ONU diz que Alepo ‘não estará mais lá’ em dois meses se impasses diplomáticos não forem superados
Até dezembro, ‘Alepo não vai estar mais lá’, alertou o enviado especial da ONU, Staffan de Mistura, após reunião com ministros das Relações Exteriores da União Europeia. Representante das Nações Unidas expressou dúvidas quanto à possibilidade de que negociações ‘regulares’ sejam mantidas em Genebra enquanto a cidade síria continua sob bombardeios.
Até dezembro, “se não encontramos uma solução (diplomática), Alepo não vai estar mais lá“, alertou o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, sobre o impasse político envolvendo o conflito na cidade. O pronunciamento veio após encontro na segunda-feira (17) com ministros das Relações Exteriores da União Europeia, em Luxemburgo.
O representante da ONU questionou a possibilidade de que diálogos e negociações “regulares” sejam realizados em Genebra enquanto a cidade síria continua sob bombardeios que põem em risco a vida de 100 mil crianças. Esse contingente está preso no local, que não recebe ajuda de organizações humanitárias há mais de um mês.
Cerca de 275 mil pessoas vivem atualmente na parte leste de Alepo. A porção ocidental do território também sofreu perdas consideráveis. Mistura ressaltou a necessidade de avançar acordos diplomáticos para evitar que a cidade fique como Daraya ou Moadamiyah, duas das municipalidades sitiadas na Síria.
Na semana passada, o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) registrou uma leve redução dos ataques por dois dias, que foram seguidos, porém, de novas retomadas das hostilidades, incluindo ataques aéreos à região oriental de Alepo que provocaram mortes e danos a estruturas civis.
O enviado especial disse estar preocupado “com o fato de que se perdermos algum tipo de oportunidade para fazermos alguma mudança, a história irá nos julgar”.
Mistura ressaltou ainda que “Alepo não deve ser esquecida” pela comunidade internacional, mesmo que outras crises, como a recém-iniciada ofensiva do governo iraquiano para reconquistar Mossul, também ocupem a agenda dos países.
Fonte : ONUBRASIL
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