quarta-feira, 25 de maio de 2022

MORATÓRIA QUE INIBI USO DE BOTOS COR-DE-ROSA COMO ISCA PRECISA SER MANTIDA.

 Foto: Wikipedia

Moratória que inibe uso de botos cor-de-rosa como isca precisa ser mantida

Boto-Rosa pode ser extinto caso moratória que proíbe a pesca e comercialização da piracatinga não seja mantida

Sea Shepherd lança mini documentário e petição para que a moratória da piracatinga, prestes a vencer, se torne permanente para a conservação dos botos da Amazônia.

É estimado que as populações de botos da Amazônia diminuam pela metade a cada 10 anos. Neste ritmo, se não tomarmos nenhuma medida, especialistas afirmam que esta espécie tende a ser extinta em apenas algumas décadas.

Uma das ameaças recentes a este golfinho de rio tão icônico é a matança intencional por pescadores para o uso de sua carne como isca para a pesca da piracatinga, um peixe bagre que não é de consumo típico de amazonense, e possui valor comercial no Brasil. Jacarés também são ilegalmente usados como isca para a captura deste peixe.

A piracatinga é exportada ilegalmente para a Colômbia, ou segue rumo ao país via seu vizinho do Peru. O comércio de piracatinga na Colômbia é proibido, já que este é um peixe com altas concentrações de mercúrio e outros tóxicos danosos à saúde.

A morte intencional de botos é um ato ilegal desde 1988, assim como a morte de jacarés, portanto seu uso como isca, assim como o comércio deste peixe na Colômbia, são práticas permanentemente ilegais.

Desde 2015 há uma moratória temporária que proíbe a pesca e comercialização da piracatinga no Brasil. Esta moratória está prevista para acabar em junho de 2022.

Desde outubro de 2021, a Sea Shepherd atua na Amazônia para a conservação dos botos. Os cientistas da Sea Shepherd se uniram a cientistas renomados do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que lideram a pesquisa científica mundial sobre o boto rosa, como é popularmente conhecido, ou boto amazônico (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis), e começam a aprofundar suas pesquisas, que já indicam que essas espécies necessitam constar na lista de risco crítico de extinção pela International Union for Conservation of Nature (IUCN) para receberem a proteção ambiental que necessitam na região.

A pesquisa tem o cunho de informar a saúde populacional e densidade destas espécies e influenciar uma possível extensão do período de vigência da moratória, prevista para terminar ainda no final de junho de 2022.

Para aumentar a conscientização do brasileiro sobre os perigos à espécie, a Sea Shepherd lança neste dia 20 de maio o mini documentário

Rota Vermelha: Crimes na Amazônia Rio Adentro, de produção própria e direção de Bruna Arcangelo – que estava embarcada na última expedição da pesquisa em Março deste ano.

O filme apresenta esta prática, e junto inicia uma petição para a população brasileira exigir pela permanência da moratória para a proteção dos botos da Amazônia. A Sea Shepherd contará com uma divulgação global do documentário para aumentar a conscientização sobre o tema para o mundo.

A premiére mundial do filme será no dia 20 de maio, às 19hs.

O filme será transmitido de maneira virtual a partir de inscrição em sua página de divulgação, abaixo:

A petição está disponível desde já para quem deseja contribuir com a permanência desta lei:

https://chng.it/JPrtbBsZ

Durante o final de semana de 21 de maio , embaixadores da Sea Shepherd e influenciadores que apoiam a causa compartilharão um post conjunto para divulgar a petição em suas mídias sociais.

FICHA TÉCNICA MINI DOCUMENTÁRIO

Rota Vermelha: Crimes na Amazônia Rio Adentro
Duração: 15 minutos
Direção e Roteiro: Bruna Arcangelo Fotografias e aéreas: Simon Ager
Som e mixagem: Zastras
Direção de Fotografia: Bruna Arcangelo Produção: Giselle Reis

Realização: Sea Shepherd Brasil Conteúdo para reprodução aqui.
https://www.dropbox.com/sh/47qkxvfzwza6rch/AACHAatCIXAV2n-GZemWRWCya?dl=0

SOBRE A SEA SHEPHERD BRASIL
A Sea Shepherd é reconhecida globalmente como a organização mais poderosa e passional da proteção da vida marinha e dos oceanos

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 18/05/2022

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