segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

SANTA CATARINA : EDUCAÇÃO

São Paulo tem educação abaixo da média do País segundo dados do Pisa

Por Estados, só 4 redes públicas conseguem superar média; Brasil ficou em 57º lugar entre 65 países na avaliação internacional

30 de dezembro de 2013 | 2h 01
Paulo Saldaña - O Estado de S.Paulo
Apenas quatro redes de ensino estaduais brasileiras têm resultados superiores à média geral do Brasil, de acordo com dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) de 2012. A rede de São Paulo, o Estado mais rico do País, fica abaixo do Brasil na média das áreas avaliadas.

Os dados desagregados pelas redes de cada Estado são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que trabalha com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na realização do Pisa. A OCDE realiza a avaliação nos 34 países considerados de primeiro mundo e em outros convidados, como o Brasil.

Nesta última edição, o País ocupou 57.º lugar entre os 65 países participantes. O Brasil está entre os que mais cresceram em pontuação desde 2000, quando a prova foi criada, mas ainda não conseguiu sair das últimas posições. O índice geral leva em consideração as redes particular e pública. Quando separadas apenas as redes estaduais (que concentram 85% das matrículas do ensino médio, fase em que está a maioria dos alunos avaliados no Pisa), o cenário é mais preocupante. 

Até a rede estadual mais bem colocada no Pisa, a de Santa Catarina, com 422 pontos, ainda fica a 75 pontos de distância da média dos países ricos. A pontuação equivale a quase dois anos de aprendizado.

São Paulo. A rede estadual de São Paulo é a quinta melhor rede estadual do País, mas está um ponto abaixo da média geral do País. Apenas na área de Matemática o resultado paulista é superior à média do Brasil.



Se São Paulo fosse um país, estaria na 58.ª posição, abaixo de Brasil, Uruguai e Chile e acima somente de oito países, incluindo Jordânia, Argentina, Colômbia e Peru. A Secretaria de Educação do Estado tem como objetivo (em seu programa Educação - Compromisso de São Paulo, lançado pela atual gestão) que a educação paulista figure entre as mais avançadas do mundo até 2030, com base nos dados do Pisa. O plano é que São Paulo chegue à 25.ª posição. Se levar em consideração também a rede particular, São Paulo subiria para 54.º, com média de 415 pontos.

Para a professora Maria Izabel Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), os resultados mostram uma falta de continuidade na política educacional nos últimos 20 anos. "São Paulo tem tomado medidas muito pontuais na educação, responde a questões emergenciais. Falta um plano estadual de educação, um projeto articulado", diz Maria Izabel.

A consultora em educação Ilona Becskeházy concorda que o sistema educacional ainda é deficiente em São Paulo, mas ressalta que a amostra do Pisa para a rede estadual pode, na comparação, esconder alguns aspectos positivos. "São Paulo é a rede que tem mais gente dentro da escola e mais gente no ensino médio. Fica difícil penalizar."

Análise. A Secretaria afirmou, em nota, que a análise do Pisa 2012 é feita pela Coordenadoria de Informação e Monitoramento e Avaliação (Cima). "As escolas estaduais de São Paulo são caracterizadas pelo atendimento universal, inclusivo, e que respeita a diversidade da maior rede de ensino do País, com 4,3 milhões de alunos."

A pasta refutou a comparação da rede estadual com a média geral do País, afirmando que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do governo federal, aponta evolução no desempenho dos alunos de São Paulo. No Ideb de 2011, o ensino médio de São Paulo teve melhora, mas os dois ciclos do ensino fundamental ficaram estagnados, com o mesmo resultado no índice de 2009.
Fonte : ESTADÃO / São Paulo

domingo, 29 de dezembro de 2013

FUVEST 2014 / GEOGRAFIA

47
Estas fotos retratam alguns dos tipos de formação vegetal
nativa encontrados no território nacional.

 Correlacione as formações vegetais retratadas nas fotos às áreas de ocorrência indicadas nos mapas abaixo
48
Leia o texto sobre os pedidos de exploração de minérios no Vale do Ribeira–SP.
O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) registrou em 2012 um recorde de pedidos de mineração no Vale do Ribeira,região sul do Estado de São Paulo.Entre os processos que foram abertos,encontram-se pedidos para pesquisa,licença ou concessão de lavras que vão desde calcário até minérios nobres como níquel,prata e ouro.
O DNPM concedeu 422 autorizações para pesquisas minerais na região,sendo que 112 já tiveram autorizadas as extrações de minérios.
O Estado de S.Paulo,01/07/2013.Adaptado.
Essa exploração poderá afetar o meio físico e a ocupação humana tradicional dessa região, caso regras de controle não sejam rigorosamente estabelecidas e cumpridas.
Assinale a alternativa que indica as áreas onde interferências negativas poderão ocorrer.



49
Considere o mapa do IDHM Renda (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal-Renda) da região Sudeste


A leitura do mapa permite identificar que o IDHM–Renda, no Sudeste,é,predominantemente,
a) alto no Vale do Paraíba do Sul e no Vale do Jequitinhonha.
b) médio no Polígono das Secas e no Vale do Aço mineiro.
c) baixo no Pontal do Paranapanema e no norte do Espírito Santo.
d) baixo no Polígono das Secas e no Vale do Jequitinhonha.
e) médio na área petrolífera da Bacia de Campos e no Triângulo Mineiro.

50
Considere a tabela abaixo












Com base na tabela e em seus conhecimentos ,está correto o que se afirma em:

a) Mato Grosso do Sul é o estado que concentra o maior número de indígenas no País, segundo o Censo Demográfico 2010, o que explica o percentual elevado de sua participação no número total de indígenas assassinados.  
b A quantidade de indígenas assassinados no País diminuiu, principalmente, no Mato Grosso do Sul, em função do maior número de homologações de terras indígenas ,efetivadas por pressão da bancada ruralista no Congresso Nacional.
c) No Mato Grosso do Sul, a maior parte dos conflitos que envolvem indígenas está relacionada com projetos de construção de grandes usinas hidrelétricas.
d) O grande número de indígenas assassinados no Mato Grosso do Sul explica-se pelo avanço da atividade de extração de ouro em terras indígenas.
e) No período abrangido pela tabela, a participação do Mato Grosso do Sul no total de indígenas assassinados é muito alta, em consequência, principalmente, de disputas envolvendo a posse da terra.

51
A região do médio Vale do São Francisco, nos estados da Bahia e Pernambuco ,tem sido, desde a década de 1980, uma das mais importantes zonas agrícolas fruticultoras, no País. Por exemplo, o total da produção dos municípios de Juazeiro, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista Curaçá ultrapassa 550.000 toneladas anuais, sendo que destas .as produções de uva e manga são as principais.
IBGE, Pesquisa Agrícola Municipal,2005.

Com base nas informações do texto e em seus conhecimentos, identifique a predominância das
características do clima, do solo e do manejo agrícola responsáveis pela excelente produtividade da região nele mencionada.
a) Curtos períodos de estiagem no inverno, com chuvas bem distribuídas nas demais estações do ano, solos bem drenados e práticas de terraceamento.
b) Prolongados períodos de estiagem no verão, com chuvas concentradas no inverno, solos ricos em nutrientes e práticas eficientes de irrigação.
c) Prolongados períodos de estiagem no verão, com chuvas concentradas no inverno, solos bem drenados e extensas áreas com adubação orgânica.
d) Curtos períodos de estiagem no inverno, com chuvas bem distribuídas nas demais estações do ano, solos aluviais e extensas áreas com adubação orgânica.
e) Ausência de períodos de estiagem, com chuvas bem distribuídas ao longo de todo o ano,solos ricos em nutrientes e práticas de terraceamento.

52
Considere as anamorfoses:


As condições da produção agrícola, no Brasil, são bastante heterogêneas ,porém alguns aspectos estão presentes em todas as regiões do País.
Nas anamorfoses acima, estão representadas formas de produção agrícola das diferentes regiões administrativas.
Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a produção agrícola representada em I e em II.

a) De subsistência e patronal.
b) Familiar e itinerante.
c) Patronal e familiar.
d) Familiar e de subsistência
e) Itinerante e patronal.

53
Observe o mapa da distribuição dos drones (veículos aéreos não tripulados) norte-americanos na África e no Oriente Médio.


Em suas declarações, o governo norte-americano justifica o uso dos drones, principalmente,como
a) proteção militar a países com importantes laços econômicos com os EUA, principalmente na área de minerais raros.
b) necessidade de proteção às embaixadas e outras legações diplomáticas norte-americanas em países com trajetória comunista.
c) meio de transporte para o envio de equipamentos militares ao Irã, com a finalidade de desmonte das atividades nucleares.
d) um dos pilares da sua estratégia de combate ao terrorismo, principalmente em regiões com importante atuação tribal/terrorista.
e) reforço para a megaoperação de espionagem, executada em 2013, que culminou com o asilo de
Snowden na Rússia.

54
O gráfico abaixo exibe a distribuição percentual do consumo de energia mundial  por tipo de fonte.



a) A queda no consumo de petróleo, após a década de 1970, é devida à acentuada diminuição de sua utilização no setor aeroviário e também, à sua substituição pela energia das marés.
b) O aumento relativo do consumo de carvão mineral,a partir da década de 2000 ,está relacionado ao fato de China e Índia estar em entre os grandes produtores e consumidores de carvão mineral, produto que esses países utilizam em sua crescente industrialização.
c) A participação da hidreletricidade se manteve constante, em todo o período, em função da
regulamentação ambiental proposta pela ONU, que proíbe a implantação de novas usinas.
d) O aumento da participação das fontes renováveis de energia, após a década de 1980, explica-se pelo crescente aproveitamento de energia solar, proposto nos planos governamentais ,em países desenvolvidos de alta latitude.
e) O aumento do consumo do gás natural, ao longo de todo o período coberto pelo gráfico ,é explicado por sua utilização crescente nos meios de transporte,conforme estabelecido no Protocolo de Cartagena.

55
O local e o global determinam-se reciprocamente, umas vezes de modo congruente e consequente, outras de modo desigual e desencontrado. Mesclam-se e tensionam-se singularidades, particularidades e universalidades. Conforme Anthony Giddens ,“A globalização pode assim ser definida como a intensificação das relações sociais em escala mundial,que ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa Este é um processo dialético porque tais acontecimentos locais podem se deslocar numa direção inversa às relações muito distanciadas que os modelam. A transformação loca é, assim,uma parte da globalização”.
Octávio Ianni ,Estudos Avançados.USP. São Paulo,1994.Adaptado.

Neste texto, escrito no final do século XX, o autor refere-se a um processo que persiste no século atual. A partir desse texto, pode -se inferir que esse processo leva à
a) padronização da vida cotidiana.
b) melhor distribuição de renda no planeta.
c) intensificação do convívio e das relações afetivas presenciais.
d) maior troca de saberes entre gerações.
e) retração do ambientalismo como reação à sociedade de consumo.

56
Na atualidade, o número de pessoas atingidas por desastres naturais, no mundo vem, aumentando Em 2012, foram registrados 905 grandes eventos desse tipo no planeta.
Esses eventos podem ser de natureza geofísica,climática, meteorológica e hidrológica, entre outras.























No mapa acima, estão indicadas áreas mais suscetíveis à ocorrência de alguns tipos de desastres naturais.
A área assinalada no mapa e os fenômenos mais suscetíveis de nela ocorrer estão corretamente indicados em:


57
Após o Tratado de Tordesilhas(1494), por meio do qual Portugal e Espanha dividiram as terras emersas com uma linha imaginária, verifica-se um “descobrimento gradual”do atual território brasileiro.
Tendo em vista o processo da formação territorial do País, considere as ocorrências e as representações abaixo:

Ocorrências:

I. Tratado de Madrid (1750);
II. Tratado de Petrópolis (1903);
III. Constituição da República Federativa do Brasil (1988)/consolidação da atual divisão dos
Estados.
Representações :

Associe a ocorrência com sua correta representação:

Fonte : Site da UOL VESTIBULAR

GABARITO
47-C
48-E
49-D
50-E
51-B
52-C
53-D
54-B
55-A
56-D
57-A

sábado, 28 de dezembro de 2013

CHINA : POLÍTICA DO FILHO ÚNICO E REEDUCAÇÃO PELO TRABALHO

China abole campos de trabalho e afrouxa política de filho único
Depois de mais de meio século, a China aboliu o controverso sistema da "reeducação pelo trabalho". Além disso, para conter o envelhecimento da população, uma família chinesa passa a poder ter dois filhos.

A comissão permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP) confirmou neste sábado (28/12) a flexibilização da política do filho único, adotada há três décadas para frear o aumento demográfico do país mais populoso do mundo. Futuramente, uma família chinesa poderá ter dois filhos, caso um dos pais tenha sido filho único.
O principal órgão legislativo chinês também aprovou, com efeito imediato, a abolição dos campos de reeducação por meio do trabalho, um sistema de castigo criado pelo maoísmo que durante décadas recebeu críticas de organizações de direitos humanos.
Ao término de sua sessão bimensal, a ANP especificou que, uma vez promulgada a resolução, aqueles que cumprem pena nestes centros serão libertados, embora também ressalte que os castigos que foram impostos antes da abolição ainda são "válidos". O Legislativo chinês segue assim as reformas aprovadas pelo Partido Comunista em novembro último.
A agência oficial de notícias Xinhua informou, em alusão à declaração governamental, que estes campos se tornaram supérfluos à medida que o sistema judicial do país se desenvolveu.
Introduzido em 1957, o sistema da "reeducação pelo trabalho" permitia manter uma pessoa presa por até quatro anos sem a necessidade de processo judicial. A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch estima que 100 mil pessoas estão presas em tais campos na China.

De acordo com informações governamentais, principalmente tra
ficantes de drogas seriam enviados atualmente para os campos de trabalho. Ativistas de direitos humanos criticam, no entanto, que os campos são utilizados pelas autoridades locais contra os opositores, contra aqueles que denunciam a corrupção ou contra os que pedem a reparação de um dano.

Mudança demográfica

Reagindo ao envelhecimento da população devido à queda da taxa de natalidade, o Legislativo chinês também aprovou o afrouxamento da política de filho único, introduzida em 1980. Futuramente, as províncias chinesas poderão estabelecer suas próprias regras. Com 1,36 bilhão de habitantes, a China é o país mais populoso do planeta.
O governo estima que a política de filho único tenha evitado o nascimento de 400 milhões de crianças. No passado, as mulheres foram, frequentemente, forçadas a abortar. Mais tarde, as famílias com mais de um filho passaram a ter desvantagens econômicas, o que ajudou na imposição da política de filho único.
No entanto, além do envelhecimento da população, a seleção de sexo se tornou um problema. Por quererem uma criança do sexo masculino, muitos casais abortavam fetos do sexo feminino. Com o tempo, a estrita regra do filho único passou a ter exceções, como para camponeses, membros de minorias étnicas ou para casais onde ambos são filhos únicos.
De acordo com a agência Xinhua, em média, um mulher chinesa tem atualmente 1,5 a 1,6 filho. Em 2012, a população em idade ativa diminuiu em 3,45 milhões de pessoas. De acordo com os prognósticos, no início da década de 2030, um em cada quatro chineses terá mais de 60 anos de idade. Hoje, essa proporção é um em cada sete.
CA/epd/afp/dpa
FONTE :DW.DE

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

SUSTENTABILIDADE

PREÇO DA NATUREZA NOS PRODUTOS.
A economia clássica trata os recursos naturais como infinitos e a poluição causada pelas atividades humanas apenas como “externalidades”. Portanto, esses itens não entram na conta dos custos de produtos, industriais ou agrícolas. Com a água não é diferente. As contas das empresas não contabilizam seu custo e apenas com alguma relutância começam a incluir as despesas com o tratamento para devolver a água com boa qualidade aos rios, lagos e ao mar.

Da mesma forma os ambientalistas costumam apontar que os produtos em geral carregam embutidos milhares de litros d’água em sua cadeia produtiva. É comum o raciocínio de que, quando se exporta carne, o Brasil estaria embarcando quase 18 mil litros de água a cada quilo desse produto vendido ao exterior. Essa água, também chamada de água virtual, não está sendo enviada para fora do País, mas é necessária para a produção da carne e de qualquer outro produto, seja da indústria, seja do agronegócio. O importante é compreender que, sem a disponibilidade de água em grande volume e com boa qualidade, não é possível produzir absolutamente nada.

Para o professor Pedro Jacobi, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da USP, é importante contabilizar a água virtual, porque ela é parte dos impactos da produção. Além disso, ela precisa entrar na conta quando se discute a partilha da água entre seus diversos usos. “Quando se calcula a pegada hídrica de um setor da economia, ou em uma região, é importante conhecer os volumes de água necessários para a produção de bens e produtos”, explica o professor, considerado um dos principais especialistas no tema no País.

O Brasil é líder na exportação de carne bovina, com vendas em torno de 100 mil toneladas ao mês, o que significa a necessidade de algo como 1,8 quatrilhão de litros d’água para a produção em toda a cadeia desse alimento. Esse é um número difícil até de imaginar, mas não significa que essa água deixou de existir, apenas que foi utilizada em algum momento da cadeia de valor da carne: para a produção de ração, a formação de pastos, a alimentação do gado ou a lavagem nos diversos processos da indústria. Além disso, o País também lidera a área de produção de grãos e de outras formas de proteína animal. Lembre-se de que essas atividades estão espalhadas pelo território brasileiro. Portanto, essa água vem de centenas de bacias hidrográficas.

No campo da indústria, outro exemplo de grandes volumes de água é a fabricação de automóveis. Cada unidade necessita, em média, de 60 mil litros de água. Em 2012 foram produzidos 3,34 milhões de automóveis em todas as montadoras que operam no País. Isso representa a necessidade de 2 trilhões de litros d’água para abastecer as montadoras e fábricas de autopeças nesse período. Portanto, a disponibilidade de água de boa qualidade é uma necessidade para o abastecimento humano, para a produção rural e para o desenvolvimento da indústria.

O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, lembra um caso recente de uma indústria de computadores, a Foxcom, que quase recuou em seus planos de se instalar em Jundiaí (SP), por não se sentir segura em relação ao abastecimento de água na região. A cidade fica nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, sobrecarregados com o abastecimento da Região Metropolitana de Campinas, além de ter de fornecer água também para a área da Grande São Paulo.

O Brasil já conseguiu atingir as metas de distribuição de água potável estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio formulados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Elas propõem reduzir pela metade, até 2015, a quantidade de pessoas sem acesso à água de qualidade. O País já leva água tratada a mais de 90% das residências. No entanto, em relação à coleta e ao tratamento de esgotos, os indicadores ainda são muito baixos. Menos de 60% dos domicílios estão ligados a redes de coleta de esgotos e, de todo o esgoto coletado, menos de 40% é tratado antes de ser devolvido à natureza.

A distribuição padece de diversos males que comprometem, em alguns casos, mais da metade da água colocada nos canos e adutoras. As perdas têm custos estimados em bilhões de reais, uma vez que o volume que escoa para fora do sistema de distribuição não é tarifado. Ou pior, impacta para maior o preço da água tarifada. O quadro fica anda mais turvo quando se recuperam dados da ANA que apontam que 55% dos 5.565 municípios brasileiros vão enfrentar déficits no abastecimento e que em 16% deles não bastará apenas aumentar os investimentos, pois será necessário encontrar novas fontes. A ANA aponta a necessidade de mais de 20 bilhões de reais em investimentos para evitar falhas no fornecimento desse indispensável líquido até 2025.

Os volumes perdidos nas redes de distribuição fazem falta na oferta para o desenvolvimento de negócios nos estados e cidades, uma vez que o abastecimento humano é considerado prioritário. O economista Ignacy Sachs, especialista em planejamento e economia sustentável, acredita que a disponibilidade de água em fartura é uma das principais vantagens competitivas do Brasil no século XXI, além de sua matriz energética limpa, que também se baseia principalmente na oferta de água em abundância. Para ele, o País pode assumir uma importante liderança na oferta de produtos baseados na biodiversidade, com a produção de alimentos, biocombustíveis e matérias-primas para a indústria. Mas precisa melhorar seu planejamento no uso dos recursos naturais de forma a garantir a utilização racional dos materiais oferecidos pela natureza e, principalmente, não considerá-los infinitos, mas sim bens que precisam de uma gestão eficaz e compartilhada entre seus diversos usos.

A manutenção da qualidade nos mananciais e a redução do uso na produção industrial e agrícola são metas de muitas empresas que têm na água um de seus insumos fundamentais. Um dos itens de destaque nos relatórios de sustentabilidade das empresas é a meta de redução de seu uso nos próximos anos. A Dow, uma das principais empresas da área química, conseguiu reduzir seu consumo de água em 20%, entre 2009 e 2011, o que significou gastar cerca de 300 milhões de litros a menos. Outra gigante, desta vez do agronegócio, a Cargill, declarou em seu relatório de 2010 que obteve uma redução de 68% no volume de água utilizado para a produção de cana-de-açúcar. A Alcoa planeja uma redução de 30% de toda a água que utiliza até 2030. Na Unilever a meta é mais ambiciosa: reduzir 50% da quantidade associada ao uso de seus produtos pelos consumidores finais até 2020.

Cobrar pelo uso 
Garantir a vantagem competitiva do Brasil na fabricação e exportação de bens requer a valoração da água

Desde 1997, o Brasil tem uma legislação específica sobre a gestão de recursos hídricos. Trata-se da Política Nacional de Recursos Hídricos, que instituiu os Comitês de Bacias Hidrográficas. E em 2000 foi criada a Agência Nacional de Águas (ANA), que tem poderes para estruturar a gestão da água no âmbito federal.

Garantir a vantagem competitiva do Brasil na fabricação e exportação de bens que necessitam de grandes volumes de água passa pela valoração desse recurso no processo produtivo. A partir de 1997, como parte da Política Nacional de Recursos Hídricos, ficou estabelecido o preceito de “Cobrança pelo uso da água”. Até então, pelo Código das Águas, de 1934, esse recurso era um bem de uso comum e gratuito. O que se cobra nas contas que chegam às residências todos os meses é o trabalho de captação, tratamento, distribuição e coleta de esgotos, mas não a água em si.
A primeira simulação de cobrança pelo uso da água foi feita no início da década de 1990 na Bacia do Rio Piracicaba. Hoje, esse instrumento já é utilizado em alguns estados como Paraná, Santa Catarina, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de em bacias federais, como a do Rio Paraíba do Sul, que atravessa os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ainda é um instrumento que apresenta controvérsias, mas é irreversível, segundo especialistas no setor. É considerado um dos principais expedientes para garantir uma correta partilha de uso de mananciais e também para manter a qualidade da água nas regiões onde é aplicado.
Fonte : Carta Capital

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

FOME

NOVE FATOS SOBRE A FOME


Você acorda atrasado, toma um café da manhã apressado e parte rumo ao trabalho ou escola. O tempo passa devagar, mas você respira fundo porque logo mais já é a hora do almoço (ufa!). É só mais um dia comum na vida de grande parte do mundo. Mas esta é uma rotina impossível para cerca de 870 milhões de pessoas que, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, sofriam de desnutrição crônica entre 2010 e 2012. Neste período, 1 em cada 8 pessoas do planeta foi afetada pela falta ou escassez de alimento. Não é pouca coisa.
Para entender melhor esse quadro, conheça 9 fatos sobre a fome no mundo, de acordo com informações da World Hunger Education Service, organização que há quase quatro décadas trabalha na educação e divulgação de informações sobre as causas da fome e da má nutrição nos Estados Unidos e no mundo:

1. A fome mata (mesmo que indiretamente) – e as crianças são as maiores vítimas.
Anualmente, mais de 10 milhões de crianças morrem no mundo – e mais da metade destes óbitos está relacionada à subnutrição. Geralmente não é a fome, sozinha, que leva à morte: a carência de nutrientes enfraquece o corpo das crianças, deixando-as vulneráveis a uma série de doenças como diarréia, malária, pneumonia e sarampo, responsáveis por grande parcela da mortalidade infantil.

2. A população dos países em desenvolvimento é mais afetada.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, apenas 16 milhões de pessoas que sofrem de desnutrição vivem em países desenvolvidos. Um total de 836 milhões de pessoas afetadas pela fome reside em países em desenvolvimento, o que representa 15% de toda a população dessas nações. Segundo dados da World Hunger, a desnutrição afeta 32,5% das crianças dos países em desenvolvimento – ou seja, uma em cada três. Geograficamente, mais de 70% das crianças desnutridas vivem na Ásia, 26% na África e 4% na América Latina e no Caribe.

3. A subnutrição começa antes do berço.
Antes de chegar ao mundo a criança já sofre com o impacto da fome. Isso porque, em muitos casos, a situação tem início na gestação. A desnutrição entre as mulheres grávidas em países em desenvolvimento faz com que 1 em cada 6 recém-nascidos tenha baixo peso ao nascer. Este não é apenas um fator de risco para óbito neonatal, mas também causa dificuldades de aprendizagem, retardo, saúde precária, cegueira e morte prematura.

4. O que falta não é comida.
Parece lógico supor que a escassez de recursos é o que explica estes números alarmantes. Mas não é bem assim: o mundo produz alimentos suficientes para alimentar a todos. Mesmo com um aumento de 70% da população mundial nos últimos 30 anos, a agricultura produz hoje 17% mais calorias por pessoa do que três décadas atrás. Isso significa que há recursos para proporcionar a todos habitantes do planeta pelo menos 2.720 kcal por dia.

5. A pobreza é a principal causa da fome…
Os alimentos estão por aí, disponíveis, mas não são todos que conseguem ter acesso a estes recursos. O que acontece é que muitas pessoas no mundo não têm terras para cultivar alimentos ou dinheiro para comprar comida suficiente. A falta de recursos, a distribuição extremamente desigual de renda e conflitos regionais são alguns dos fatores que contribuem para essa situação. Segundo dados de 2008 do Banco Mundial, estima-se que pelo menos 1,3 milhões dos habitantes de países em desenvolvimento vivam com um salário de menos de um dólar por dia.

6. … e a fome também pode acentuar a pobreza.
Por causar problemas de saúde, baixos níveis de energia e até mesmo danos neurológicos, a fome pode acabar reduzindo a capacidade de trabalhar e aprender. O resultado você já imagina: a fome acaba acentuando a pobreza e levando a uma subnutrição ainda maior – um ciclo vicioso difícil de superar.

7. Em algumas regiões o número de pessoas subnutridas tem aumentado – inclusive nos países desenvolvidos.
O continente africano ainda precisa dar largos passos para erradicar a fome: no período entre 2010 e 2012, o número de famintos saltou de 175 para 239 milhões, o que significa que 1 em cada 4 pessoas estão subnutridas. Mas não é só por lá que a coisa não vai bem. Revertendo a tendência de diminuição apresentada entre 1990 e 1992, regiões desenvolvidas também registraram aumento de subnutrição, que subiu de 13 milhões de pessoas afetadas em 2004-2006 para 16 milhões em 2010-2012.

8. Mas outras regiões mostram grandes avanços.
O número de pessoas subnutridas diminuiu quase 30% na Ásia e no Pacífico, caindo de 739 para 563 milhões de pessoas afetadas, avanço que se deve, em grande parte, ao progresso socioeconômico em muitos países da região. Apesar da taxa de diminuição ter desacelerado recentemente, na América Latina e no Caribe a situação também apresentou melhora, passando de 65 milhões de famintos em 1990-1992 para 49 milhões em 2010-2012.

9. O aumento da renda familiar (especialmente da mulher) é um dos fatores que contribuem para a diminuição da subnutrição.
O relatório “O estado de insegurança alimentar no mundo”, elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e lançado em 2012, aponta que um número crescente de evidências mostram que o aumento de recursos nas mãos das mulheres tem um impacto positivo no bem-estar da família, especialmente no que diz respeito à saúde das crianças (com aumento da sobrevivência infantil e de nutrição) e às taxas de educação. “No Brasil, o programa Bolsa Família aumentou a participação laboral das mulheres em 16%, entre famílias beneficiárias e não-beneficiárias. As transferências de dinheiro que colocam recursos diretamente nas mãos de mulheres também aumentaram o status feminino dentro da família e promoveram a sua auto-estima e empoderamento econômico (caso também do programa Progresa /Oportunidades do México)”, diz o relatório.
Fonte : Super Interessante

domingo, 22 de dezembro de 2013

PRIVATIZAÇÃO DAS RODOVIAS

Privatização da BR 262, pedágio para o litoral pode custar até R$ 26,18
Privatização da BR 262, pedágio para o litoral pode custar até R$ 26,18
Está previsto para setembro próximo o leilão de concessão do trecho da BR 262 entre o Espírito Santo e Minas Gerais, que pode impor a motorista o pagamento de pedágio de até R$ 18,76 (total de duas praças).
O trecho que vai de Vitória até João Monlevade, em Minas Gerais, tem 376,9 quilômetros e deverá estar todo duplicado até o quinto ano da concessão.

O edital será lançado no dia 31 de julho, informou ontem o ministro dos Transportes, César Borges. No primeiro lote de concessão estão a BR 262 (entre Espírito Santo e Minas Gerais) e a BR 050 (entre Goiás e Minas Gerais).

A concessionária vai receber o trecho da BR que corta o Espírito Santo todo duplicado. Essa foi a alternativa encontrada pelo governo federal para evitar que a tarifa de pedágio fique muito alta.
Mesmo assim a tarifa-teto do pedágio, que em janeiro era de R$ 0,0782 por quilômetro, foi elevada em 45,5% e passou para R$ 0,1138 por quilômetro.
Com o reajuste, quem tiver que trafegar por todo o trecho capixaba, partindo de Manhuaçu poderá pagar até R$ 26,18. Serão três praças de pedágio: uma em Reduto (KM 23), uma em Marechal Floriano (km 60) e outra em Brejetuba (km 143).

A expectativa, no entanto, é que o valor do pedágio fique bem abaixo da tarifa-teto definida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Como a concessionária não terá que fazer as obras de duplicação nos 185,5 km do trecho da estrada que corta o Espírito Santo, o mercado trabalha com a possibilidade de um leilão disputado, que implicará em propostas com desconto.

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Espírito Santo, Halpher Luiggi, disse que a obra de duplicação será feita com recursos do governo federal, dentro das ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Prazo

As intervenções terão que estar concluídas até o quinto ano da duplicação. Esse é o prazo estabelecido para a concessionária no trecho da rodovia em Minas Gerais, que estará explicitado no edital de concessão.
Segundo Luiggi, mesmo não sendo responsável pelas obras de duplicação, a concessionária terá que fazer algumas outras intervenções.

Os 51,2 quilômetros da BR 262, no trecho entre Viana e Victor Hugo, em Marechal Floriano, serão duplicados antes. O edital já foi lançado e as obras serão iniciadas nos próximos meses.

Definida a série de licitações

De acordo com o cronograma apresentando pelo ministro dos Transportes, César Borges, durante balanço do PAC2, em Brasília, o primeiro leilão vai envolver trechos da BR 262 (entre Espírito Santo e Minas Gerais) e BR 050 (entre Goiás e Minas Gerais).

O segundo vai ser do trecho baiano da BR 101. O edital deve sair em 29 de agosto, e o leilão ocorrerá em 25 de outubro.

Na sequência, entram os trechos da BR 060, BR 153 e BR 262, entre o Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, e o trecho entre Tocantins e Goiás da BR153. O edital deve ser divulgado em 26 de setembro e, o leilão conjunto é previsto para 25 de novembro.
Governo quer leiloar 9 trechos de rodovias em 3 meses

O governo pretende leiloar nove trechos de rodovias federais entre setembro e dezembro. De acordo com o ministro dos Transportes, César Borges, os percursos, que somam 7,5 mil quilômetros, serão divididos em cinco lotes. No primeiro, serão licitadas as rodovias BR-262 (ES/MG) e BR-050 (GO/MG). O edital deve ser publicado em 31 de julho e o leilão, ocorrer em 20 de setembro.

No segundo lote, será leiloado o trecho baiano da BR-101 (BA). O edital deve sair em 29 de agosto e a licitação está prevista para 25 de outubro. No terceiro lote, serão oferecidos o trecho da BR-060/153/262 (DF/GO/MG) e o trecho da BR-153 (TO/GO). O edital deve sair em 26 de setembro, com o leilão marcado para 25 de novembro.

No quarto lote, serão leiloados o trecho da BR-163/267/262 (MS) e o trecho da BR-163 (MT). O edital deve ser publicado em 25 de outubro e a licitação, ocorrer em 20 de dezembro. No quinto e último lote, serão licitados os trechos da BR-116 e BR-040 em Minas. O edital deve ser publicado em 1º de novembro, com leilão em 2 de dezembro.

De acordo com o ministro, os trechos de ferrovias que fazem parte do programa de logística devem ter os editais publicados entre 27 de julho e 28 de outubro. Os trechos de ferrovias somam 10 mil quilômetros.
(com Agencia Estado, Gazeta, Estado de Minas)


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RODOVIAS DO BRASIL






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  • NOMENCLATURA DAS RODOVIAS
  • A nomenclatura das rodovias é definida pela sigla BR, que significa que a rodovia é federal, seguida por três algarismos. O primeiro algarismo indica a categoria da rodovia, de acordo com as definições estabelecidas no Plano Nacional de Viação. 
Os dois outros algarismos definem a posição, a partir da orientação geral da rodovia, relativamente à Capital Federal e aos limites do País (Norte, Sul, Leste e Oeste).
Veja abaixo como são aplicadas essas definições:
 1. RODOVIAS RADIAIS
São as rodovias que partem da Capital Federal em direção aos extremos do país.  

Conheça a relação das Rodovias Radiais Federais.
Nomenclatura: BR-0XX
Primeiro Algarismo:
0 (zero)

Algarismos Restantes:
A numeração dessas rodovias pode variar de 05 a 95, segundo a razão numérica 05 e no sentido horário. Exemplo: BR-040 

2. RODOVIAS LONGITUDINAIS
São as rodovias que cortam o país na direção Norte-Sul.

Conheça a relação das Rodovias Longitudinais Federais.
Nomenclatura: BR-1XX
Primeiro Algarismo:
1 (um)

Algarismos Restantes:
A numeração varia de 00, no extremo leste do País, a 50, na Capital, e de 50 a 99, no extremo oeste. O número de uma rodovia longitudinal é obtido por interpolação entre 00 e 50, se a rodovia estiver a leste de Brasília, e entre 50 e 99, se estiver a oeste, em função da distância da rodovia ao meridiano da Capital Federal. Exemplos: BR-101, BR-153, BR-174. 
3. RODOVIAS TRANSVERSAIS    
São as rodovias que cortam o país na direção Leste-Oeste.  

Conheça a relação das Rodovias Transversais Federais.
Nomenclatura: BR-2XX
Primeiro Algarismo:
2 (dois)

Algarismos Restantes:
A numeração varia de 00, no extremo norte do país, a 50, na Capital Federal, e de 50 a 99 no extremo sul. O número de uma rodovia transversal é obtido por interpolação, entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte da Capital, e entre 50 e 99, se estiver ao sul, em função da distância da rodovia ao paralelo de Brasília. Exemplos: BR-230, BR-262, BR-290  
4. RODOVIAS DIAGONAIS    
Estas rodovias podem apresentar dois modos de orientação:
Noroeste-Sudeste ou Nordeste-Sudoeste.

Conheça a relação das Rodovias Diagonais Federais.
Nomenclatura: BR-3XX
Primeiro Algarismo:
3 (três)

Algarismos Restantes:
A numeração dessas rodovias obedece ao critério especificado abaixo:  

Diagonais orientadas na direção geral NO-SEA numeração varia, segundo números pares, de 00, no extremo Nordeste do país, a 50, em Brasília, e de 50 a 98, no extremo Sudoeste.
Obtém-se o número da rodovia mediante interpolação entre os limites consignados, em função da distância da rodovia a uma linha com a direção Noroeste-Sudeste, passando pela Capital Federal. Exemplos: BR-304, BR-324, BR-364.
Diagonais orientadas na direção geral NE-SOA numeração varia, segundo números ímpares, de 01, no extremo Noroeste do país, a 51, em Brasília, e de 51 a 99, no extremo Sudeste.
Obtém-se o número aproximado da rodovia mediante interpolação entre os limites consignados, em função da distância da rodovia a uma linha com a direção Nordeste-Sudoeste, passando pela Capital Federal. Exemplos: BR-319, BR-365, BR-381.
5. RODOVIAS DE LIGAÇÃO    
Estas rodovias apresentam-se em qualquer direção, geralmente ligando rodovias federais, ou pelo menos uma rodovia federal a cidades ou pontos importantes ou ainda a nossas fronteiras internacionais.  
Nomenclatura: BR-4XX
Primeiro Algarismo:
4 (quatro)

Algarismos Restantes:
A numeração dessas rodovias varia entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte do paralelo da Capital Federal, e entre 50 e 99, se estiver ao sul desta referência. Exemplos: BR-401 (Boa Vista/RR – Fronteira BRA/GUI), BR-407 (Piripiri/PI – BR-116/PI e Anagé/PI), BR-470 (Navegantes/SC – Camaquã/RS), BR-488 (BR-116/SP – Santuário Nacional de Aparecida/SP). 
Conheça a relação das Rodovias de Ligação Federais.

Existem alguns casos de superposições de duas ou mais rodovias. Nestes casos usualmente é adotado o número da rodovia que tem maior importância (normalmente a de maior volume de tráfego) porém, atualmente, já se adota como rodovia representativa do trecho superposto a rodovia de menor número, tendo em vista a operacionalidade dos sistemas computadorizados.
A quilometragem das rodovias não é cumulativa de uma Unidade da Federação para a outra. Logo, toda vez que uma rodovia inicia dentro de uma nova Unidade da Federação, sua quilometragem começa novamente a ser contada a partir de zero. O sentido da quilometragem segue sempre o sentido descrito na Divisão em Trechos do Plano Nacional de Viação e, basicamente, pode ser resumido da forma abaixo:
Rodovias Radiais – o sentido de quilometragem vai do Anel Rodoviário de Brasília em direção aos extremos do país, e tendo o quilometro zero de cada estado no ponto da rodovia mais próximo à capital federal.
Rodovias Longitudinais – o sentido de quilometragem vai do norte para o sul. As únicas exceções deste caso são as BR-163 e BR-174, que tem o sentido de quilometragem do sul para o norte.
Rodovias Transversais – o sentido de quilometragem vai do leste para o oeste.
Rodovias Diagonais – a quilometragem se inicia no ponto mais ao norte da rodovia indo em direção ao ponto mais ao sul. Como exceções podemos citar as BR-307, BR-364 e BR-392.
Rodovias de Ligação – geralmente a contagem da quilometragem segue do ponto mais ao norte da rodovia para o ponto mais ao sul. No caso de ligação entre duas rodovias federais, a quilometragem começa na rodovia de maior importância.
Fonte : www1.dnit.gov.br/rodovias/rodoviasfederais/

sábado, 21 de dezembro de 2013

PROVA E GABARITO DE GEOGRAFIA DA UFSC 2014

GEOGRAFIA

Questão 11

Os problemas relacionados à mobilidade das pessoas [...] nos centros urbanos afetam diretamente a qualidade de vida da população, com as externalidades geradas na produção do transporte e, também, o desempenho econômico das atividades urbanas.

Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/110525_comunicadoipea94.pdf> [Adaptado]
Acesso em: 17 jul. 2013.

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01.
No Brasil, em metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, o transporte coletivo mais utilizado é o ferroviário associado ao metroviário, sendo relegado a segundo plano o transporte individual motorizado.
02.
O transporte público coletivo urbano atende principalmente pessoas de média e baixa renda no Brasil, o que torna o valor deste serviço um instrumento importante na formulação de políticas de inclusão social.
04
A grande transformação na mobilidade das pessoas nas cidades brasileiras começou a ocorrer na década de 1950, quando ao processo intenso de urbanização associou-se o aumento do uso de veículos motorizados.
08.
Sendo o transporte público um serviço não essencial, a visão do seu financiamento deve ficar submetida a enfoques monetaristas rígidos, como o da sustentabilidade financeira a qualquer custo.

Questão 12

A questão energética assume, nos dias atuais, uma enorme importância, pois o aumento do consumo energético coloca em xeque as fontes esgotáveis e poluidoras. O uso de novas fontes requer que estas sejam capazes de substituir as atuais fontes primárias e, ao mesmo tempo, sejam limpas ou menos poluidoras.
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01.
A energia eólica ganha importância em diversas partes do território brasileiro, mas ainda não é capaz de substituir, plenamente, as atuais fontes primárias.
02.
A biomassa é uma fonte energética alternativa que já era utilizada antes da Revolução Industrial.
04.
Em um futuro próximo, deve-se combinar diversas fontes de energia, combinação que deverá levar em consideração as condições naturais de cada espaço geográfico.
08.
No caso brasileiro, há uma articulação bastante exitosa entre a produção energética hídrica, eólica e de biomassa, o que assegura ao sistema elétrico um potencial inesgotável.
16.
Tendo em vista o impacto ambiental, no Brasil, as usinas hidrelétricas estão sendo substituídas gradativamente pelas termelétricas.
32.
A questão energética no Brasil não se reduz apenas ao potencial e à diversificação de sua produção, mas também à problemática ambiental que esta provoca.

 Questão 13



Os cinco trechos mais letais das rodovias federais em 2012

Rodovia
Município
Número de acidentes
Número de mortos
BR 316
Ananindeua (PA)
1.355
32
BR 381
Betim (MG)
1.084
23
BR 101
Serra (ES)
1.209
20
BR 277
Guaraniaçu (PR)
    46
20
BR 040
Juiz de Fora (MG)
    16
18

 Fonte: VEJA, ed. 2333, ano 46, n. 32, p. 101, 7 ago. 2013. [Adaptado]

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01.
Infere-se do quadro acima que o maior número de acidentes ocorreu no Agreste, uma das sub-regiões do Complexo Regional do Nordeste.
02.
Nos últimos anos, a frota de motocicletas aumentou consideravelmente. Menos seguras que os automóveis, elas costumam ser o primeiro veículo motorizado de muitos brasileiros que ascenderam socialmente, explicando, em parte, o crescimento das estatísticas de mortos no trânsito.
04.
O prefixo BR indica que é uma rodovia de administração federal, ou seja, não pode ser alvo de privatização nem de cobrança de pedágio.
08.
As rodovias BR com prefixo 3 interligam o território brasileiro no sentido Norte-Sul; em Santa Catarina, a BR 375 estende-se de Florianópolis até Dionísio Cerqueira.
16.
Considerando as informações contidas no quadro acima, no conjunto, o maior número de mortos ocorreu em rodovias federais, em municípios que pertencem ao Complexo Regional do Centro Sul.

Questão 14

Sobre a agricultura e a estrutura fundiária brasileiras, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01.
A reforma agrária realizada pelo regime militar (1964-1985) erradicou os problemas de grilagem de terras, principalmente na região amazônica.
02.
Historicamente, a falta de políticas agrárias que favorecessem os pequenos produtores rurais criou uma situação de violência no campo.
04.
Um dos fatores que explicam as lutas dos movimentos sociais no campo é o elevado incentivo aos grandes proprietários de terras, voltados a produtos para exportação, em detrimento dos pequenos produtores rurais, que produzem basicamente para o mercado interno.
08.
O domínio da técnica sobre a natureza por parte dos pequenos produtores rurais brasileiros trouxe a possibilidade de aumentar a produção e a produtividade relativa a produtos alimentícios e com maior demanda interna, como o feijão e a mandioca.
16.
A agricultura brasileira pode ser caracterizada como uma produção capitalista, na qual a indústria se inseriu de maneira a comandar a produção agrícola.
32.
As lavouras do Nordeste e do Sudeste brasileiros tiveram grande desenvolvimento durante os anos 1960 a 1980, direcionando sua produção para o mercado interno, mas na atualidade não conseguem repetir os mesmos desempenhos.

Questão 15


Clarissa é uma jovem de 13 anos que mora na pensão da tia enquanto estuda em Porto Alegre. Ela é uma jovem curiosa, descobrindo o mundo, a adolescência e a vida. Não gosta muito de escola, sente saudades da fazenda em sua cidade natal, Jacarecanga [...].
O primeiro romance de Erico Verissimo, Clarissa, apresenta um panorama da vida de uma jovem na Porto Alegre de 1932 e começa a história que se estenderá por seus romances da primeira fase.

Disponível em: > [Adaptado]
Acesso em: 8 ago. 2013.

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01.
Considerando a posição latitudinal, a cidade de Porto Alegre, assim como a de Florianópolis, está localizada ao norte do círculo polar antártico.
02.
Antes da década de 1930, a economia brasileira estava fundamentada sobretudo nas exportações agrícolas.
04.
Os estados do Sul do Brasil têm como tipo climático predominante o tropical semiúmido, caracterizado pela atuação da massa tropical continental durante o ano inteiro.
08.
Considerando as condições edafoclimáticas, assim como em Santa Catarina, a principal atividade econômica desenvolvida nos Pampas Gaúchos é a monocultura da cana-de-açúcar.
16.
Um dos ecossistemas do Rio Grande do Sul – as formações de Campos do Sul ou Campos Sulinos – é constituído principalmente por vegetação campestre (gramíneas, herbáceas e algumas árvores).
32.
Entre a Revolução de 1930 e a Segunda Guerra Mundial, o Brasil viveu sua decolagem industrial. A indústria nacional podia crescer num ambiente razoavelmente protegido da concorrência estrangeira.

Questão 16
O pré-sal se tornou uma importante página da história dos recursos energéticos no Brasil. A partir de sua descoberta, um novo universo de possibilidades foi aberto para a indústria petrolífera brasileira. 

Sobre o pré-sal, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01.
As formações da camada pré-sal estão localizadas em bacias sedimentares entre o litoral do Espírito Santo e o litoral de Santa Catarina.
02.
Em face da grande profundidade, a exploração do petróleo da camada pré-sal não afetará o ambiente.
04.
As camadas do pré-sal estão localizadas nas áreas da planície amazônica e do pantanal mato-grossense.
08.
A descoberta da camada de petróleo do pré-sal poderá dar ao Brasil uma independência energética de derivados deste hidrocarboneto.
16.
Considerando o tempo geológico, as formações do pré-sal são recentes, ou seja, datam do Quaternário da Era Cenozoica, mesmo período em que surge o Homo sapiens.

Questão 17



Disponível em: [Adaptado]
Acesso em: 18 out. 2013.

 Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) com base no mapa acima.

01.
A área assinalada com o número 1 corresponde ao planalto, levemente inclinado para leste, onde se destacam as formações vegetais da Floresta Latifoliada Subtropical. É a área de mais recente colonização de Santa Catarina.
02.
Na área assinalada com o número 2, encontram-se as formações pré-cambrianas, um relevo acidentado pela formação de serras e a presença do maior rio totalmente catarinense. Nesta área está situado um importante polo industrial têxtil.
04.
A área assinalada com o número 3 corresponde ao planalto de Lages e foi ocupada a partir do caminho dos tropeiros provenientes de São Paulo em direção ao Rio Grande do Sul.
08.
A área assinalada com o número 4 corresponde à área de expansão da colonização eslava, proveniente do Paraná. No passado, teve papel destacado na produção de erva-mate.
16.
Da área assinalada com o número 5 partiram, no século XVIII, aqueles que fundariam a cidade de Porto Alegre (RS), tendo em vista o excedente populacional existente.
32.
A área assinalada com o número 6 destaca-se pela ocupação de pessoas provenientes da Península Itálica, no sul da Europa, em virtude da forte crise econômica pela qual passava aquela região.

 Questão 18



Disponível em: >Acesso em: 10 ago. 2013.

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01.
Infere-se do gráfico acima que, em 2015, o PIB norte-americano será reduzido a 50% dos valores correspondentes a 2008, elevando a China à condição de maior potência  econômica mundial.
02.
No início dos anos 1980, o governo chinês criou as Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), cujo objetivo era atrair pequenos proprietários rurais para se tornarem empresários industriais com apoio estatal.
04.
Uma contradição no grande crescimento econômico chinês é a maior demanda por energia e modernização das vias de transporte, cujos investimentos têm sido realizados com o auxílio de capital estrangeiro, principalmente.
08.
Considerando a posição geográfica da China e sua proximidade com o oceano Pacífico, a maior concentração industrial restringe-se a sua costa oeste.
16.
As exportações chinesas tiveram grande crescimento na última década, particularmente após sua entrada na Organização Mundial do Comércio, no final de 2001.
32.
Considerando o PIB das duas economias, conforme dados apresentados no gráfico acima, China e Estados Unidos atualmente estão inseridos no sistema do capitalismo informacional, ou seja, aquele em que as relações de trabalho e de produção são previstas no chamado plano quinquenal.
01.
A área de abrangência da ocorrência de neve corresponde ao Escudo Cristalino e ao Planalto Ocidental Catarinense.
02.
Considerando as informações contidas no mapa acima, a porção oriental de Santa Catarina foi a menos afetada pela ocorrência de neve.
04.
A neve ocorreu somente na área limítrofe entre Paraná e Santa Catarina.
08.
A neve, a geada e a chuva negra são classificadas como precipitações superficiais, consideradas benéficas, sobretudo para a agricultura de plantation.
16.
O resfriamento do ar durante a noite faz com que o vapor de água irradiado da Terra se condense à superfície, originando a neve.

GABARITO:
11- 06
12- 37
13- 18
14- 22
15- 51
16- 09
17- 14
18- 20

Fonte : Vestibular da UFSC

Questão 19

Disponível em: Acesso em: 3 jul. 2013.

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01.
Os romances Helena (Machado de Assis) e Clarissa (Erico Verissimo) foram escritos, respectivamente, nos séculos XIX e XX. Se compararmos a evolução demográfica da população brasileira desses períodos, ocorreram poucas alterações, pois desde o Império o Brasil já era considerado um país “maduro”.
02.
Desde o final do século XIX, a subnutrição e a fome crônica foram erradicadas no Brasil, contradizendo a teoria malthusiana, segundo a qual a população cresce em progressão aritmética e os recursos alimentares em progressão geométrica.
04.
Considerando o gráfico acima, infere-se que o número de mulheres é superior ao de homens, sobretudo a partir da faixa etária dos 25 anos, apesar de nascerem mais homens do que mulheres.
08.
A queda das taxas de fecundidade em um país é responsável por novos arranjos demográficos, entre eles a mudança na composição etária da população.
16.
Segundo o gráfico acima, o número de mulheres é superior ao de homens na idade adulta, o que significa que elas se inserem com maior facilidade no mercado de trabalho, sem sofrerem nenhum tipo de discriminação.

Questão 20
Neve ampla atinge um terço de Santa Catarina


A neve que ocorreu no início desta semana, 22 e 23 de julho de 2013, já foi confirmada em pelo menos 96 cidades de Santa Catarina até o momento, o que representa cerca de 32% dos municípios do Estado. Além da neve, também foi registrada em muitos municípios a ocorrência da chuva congelada. Este evento de neve em SC pode ser considerado histórico pela espacialidade e abrangência do fenômeno.
Disponível em: > [Adaptado]Acesso em: 30 jul. 2013. 

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).