Rússia e China vetam resolução do Conselho de Segurança sobre trégua em Alepo, na Síria
Em reunião na segunda-feira (5) sobre a conjuntura na Síria, países que integram o Conselho de Segurança da ONU não chegaram a um acordo quanto a um novo cessar-fogo em Alepo. Resolução que previa trégua de sete dias para a entrada de ajuda humanitária na cidade foi vetada pela Rússia e pela China — dois dos membros permanentes do organismo decisório — e rejeitada também pela Venezuela.
Em reunião na segunda-feira (5) sobre a conjuntura na Síria, países que integram o Conselho de Segurança da ONU não chegaram a um acordo quanto a um novo cessar-fogo em Alepo. Resolução que previa trégua de sete dias para a entrada de ajuda humanitária na cidade foi vetada pela Rússia e pela China — dois dos membros permanentes do organismo decisório — e rejeitada também pela Venezuela.
Proposto por Espanha, Nova Zelândia e Egito, o texto recebeu 11 votos a favor e três negativas. Angola se absteve da deliberação. Qualquer voto contrário vindo de um dos cinco membros permanentes do Conselho — Estados Unidos, França, Rússia, China e Reino Unido — tem o poder de rejeitar completamente uma resolução proposta junto ao órgão das Nações Unidas.
A decisão discutida no início da semana determinava que todas as partes do conflito sírio cessassem, 24 horas após a adoção da resolução, todo e qualquer ataque na cidade de Alepo, realizado com qualquer tipo de armamento, incluindo foguetes, morteiros, mísseis anti-tanque guiados, bem como bombardeios e ataques aéreos.
O objetivo era permitir que necessidades humanitárias urgentes fossem atendidas ao longo dos sete dias de cessar-fogo. O texto pendente de aprovação também estipulava que o Conselho “teria a intenção de considerar prorrogações para períodos (de trégua) de sete dias recorrentemente”.
A proposta continha ainda uma exigência de que todas as partes da guerra permitissem e facilitassem o acesso imediato, seguro, livre e duradouro das Nações Unidas e seus parceiros a todas as regiões de Alepo.
O resultado negativo das negociações no âmbito do Conselho vem logo após outro fracasso do organismo em implementar medidas para pôr um fim ao derramamento de sangue na porção leste de Alepo, a parte da cidade sob cerco. No início de outubro, uma resolução proposta conjuntamente por França e Espanha e outra pela Rússia não passaram.
Em relatório sobre a situação da cidade síria apresentado na segunda-feira (5), o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertava que cerca de 31,5 mil pessoas estavam internamente deslocadas dentro do perímetro urbano por conta das hostilidades.
No mesmo dia, informou a agência, três organizações não governamentais que atuam em Alepo suspenderam seus serviços de saúde e alimentação. A decisão foi tomada após o assassinato de um agente humanitário e um ataque a um armazém das entidades.
O OCHA também chamou atenção para o deslocamento de 10 mil sírios que haviam encontrado abrigo em uma antiga fábrica de algodão no oeste da cidade. Devido às condições precárias do local, o contingente acabou abandonando o lugar para buscar residências em outras regiões.
Fonte : ONUBRASIL
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