Porque preferir alimentação natural, artigo de Roberto Naime
[EcoDebate] Existe antigo axioma popular que manifesta “se o alimento é puro, a mente também será pura, e se a mente é pura, o espírito será puro também”. Mas não é só por isso que se deve preferir alimentação natural, esta é apenas uma indicação.
Existe o crescimento em todo o mundo do interesse por uma alimentação equilibrada e saudável, mas ainda existe muita confusão a respeito de quais alimentos deve realmente ingerir ou evitar.
É sabido que a preferência por alimentos integrais produzidos de modo natural constitui adequada alternativa. São substâncias alimentares nas quais nada foi acrescentado como agrotóxicos e fertilizantes químicos e das quais nada foi retirado, como tende a acontecer com os produtos ditos “refinados”.
Podemos lembrar alguns que fazem parte destas substâncias alimentar. Os cereais integrais como arroz e trigo, os frutos secos como nozes, amêndoas, figos e amendoins, e as sementes de gergelim, abóbora, girassol. As frutas e hortaliças frescas e ainda os laticínios provenientes de animais criados em condições harmônicas.
Os cereais, como o arroz e o trigo, são uma excelente fonte de carboidratos ricos em amidos e fibras. Os farelos são compostos pela casca externa indigerível destes grãos, mas igualmente importantes e extremamente enriquecidos em nutrientes.
Os benefícios trazidos pelos cereais integrais e farelos à saúde são de grande relevância para o organismo.
Ajudam a regular o funcionamento do sistema gastro-intestinal, auxiliam a diminuir as taxas de colesterol no sangue e geram sensações de saciedade que pode levar à perda de peso, além de reduzir o risco de alguns tipos de câncer, especialmente os associados à obesidade, como no intestino e no estômago.
Mas não se deve exagerar ou extrapolar, e sempre deve ser mantido equilíbrio O ideal mesmo é consumir os farelos em alimentos com as substâncias das quais sejam gerados, como o arroz integral e o pão integral. Evitando assim ingestão pura.
Alimentação natural é a base da satisfação resultante da harmonia para a saúde.
Todo alimento que se ingere possui nutrientes os quais, no processo da digestão são absorvidos e passam a fazer parte de nosso organismo, de nossos ossos, do sangue, dos tecidos, da essência mais sutil de nosso metabolismo bioquímico. Os alimentos tem uma correspondência direta sobre o humor, temperamento, impulsos e pensamentos e ainda, com a energia para atividades em geral.
A alimentação é fundamental na qualidade de vida de todos os indivíduos. Independentemente de escolas de alimentação como a macrobiótica que determinação de digestão a partir da exaustiva mastigação do alimento, não se deve praticar absorção dos alimentos de uma forma mecânica, rápida, inconsciente, engolindo sem mastigar, ingerindo em pé, lendo ou vendo televisão.
Alimentação deve ser um ritual social e sensorial, uma celebração de vida, calma, paciente e persistente. Não pode ser modulada ou determinada apenas pelas agruras do tempo no atual estágio de vida da civilização humana.
É a vida que necessita ser celebrada quando a fantástica bioquímica de viver se expressa. Não se pode Cultivar na mente e no coração, pensamentos e sentimentos que bloqueiam totalmente a capacidade de assimilar o alimento de maneira mais equilibrada.
Deste modo o funcionamento do organismo é perturbado, pois nenhum processo pode continuar sua evolução natural adequadamente, não havendo nem a digestão, nem a absorção dos princípios nutricionais ou energéticos dos alimentos, nem a eliminação das toxinas pelo bolo fecal, urina ou suor.
A forma como ocorre o relacionamento com os alimentos é a mesma como se determinam as diretrizes de vida.
Por esse motivo se deve imprimir rotinas que estabeleçam outra dinâmica com os alimentos ingeridos diariamente, pois neste procedimento se determina a qualidade de vida e a manutenção e incremento da saúde individual.
Por esse motivo se deve imprimir rotinas que estabeleçam outra dinâmica com os alimentos ingeridos diariamente, pois neste procedimento se determina a qualidade de vida e a manutenção e incremento da saúde individual.
Existem muitas pessoas que adoecem, sem consciência que os seus males decorrem da maneira como se alimentam e dos alimentos adquiridos para seu uso e de seus familiares.
Alergias, doenças cardiovasculares, câncer, estresse, corrimentos, dores de cabeça, anemias, cálculos, depressão, ansiedade, hemorroidas, varizes, colites, prisão de ventre, gastrites, inflamações, sinusites, amigdalites, insônia, pesadelos, irritabilidade, cegueira, dermatites, diabetes, obesidade, são frequentemente decorrentes de desequilíbrios para os quais a alimentação contribui de maneira muito significativa.
Nos países orientais, as escolas de medicina sofrem profunda influência de doutrinas naturalistas, e desenvolveram ao longo do tempo, uma forte tendência a alicerçar a base de seus ensinamentos na alimentação vegetariana.
Considerando que os alimentos vegetais selecionados de acordo com critérios filosóficos e segundo seus feitos medicinais, são os mais adequados para a nutrição do homem.
Ensinam também que o consumo de carne e produtos derivados quando necessário, devem ser consumidos em menor proporção, buscando sempre o equilíbrio com a forma de vida de cada indivíduo.
É necessário que a alimentação humana resgate a escolha e qualidade das substâncias alimentares e volte a fazer de cada reposição de nutrientes, um ritual social e cultural de celebração de vida.
Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.
Sugestão de leitura: Civilização Instantânea ou Felicidade Efervescente numa Gôndola ou na Tela de um Tablet [EBook Kindle], por Roberto Naime, na Amazon.
Referência:
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 31/01/2019
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