segunda-feira, 30 de setembro de 2013

SÃO FRANCISCO DO SUL : ACIDENTE NA REGIÃO DO PORTO.

O destino das gentes de São Francisco do Sul

"O que passará então, com São Francisco do Sul? O que passará com as gentes, aquelas que não têm a opção da fuga? Como será feito o acompanhamento da saúde das pessoas que, segundo os especialistas nessas coisas químicas, deverão ser monitoradas por anos a fio? Haverá o cuidado do estado para com esse povo, ou eles serão abandonados à própria sorte nos postos de saúde sem médico e sem estrutura?"O comentário é de Elaine Tavares, jornalista, no blog Palavras Insurgentes, 27-09-2013. Foto: reprodução da Internet.
A pequena ilha de São Francisco do Sul, carrega, além das belezas, a marca de ser a cidade mais antiga de Santa Catarina, ocupada em 1553 por espanhóis, tornando-se vila em 1640, já sob o domínio dos portugueses. É quase um pequeno paraíso estendido na margem do mar, com casarios portugueses e praias de absurda beleza. Tem o quinto maior porto do país e conta com grandes armazéns de carga.  E foi justamente aí que se deu o acidente que coloca a cidade na triste estatística dos grandes desastres ambientais e humanos. Desde o dia 24 de setembro, alguma coisa ainda não sabida deu início a um incêndio de grandiosas proporções, envolvendo produtos químicos em um dos armazéns da Global Logística, na região do porto. O desastre provocou um gigantesca nuvem de poeira e gás tóxico, cujo destino fatalmente será o coração da terra e o corpo das gentes.
O armazém da Global estava abrigando toneladas de fertilizantes, cujo principal componente é o nitrato de amônio. Atingido pelo fogo ele libera o óxido nitroso, um gás que provoca contrações involuntárias nos músculos da face, por isso conhecido como o gás do riso. Isso, por si só já é um problema, mas ainda não se sabe se outros produtos químicos estão associados ao caso. Já nos primeiros dias de nuvem de poeira ou gás, a população começou a sentir as consequências. A pior delas atinge as vias respiratórias.
O governo tentou acalmar a população dizendo que a nuvem não era tóxica, mas foi uma irresponsabilidade. Com o andar das horas, estudiosos das áreas químicas e biológicas já informavam que o nitrato de amônio, se inalado em grandes quantidades, como era o caso, poderia causar sérios problemas respiratórios, chegando até a levar a morte. Também há informações de que as consequências deverão chegar em médio e longo prazo para todos os que inalaram o gás ou a poeira.
Os moradores que tiveram condições saíram da cidade, mas a tela da televisão mostra as gentes empobrecidas completamente impotentes diante do desastre. Alguns estão em abrigos, outros, sem saída, permanecem nas suas casas, sempre inalando o produto. Os hospitais estão lotados e o medo salta às vistas. Desinformação, terror, impotência, abandono. Esse é o quadro.
Na manhã da sexta-feira (27) a mídia comercial já estava louvando o controle do incêndio, como se tudo pudesse voltar ao normal. Não voltará! As toneladas de produtos químicos que subiram com a fumaça faltamente descerão à terra e penetrarão no solo, causando toda a sorte de problemas ambientais. Segundo Adalgiza Fornaro, do Departamento de Ciências Atmosféricas da IAG/USP, o fato de ser depositada no solo uma quantidade imensa de fertilizante vai gerar tanta vida que ela se afogará nela mesmo, paradoxalmente causando a morte de bichos e plantas. As águas ficarão contaminadas, a terra também, podendo inclusive, levar anos até que tudo possa crescer de forma natural.
O que passará então, com São Francisco do Sul? O que passará com as gentes, aquelas que não têm a opção da fuga? Como será feito o acompanhamento da saúde das pessoas que, segundo os especialistas nessas coisas químicas, deverão ser monitoradas por anos a fio? Haverá o cuidado do estado para com esse povo, ou eles serão abandonados à própria sorte nos postos de saúde sem médico e sem estrutura?
O que passará com o ambiente de São Francisco, com as águas, a terra? Insistirão os governantes em dizer que não há perigo, que tudo está bem? Uma breve pesquisada via google e já se tem a noção dramática dos perigos do excesso de nitrato de amônia na água e no solo. Como o governo vai acompanhar e monitorar todos esses efeitos?
E o que passará com a Global Logística que estocava produtos, talvez sem o devido cuidado, uma vez que o nitrato e amônio, base do fertilizante, é considerado um produto explosivo, portanto necessitando de um manuseio especializado?
Todas as perguntas ainda estão sem resposta. Mas elas não são difíceis de serem adivinhadas. Há pouco tempo, um vazamento de óleo ascarel foi observado na ilha de Santa Catarina - bem na região de cultivo de ostras - igualmente tóxico, igualmente contaminante por longos anos, igualmente causador de graves problemas de saúde para os que foram tocados por ele. Aparentemente tudo está esquecido. E não será nenhuma surpresa saber que o posto de saúde das comunidades próximas seguem suas rotinas, sem que haja um monitoramento sistemático da saúde das gentes. Assim, não é difícil imaginar que as pessoas em São Francisco do Sul, pelo menos aquelas que não têm nem dinheiro nem informação, sejam também abandonadas ao seu destino.
Caberá, como sempre, às entidades ambientais e aos ativistas políticos, a luta pela vida de toda essa gente e do ecossistema. As mesmas entidades e pessoas que são vilipendiadas, chamadas de "contra o progresso", aquelas que vivem a clamar por responsabilidade no trato com esses produtos que são altamente tóxicos e prejudiciais, que denunciam e que, por isso, têm, colada no corpo, a etiqueta de "eco-chatos".
Pois já não é de hoje que os ecologistas e ativistas políticos vêm denunciando os danos que causam à terra e à  vida todos esses produtos químicos usados indiscriminadamente na agricultura. Agrotóxicos, fertilizantes, sementes transgênicas. Mas, tudo sempre é repudiado como um empecilho ao progresso, uma negação da ciência. A velha sabedoria popular já cunhou o ditado: o remédio pode ser veneno, e o veneno pode ser remédio. O que dá o limite é a quantidade. E, no mundo moderno, que faz o elogio da ciência, aquilo que poderia ser o remédio há muito tempo que virou veneno, sempre em nome do lucro. Não é sem razão o aumento exponencial de casos de câncer, doenças desconhecidas e outras pragas que assomam e atacam as gentes e os bichos.
O acidente em São Francisco pode não ter sido uma acidente qualquer. Ainda está por investigar as causas, se houve mau acondicionamento, se não havia informação suficiente sobre a periculosidade desse produto, se tinha alvará dos bombeiros etc... Mas, isso, de qualquer forma, não redime o fato de que o acidente aconteceu e terá consequências indeléveis para os habitantes.  Que sejam punidos os culpados e que as gentes se alertem: o mundo moderno encapsulou e manipulou forças gigantescas que podem escapar a qualquer momento, com terríveis consequências. A sociedade deve, portanto, ter conhecimento sobre elas, e saber como controlar. Não é possível que as gentes sejam mantidas na ignorância dos perigos que as cercam, impotentes diante dos "acidentes" e que, depois, ainda sejam deixadas à própria sorte.  O povo organizado precisa assumir o controle disso tudo sob pena de seguir sendo vítima impotente de casos como esses.
Fonte : Instituto Humanitas Unisinos

O SUMIÇO DAS ABELHAS.


Especísmo e ecocídio: o sumiço das abelhas, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

abelha

[EcoDebate] De todas as espécies que estão sendo vítimas do crime de ecocídio – como os tubarões, os elefantes, os rinocerontes, os gorilas, as onças, etc – as abelhas são as mais fundamentais para a alimentação humana e a sobrevivência da humanidade.
Três quartos das culturas alimentares do mundo dependem de polinização por insetos, sendo que as abelhas são as agentes mais fundamentais neste processo. As abelhas não produzem só mel, também viabilizam a produção de alimentos em geral. Em cerca de 250 mil espécies de plantas com flores, chamadas angiospermas, 90% são polinizadas por insetos, borboletas e, especialmente, por abelhas, que são tão importantes para a reprodução das plantas, tanto quanto a luz e a água.
O ser humano e demais mamíferos da Terra dependem da polinização das plantas para obter seus alimentos, fibras (como algodão) e inúmeros outros produtos. A redução dos animais polinizadores compromete grande parte da produção agrícola do mundo, além de afetar a biodiversidade e a sobrevivência de outras espécies.
As abelhas surgiram há cerca de cem milhões de anos, junto com o desenvolvimento das flores e ambas possuem intensa relação de dependência recíproca. As abelhas possuem uma relação simbiótica com as plantas e o meio ambiente, pois ao se alimentar do néctar elas não destroem suas fontes de alimentos, mas sim viabilizam a reprodução das mesmas. As abelhas encontram nas flores o pólen indispensável à sua sobrevivência e aos trasportá-los de planta em planta, fecundam as flores e garantem o florescimento da vida. Quanto mais abelhas no mundo, melhor!
Porém, as abelhas estão sendo vítimas do crime de ecocídio. Segundo reportagem do jornal The Guardian, especialistas independentes da Agência Europeia de Segurança Alimentar declararam os neonicotinóides (imidacloprid, clotianidina e tiametoxam) um risco inaceitável para as abelhas, quando usados ​​em plantações floridas. Estes estudos apontam os efeitos nocivos dos agrotóxicos (neonicotinóides) para as abelhas, incluindo perdas das rainhas.
Mas as empresas químicas condenaram os estudos e dizem a proibição dos inseticidas neonicotinóides não iria salvar uma única colméia. Porém, nos EUA e Europa, há uma redução de até 50% no número de colmeias e este fenômeno já atinge o Brasil. O Brasil caiu da 5ª para a 10ª colocação mundial em exportação de mel nos últimos dois anos. O motivo foi o abandono das colmeias na região produtora mais importante do país, o Nordeste. Em 2012, alguns estados registraram queda de 90% na produção e o abandono de colmeias chegou a 60%.
Diversos outros estudos mostram que o uso de produtos químicos estão provocando a morte das colméias. O fenômeno é caracterizado como Síndrome do Colapso das Abelhas (CCD, sigla em inglês para Colony Collapse Disorder) e verifica-se quando há um abandono repentino e massivo de colmeias.
Como disse Albert Einstein: “Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana”.
Referências:
Damian Carrington. Bee-harming pesticides should be banned, MPs urge. The Guardian, 05/04/2013
Elizabeth Grossman. Declining Bee Populations Pose A Threat to Global Agriculture. 360Yale, 30/04/13
Bryan Wals. Beepocalypse Redux: Honeybees Are Still Dying — and We Still Don’t Know Why. 07/05/13
Jaymi Heimbuch. So what is with all the dying bees? Scientists have been trying to discover this for years. Meanwhile, bees keep dropping like… well, you know. July 26, 2013
Tom Philpott. The Mystery of Bee Colony Collapse. Mother Jones. Jul. 31, 2013
Bryan Walsh. The Trouble with Beekeeping in the Anthropocene. Aug. 09, 2013
Luis Miguel Ariza. El fenómeno global de la desaparición de las abejas. EcoDebate, RJ, 15/08/2013
Desordem de colapso das colônias (Colony Collapse Disorder, CCD) derruba exportações de mel do Brasil Matéria de Janara Nicoletti , da Agência Deutsche Welle, DW, publicada peloEcoDebate, 10/09/2013
José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

EcoDebate, 18/09/2013

domingo, 29 de setembro de 2013

NOVAS GERAÇÕES TÊM POUCAS REFERÊNCIAS DE AUTORIDADE.

FAMÍLIA E VALORES, SÃO NECESSÁRIOS PARA TODOS.



Colaboração do professor Adriano Medeiros.

CONFERÊNCIA DO CLIMA PARIS ( CPO 21), EM 2015

Políticos e cientistas fazem apelo por acordo em 2015
Pesquisadores, líderes políticos e militantes de organizações não governamentais (ONGs) se esforçaram ontem, após a divulgação do relatório do IPCC, para recriar o clima de expectativa e pressão internacional por um novo acordo climático. Os apelos foram para que um tratado de redução das emissões de gases de efeito estufa seja sacramentado na Conferência do Clima de Paris (COP21), em 2015.

A informação é de Andrei Netto e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 28-09-2013.

Fonte : Revista Época.com
Tão logo o relatório foi divulgado, governos de diferentes países - mesmo os que até aqui travam um acordo climático - saudaram o empenho do IPCC em aprofundar seus conhecimentos sobre o aquecimento global. Em Washington, o secretário de Estado americano, John Kerry, reconheceu que a comunidade internacional está em dívida. "Se há um tema que reclama mais cooperação e engajamento diplomático, é este", reconheceu.

Em Londres, David Cameron foi na mesma linha, enquanto em Paris o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse que a França está "mobilizada para construir um pacto mundial sobre o clima em 2015". O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, ignorou as conferências do clima de Varsóvia, em novembro, e de Lima, em 2014, e apelou pela realização de uma conferência extraordinária em Nova York em setembro de 2014, na qual seriam definidas as bases do acordo climático a ser selado em Paris dentro de dois anos. "Este novo relatório será essencial para os governos que trabalham para a realização de um acordo ambicioso sobre as mudanças climáticas em 2015", afirmou.
Revista Época.com
De Nairobi, no Quênia, Achim Steiner, diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), advertiu que o relatório do IPCC traz uma mensagem inequívoca que não pode ser ignorada. "Não se trata de ideologia, nem de interesses pessoais, mas do interesse coletivo", frisou.

Do lado de fora do centro em que o IPCC se reunia, um grupo de militantes de ONGs protestou em frente às câmeras, reivindicando que os líderes mundiais se mobilizem e revertam o fracasso da Conferência do Clima de Copenhague (COP15), em 2009. "Governos deveriam aprender com os erros da crise financeira global e ouvir os experts antes que seja tarde demais", afirmou Tom Gore, da Oxfam.
Fonte : Instituto Humanitas Unisinos

DERRETIMENTO NO ÁRTICO

Fonte: G1.com

Em 33 anos, Ártico perdeu 'uma Espanha'Grande parte dos dados que permitem aos cientistas afirmar como era o clima há 800 mil anos vem das camadas de gelo do Ártico e da Antártida. Mas, a julgar pelas próprias perspectivas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), esse estoque de informações está cada vez mais ameaçado. Estatísticas publicadas ontem indicam que o derretimento nas regiões polares nunca foi tão acentuado.

"A média global de decrescimento da extensão do gelo no Oceano Ártico no período 1979-2012 foi muito provavelmente entre 3,5% e 4,1% por década, ou entre 450 mil e 510 mil quilômetros quadrados", diz o IPCC, referindo-se a uma área equivalente ao tamanho da Espanha, pouco inferior ao tamanho de Minas Gerais.
A reportagem é de Andrei Netto e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 28-09-2013.
Nos verões, a perda chega a entre 9,4% e 13,6% por década, ou entre 730 mil e 1,07 milhão de quilômetros quadrados - maior que o Egito, ou um pouco menor que o Pará. Nas geleiras da Antártida, a taxa ficou entre 1,2 e 1,8% por década, ou entre 130 mil e 200 mil quilômetros quadrados no mesmo período.
Nas geleiras do planeta, um total de 275 bilhões de toneladas de gelo "muito provavelmente" derreteram por ano entre 1993 e 2009. "Nas últimas duas décadas, a Groenlândia e as banquisas de gelo da Antártida vêm perdendo massa, geleiras continuam a derreter em todo o mundo, o gelo do oceano Ártico e a cobertura de neve na primavera do Hemisfério Norte continuaram a decrescer em extensão", adverte o IPCC.
Tamanho impacto é causado, claro, pelo aumento da temperatura da Terra, que se verifica com clareza nas regiões polares. "Há grande confiança de que as temperaturas do permafrost (solo que permanece sempre congelado) aumentaram na maioria das regiões, desde o início de 1980", reitera o IPCC. "O aquecimento observado foi de até 3°C em partes do norte do Alasca (do início de 1980 a meados da década de 2000) e de até 2°C em partes do norte da Rússia Europeia (1971-2010)."
A medição do impacto para as populações da região é um dos pontos nos quais o IPCC precisa avançar, segundo explicou Thomas Stocker, um dos dois coordenadores do relatório. "Sempre foi um objetivo ser relevante para pequenas comunidades locais, mas este ainda é um desafio", reconhece.
Fonte: Instituto Humanitas Unisinos

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

REDUÇÃO NA TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL

Um relatório do UNICEF sobre mortalidade infantil divulgado nesta sexta-feira mostra que o Brasil foi um dos países que mais conseguiu reduzir sua taxa de mortalidade infantil. Em 1990, a taxa de crianças que morriam com menos de cinco anos era de 62 a cada 1 mil nascimentos. Em 2012, para cada 1 mil, morreram 14, representando uma redução de 77%.

.


"O Brasil se destaca no cenário internacional como um dos países que mais reduziram a mortalidade infantil nos últimos anos", disse a representante adjunta do UNICEF no Brasil, Antonella Scolamiero. Para ela, no entanto, mais do que comemorar, o resultado implica novos desafios para o País. "Ao conquistar esse resultado, (o Brasil) passa à responsabilidade de avançar mais e ajudar outros países a alcançarem resultados relevantes", afirmou.
Segundo dados do Ministério da Saúde, nos últimos 22 anos, o Nordeste foi a região com maior percentual de queda dentro do Brasil, com 77,5%, passando de 87,3 crianças mortas a cada mil nascidas vivas para 19,6. Os Estados que se destacam são Alagoas (-83,9), Ceará (-82,3), Paraíba (-81), Pernambuco (-80,9) e Rio Grande do Norte (-79,3).
"É um número para que a gente aprenda o que fizemos de correto, possa transferir para outras regiões do Brasil. E aprender com os outros países do mundo o que podemos fazer a mais", avaliou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Dentre os fatores apresentados como decisivos, estão o foco na atenção primária de saúde, a melhoria no atendimento materno e ao recém-nascido, a promoção do aleitamento materno, a expansão da imunização e a criação de incentivos de proteção social, como os programas de transferência de renda. "Não é à toa que a maior parte dessa redução aconteceu nos últimos dez anos", disse Padilha.
Para que o ritmo continue, o ministro da Saúde promete que o programa Mais Médicos leve mais atenção profissional tanto a municípios isolados quanto a distritos indígenas. Ele também reconhece que é preciso voltar as atenções ao atendimento a recém-nascidos.
"O grande desafio que temos hoje na atenção primária é melhorar a qualidade dessa atenção, sobretudo a qualidade do neonatal, do parto, e poder expandir as UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) neonatais em todo o Brasil", afirmou Padilha.
Comparativo internacional
O relatório do UNICEF se baseou no monitoramento de 196 países ou territórios. A exemplo de 1990, o Brasil conseguiu ficar com índices superiores à média mundial. Há 22 anos, a média de crianças que morriam com menos de cinco anos era de 90 por mil, contra 62 por mil no Brasil. Hoje, a média mundial é de 48 por mil, contra a marca brasileira de 14 por mil.
Quando ranqueados os países que registraram quedas mais representativas, o Brasil aparece na sétima posição, atrás de Maldivas, Estônia, Arábia Saudita, Turquia, Macedônia e Peru. Com esse indicador, o País conseguiu bater com três anos de antecedência a meta de redução de mortalidade infantil estabelecida pelas Nações Unidas dentro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A meta brasileira era a de reduzir o número de óbitos para 17,9 por mil até 2015.
Fonte : Diogo Alcântara

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

MEU IRMÃO, PAIXÃO POR FNM E EU PELA EDUCAÇÃO.

Coleção de FNM

Para ficar perto de sua paixão, empresário vai trabalhar de caminhão 

Fonte: QuatroRodas.

Por Isadora Carvalho
Fotos: Daniel Spalatto
Março de 2012

Coleção FNM
Strada e o FNM: a mãe e as irmãs também dirigem

Dizem que uma das razões para o sucesso urbano dos SUVs é a posição mais alta de dirigir. Pode ser. Mas certamente isso não está entre as justificativas para um empresário paulistano adotar o caminhão como seu meio de transporte preferido. Na contramão da tendência do downsizing e dos compactos e econômicos carros urbanos, o programador Osvaldo Tadeu Strada, 54 anos, não abre mão de ir trabalhar ao volante de um de seus 27 caminhões, 22 deles da marca FNM, o primeiro fabricado no Brasil.

Coleção FNM
Estribo elevado e porta suicida: sinais do tempo

Produzidos durante 35 anos - a partir da década de 50 - pela Fábrica Nacional de Motores, os FNM eram equipados com motores Alfa Romeo e tornaram- se populares em nossas estradas, conquistando a fidelidade de muitos caminhoneiros. Entre eles, o pai de Osvaldo, que o influenciou na paixão pela marca e pelo mundo dos pesados. "Meu pai ensinou todos em casa a dirigir FNM: minha mãe, as três irmãs e eu."

Coleção FNM
No painel, os instrumentos e a reduzida: são 4 marchas

O colecionador já chegou a atravessar a cidade de São Paulo todos os dias de caminhão, já que mora na Serra da Cantareira (zona norte) e tem escritório na Chácara Santo Antônio (zona sul). "Atualmente, vou uma vez por semana de caminhão, devido à restrição de circulação", diz Strada. "Sem dúvida, me acham um maluco, mas é uma verdadeira satisfação."

Coleção FNM
No acervo, as várias gerações FNM reunidas

Brinquedo A coleção começou em 2000, com um caminhão baú, mas só no ano seguinte realizou o sonho de adquirir um FNM, que por coincidência encontrou na rua onde morava, na Vila Maria, zona norte. "Como estava muito deteriorado, paguei apenas 5 000 reais, mas nunca fiquei tão feliz com uma aquisição. Tratava-se de um D 11 Standart 1965 prata", diz Strada, que já começou a circular pela cidade com o "novo" brinquedo.

No mesmo ano, ao sair para trocar sua Hilux antiga por uma zero-quilômetro, resolveu comprar um cavalo mecânico da Volvo na concessionária em frente. "E para explicar para minha esposa que tinha trocado o carro por um caminhão", diz Strada, que passou a usar o veículo como carro de passeio.

Ele achava que era o único que colecionava caminhões, até que soube de um evento chamado Alfa Day, que reunia os aficionados por Alfa Romeo. "Fui com o FNM prata, o único na época, no encontro realizado em 2004 na cidade de Avaré e fiquei satisfeito ao encontrar outros admiradores de FNM."

Coleção FNM
Ex-caseiro e quase engenheiro Beto: formação para cuidar da mecânica

A partir daí, começou a comprar um atrás do outro. Em 2006 sua coleção já somava 15 caminhões e ele teve de arrumar um jeito para guardálos. Como tinha uma chácara em Pilar do Sul, interior de São Paulo, decidiu construir um galpão de 1 600 metros quadrados. No mesmo ano, contratou um funileiro apenas para restaurar os caminhões e decidiu investir na formação do caseiro da chácara para que pudesse cuidar de seu acervo de maneira mais criteriosa. "Atualmente, financio uma faculdade de engenharia para que ele possa aperfeiçoar os sistemas mecânicos dos FNM."

Como viaja bastante com os caminhões, aprimora os motores sem ficar preso a purismos. "Altero a compressão e atualizo os componentes", afirma Strada, que divide sua coleção em dois segmentos: os caminhões para exposição, aqueles que mantêm a mecânica original, e os para circular regularmente.

Em sua chácara há uma verdadeira linha de montagem, com direito a áreas de funilaria, pintura e mecânica, além de estoque suficiente para montar dez caminhões FNM. "O caminhão é reconstruído", diz Strada, que também se preocupa com o acabamento, instalando revestimento de couro nos estofamentos, nos painéis de instrumentos e nas maçanetas originais. Cada restauração leva um ano e meio para ser concluída.

Coleção FNM
Cuidando dos detalhes

O galpão conta ainda com um mezanino com seis suítes para hospedar os amigos que chegam de FNM. Segundo Strada, a grande satisfação de ter entrado nesse ramo foram as amizades verdadeiras que conquistou e por isso quer sempre cultivá-las.

Em 2007 resolveu lançar o site AlfaFNM, para resgatar a história da marca. "A intenção é mostrar para as novas gerações a importância da fábrica na história do nosso transporte. O portal já recebe 700 000 visitas por ano."



FNM

A Fábrica Nacional de Motores (FNM) foi inaugurada em 1942 na cidade de Duque de Caxias (RJ). Até 1948 ela produziu, principalmente, motores aeronáuticos. Em 1950 a FNM foi vendida para Alfa Romeo. Em 1952 lançou o FNM D-9500, que foi bem aceito graças a sua robustez. Em 1972, apresentou o FNM 180 e 210. Em 1976 a Fiat comprou a marca e encerrou a produção em 1979, passando a fabricar o Fiat 190. 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

REUNIÃO COM OS PAIS : TEXTO PARA REFLEXÃO.

Chegou o boletim, e agora pais?
Por que muitos alunos temem o boletim escolar? Para que serve o boletim? Seria para premiar ou para castigar?  Quais são as posturas dos alunos e educadores, pais e professores, diante do boletim?
A resposta a essas perguntas  depende do sentido que damos à avaliação.  Tanto a indiferença  diante do boletim  quanto a supervalorização da nota não fazem sentido  quando  queremos educar  crianças e adolescentes.  Tanto o prêmio como o castigo não mostram à criança e ao adolescente que estudar é bom, que é necessário e importante, porque o foco deixa de ser a aprendizagem e passa a ser o prêmio ou o castigo, fruto de notas boas ou ruins.
Se o foco for a nota, teremos uma proposta pedagógica centrada fortemente no conteúdo. Então temos posturas de prêmio ou castigo diante do boletim. Se o foco estiver na aprendizagem,  teremos uma proposta pedagógica centrada no aluno, no educando. Neste caso, a postura diante do boletim deve ser diversa, marcada por processos dialógicos e de hetero e autorregulação. 
No primeiro caso, o aluno é convidado a prestar atenção na aula, estar muito atento às explicações do professor, fazer exercícios de aprendizagem, exercícios de fixação e devolver tudo isso numa prova. Neste processo é muito valorizada a capacidade de memorização, mesmo que sem compreensão, porque tudo deve ser devolvido na prova da forma como foi trabalhado na classe ou está no livro.   
No segundo caso, quando o foco está no aluno, os conteúdos também estão presentes, são construídos noções e conceitos nas diversas áreas do conhecimento, porém, o aluno é convidado a ser sujeito de suas aprendizagens, desenvolvendo habilidades, aprendendo a comunicar  suas dificuldades e seus talentos, aprendendo a regular  e a desenvolver paulatinamente  as capacidades para aprender. Neste caso o aluno é convidado a se apropriar do planejamento, da execução do planejado e da avaliação. 
No primeiro caso a postura de utilizar o boletim para  premiar ou castigar vão muito bem. No segundo caso o processo é um pouco mais complexo, porém, muito mais eficiente e eficaz.
Somos  da opinião de que toda criança e adolescente necessitam de um adulto para o qual tenha que “prestar contas”. Prestar contas não no sentido de pagar dívida e sim, de ter um adulto com o qual possa dialogar e que o estimule a pensar e a fazer boas escolhas.  Neste contexto cabem duas perguntas: como o boletim pode se tornar uma ferramenta de diálogo e quais são os frutos esperados desse processo?
Sugerimos  aos pais sentar ao lado dos filhos, criando um clima de mútua confiança,  e com eles ler o boletim – ou qualquer outra forma de indicador de aprendizagem – analisando os dados, fazendo perguntas,  incentivando-os a falarem sobre os avanços que tiveram, sobre as dificuldades que permanecem,  sobre as ações  e atitudes que terão ou da ajuda de que necessitam  para superar dificuldades ou para continuar aprendendo sempre mais e melhor. 

A conversa precisa ser seguida de registro escrito, que pode ser feito na agenda pessoal do aluno. Bom que sejam duas ou três atitudes, comportamentos, ações bem concretas, facilmente verificáveis pelos atores desse processo. Evitar propósitos muito genéricos como “estudar mais”, “me empenhar mais nas aulas”, estudar todos os dias, etc. Procure  propósitos bem objetivos, atendendo aos problemas identificados,  como:  fazer todas as tarefas seguindo as orientações dadas pelo professor; organizar os registros no caderno; cuidar da ortografia; fazer pergunta quando não consegue resolver um problema;  ser mais persistente na resolução de problemas; exercitar a caligrafia; exercitar o resumo; exercitar a interpretação de texto; exercitar a escrita e reescrita; pesquisar em fontes diferentes, perder o medo de fazer pergunta; cooperar com minha classe evitando falar fora de hora; levar o material solicitado para as aulas; fazer as entregas no prazo, etc.
FONTE: ENIO BERNARDO SCHMITZ




A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE AULA/ SOCIALIZAÇÃO DO PA
AGENDA ON LINE
RPA
BOLETIM
MÉDIA ATRAVÉS DE PESO
ATENDIMENTOS E ENCAMINHAMENTOS

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Painel da ONU confirma efeitos alarmantes das mudanças climáticas

Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) iniciou nesta segunda-feira (23) uma conferência em Estocolmo, na Suécia, confirmando as alarmantes consequências das mudanças climáticas.
A reportagem é da agência AFP e reproduzida pelo portal Globo Natureza, 23-09-2013.
"As provas científicas das (...) mudanças climáticas se reforçaram a cada ano, deixando pouca incerteza, salvo sobre suas graves consequências", declarou o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, durante a abertura do evento.
IPCC, que ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2007, revelará nesta sexta-feira (27), após quatro dias de debates, o primeiro volume de um relatório completo sobre as mudanças climáticas, suas consequências e os meios para combater o problema, confirmou Pachauri.
Este será o quinto relatório do painel da ONU – que reúne milhares de cientistas – desde sua criação, em 1988. Segundo uma versão provisória do texto obtida pela AFP, o relatório confirmará a responsabilidade do ser humano no aquecimento da Terra e apontará a intensificação de alguns eventos extremos.
Os delegados – cientistas e representantes de governos – divulgarão o documento depois de examinar as novas evidências das mudanças climáticas e suas consequências. O presidente do painel lembrou que o objetivo da reunião é validar a primeira parte do relatório sobre o aquecimento global, que deixará em evidência a responsabilidade do homem e a grave situação que o planeta enfrenta.
Pachauri ressaltou que o texto será aprovado "linha por linha" antes do fim da reunião em Estocolmo. O relatório, que conta com a colaboração de 520 autores, também ressaltará a intensificação de alguns fenômenos extremos, entre eles o aumento do nível do mar, segundo a versão do documento obtida pela AFP.
O texto destacará, ainda, a urgência de tomar medidas para poder conter o aquecimento da Terra em 2° C, objetivo adotado por 195 países, mas que parece cada vez mais distante, segundo cientistas.
Pachauri prometeu que o diagnóstico contido no informe será inquestionável. "Não conheço um documento que tenha sido submetido a esse tipo de análise minuciosa e que tenha envolvido tantas pessoas com espírito crítico, que ofereceram sua perspicácia e seus conselhos", afirmou o co-presidente do grupo de trabalho que assinou o documento, Thomas Stocker.
O relatório "se baseou em milhares de medições na atmosfera, na terra, no gelo, no espaço", afirmou o cientista suíço, que é professor da Universidade de Berna. Ele ressaltou que essas medidas permitem ter uma visão sem precedentes e imparcial do estado do sistema climático. "A mudança climática é um dos grandes desafios de nossa época", disse o especialista, destacando que "essa mudança ameaça nossos recursos primários, a terra e a água".
"E como ameaça nossa única residência, devemos enfrentá-la", ressaltou o especialista, acrescentando que isso exige "as melhores informações para tomar as medidas mais eficazes".
O último IPCC, de 2007, gerou uma mobilização sem precedentes a respeito do clima, o que lhe rendeu a atribuição do prêmio Nobel da Paz, ao lado do ex-vice-presidente americano Al Gore.

sábado, 21 de setembro de 2013

CONTA DE LUZ, COBRANÇA INDEVIDA.

Aneel autorizou aumento irregular em contas de luz, aponta TCU


Valor cobrado a mais dos consumidores corresponde a cerca de R$ 5,6 milhões no período de julho de 2011 a julho de 2012

Pelo menos seis companhias estariam envolvidas na prática de trocar contrato de energia mais barata por mais cara
Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
O Tribunal de Contas da União identificou um novo erro na cobrança de conta de luz dos brasileiros. O órgão considerou ilegal uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que autorizou as distribuidoras a trocar contratos de energia mais barata por energia mais cara, o que elevou o índice de reajuste tarifário de maneira artificial. O valor cobrado a mais dos consumidores corresponde a cerca de R$ 5,6 milhões e compreende o período entre julho de 2011 e julho de 2012.

Na prática, as distribuidoras rompiam contratos mais baratos de energia, como de hidrelétricas, antes do vencimento. No lugar deles, efetuavam compras em leilões para fornecimento de energia em contratos de curto prazo de fontes mais caras, como termelétrica e eólica. A manobra tornava justificado um aumento mais forte na correção anual.

Seis companhias estão envolvidas na falha: Ampla Energia e Serviços (Ampla), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Companhia Paulista Força e Luz (CPFL Paulista), Distribuidora Gaúcha de Energia (AES Sul), Rio Grande Energia (RGE) e Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). De acordo com a decisão do TCU, a Aneel tem 90 dias para fazer um levantamento em todas as companhias do país e averiguar se o problema pode ser maior. O documento, entretanto, não define quais as providências devam ser tomadas após o prazo e se o valor cobrado a mais deverá ser devolvido ao consumidor.

No ano passado, foi identificada outra cobrança indevida, no valor de R$ 7 bilhões. Em dezembro, o TCU decidiu que não tem competência para julgar o processo que pedia o ressarcimento do valor aos consumidores.

Fonte : Zero Hora

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MINHA CASA MINHA VIDA E O TRABALHO ESCRAVO.

Banco do Brasil é processado por trabalho escravo em obra do programa Minha Casa Minha Vida

trabalho escravo

Na ação, é pedida a condenação do banco e empreiteira em R$ 3,4 milhões por dano moral coletivo
O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com ação civil pública contra o Banco do Brasil e as empresas CSO Engenharia e Construtora Lima por prática de trabalho análogo ao de escravo em uma obra do programa Minha Casa Minha Vida no município de Feira de Santana, a 106 quilômetros de Salvador. Na ação, o MPT pede R$ 3,4 milhões em indenizações por danos morais coletivos ao banco e às empreiteiras. O processo corre na 1ª Vara do Trabalho de Feira de Santana.
A situação foi verificada após inspeção dos fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, em março deste ano, no canteiro de obras localizado no Parque dos Coqueiros, onde são erguidas 540 unidades habitacionais do programa federal. No local, foram resgatados 24 trabalhadores, que estavam alojados em condições subumanas. “O que se verificou supera, em muito, a qualificação de meras irregularidades e desconformidades legais, importando na completa supressão da dignidade dos trabalhadores que lá se encontravam”, afirmou o procurador do MPT na Bahia Rafael Garcia, que assina a ação com o procurador Maurício Brito.
Os alojamentos não tinham água potável, nem locais reservados para a guarda de alimentos, que ficavam expostos. Por falta de banheiros, os operários faziam as necessidades fisiológicas no mato. Havia ainda a presença de galinhas, escorpiões e carrapatos em dois ambientes vistoriados. A configuração de trabalho análogo ao de escravo é reforçada pelo fato de que esses operários haviam sido arregimentados em outros municípios – Serrinha, Tucano e Teofilândia – e levados até Feira de Santana sob a promessa de trabalho. No entanto, foram feitos registro do contrato em suas cidades de origem nem emitida guia para transporte de trabalhadores.
“Decidimos, neste caso, acionar não só as duas empreiteiras responsáveis diretamente pela realização obra e pela contratação dos trabalhadores, mas também o Banco do Brasil, que é o órgão financiador da construção e, até mesmo por ser um banco estatal, tem responsabilidade sobre aquilo que financia, da mesma forma que a Caixa Econômica, por exemplo, tem responsabilidade sobre um empreendimento imobiliário que financia”, explicou Rafael Garcia.
ACP nº 0001442-93 2013 5 05 0191
Informações: MPT na Bahia
EcoDebate, 20/09/2013

MENSALÃO.

embargos
Charge por Amarildo, para A Gazeta cedido ao Humor Político
[EcoDebate] Hoje, o país acordou de luto! Mais uma vez, vimos nossas esperanças por justiça serem postergadas. Muito se falou a respeito do voto do Ministro Celso de Melo ao aceitar os embargos infringentes. Contudo, ele não fez nada a mais ou a menos do que justificar seu voto dentro do estado democrático de direito, ou seja, dentro do que a nossa legislação permite.
De acordo com suas palavras: O dever de proteção das liberdades fundamentais dos réus, de qualquer réu, representa encargo constitucional de que este Supremo não pode demitir-se, mesmo que o clamor popular se manifeste contrariamente, sob pena de frustração de conquistas históricas… O processo penal traduz instrumento garantidor de que a reação do Estado à prática criminosa jamais poderá constituir reação instintiva, arbitrária, injusta ou irracional”, afirmou o mais antigo ministro da casa. (Estado de São Paulo, 18/09/2013)
Dito isso, vejo que o problema recai não no direito de proteção das liberdades fundamentais dos réus, mas justamente sobre quem serão os beneficiados de tal gozo. Nada mais e nada menos do que as peças-chave do esquema de mensalão – “os cabeças e grande operacionalizadores do processo de corrupção”.
Diante dos fatos, outra questão vem à tona: a dos 5 votos anteriores a favor de novo julgamento. Não deveria ter sido o caso de unanimidade?
O que faz com que Juízes do Supremo, tão imparciais ao clamor público, possam de outra forma discordar tão veementemente em seus discursos de justificativas de forma que 5 votem a favor e 5 votem contra?
Ora, diante desse impasse, dos resultados de 5 X 5, não havia outra opção ao Ministro Celso de Melo, senão dar uma aula de direito antes de se fazer valer a justiça. Toda vez que uma votação for apertada, a mesma dará aos réus o benefício da dúvida e, por isso, a aceitação dos embargos infringentes.
Nosso desagravo se torna ainda maior, pois o estado democrático de direito ainda permite que ao esperarmos por um novo julgamento – provavelmente, para 2014 – o mesmo abrirá a oportunidade para que 12 dos 25 réus tenham direito de cumprir penas menores ou até se livrar das punições por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Pior: caso não consigam ser absolvidos, os condenados podem ainda se beneficiar da prescrição de crimes. (Brito, Gallucci e Macedo, 19/09/2013).
Isto também não seria novidade, ao considerarmos que, a favor dos réus também pesa que os votos duros pela condenação aposentaram-se desde o encerramento do julgamento do ano passado. E, quanto ao futuro, não se pode dizer que a expertise dos advogados de defesa, valendo-se de todos os embargos possíveis, não possa também, no futuro julgamento, contar com a simpatia dos novos integrantes do Supremo, após novas teses trazidas pela defesa com os novos recursos.
Ora senhores, depois de tudo isso… Para nós, reles cidadãos, ficam a impressão que esse estado democrático de direito é de direito de poucos, onde para os crimes do colarinho branco tudo é possível… Para o povo brasileiro, com clamor ou sem clamor, só nos resta a banana. E, aos estrangeiros, a Copa do Mundo. Brasil: país do futebol, das mulatas e do samba.
Referências:
Recursos podem reduzir penas e levar à prescrição. Advogados comemoram resultado que dará chance de nova avaliação de parte dos crimes. Ricardo Brito, Mariângela Gallucci e Fausto Macedo / BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo, 19/09/2013. Acesso: <http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,recursos-podem-reduzir-penas-e-levar-a-prescricao,1076339,0.htm>.
Condenados do mensalão terão direito a novo julgamento. Voto do ministro Celso de Mello desempatou discussão do Supremo sobre aceitação dos embargos infringentes, que permitirão nova chance de defesa para 12 dos 25 condenados. Erich Decat e Ricardo Brito – Agência Estado, 18/09/2013. Acesso:http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,condenados-do-mensalao-terao-direito-a-novo-julgamento,1076153,0.htm
Supremo decide por novo julgamento, que só deve começar no ano que vem. Ministro Celso de Mello aceita embargos infringentes e Corte sorteia Luiz Fux como relator da nova fase, que analisará crimes de 12 dos 25 condenados; prazos regimentais empurram encerramento do processo para perto da eleição presidencial. O Estado de São Paulo, 18/09/2013. Acesso: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,supremo-decide-por-novo-julgamento-que-so-deve-comecar-no-ano-que-vem,1076257,0.htm.
Patrícia Aparecida Pereira Souza de Almeida. Bióloga, mestra em Hidráulica e Saneamento, doutora em Ciências da Engenharia Ambiental e professora-tutora da FGV Online.

EcoDebate, 20/09/2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ESTUDAR EM GRUPO PARA O ENEM.

InfoEnem



Existem várias formas e maneiras de estudar. E uma das dúvidas mais frequentes entre os jovens é se o estudo em grupo pode ser, realmente, eficiente.
E a resposta é sim! Dentre tantos motivos que corroboram essa afirmação, destacamos os 3 principais:
1- Troca de conteúdo
Estudar em grupo possibilita a troca de informações entre os integrantes. E essa interação é muito interessante, principalmente quando se pensa no ganho de tempo na hora de avançar na matéria. Afinal, uns podem ter compreendido determinados assuntos que outros não compreenderam e ao invés de “travarem” em algum exercício, o estudante que entendeu esclarece rapidamente a dúvida do colega.
2- Quem ensina fixa muito mais o conteúdo.
Se você acredita que aquele estudante que apresenta mais facilidade não é beneficiado num grupo de estudo, saiba que está totalmente enganado. Quando você tenta explicar algo para alguém, obrigatoriamente você necessita de argumentos sólidos e claros. Dessa forma, ao elaborar a explicação para um colega, automaticamente está organizando suas ideias e, claro, solidificando seus conhecimentos naquele assunto.
3 – Socialização e preparação para entrevistas de emprego.
Estudar em grupo também pode ser encarado como um treinamento para os desafios do mercado de trabalho atual, já que exige desenvolvimento de negociação, argumentação e cooperação entre seus integrantes. As empresas de hoje procuram por pessoas capazes de trabalhar em grupo. Aliás, você já deve ter escutado (e muito) das famosas dinâmicas de grupo que grandes empresas realizam, no intuito de testar essas capacidades nos entrevistados.

Conclusão: Estudar em grupo vale (e muito) a pena! Entretanto, como nem tudo são rosas, 4 cuidados devem ser tomados para que o processo seja eficiente:
1 – Crie regras para não perder o foco – O grupo foi fechado para estudar, não é? Assim sendo, o próprio grupo precisa garantir que todos seus integrantes tenham esse foco! Uma “laranja podre”, neste caso, poderá estragar todas as outras. Nada de conversas paralelas!
2 – Encontre um lugar tranquilo que agrade a todos – Assim como estudar sozinho, o trabalho em equipe também precisa de um lugar calmo e que não apresente nenhuma perturbação que possa distrair os estudantes.
3 – Estabeleça metas – É importante que o grupo já saiba o que vai estudar e como irá fazê-lo. Caso contrário, pode acontecer de vários integrantes esquecerem livros e/ou apostilas necessários para o bom andamento dos estudos.
4 – Evite grupos maiores que cinco integrantes – Essa é simples, mas muito importante. Com muita gente, a chance de perder o foco é maior. Três ou quatro integrantes já está de bom tamanho.

Seguindo essas recomendações, as chances de seu grupo de estudo beneficiar todos os integrantes é muito maior! Apenas não se esqueça de que estudar sozinho também faz parte de uma preparação completa! Afinal, na hora da prova, todos estarão sozinhos.