Você já ouviu falar em economia circular? por Adriana Madeira e Nelson Roberto Furquim
Economia circular é um conceito em que há a associação de desenvolvimento econômico e a melhor utilização de recursos naturais, envolvendo novos modelos de negócios e uma otimização nos processos de fabricação, envolvendo insumos que sejam mais duráveis, renováveis e recicláveis.
Ela contempla novas maneiras de se criar, produzir e comercializar produtos, de uma forma que garanta a utilização e a recuperação dos recursos naturais, de uma forma inteligente.
Com a implantação da economia circular, busca-se produzir sem que ocorra o esgotamento dos recursos naturais, sem que haja poluição ambiental, promovendo a regeneração do meio ambiente e manutenção do valor dos recursos. O foco passa a ser a preservação do planeta como um todo, por meio de sistemas que mantenham o fluxo circular de recursos, possibilitando o desenvolvimento sustentável.
A economia circular vai muito além da gestão de resíduos e da reciclagem, e contempla uma gama enorme de atividades: desde uma revisão dos processos de fabricação, da composição dos produtos, dos modelos de negócios, chegando até a otimização no uso dos diversos recursos.
Tem como principais características a maximização da reutilização, a minimização da extração de recursos e o ganho de eficiência, tanto no desenvolvimento de processos quanto na utilização de produtos. É iniciar a proposta de qualquer solução a partir de outra premissa: não deve gerar descarte. Ou seja, não interessa apenas a consequência, mas a origem, o consumo. A economia circular enfoca o ciclo de vida do produto, a questões são tratadas de forma sistêmica.
Objetivo principal: promover uma gestão o mais eficiente possível dos recursos naturais existentes, mantendo-os constantemente num alto nível de utilização e valor, levando-se em conta uma perspectiva de desenvolvimento econômico sustentável.
Alguns dos principais benefícios da economia circular são:
• Redução de extração e aumento da disponibilidade de recursos.
• Grande potencial para contribuir com a reversão dos problemas ambientais;
• Melhoria da saúde dos indivíduos por meio da priorização nos cuidados com os recursos naturais e a promoção da sustentabilidade;
• Redução de custos, principalmente operacionais e ganho de competitividade;
• Otimização no consumo de recursos levando a uma maior eficiência das operações, reduzindo o desperdício e a quantidade de descartes;
• Favorece a geração de empregos e renda, criando oportunidades para novos negócios e modelos de negócios, levando a um maior crescimento econômico;
• Maior conscientização da população sobre consumo e meio ambiente.
Adriana Madeira é pós-doutora em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, FEA-USP. É professora do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da Universidade Presbiteriana Mackenzie e membro do Grupo de Extensão AgriMack- Mackenzie Agribusiness, organizado pelo Centro Mackenzie de Liberdade Econômica.
Nelson Roberto Furquim é Engenheiro de Alimentos. Docente do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Coordenador do Grupo de Extensão AgriMack- Mackenzie Agribusiness organizado pelo Centro Mackenzie de Liberdade Econômica.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 14/12/2021
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