quinta-feira, 17 de maio de 2012

SANTA CATARINA/ CLIMA.

CLIMA
Entende-se por clima a sucessão habitual de tipos de tempos. Tempo é o estado da atmosfera de um lugar num dado momento. Para definir o clima de uma região é necessário considerar a atuação de seus fatores: radiação solar, latitude, continentalidade, massas de ar e correntes oceânicas. Tais fatores condicionam os elementos climáticos como: temperaturas, precipitações, umidade do ar e pressão atmosférica, que por sua vez, definirão os tipos climáticos.
PRECIPITAÇÃO ANUAL DE SANTA CATARINA-ISOIETAS
TEMPERATURA MÉDIA ANUAL DE SANTA CATARINA- ISOTERMAS
UMIDADE RELATIVA ANUAL DE SANTA CATARINA- ISOÍGRAS

 Circulação Atmosférica
Os sistemas atmosféricos que atuam no Sul do Brasil são controlados pela ação das massas de ar intertropicais (quentes) e polares (frias), sendo estas últimas responsáveis pelo caráter mesotérmico do clima.
Na Região Sul do Brasil, as condições de tempo dependem da atuação da Massa Tropical Atlântica (MTA) e da Massa Polar Atlântica (MPA). A primeira atua o ano inteiro, destacando-se na primavera e no verão, enquanto que a Massa Polar Atlântica atua com maior frequência no outono e no inverno. A Frente Polar Atlântica, resultado do contato entre a Massa Tropical Atlântica com a Massa Polar Atlântica é a responsável pela boa distribuição das chuvas durante o ano.
A atuação desses sistemas atmosféricos, que se dá com maior ou menor frequência, é que proporciona o estado de tempo na Região Sul e, consequentemente, no território catarinense. A Massa Tropical Atlântica, originária do Anticiclone Semifixo do Atlântico, caracteriza-se pelos ventos do quadrante norte e apresenta-se com elevadas temperaturas e forte umidade. A Massa Polar Atlântica, originária da zona Subantártica, caracteriza-se por ventos do quadrante sul e por temperaturas baixas. O encontro da Massa Polar Atlântica com a Massa Tropical Atlântica forma a Frente Polar Atlântica (FPA), resultando na ocorrência de chuvas com a passagem desta frente em direção ao norte. Após a passagem da Frente Polar Atlântica, o tempo torna-se estável, com temperaturas mais baixas
Pressão Atmosférica
A pressão atmosférica é o peso da camada de ar que está sobre a superfície terrestre, variando de lugar para outro lugar. Esta variação é causada principalmente pela altitude e pela temperatura. Quanto maior a altitude menor será a pressão atmosférica. Quanto mais baixa a temperatura, maior será a pressão.
As áreas frias são consideradas de alta pressão atmosférica e constituem áreas de depressão de massas de ar. Tais tipos de áreas recebem o nome de áreas anticiclonais. As áreas quando denominadas ciclonais, são de baixa pressão atmosférica e recebem massas de ar. Conclui-se, então, que os deslocamentos de massas de ar dependem da temperatura e, consequentemente, da pressão atmosférica.
Nas temperaturas médias do mês mais quente, janeiro, as isotermas de maior valor (24º C e 25ºC) aparecem o nordeste do estado. Na região Centro-Sul, o valor térmico é um pouco menor (23ºC) decrescendo na borda oriental das Serras do Mar e Geral, cujas temperaturas médias variam de 22ºC a 19ºC. Nas áreas do planalto, as temperaturas médias são menores devido às cotas altimétricas serem maiores. No Oeste do Estado, as isotermas apresentam médias mais elevadas nos meses mais quentes.
Temperatura A temperatura atmosférica é definida como o estado térmico do ar atmosférico, ou seja, o estado de frio ou calor da atmosfera. A análise do mapa de temperaturas médias anuais revela que as isotermas de 22ºC aparecem na região Nordeste do Estado, compreendendo a área de Joinvile, São Francisco do Sul, Garuva e Itapoá. Já as isotermas de 20ºC aparecem no litoral centro-norte e no oeste catarinense, as de 19ºC e 18ºC aparecem no litoral centro-sul, acompanhando as bordas das Serras do Mar e Geral, e áreas do oeste do Estado. As isotermas de menor valor aparecem nas regiões mais elevadas, que correspondem ao planalto, onde se destaca o morro da Boa Vista, na serra da Anta Gorda, com o menor valor do Estado (7ºC).
A distribuição espacial dos totais anuais de precipitação no Estado revela que as isoietas de maiores valores ocorrem no Oeste e as de menores valores no Sul do Estado.Nos meses de inverno, quando as temperaturas são mais baixas, as médias mais elevadas aparecem no Nordeste do Estado, com temperaturas médias de 16ºC. Do litoral norte até a ilha de Santa Catarina predominam temperaturas médias de 15ºC. No litoral, em direção sul, as médias declinam, chegando a 12ºC. Em direção ao interior do Estado, as temperaturas diminuem ainda mais, atingindo médias de 9ºC. A menor média do Estado ocorre no morro da Boa Vista, na serra da Anta Gorda, com 7ºC. No Oeste do Estado, as temperaturas médias aumentam novamente, atingindo 15ºC.
Precipitação É o fenômeno pelo qual a água retorna à superfície terrestre sob a forma líquida ou sólida. A amplitude pluviométrica do Estado é de 1.154mm, diferença entre a estação de Xanxerê (2.373mm.), no Oeste, e a de Araranguá (1.219mm) no litoral. Em geral, a pluviosidade está bem distribuída no território catarinense devido às atuações do relevo, da Massa Polar Atlântica e da Massa Tropical Atlântica que, por sua constância, fazem com que não ocorra uma estação chuvosa e uma estação seca. Pela distribuição das chuvas durante todo o ano, fica definindo o regime tropical. Umidade Relativa do Ar
Na distribuição espacial das isoígras, o extremo oeste catarinense registra valores médios de 75%, o oeste e o planalto, com valores de 80%, havendo um aumento em direção ao litoral, onde ocorrem valores de 85%. De um modo geral, as isoígras decrescem do litoral para o interior.
O ar, geralmente, não está saturado, contém apenas uma fração do valor de água possível. Esta fração, expressa em percentagem, é a umidade relativa. Observando os valores médios da umidade relativa no Estado, nota-se que eles ficam, geralmente, entre 73,4% e 85%, tendo assim uma amplitude de 11,6%
                                 Tipos Climáticos
Segundo a classificação climática de Thorthwaite, o Estado de Santa Catarina é dotado de um clima mesotérmico, com precipitações distribuídas durante todo ano.
A própria posição do Estado, o enquadra nas regiões temperadas úmidas, possuindo, assim, o tipo superúmido, que ocorre na região Oeste do Estado, na região próxima a São Joaquim e em torno da cidade de Joinville, em direção a nordeste; o tipo úmido, que predomina no restante do Estado.


Aplicando o sistema de Köppen, o território catarinense se enquadra nos climas do Grupo C- mesotérmico, uma vez que as temperaturas médias do mês mais frio estão abaixo de 18ºC e superior a 3ºC. Pertence ao tipo (f), sem estação seca definida, pois não há índices pluviométricos inferiores a 60 mm mensais. Dentro desse tipo é ainda possível distinguir, graças ao fator altitude, dois subtipos: de verão quente (a) encontrado no litoral e no oeste, onde as temperaturas médias de verão são mais elevadas; e de verão fresco (b), nas zonas mais elevadas do planalto. Portanto, segundo Köppen, predominam no Estado os climas:
Cfa - com verão quente
Cfb - com verão fresco.

Fonte: Atlas Escolar de Santa Catarina/Governo de Santa Catarina

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