sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Cidades brasileiras falham em enfrentar ondas de calor extremo .

 Calor extremo

Foto: Tânia Rego/EBC

Inadequação da infraestrutura urbana no Brasil intensifica os impactos das ondas de calor extremo, prejudicando a saúde pública e a qualidade de vida nas cidades.

As ondas de calor extremo têm se tornado cada vez mais frequentes e intensas nas cidades brasileiras, e a infraestrutura urbana, em sua grande maioria, não está preparada para lidar com esses eventos climáticos extremos.

Com a temperatura subindo a níveis recordes, moradores enfrentam não apenas desconforto térmico, mas também sérios impactos na saúde e no bem-estar. Além disso, os serviços públicos, especialmente o sistema de saúde, ficam sobrecarregados.

A urbanização desordenada, a falta de planejamento de longo prazo e a ausência de espaços verdes são fatores que agravam o problema. As áreas urbanas, muitas vezes cobertas por asfalto e concreto, intensificam o fenômeno das ilhas de calor, elevando ainda mais as temperaturas locais.

Esse cenário afeta desproporcionalmente as populações mais vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas em situação de rua, que sofrem diretamente com as consequências da exposição ao calor extremo.

A sobrecarga nos serviços de saúde, causada por um aumento nas internações relacionadas a doenças cardiovasculares, respiratórias e desidratação, coloca em evidência a necessidade urgente de adaptar as cidades às mudanças climáticas.

Especialistas defendem que medidas como a criação de corredores verdes, a implementação de telhados verdes e sistemas de resfriamento passivo nas construções são essenciais para mitigar os efeitos das altas temperaturas. A adaptação da infraestrutura urbana é uma questão não apenas de resiliência climática, mas também de saúde pública.

A falta de ação efetiva para preparar as cidades brasileiras para essas novas realidades climáticas pode levar a uma deterioração ainda maior da qualidade de vida dos habitantes, com custos econômicos e sociais elevados.

Impactos das ondas de calor na saúde e bem-estar da população

As ondas de calor, cada vez mais frequentes e intensas nas cidades brasileiras, impactam negativamente a saúde e o bem-estar da população, especialmente os grupos mais vulneráveis como idosos, crianças e pessoas em situação de rua.

Efeitos do Calor Extremo:

● Desconforto térmico: As altas temperaturas causam desconforto e mal-estar, prejudicando a qualidade de vida.

● Impactos na saúde: A exposição ao calor extremo aumenta o risco de doenças cardiovasculares, respiratórias e desidratação, levando a um aumento nas internações e sobrecarregando o sistema de saúde.

● Vulnerabilidade: Idosos, crianças e pessoas em situação de rua são mais suscetíveis aos efeitos do calor extremo e sofrem as consequências de forma mais intensa.

Fatores Agravantes:

● Ilhas de calor: A urbanização desordenada, com a predominância de asfalto e concreto, intensifica o fenômeno das ilhas de calor, elevando ainda mais a temperatura nas áreas urbanas.

● Falta de infraestrutura: A falta de planejamento e investimentos em infraestrutura verde, como parques e áreas arborizadas, agrava os efeitos das ondas de calor.

Consequências:

● Sobrecarga do sistema de saúde: O aumento das internações por problemas relacionados ao calor coloca o sistema de saúde sob grande pressão.

● Deterioração da qualidade de vida: A falta de medidas para combater o calor extremo leva à piora da qualidade de vida nas cidades, com impactos sociais e econômicos significativos.

Medidas de Mitigação:

● Criação de áreas verdes: Aumentar a quantidade de parques, jardins e áreas arborizadas nas cidades ajuda a reduzir a temperatura e melhorar o conforto térmico.

● Telhados verdes e sistemas de resfriamento: Implementar telhados verdes e sistemas de resfriamento passivo em construções contribui para diminuir o impacto do calor nas edificações.

A adaptação das cidades às mudanças climáticas, com foco na mitigação dos efeitos das ondas de calor, é crucial para garantir a saúde e o bem-estar da população.

A falta de ação efetiva nesse sentido resultará em consequências negativas para a qualidade de vida, com custos sociais e econômicos cada vez maiores.

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394

Nenhum comentário: