quarta-feira, 13 de junho de 2012

INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS NO BRASIL/2011


Brasil foi principal destino de investimentos estrangeiros diretos em 2011 na América Latina e no Caribe
03/05/2012 - 14h55
Economia
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Brasil foi o principal receptor de investimento estrangeiro direto (IED, recursos que vão para o setor produtivo do país) na América Latina e no Caribe, em 2011, segundo relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgado hoje (3).

O relatório Investimento Estrangeiro na América Latina e Caribe mostra que o país recebeu US$ 66,7 bilhões, 43,8% do total de fluxos para a região. Depois do Brasil vêm o México (US$ 19,4 bilhões), o Chile (US$ 17,3 bilhões) e a Colômbia (US$ 13,2 bilhões).

No total, a América Latina e o Caribe receberam o volume recorde de US$ 153,4 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2011, o que representa 10% desses fluxos mundiais. Em 2010, a região recebeu US$ 120,9 bilhões. O valor histórico máximo anterior havia sido registrado em 2008 (US$ 137 bilhões).

Segundo a Cepal, há uma especialização produtiva na América Latina e no Caribe. No Brasil, os setores de manufaturas e serviços receberam 46,4% e 44,3%, respectivamente, enquanto o de recursos naturais ficou com 9,2%.
De acordo com o relatório, a União Europeia (UE) é a maior investidora na América Latina e no Caribe. Na última década, a UE investiu, em média US$ 30 bilhões por ano na região, 40% do total recebido. Esses investimentos foram direcionados principalmente para a América do Sul e estão diversificados em vários setores, com destaque para segmentos estratégicos, como energia elétrica e bancos.

Devido à incerteza do cenário internacional, a Cepal projeta que em 2012 as entradas de IED na região poderão ter variação entre -2% e 8%, em relação às de 2011.

Cresce o investimento estrangeiro no Brasil

Nova edição do Conjuntura em Foco analisou a entrada de investimentos diretos e capitais especulativos no país
A edição de agosto do boletim Conjuntura em Foco, apresentada nesta quarta-feira, 17, no Rio de Janeiro, ressaltou o aumento acelerado do investimento direto estrangeiro no país. Na avaliação do coordenador do Grupo de Análise e Previsões do Ipea, Roberto Messenberg, isso pode significar mais robustez da taxa de crescimento econômico, embora haja “indícios de que exista também entrada de capital especulativo disfarçado".
Messenberg destacou dois fatores para a atração do capital estrangeiro. “Há uma confiança maior no comportamento da economia brasileira, um crescimento com estabilidade”. Além disso, argumentou, por causa das medidas de controle adotadas pelo governo, o capital especulativo pode estar entrando travestido de investimento direto, para tirar vantagem do diferencial entre os juros praticados nas economias doméstica e internacional.

O Conjuntura em Foco revela ainda que, no segundo trimestre, a inflação e o crescimento econômico desaceleraram em relação ao mesmo período de 2010, sinalizando trajetórias de acomodação. A queda dos preços das commodities teve influência na diminuição da inflação no atacado. Entretanto, o etanol é considerado o vilão do momento, com grande volatilidade.

De acordo com o documento, a queda na taxa de investimentos públicos nos últimos meses e as incertezas atuais na Europa e nos Estados Unidos devem ser vistas como alertas de que o Brasil não está inteiramente livre dos ciclos econômicos conhecidos por "voos de galinha", ou seja, um crescimento instável do PIB. “O cenário básico está mantido, mas seu risco aumentou", afirmou Messenberg.

Um comentário:

Felipe Gustavo disse...

Primeiro: Obrigado por me ajudar em um trabalho;
Segundo: Amei as bolhas que saem do curso com ele se mexe, porem tenho déficit de atenção então eu prestei mais atenção nas bolhas do que no texto kkkkkkkkkkk]
Enfim, muito obrigado mesmo assim rsrs