domingo, 20 de novembro de 2011
AULA 9 ANO/ PÁGINA 233
REPORTAGEM PUBLICADA EM 21/11/2011o.
0 governo federal e os estaduais gastam muito mais com presos do que com estudantes.
Um detento em um presídio federal custa em média R$ 40 mil por ano à União.
Um aluno em um curso superior de universidade federal, R$ 15 mil, ou seja, quase três vezes menos do que o preso.
Nos estados, um preso custa em média ainda mais: R$ 21 mil por ano.
Enquanto isso, um estudante de escola pública de ensino médio (segundo grau), o nível escolar público pago pelos governos estaduais, custa em média R$ 2,3 mil por ano.
Isso é 9,13 vezes menos do que os R$ 23 mil gastos por ano para sustentar cada detento nos presídios estaduais.
É claro que ninguém, nem mesmo preso, deve ser submetido a condições desumanas de vida.
Mas essa diferença tão grande na relação entre o que se gasta para educar nossa juventude e sustentar condenados mostra que algo está, no mínimo, muito errado.
Um bom começo poderia ser a redução do número de pessoas detidas no País.
O Brasil tem 512 mil presos.
Uma população praticamente igual à da rica Ribeirão Preto, no interior paulista.
Trinta e cinco por cento dos homens e 60% das mulheres presos no País estão atrás das grades por crimes pequenos, irrelevantes, quase ridículos, como o roubo de uma besteira qualquer num supermercado ou de um butijão de gás ou galinha numa residência.
E também por ações menores, sem sangue ou morte, no tráfico de drogas. Vapor barato, solta-foguete, vigia, essas coisas.
Essa turma poderia perfeitamente ser punida fora dos presídios, com penas alternativas combinadas com a obrigação de realizar trabalhos sociais como, por exemplo, prestar serviços para instituições de caridade.
Seria mais útil, produziria melhores resultados em termos de recuperação e sairia bem mais barato para o poder público.
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