um processo de transformação social na América Latina, desvinculando-se das oligarquias reacionárias; 
b) era necessário reduzir as iniquidades sociais existentes na América Latina, as quais forneciam um poderoso argumento aos marxistas que atacavam os Estados Unidos; 
c) os Estados Unidos não deveriam apostar exclusivamente nos méritos da repressão mas sim empenhar-se num projeto de mudanças que empolgasse os povos latino-americanos, afastando-os da tentação revolucionária; 
d) por último, o novo governo deveria estimular alianças com setores moderadamente reformistas e populares existentes nos círculos latino-americanos, marginalizando os direitistas. 
Este ambicioso e audaz projeto implicava em que os Estados Unidos se comprometessem, inclusive, com a política de reforma agrária, para neutralizar a secular insatisfação camponesa contra as oligarquias.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011