A criação de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, uma das propostas da Rio+20, causou divergência no encontro que reuniu representantes de 44 países e da Comissão Europeia no Palácio Itamaraty, no centro do Rio, para discussões informais sobre os temas da conferência.
Na reunião, que durou dois dias e terminou nesta sexta-feira, o Brasil propôs a criação de um "piso de proteção socioambiental global", ainda não detalhado.
Segundo um participante do debate conduzido por integrantes da diplomacia e de diferentes ministérios dos países, algumas nações pressionaram para que a conferência da ONU, marcada para junho, termine com os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável já definidos.
Outras nações, porém, querem usar o evento apenas para lançar o processo de negociação dos objetivos, deixando a decisão para mais tarde. Essa posição, mais conservadora, está no rascunho do documento final da Rio+20, divulgado em janeiro.
A criação dos objetivos foi pensada como uma forma de acelerar as mudanças rumo ao desenvolvimento sustentável. A ideia é que eles substituam os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, uma série de metas que os países em desenvolvimento se comprometeram a atingir até 2015, como por exemplo a redução em três quartos da taxa de mortalidade materna em relação aos níveis de 1990.
No caso dos objetivos, o plano é traçar metas numéricas em áreas como segurança alimentar, energias renováveis, inclusão social e acesso à água, entre outras.
Outro ponto que gerou polêmica no encontro foi o conceito de economia verde, tema central da Rio+20.
Um dos objetivos da conferência é chegar a um consenso sobre essa definição, mas, segundo o participante ouvido pela Folha, há resistência de alguns países em desenvolvimento em relação à expressão.
O encontro desta semana foi uma tentativa de obter avanços antes da segunda rodada de negociações do chamado "rascunho zero" do documento, que começa no próximo dia 23 em Nova York.
Fonte: folha .com
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