TRANSGÊNICOS - VANTAGENS E DESVANTAGENS
HISTÓRICO SOBRE OS AVANÇOS NO SÉCULO XX
1900. Ocorrem as primeiras experiências de melhoramento genético de plantas, com a transferência de genes em espécies sexualmente compatíveis.
1920. Início do melhoramento genético: desenvolvidas a partir da seleção e cruzamento controlado de duas plantas, surgem as primeiras lavouras com sementes de milho híbrido, responsáveis pelo aumento de 600% da produção norte-americana de milho entre 1930 e 1985.
1953. Descoberta a estrutura do DNA.
1973. Início da era da biotecnologia, quando Stanley Cohen e Herbert Bouyer conseguem efetivamente a transferência genética de um organismo para outro.
1982. A insulina humana para o tratamento da diabetes é o primeiro produto biotecnológico a ser amplamente utilizado.
1990. Na China, começam a ser comercializadas as primeiras plantas geneticamente modificadas
1993. Nos EUA, lançado o tomate longa vida.
1996. Primeiro plantio comercial da soja geneticamente modificada nos Estados Unidos.
1997. Primeiro plantio da soja geneticamente modificada na Argentina.
1999. As áreas cultivadas com plantas geneticamente modificadas em todo o mundo somam perto de 40 milhões de hectares. Cientistas suíços e alemães anunciam a descoberta de uma espécie de arroz contendo betacaroteno, substância convertida em vitamina A pelo organismo.
2002. Ano previsto para o lançamento da segunda geração de produtos agrícolas geneticamente modificados
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DE OGM´S
Vantagens
· Aumentar a produção de alimentos com redução nos custos de produção;
· Aumento da resistência induzida diminuindo assim, a necessidade do uso de herbicidas;
· Produção de alimentos de maior qualidade nutricional e menor perecibilidade;
· Produção de anticorpos em plantas transgênicas e a possibilidade de distribuição em massa;
· Introdução de novas características não existentes no organismo em seu estado original.
Desvantagens e riscos
1. À saúde humana
· Aumento das alergias pela transferência de gens de uma espécie para a outra porque a alergia é causada pelas proteínas que são produzidas por determinada espécie e a transferência de gens pode levar a esta característica de se fabricar mais ou outra proteína;
· Prejudicar seriamente o tratamento de algumas doenças de homens e animais. Isto ocorre porque muitos cultivos possuem genes de resistência antibiótica. Se o gene resistente atingir uma bactéria nociva, pode conferir-lhe imunidade ao antibiótico, aumentando a lista, já alarmante, de problemas médicos envolvendo doenças ligadas a bactérias imunes;
· Aumento de resíduos de agrotóxicos: Alguns dos produtos transgênicos têm como característica adquirirem resistência aos efeitos dos agrotóxicos, como a soja transgênica “Roundup Ready”, resistente ao herbicida Roundup, permitindo uma utilização mais intensa do agrotóxico, cujos resíduos permanecerão nos alimentos e poluirão os rios e o solo.
2. Ao meio-ambiente
· Fluxo gênico: pode ocorrer a transferência de gens da planta transgênica para uma espécie diferente que pode ser um parente silvestre ou plantas daninhas sexualmente compatíveis podendo gerar desequilíbrio nas cadeias alimentas e no próprio ecossistema;
· Desenvolvimento de resistência em pragas e doenças se houver a transferência do gen resistente da planta;
· Impactos sobre a biodiversidade: O uso da engenharia genética na agricultura está se espalhando rapidamente com a globalização, sendo amplamente aplicado em monoculturas (são as monoculturas as grandes disseminadoras da engenharia genética) que, juntamente com outros fatores, são responsáveis pela diminuição da diversidade de espécies. Segundo Miguel Altieri, “embora a biotecnologia tenha a grande capacidade de criar mais variedades de cultivos comerciais, a tendência estabelecida por apenas quatro multinacionais é criar um mercado internacional para um único produto, criando condições para a uniformização genética de paisagens rurais”. A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninha sempre é maior em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo. O caso da “fome das batatas”, que aconteceu na Irlanda no século passado, é um bom exemplo das conseqüências que a uniformidade genética das plantações pode causar.
· E outros efeitos colaterais que não podem ser previstos a curto prazo.
TRANSGÊNICOS NO BRASIL
A soja transgênica tomou conta das lavouras gaúchas. Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cerca de 98% dos plantios transgênicos no Brasil estão no Rio Grande do Sul.
Uma reportagem publicada na Gazeta do Povo revela que, no Paraná, são equivalentes as áreas para plantio de soja convencional e transgênica. Enquanto a soja convencional ocupa 51% das áreas plantadas, a transgênica fica com 49%. A diferença é pequena: cerca de 40 mil hectares.
Para aqueles que optaram pela transgênica, a principal vantagem é a facilidade no manejo da lavoura e maior produtividade; já o grão convencional ganha no preço. Atualmente a remuneração pela soja convencional é maior.
Plantar ou não alimentos transgênicos ?
É viavel investir na agricultura orgânica, sabendo que para 2020 seremos 8 bilhões de habitantes no planeta ?