segunda-feira, 25 de junho de 2018

MIGRAÇÕES, 30 MILHÕES DE CRIANÇAS DESLOCADAS NO MUNDO POR CAUSA DE CONFLITOS.

MIGRAÇÕES, 30 MILHÕES DE CRIANÇAS DESLOCADAS NO MUNDO POR CAUSA DE CONFLITOS.



Dados do UNICEF para o Dia Mundial dos Refugiados. Os pequenos migrantes que se deslocam desacompanhados alcançaram níveis sem precedentes: entre 2010 e 2015, aumentaram 5 vezes.
A informação foi publicada por La Repubblica, 20-06-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
Por ocasião do Dia Mundial dos Refugiados, a UNICEF recorda que há mais crianças deslocadas à força devido aos conflitos hoje - cerca de 30 milhões - do que em qualquer outro momento da história desde a Segunda Guerra Mundial. O UNICEFlembra que essas crianças vulneráveis precisam de acesso a proteção e serviços essenciais para mantê-las seguras agora e de soluções sustentáveis para garantir o seu bem-estar em longo prazo. O número global de crianças refugiadas e migrantes que se deslocaram sozinhas também atingiu níveis sem precedentes, aumentando cerca de 5 vezes entre 2010 e 2015. Pelo menos 300.000 crianças desacompanhadas e separadas foram registradas em cerca de 80 países entre 2015 e 2016, comparadas às 66.000 de 2010-2011. O dado real das crianças que se deslocam sozinhas é provavelmente muito maior. As crianças desacompanhadas e separadas estão expostas a um risco muito maior de tráfico, exploração, violência e abuso. As crianças representam cerca de 28% das vítimas do tráfico em nível global.

Desafios e ameaças cotidianas

Entre as discussões em curso sobre um plano global de ação em apoio aos refugiados, o UNICEF conclama os líderes mundiais a redobrar seus esforços para garantir osdireitos, a segurança e o bem-estar das crianças mais vulneráveis do mundo - muitas das quais permanecem são deslocadas por causa de conflitos, violências einstabilidades políticas. "No Dia Mundial do Refugiado, é importante lembrar as ameaças e os desafios que as crianças em trânsito enfrentam todos os dias", afirmou Manuel Fontaine, Diretor de Programas de Emergência do UNICEF. "As crianças desenraizadas - refugiadas, requerentes de asilo ou deslocadas internos - enfrentam sérios riscos para a sua saúde e segurança, assim como enormes obstáculos que limitam o acesso aos serviços de que necessitam para crescer. Essas crianças precisam de mais do que um dia - elas precisam de esperança, oportunidade eproteção. Pedimos aos Estados-membros que renovem os seus empenhos para garantir a essas crianças direitos e ambições".

Apenas metade frequenta a escola primária

Como o número de crianças deslocadas à força e refugiadas atingiu níveis recorde, seu acesso a serviços e apoio básicos, como assistência médica e educação, continua profundamente comprometido. Apenas a metade de todos os refugiados, por exemplo, está matriculada na escola primária, enquanto menos de um quarto dos adolescentes refugiados frequentam a escola secundária. O UNICEF espera que o Pacto Global sobre Refugiados (GCR) e o Pacto Global sobre Migrações (GCM), que deveriam ser finalizados este ano, sirvam de diretrizes para empenhos mais fortes dos Estados membros em favor dos direitos das crianças desenraizadas no mundo. O UNICEFdivulgou uma agenda de seis pontos de ação para proteger as crianças refugiadas emigrantes, na qual estão incluídas recomendações sobre as melhores práticas que podem ser incorporadas a ambos os Pactos.

Iniciativa com o mundo do futebol

Neste momento em que o futebol une torcedores de todo o mundo, o UNICEF e o seu parceiro 180LA lançam a iniciativa "What Excites Us, Unite Us" ("O que nos emociona, nos une") que é inspirada pela ideia de que o amor pelo esporte pode superar as fronteiras, e assim da mesma forma pode dar apoio aos direitos das crianças refugiadas e migrantes. A campanha também inclui um vídeo na web de dois minutos que conta a história de Santi, um menino de 8 anos que migrou da Bolívia para aEspanha, teve dificuldade para encontrar amigos e que depois foi aceito em seu novo país graças ao amor pelo futebol. Enquanto jogam, Santi e seus amigos são interrompidos por uma visita surpresa de seu herói, Sergio Ramos (capitão da seleção espanhola e embaixador do UNICEF). Simultaneamente com o vídeo, será lançada nas mídias sociais a iniciativa "Longest goal challange": Sergio Ramos vai pedir a todos para aderir à iniciativa através da paixão comum pelo futebol e mostrar o apoio para as crianças migrantes e refugiadas através do compartilhamento nas redes sociais de um vídeo gritando “goooool” durante o maior tempo possível, usando a hashtag #LongestGoal #WorldCup.
Fonte : Instituto Humanitas Unisinos

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