quinta-feira, 20 de agosto de 2015

ARMAZENAR ÁGUA X DENGUE.

Cuidados ao armazenar água.

Sem água na torneira, o jeito é armazenar. Seja por um problema pontual de abastecimento ou constante, o importante é ter cuidado com esses depósitos para que não se tornem riscos para a dengue.
Samaisa dos Anjossamaisa@opovo.com.br
FOTO: GABRIEL GONÇALVES
O risco da dengue aumenta quando as famílias optam por armazenar água em tonéis e outros reservatórios
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Com problemas no abastecimento de água, seja de forma pontual ou constante, muitas famílias optam por armazenar água em tonéis e outros reservatórios rasteiros. Apesar de garantir o acesso à água, o risco da dengue aumenta nessas situações caso não haja o cuidado necessário para evitar que o reservatório se transforme em foco de reprodução do mosquito. 
 Na área da Secretaria Executiva Regional III (que registra 2.816 casos de dengue, atrás somente da Regional V, com 2.875 casos), há problema de distribuição de água em sete bairros, conforme indicou o coordenador técnico de endemias Sidrônio Ferreira: “Com a distribuição irregular, a possibilidade de ter foco da dengue é muito maior, pois as pessoas são obrigadas a armazenar água em tanques e baldes, que são os locais que encontramos mais focos”.
De acordo com Sidrônio, a SER III já enviou ofício para a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) para buscar uma resolução da questão. Urânio Nogueira, chefe do Núcleo de Controle de Endemias da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), afirma que são os depósitos rasteiros os principais focos do trabalho de prevenção. Além deles, copos, pneus e até casca de ovo e tampinhas são perigos, uma vez que qualquer chuva já é suficiente para acumular água.
Sidrônio Ferreira alertou ainda que os agentes demoram de 60 a 90 dias para retornarem às casas, enquanto o mosquito se reproduz em uma semana. “A pessoa deve tomar cuidado porque, se apenas um não colaborar, já complica a situação e pode provocar uma epidemia”, lembra.
 Atenção contínua

Apesar dos casos de dengue se concentrarem no primeiro semestre do ano, é quando as chuvas param que a atenção de todos deve se voltar. “A partir de julho é o período que temos que ficar mais atentos. Quando não está chovendo é que temos que nos preparar, verificar a calha e a caixa, assim como eliminar os depósitos que podem acumular água”, destaca Urânio.
Semana passada, a Capital passou pelo sexto e último ciclo do fumacê, que aplica inseticida nas ruas para eliminar os mosquitos adultos. Também foi realizada a operação Quintal Limpo nos bairros Granja Lisboa e Bom Jardim, que fazem parte da SER V, onde existem mais casos de dengue na cidade. Agentes comunitários e educadores sociais visitaram os moradores, dando informações sobre a importância da prevenção e distribuindo sacos plásticos para que haja a limpeza dos quintais, material que será recolhido hoje.
O coordenador do Núcleo de Educação em Saúde e Mobilização Social da SER V, José Afonso Barbosa, ressalta que o trabalho é feito o ano inteiro, mas é acentuado neste primeiro semestre. “A gente busca a ajuda da sociedade para essa questão”, destaca. Sem a colaboração de cada um, a prevenção é sabotada. Pior para a cidade.
ENTENDA A NOTÍCIA
Ao armazenar água para uso quando a distribuição é inconstante ou apresenta problemas , o cidadão deve ficar atento para não colocar a saúde de todos em risco com a dengue. O mosquito pode depositar os ovos no reservatório, que se torna um foco por longa data.
 Dicas
Cuidados para evitar focos do mosquito
 1. Secar os reservatórios de água parada não impede a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
 2. Limpe os tanques utilizados para armazenar água esfregando com uma bucha ou escova todas as semanas, pois o ovo do mosquito pode eclodir mesmo ficando mais de um ano sem contato com água.
 3. Elimine os pratos dos vasos de plantas ou coloque areia até as bordas. Eles também devem ser lavados com uma bucha e sabão todas as semanas.
 
4. Guarde garrafas e baldes emborcados para evitar o acúmulo da água.
5. Cheque as lajes e calhas. Não deixe água acumulada.
 6. Deixe a caixa d’água vedada com tampa adequada.
 
7. Vasos de plantas aquáticas e utensílios que oferecem água para os animais de estimação também devem ser lavados semanalmente com
água e sabão.
 8. Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada.
 
9. Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, copos, garrafas vazias etc.
10. Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas
Fonte : Jornal de Hoje Fortaleza

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