quarta-feira, 30 de novembro de 2011

VAZAMENTO DE ÓLEO NO CAMPO DE FRADE.



A Chevron já foi autuada em R$ 50 milhões por violar a Lei do Óleo há cerca de dez dias. O órgão ambiental decidirá ainda, segundo Trennepohl, se aplica outra multa de R$ 50 milhões à petroleira por desrespeito à Lei Ambiental. Com isso, as punições podem alcançar R$ 110 milhões.

O presidente do Ibama criticou ainda o valor máximo das multas administrativas. “Esse valor como indenização, como compensação pelos danos causados, é irrisório. A multa administrativa de até R$ 50 milhões é pequena e não garante a recomposição do dano causado ao meio ambiente”, afirmou.

Os deputados mostram um documento do Inea com o pedido de renovação de licença da Contecom (Foto: Bernardo Tabak/G1)Deputados mostram um documento do Inea com o pedido de renovação de licença da Contecom, com data de 2010 (Foto: Bernardo Tabak/G1)

Para o subprocurador Mário Gisi, também presente à audiência pública, as multas deveriam ser proporcionais ao faturamento da empresa. “Hoje se nós observarmos a dimensão do faturamento dessas empresas comparativamente a R$ 50 milhões chega a ser ridículo. Temos que tratar isso em dimensão de percentual de faturamento da empresa”, afirmou.

Primeiro a falar na Comissão de Meio Ambiente, o representante da Chevron Luiz Alberto Pimenta Borges Bastos afirmou que a petroleira cumpriu com eficiência o plano de emergência e conteve rapidamente o vazamento de óleo. "Conseguimos controlar a fonte em quatro dias, o que estatisticamente é um resultado ecelente. Fomos transparentes e agimos com clareza. [...] Vamos analisar os detalhes desse evento para que isso nunca mais ocorra em águas brasileiras", afirmou.

Prevenção
Segundo o presidente do Ibama, em 2011 foram realizadas pelo órgão ambiental 469 análises técnicas dos planos de emergência das empresas, 100 vistorias em áreas de perfuração de poços, e 17 exercícios simulados de acidentes especificamente no Campo do Frade.

“Acompanhamos durante dois ou três dias a evolução das medidas de prevenção adotadas. Não fiscalizamos a estrutura de perfuração, mas temos exercícios simulados. Esse poço não foi objeto dos exercícios simulados, mas dificilmente teríamos previsto esse acidente”, disse.

Inquéritos
Na segunda-feira (28), o Ministério Público Federal (MPF) em Macaé (RJ) abriu mais três inquéritos para investigar as condições e consequências do vazamento de petróleo no Campo do Frade.

Dois dos inquéritos buscam avaliar se houve omissão do Ibama na elaboração dos planos regionais e nacional de contingência e na fiscalização. A investigação quer apurar ainda se a ANP também falhou no controle da atividade das empresas petroleiras.

O Ibama disse que não é papel do órgão evitar vazamentos, mas sim acompanhar a retirada do óleo e a execução pela empresa do plano de emergência. “O Ibama não combate o vazamento de petróleo. Nós acompanhamos e fiscalizamos o combate feito pela empresa licenciada. Nós podemos fiscalizar o plano de emergência e não onde poderá ocorrer uma emergência”, disse.

Arte Vazamento Chevron Rio (Foto: Arte/G1)
FONTE: G1
IMAGENS : GOOGLE

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