Mais quentes, mais longas, mais frequentes – ondas de calor marinhas em ascensão
Por Alvin Stone, University of New South Wales*
Um estudo internacional na Nature Communications, co-escrito por pesquisadores do ARC Centre of Excellence for Climate Extremes (CLEX) e do Institute of Marine and Antarctic Studies (IMAS) , revela que as ondas de calor marinhas aumentaram ao longo do século passado, em duração e intensidade como resultado direto do aquecimento dos oceanos.
De 1925 a 2016, o estudo constatou que a frequência de ondas de calor marinhas aumentou em média 34% e a duração de cada onda de calor aumentou em 17%. Juntos, isso levou a um aumento de 54% no número de dias de ondas de calor marinhas a cada ano.
Alguns exemplos recentes mostram como os eventos de ondas de calor podem ser significativos.
• Em 2011, a Austrália Ocidental viu uma onda de calor marinha que mudou o ecossistema de dominado por algas marinhas kelp para ser dominado por macroalgas marinhas (Seaweed). Essa mudança permaneceu mesmo depois que a temperatura da água voltou ao normal.
• Em 2012, uma onda de calor marinha no Golfo do Maine levou a um aumento de lagostas, mas, também, a uma queda nos preços que prejudicou seriamente os lucros do setor.
• As águas quentes persistentes no Pacífico Norte de 2014-2016, levaram ao fechamento de pescarias, ao encalhe em massa de mamíferos marinhos e à proliferação de algas nocivas ao longo das costas. Essa onda de calor até mudou os padrões climáticos de grande escala no noroeste do Pacífico.
• Mais recentemente, a intensa onda de calor marítima da Tasmânia em 2016, levou a surtos de doenças e a abrandar as taxas de crescimento nos setores da aquacultura.
• Em 2011, a Austrália Ocidental viu uma onda de calor marinha que mudou o ecossistema de dominado por algas marinhas kelp para ser dominado por macroalgas marinhas (Seaweed). Essa mudança permaneceu mesmo depois que a temperatura da água voltou ao normal.
• Em 2012, uma onda de calor marinha no Golfo do Maine levou a um aumento de lagostas, mas, também, a uma queda nos preços que prejudicou seriamente os lucros do setor.
• As águas quentes persistentes no Pacífico Norte de 2014-2016, levaram ao fechamento de pescarias, ao encalhe em massa de mamíferos marinhos e à proliferação de algas nocivas ao longo das costas. Essa onda de calor até mudou os padrões climáticos de grande escala no noroeste do Pacífico.
• Mais recentemente, a intensa onda de calor marítima da Tasmânia em 2016, levou a surtos de doenças e a abrandar as taxas de crescimento nos setores da aquacultura.
Os pesquisadores usaram uma variedade de conjuntos de dados observacionais para revelar a tendência de aumento das ondas de calor marinhas, combinando dados de satélite com um conjunto de dados longo do século, retirados de navios e várias estações de medição terrestres. Eles então removeram as influências da variabilidade natural, causadas pela Oscilação Sul El Niño, pela Oscilação Decadal do Pacífico e pela Oscilação Multidecadal Atlântica para encontrar a tendência subjacente.
Mais informações sobre ondas de calor marinhas podem ser encontradas em marineheatwaves.org .
Referência:Longer and more frequent marine heatwaves over the past century
Eric C. J. Oliver, Markus G. Donat, Michael T. Burrows, Pippa J. Moore, Dan A. Smale, Lisa V. Alexander, Jessica A. Benthuysen, Ming Feng, Alex Sen Gupta, Alistair J. Hobday, Neil J. Holbrook, Sarah E. Perkins-Kirkpatrick, Hillary A. Scannell, Sandra C. Straub & Thomas Wernberg
Nature Communicationsvolume 9, Article number: 1324 (2018)
doi:10.1038/s41467-018-03732-9
https://www.nature.com/articles/s41467-018-03732-9
* Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 11/04/2018
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