sábado, 10 de março de 2012

CAMADAS DA TERRA MOHO

Cientistas produzem mapa em alta resolução de camada interior da erra

Pela primeira vez, foi possível estimar a profundidade da camada Moho, intermediária entre a crosta e manto terrestre em toda parte do mundo.

Mapa que mostra as diferentes profundidades da camada Moho em cada parte do planeta Terra, medida em quilômetros
Mapa que mostra as diferentes profundidades da camada Moho em cada parte do planeta Terra, medida em quilômetros (GEMMA project)
Projeto financiado pela Universidade Politécnica de Milão, na Itália e pela Agência Espacial Europeia (ESA) elaborou um mapa global inédito, em alta resolução, de uma zona logo abaixo da crosta terrestre, conhecida como Moho, a partir de observações e cálculos realizados pelo satélite GOCE. Estudar esta camada, situada entre a crosta e o manto terrestre, pode trazer novas pistas sobre a dinâmica do interior da Terra.

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MOHO

A Moho é uma zona que se encontra entre a crosta e o manto da Terra. É nesta região que ocorrem as mudanças de velocidade das ondas sísmicas. Nos oceanos, ela se encontra entre cinco e oito quilômetros de profundidade, e nos continentes, a Moho está entre 25 e 60 quilômetros abaixo da superfície da Terra. Esta diferença de profundidade é facilmente observável no mapa do projeto GEMMA. Seu nome foi dado em homenagem ao geofísico croata Andrija Mohorovicic, que identificou a existência da camada em 1909.
A crosta é a camada sólida mais externa do nosso planeta. Apesar de representar apenas 1% do volume da Terra, ela é extremamente importante porque abriga todos os nossos recursos geológicos, como o gás natural e o petróleo.
O estudo, divulgado pela ESA e batizado de projeto GEMMA, melhorou as projeções feitas anteriormente, baseadas em dados de eventos sísmicos e da gravidade, e permitiu pela primeira vez estimar a profundidade da camada Moho em cada parte do mundo, até mesmo em áreas onde não havia dados disponíveis. O projeto é dirigido pelo italiano Daniele Sampietro.
O satélite GOCE mediu o campo de gravidade e a profundidade desta zona com uma precisão sem precedentes, o que permite compreender melhor a circulação dos oceanos, as mudanças do nível do mar e os processos ocorridos no interior da Terra.
FONTE: REVISTA VEJA

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