Sendo composto por átomos, organizados em diferentes grupamentos atômicos, formando uma mistura de gases, o ar ocupa lugar no espaço e tem massa, pois é matéria. Podemos perceber que o ar oferece resistência ao movimento dos corpos que nele estão imersos. Por exemplo, se andarmos de carro com a mão aberta, com a palma virada para a parte dianteira do carro, sentiremos que o ar está segurando a nossa mão, freando o corpo que tenta passar por ele.
Tendo massa, o ar tem uma força peso que exerce pressão sobre os corpos que envolve. A pressão exercida pelo ar é conhecida como pressão atmosférica. Podemos medir a pressão de uma determinada região com um instrumento conhecido como barômetro (baros = pressão; metros = medida). Quanto mais próximo do nível do mar, maior a pressão, pois existe uma camada de ar de maior espessura sobre essa região. Quanto mais alta a altitude menor será a pressão.
O aquecimento desigual da atmosfera provoca um desbalanceamento da energia absorvida pela atmosfera. Nas zonas tropicais, que recebem mais energia do que emitem, há um balanço positivo, enquanto que nas zonas polares, que emitem mais calor do que recebem, há um balanço negativo. Essa diferença térmica ocasiona a movimentação das massas de ar atmosféricas caracterizando o chamado efeito de “circulação geral da atmosfera”.
Nesta circulação geral da atmosfera são gerados sistemas de ventos conhecidos como “estes polares”, “ventos de oeste” e “ventos alísios”.
Os ventos alísios são originados do deslocamento das massas de ar frio das zonas de alta (trópicos) para as zonas de baixa pressão (equador). Devido a um efeito ocasionado pelo movimento de rotação da Terra, o efeito de Coriolis, os ventos nas faixas intertropicais sopram no sentido leste-oeste no hemisfério sul, e no sentido oeste-leste no hemisfério norte.
Na região da linha do Equador, devido ao aquecimento constante e quase uniforme é formada uma zona de baixa pressão (chamada de ZCIT – Zona de Convergência Intertropical) para a qual se deslocam os ventos alísios de sudeste, vindos do hemisfério sul, e os ventos alísios de nordeste, vindos do hemisfério norte. Ambos formam-se a latitudes de cerca de 30º em ambos os hemisférios.
Ao chegar á zona de baixa pressão do equador, os ventos alísios ascendem provocando o resfriamento dos níveis mais altos e perdendo umidade por condensação e precipitação. É aí, então, que surgem os ventos “contra-alísios”, quando estes movem-se em sentido contrário até as zonas dos cinturões anticiclônicos mantendo-se assim, o sistema de circulação entre zonas tropicais e subtropicais e a zona equatorial.
Os ventos alísios são os responsáveis por transportar umidade das zonas tropicais para a zona equatorial provocando chuvas nessa região. Enquanto que os ventos contra-alísios levam ar seco para as zonas tropicais, ficando , os maiores desertos da Terra justamente nessa zona, principalmente no hemisfério norte.
Fonte: InfoEscola
UOL. Educação
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