SEGUNDO O INPE (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA ESPACIAL), ATÉ ABRIL TEREMOS MUITAS CHUVAS EM PARTES DO BRASIL..........
“Uma coisa que chama a atenção da gente é o fato de que as chuvas duraram muitas horas e chuva de verão, normalmente, costuma ser um temporal rápido. O que está acontecendo aí em São Paulo?”
“De fato a chuva de verão costuma durar de 40 minutos a uma hora, mas nos últimos dias nós tivemos chuvas de até nove horas seguidas e os meteorologistas dizem que isso se deve a uma combinação de fatores. Em termos locais, nós temos a presença de uma forte massa de ar quente que deixou as temperaturas até 4ºC acima da média na capital paulista. Tivemos também um grande volume de umidade que chega da Amazônia e essa mistura é essencial para a formação das nuvens carregadas. Foi assim que se configurou a zona de convergência de umidade.
No início da semana, nós tivemos também a passagem de uma frente fria pelo oceano que ajudou a reforçar essas áreas de instabilidade.
Em termos globais, nós ainda estamos sob influência do fenômeno conhecido como El Nino. Ele se caracteriza pelo aquecimento das águas do Pacífico Equatorial, ele muda a circulação dos ventos e interfere no volume de chuva no Brasil. Mais chuva no Sul e no Sudeste e menos chuva no Norte e no Nordeste.
Um outro fator que contribuiu para toda essa chuvarada é o aquecimento das águas do Atlântico Sul, que banha a costa brasileira. Elas estão até 3ºC acima da média “Nesta sexta, o Inpe divulgou uma previsão para os próximos meses. O que é que vem por aí?
Para o Centro-Sul do Brasil, a previsão não é nada animadora. Em todo Sul, em parte do Sudeste e do Centro-Oeste, a chuva vai ficar acima média. Em parte do Nordeste e do Norte, chuva abaixo do normal e as temperaturas vão ficar até 2ºC mais elevadas em quase todo Brasil. Essa é a previsão que vale até abril deste ano." Situação de “EL NIÑO:
Sabe-se que o “EL NIÑO” é um fenômeno climático que provoca modificações nos padrões climáticos de quase toda a Terra e se manifesta em ciclos de 2 a 7 anos, a partir do aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico, na altura da linha do equador terrestre. Seu nome é uma referência ao “menino” Jesus porque a lâmina superficial da água aquecida, em geral, chega às costas do Peru na época do Natal.
O “EL NIÑO” começa a adquirir força em novembro ou dezembro e, geralmente, conclui sua atividade no meio do ano seguinte.
Durante o “EL NIÑO”, com as águas quentes tomando conta de toda a extensão do oceano Pacífico, na altura da linha do Equador e produzindo gigantescas massas de ar aquecido, o excesso de ar quente aumenta sua força. Além disso, as “correntes-de-jato” passam a funcionar como verdadeiras barreiras de ar, que também impedem que as frentes frias, carregadas de chuvas, sigam seu trajeto normal em direção ao norte. As chuvas que deveriam ser distribuídas ao longo da costa leste da América do Sul acabam caindo todas num só lugar, já que as frentes frias são barradas e estacionam sobre a região entre o Norte da Argentina e o Sul do Brasil.
CORRENTE DE JATO
CORRENTE DE JATO(*) correntes-de-jato (jet-stream) = são correntes que circulam a mais ou menos 12 km de altitude entre as latitudes 40º e 60º de ambos os hemisférios, no sentido oeste/leste. Assemelham-se a um tubo de ventos com velocidade de 240km/h na parte central e 80km/h na periferia.
As fortes chuvas que atingem o país desde novembro do ano passado, principalmente as regiões Sul e Sudeste, registram índices pluviométricos bastante acima da média. Somente em dezembro, choveu em São Paulo 105% acima da média esperada para o mês, segundo informações da Somar Meteorologia. No último mês do ano, o acumulado de chuvas chegou a 413 mm, enquanto a média dos últimos 30 anos era de 201 mm. Dos 31 dias de dezembro, 15 foram de chuva para os paulistanos.
A área de convergência de baixa pressão localizada na região Sul é uma das diversas perturbações atmosféricas causadas pelo El Niño. Essa área favorece o transporte da umidade amazônica para as regiões Sul e Sudeste e, combinada com altas temperaturas, aumenta a precipitação nos dois locais.
PARA PENSAR E ARGUMENTAR :
POR QUE MAIS DE 90% DOS ATINGIDOS PELAS ENCHENTES SÃO POBRES ?
QUEM SÃO OS PRINCIPAIS CULPADOS PELAS TRÁGEDIAS DECORRENTES DO EXCESSO DE CHUVAS ?
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS NA VIDA DOS PAULISTANOS ?
QUAIS SOLUÇÕES PODERIAM MINIMIZAR O DIA A DIA EM SÃO PAULO?
NA SUA OPINIÃO QUAIS FORAM AS PRINCIPAIS CAUSAS PARA AS TRÁGEDIAS NO RIO DE JANEIRO ?
