quarta-feira, 21 de abril de 2010

GUERRA FRIA CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

ENTENDENDO UM POUCO SOBRE A GUERRA FRIA - 1947

Acesse este endereço para fazer o download da apresentação em power point:
http://www.salesianoitajai.g12.br/upload/guerra-fria-1.ppt



Ao término da Segunda Guerra, os EUA era o país mais rico do mundo, porém ele teria que enfrentar um rival, ou seja, o segundo país mais rico do mundo: a URSS. Tanto os EUA (capitalista) como a URSS (socialista), tinham ideias contrárias para a reconstrução do equilíbrio mundial, foi então que começou uma grande rivalidade entre esses dois países. Quem era melhor? Esse conflito de interesses que assustou o mundo ficou conhecido como Guerra Fria. Tanto os EUA criticavam o socialismo quanto a URSS criticava o capitalismo. Europa Ocidental, Canadá e Japão se aliaram aos EUA, enquanto, que a Tcheco-eslováquia, Polônia, Hungria, Iugoslávia, Romênia, Bulgária, Albânia, parte da Alemanha e a China se uniram com a URSS.

Na década de 50 e 60 houve a chamada corrida armamentista. Quem seria capaz de produzir tecnologias bélicas mais modernas, EUA ou URSS? Mesmo assim, esses dois países jamais se enfrentaram com armas durante a Guerra Fria, embora apoiassem guerras entre países menores (cada superpotência apoiando um dos lados rivais), como por exemplo, na Guerra da Coreia entre 1950 e 1953. Na tentativa de provar que o seu sistema era melhor do que o outro, cada lado fez as suas investidas, a URSS enviou um homem (Yuri Gagárin) ao espaço, enquanto os EUA enviaram Neil Armstrong à Lua.



Estas disputas continuavam para ver quem era o melhor, atingindo inclusive a área dos esportes. Nas Olimpíadas, por exemplo, os dois países lutavam para ver quem ganhava mais medalhas de ouro.
No final da Segunda Guerra, a Alemanha foi invadida por todos os lados; além de ter sido separada da Áustria, ficando assim dividida em dois países: - Alemanha Ocidental (ou República Federal da Alemanha – RFA) – capitalista - Alemanha Oriental (ou República Democrática Alemã – RDA) – governada pelos comunistas.



A antiga capital – Berlim, que se localizava no interior da Alemanha Oriental, também ficou dividida em dois: - Berlim Oriental (tornou-se a capital da RDA) - Berlim Ocidental (tornou-se uma ilha capitalista cercada de socialismo). A briga continuava. Os EUA resolveram ajudar Berlim Ocidental a se reerguer e para isso investiram milhões de dólares na reconstrução da cidade, porém enquanto Berlim Ocidental se reerguia rapidamente, Berlim Oriental não apresentava o mesmo progresso.


Berlim Ocidental (organizada e em processo de reconstrução) representava o capitalismo dentro de uma Alemanha socialista. Foi então que em 1948, Stálin, dirigente da URSS ordenou que as comunicações entre a República Federal da Alemanha e Berlim ocidental fossem cortadas. Ele achava que o isolamento facilitaria a entrada das tropas soviéticas na outra parte de Berlim. Porém, tal iniciativa não deu certo, pois uma operação com centenas de aviões levando mantimentos da RFA para Berlim Ocidental garantiu que uma continuasse ligada a outra.

O Governo não teve outra escolha a não ser aceitar a situação. Assim, Berlim Ocidental continuou a crescer e as pessoas começaram a comparar Berlim Ocidental e Berlim Oriental e viram que o capitalismo era melhor que o socialismo.
Como consequência houve uma emigração de pessoas muito qualificadas para Berlim Ocidental e com isso Berlim Oriental ficava abandonada. Claro que o Governo da RDA se irritou e em 1961 ordenou a construção de um muro isolando Berlim Ocidental do restante da Alemanha.
Era o Muro de Berlim, que é considerado um dos maiores símbolos da Guerra Fria.

CONFERÊNCIA DE YALTA

Na conferência de Yalta, realizada logo após o fim da Guerra ficou estabelecida a divisão do mundo em áreas de influência, ou seja, cada parte do planeta ficaria sob o controle de uma das superpotências e uma não deveria interferir na zona de influência da outra. A década de 50 e 60 foi marcada por momentos de tensão e intolerância, pois os dois sistemas (capitalista e socialista) eram vistos da forma mais negativa possível. Os dois países possuíam armas nucleares; porém, os dois lados estavam cientes que uma guerra naquele momento poderia destruir o mundo.
Por esta razão tentavam influenciar a humanidade tomando o máximo de cuidado para não provocar uma Guerra Nuclear Internacional, com isso, a tensão diminuiu.
Ainda nos anos 60, EUA e URSS viveram a época da coexistência pacífica, ou seja, fizeram a política da boa vizinhança. Na década seguinte, Nixon e o dirigente soviético Brejnev, iniciaram uma distensão mundial assinando acordos para diminuir a corrida armamentista e selaram esse acordo com um encontro simbólico no espaço entre as naves americanas e soviéticas (1975).

Já nos anos 80 essa cordialidade foi abandonada. Com a eleição de Ronald Reagan em 1981, iniciou-se novamente o acirramento entre as potências. Os americanos investiram alto no setor bélico deflagrando a chamada “Guerra nas Estrelas”. Durante o segundo mandato de Reagan (1984 -1988), em 1987, foi assinado o tratado para eliminação de armas de médio e curto alcance (nessa época a URSS estava sob o comando de Gorbachev), causando um alívio aos europeus, já que o acordo implicava a desativação de grande parte das ogivas voltadas para aquele lado. As hostilidades entre os dois países estavam quase acabando. A Guerra Fria terminou por completo com a ruína do mundo socialista (a URSS estava destruída economicamente devido aos gastos com armamentos) e com a queda do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989. No ano de 1985, o estadista Mikhail Gorbatchev assumiu o controle do Partido Comunista Soviético com idéias inovadoras. Entre suas maiores metas governamentais, Gorbatchev empreendeu duas medidas: a perestroika ( reestruturação) e a glasnost (transparência). 
A perestroika visava modernizar a economia russa com a adoção de medidas que diminuía a participação do Estado na economia.
A glasnost tinha como objetivo abrandar o poder de intromissão do governo nas questões civis. Em esfera internacional, a União Soviética buscou dar sinais para o fim da Guerra Fria.
As tropas russas que ocupavam o Afeganistão se retiraram do país e novos acordos econômicos foram firmados junto aos Estados Unidos. Logo em seguida, as autoridades soviéticas pediram auxílio para que outras nações capitalistas fornecessem apoio financeiro para que a nação soviética superasse suas dificuldades internas.
A ação renovadora de Mikhail Gorbatchev criou uma cisão política no interior da União Soviética. Alas ligadas à burocracia estatal e militar faziam forte oposição à abertura política e econômica do Estado soviético. Em contrapartida, um grupo de liberais liderados por Boris Ieltsin defendia o aprofundamento das mudanças com a promoção da economia de mercado e a privatização do setor industrial russo.

Em agosto de 1991, um grupo de militares tentou dar um golpe político sitiando com tanques a cidade de Moscou. O insucesso do golpe militar abriu portas para que os liberais tomassem o poder. No dia 29 de agosto de 1991, o Partido Comunista Soviético foi colocado na ilegalidade. Temendo maiores agitações políticas na Rússia, as nações que compunham a União Soviética começaram a exigir a autonomia política de seus territórios. Letônia, Estônia e Lituânia foram os primeiros países a declararem sua independência.

No final daquele mesmo ano, a União Soviética somente contava com a integração do Cazaquistão e do Turcomenistão. No ano de 1992, o governo foi passado para as mãos de Boris Ieltsin. Mesmo implementando diversas medidas modernizantes, o governo Ieltsin foi marcado por crises inflacionárias que colocavam o futuro da Rússia em questão.

No ano de 1998, a crise econômica russa atingiu patamares alarmantes. Sem condições de governar o governo, doente e sofrendo com o alcoolismo, Boris Ieltsin reiniciou ao governo. Somente a partir de 1999, com a valorização do petróleo no governo de Vladimir Putin, a Rússia deu sinais de recuperação.

ATIVIDADE:
1-QUAIS OS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS OCORRIDOS ENTRE 1947 ATÉ 1991?
2-QUAL A DIFERENÇA ENTRE A GLASNOST E A PERESTROIKA ?
3-O VÍDEO TROUXE INFORMAÇÕES NOVAS ? QUAIS ?
4- Explique sobre o trabalho apresentado pela sua dupla :




segunda-feira, 19 de abril de 2010

AS MEGACIDADES


CONHECENDO MAIS SOBRE AS CIDADES
Quanto a sua origem as cidades podem ser : espontâneas ou naturais .
Cidades espontâneas ou naturais: constituem a maioria das cidades do planeta e foram formadas, através dos tempos, em locais que apresentavam algum tipo de vantagem para seu primitivo grupo populacional. É o caso de cidades que se localizam às margens de mares e de rios, que proporcionam alimentação e facilidade de transporte, por exemplo. Mas é também o caso de cidades que surgiram em torno de castelos, nos entroncamentos de estradas ou em rotas comerciais, que ofereciam respectivamente garantia de segurança, facilidade de deslocamento ou oportunidade de negócios.cidades espontâneas
Alguns exemplos: Londres (Reino Unido), Moscou (Rússia), Paris (França), Rio de Janeiro e São Paulo (Brasil).
Cidades planejadas: aquelas que são intencionalmente criadas em locais previamente escolhidos, implantadas em períodos temporais relativamente breves, com finalidade de caráter geopolítico.

Em geral, as cidades planejadas têm seu planejamento rapidamente atropelado pelo crescimento populacional, o que faz o traçado original sucumbir diante da espontaneidade com que a população se espalha pelo seu entorno ou por seu interior.
O exemplo máximo que se poderia dar do fenômeno, em termos brasileiros, é Brasília, planejada para acolher 500 mil habitantes, mas já teve esse número multiplicado por quatro, de acordo com o censo de 2000.
Outros exemplos: Camberra (Austrália), Islamabad (Paquistão), Belo Horizonte e Goiânia (Brasil).
Função principal: Este é um outro critério de classificação das cidades que leva em conta fatores de ordem política, econômica, histórica ou cultural. É essencial atentar para o adjetivo "principal", pois as cidades não apresentam uma função única, porém uma que predomina sobre as demais. Por sua função principal, podem-se distinguir as cidades a partir das seguintes categorias:
# Político-administrativas: Washington (EUA), Berlim (Alemanha), Brasília (Brasil);
# Industriais: Detroit : (EUA), Manchester (Reino Unido), Volta Redonda (Brasil);  
# Portuárias: Roterdã (Holanda), Hamburgo (Alemanha), Santos (Brasil);  
# Religiosas: Jerusalém (Israel); Varanasi (Índia), Aparecida (Brasil);  
# Históricas: Atenas (Grécia), Florença (Itália), Ouro Preto (Brasil) ; 
# Tecnológicas: Boston (EUA), Bangalore (Índia), Campinas ( Brasil);
# Turísticas : Miami (EUA), Katmandu (Nepal), Salvador (Brasil)

Jerusalém- Cidade religiosa
Washington- capital político-administrativa
No entanto, é muito importante observar que são várias as cidades multifuncionais onde vários das funções acima mencionadas podem ser observadas simultaneamente e é impossível se dizer que uma predomina sobre a outra.
Tome-se como exemplo o caso de Jerusalém, capital de Israel e, portanto, sua sede político-administrativa. Jerusalém é ainda, inquestionavelmente, uma cidade em que os aspectos religiosos, históricos e turísticos merecem destaque.
Do mesmo modo, o Rio de Janeiro, no Brasil, que já foi a capital federal, continua sendo a sede político-administrativa do Estado do Rio de Janeiro, é um pólo turístico internacional, concentra indústrias e conserva sítios históricos de importância ímpar.
Conurbação, metrópoles e megalópoles

São Paulo- Metrópole Nacional
No estudo das cidades, deve-se levar em consideração dois fenômenos que permitem estabelecer outras possibilidades de classificação. Em primeiro lugar, deve-se saber que a expansão horizontal de um sítio urbano (a área efetivamente ocupada pela cidade) pode fazer com que ele se junte e misture a outro sítio urbano, de modo que seus limites geográficos mal podem ser distinguidos.
A esse fenômeno dá-se o nome de conurbação e é ele quem gera as metrópoles, ou seja, a união de várias cidades que funcionam, na prática, como uma única cidade. Diversas capitais brasileiras já passaram pelo fenômeno e constituem regiões metropolitanas, embora a metrópole brasileira por excelência seja a Grande São Paulo, cujo núcleo é formado por São Paulo/Capital e o ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema), embora conte, em seu total, com 39 cidades.
Nos países desenvolvidos, as regiões metropolitanas podem estar de tal forma interligadas e existir entre elas tamanha circulação de pessoas, serviços, mercadorias, capital e informações que se formam as megalópoles. Nos Estados Unidos, por exemplo, considera-se uma megalópole Bos-Wash, a região que se estende de Boston a Washington, incluindo grandes metrópoles como Nova York, Newark, Filadelfia e Baltimore.
Redes urbanas Considerando-se que as cidades não estão isoladas, mas obrigatoriamente estabelecem relações com outras, pode-se porceder uma nova classificação e uma hierarquia entre diversos centros urbanos. Para isso, leva-se em conta, sobretudo, a importância e a influência econômica que uma cidade exerce em sua relação com as outras.
Assim, pode-se falar em metrópoles nacionais, como São Paulo e o Rio de Janeiro; metrópoles regionais, como Recife e Porto Alegre; em centros regionais, como Ribeirão Preto, no norte de São Paulo, ou Vitória da Conquista, no sul da Bahia; ou em cidades locais, que constituem a grande maioria das cidades de qualquer país.
HIERARQUIA URBANA
Uma última distinção pode ser estabelecida no que se refere às metropoles. Elas podem se caracterizar como:
METRÓPOLES
# Cidades globais: aquelas em que se concentra a movimentação financeira, onde se situam as sedes de grandes empresas ou escritórios filiais de multinacionais, importantes universidades e centros de pesquisa. Elas dispõem da infra-estrutura necessária para a realização de negócios nacionais e internacionais, como aeroportos e/ou portos, bolsas de valores e avançados sistemas de telecomunicações, além de uma ampla rede de hotéis, bancos, centros de convenções, de eventos e de comércio.
# Megacidades: são cidades com mais de 10 milhões de habitantes.
Sendo o conceito de megacidade meramente populacional, ele pode se mesclar ao de cidade global. Nova York (EUA), Tóquio (Japão) e São Paulo (Brasil) são simultaneamente cidades globais e megacidades. A Europa apresenta diversas cidades globais que, entretanto, não são megacidades: Londres (Reino Unido), Paris (França), Milão (Itália), Frankfurt (Alemanha). A Ásia concentra diversas megacidades que, contudo, não são cidades globais: Pequim (China), Nova Délhi, Calcutá e Mumbai (Índia), Karachi (Paquistão). Na África, Lagos (Nigéria) é uma megacidade.

ATIVIDADE :

1- O que significa cidade ? 2- O que é uma metrópole ? 3- Quais são as metrópoles nacionais e regionais do Brasil ? 4- O que é uma megalópole ? 5-Qual a diferença entre uma cidade planejada e uma espontânea ? 6-Como você classificaria a sua cidade?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL



REGIÃO NORDESTE

REGIÃO SUDESTE
ENTENDA A DIVISÃO REGIONAL DO BRASILREGIÃO SUL
REGIÃO NORTE
Hoje, nos parece tão óbvio que o Brasil seja dividido em cinco regiões, que nem paramos para perguntar por que ele foi organizado desse jeito. Da mesma forma, não questionamos por que um estado pertence a determinada região e não a outra. Agora que surgiu a curiosidade, vamos à investigação!
O Brasil é o maior país da América do Sul. De acordo com dados de 1999, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua área é de 8.547.403,5 quilômetros quadrados. Apenas quatro países no mundo inteiro -- Rússia, Canadá, China e Estados Unidos -- têm território maior do que o brasileiro. Dividir o Brasil em regiões facilita o ensino de geografia e a pesquisa, coleta e organização de dados sobre o país, o seu número de habitantes e a idade média da população

A razão é simples: os estados que formam uma grande região não são escolhidos ao acaso. Eles têm características semelhantes. As primeiras divisões regionais propostas para o país, por exemplo, eram baseadas apenas nos aspectos físicos -- ou seja, ligados à natureza, como clima, vegetação e relevo. Mas logo se começou a levar em conta também as características humanas , isto é, as que resultam da ação do homem, como atividades econômicas e o modo de vida da população, para definir quais estados fariam parte de cada região.


Então, se os estados de uma região brasileira têm muito em comum, o que é mais útil: estudá-los separadamente ou em conjunto? Claro que a segunda opção é melhor.

Para a pesquisa, coleta e organização de dados, também. Assim é possível comparar informações de uma região com as de outra e notar as diferenças entre elas. Dessa forma, por exemplo, os governantes podem saber em qual região há mais crianças fora da escola. E investir nela para resolver o problema. Brasil dividido = pequenos 'brasis'

A primeira divisão do território do Brasil em grandes regiões foi proposta em 1913, para ser usada no ensino de geografia. Os critérios usados para fazê-la foram físicos: levou-se em consideração o relevo, o clima e a vegetação, por exemplo. Não foi à toa! Na época, a natureza era considerada duradoura e as atividades humanas, mutáveis. Considerava-se que a divisão regional deveria ser baseada em critérios que resistissem por bastante tempo. Observe o mapa e veja que interessante:
19131940


Em 1913, o território nacional foi dividido em cinco "brasis" e não em regiões. O Brasil Setentrional ou Amazônico reunia Acre, Amazonas e Pará. Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas formavam o Brasil Norte-Oriental.

O Brasil Oriental agregava Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro -- onde ficava o Distrito Federal, a sede do governo brasileiro -- e Minas Gerais. São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul faziam parte do Brasil Meridional. E Goiás e Mato Grosso, do Brasil Central. A forma como foi feita a divisão revela que, na época, havia uma preocupação muito grande em fortalecer a imagem do Brasil como uma nação, uma vez que a República havia sido proclamada há poucos anos, em 15 de novembro de 1889.


A divisão em grandes regiões proposta em 1913 influenciou estudos e pesquisas até a década de 1930. Nesse período, surgiram muitas divisões do território do Brasil, cada uma usando um critério diferente. Acontece que, em 1938, foi preciso escolher uma delas para fazer o Anuário Estatístico do Brasil, um documento que contém informações sobre a população, o território e o desenvolvimento da economia que é atualizado todos os anos. Mas, para organizar as informações, era necessário adotar uma divisão regional para o país. Então, a divisão usada pelo Ministério da Agricultura foi a escolhida. Observe o mapa e note quantas diferenças!
Divisão para valer
Após fazer estudos e analisar diferentes propostas, o IBGE sugeriu que fosse adotada a divisão feita em 1913 com algumas mudanças nos nomes das regiões. A escolha foi aceita pelo presidente da República e adotada em 1942. Logo ela seria alterada com a criação de novos Territórios Federais. Em 1942, o arquipélago de Fernando de Noronha foi transformado em território e incluído na região Nordeste. Em 1943, foram fundados os territórios de Guaporé, Rio Branco e Amapá -- todos parte da região Norte --, o território de Iguaçu foi anexado à região Sul e o de Ponta Porã, colocado na região Centro-Oeste. É bom lembrar que a divisão em grandes regiões tinha de acompanhar as transformações que estavam ocorrendo na divisão em estados e territórios do país. Assim, a divisão regional do Brasil em 1945 era composto de sete regiões: Norte, Nordeste Oriental, Nordeste Ocidental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul.



Em 1946, os territórios federais de Iguaçu e Ponta Porã foram extintos. Em 1960, Brasília foi construída e o Distrito Federal, capital do país, foi transferido para o Centro-Oeste. Na região Leste, o antigo Distrito Federal tornou-se o estado da Guanabara. Em 1969, uma nova divisão regional foi proposta porque a divisão de 1942, já não era considerada útil para o ensino de geografia ou para a coleta e divulgação de dados sobre o país.

Veja como ficou o mapa do Brasil em 1970:




Atualmente, continua em vigor essa proposta em 1970. Apenas algumas alterações foram feitas. Em 1975, o estado da Guanabara foi transformado em município do Rio de Janeiro. Em 1979, Mato Grosso foi dividido, dando origem ao estado do Mato Grosso do Sul.


A Constituição Federal de 1988 dividiu o estado de Goiás e criou o estado de Tocantins, que foi incluído na Região Norte. Com o fim dos territórios federais, Rondônia, Roraima e Amapá tornaram-se estados e Fernando de Noronha foi anexado ao estado de Pernambuco.

No futuro, devem ocorrer novas mudanças na divisão regional do Brasil. Afinal, por influência do homem, o país está em constante transformação!
ATIVIDADE :

1-Quais foram os primeiros critérios usados para dividir o Brasil em regiões?
2-Quais foram as principais mudanças ocorridas , na formação do novo mapa do Brasil com a Constituição de 1988?
3-Coloque o nome das regiões brasileiras na atualidade, com seus respectivos estados:

domingo, 11 de abril de 2010

OCEANOS E A ATMOSFERA

Relação Oceano/Atmosfera

Neste subtema temos como objetivos: 
-  Perceber as trocas entre a atmosfera e os oceanos 
-  Conhecer o papel dos oceanos no aquecimento global 
- Divulgar as consequências do aquecimento global nos oceanos.
www.reinodosgifs.net/
Nosso planeta, todos os subsistemas (Hidrosfera, Atmosfera, Geosfera e Biosfera) estão todos ligados e não funcionam uns sem os outros.
A relação oceano/atmosfera é bastante importante porque é com esta relação que o planeta regula o clima, a qualidade do ar que se respira e também tem uma importância relevante no aquecimento global.


Perceber as trocas entre a atmosfera e os oceanos:

A água possui propriedades que ajudam no controle do nosso clima tornando o planeta Terra propício à vida. Sendo a superfície do planeta, coberta, maioritariamente, por água oceânica. Estas movem-se continuamente por todo o globo, através de correntes oceânicas, que ajudam na distribuição de calor e gases, em toda a superfície terrestre.







clube-do-dvd.blogspot.com  
Os oceanos desempenham um papel importante no ciclo de carbono e no ciclo da água, entre atmosfera, o ambiente físico e os organismos vivos.
Os movimentos dos gases ocorrem da atmosfera para os oceanos, e dos oceanos para a atmosfera. Vários fatores influenciam esta troca, como a concentração destes gases em ambos os ambientes e a velocidade dos ventos, apesar de não se conhecer todos os fatores que influenciam estas trocas já se sabe o suficiente para saber que são importantes para o nosso clima e para a qualidade do ar que se respira.
O impacto do CO2 (dióxido de carbono) no nosso clima depende dos níveis deste na atmosfera. Cerca de um terço deste gás é transferido para os oceanos. Ao entrar em contato com a água, o dióxido de carbono reage com os iões de carbonato e forma carbonato de hidrogênio, que irá permitir a entrada de mais CO2 vindo da atmosfera. O CO2 também é utilizado para a fotossíntese.

Outra troca importante entre os oceanos e a atmosfera é caracterizada pelo ciclo da água. Este ciclo consiste na água da superfície do planeta, principalmente dos oceanos (maior fonte de água do planeta), estar sujeita à evaporação por influência do calor. Ao ser evaporada transforma-se em vapor de água e é libertado para a atmosfera, onde sobe até condensar devido ao arrefecimento que se dá quanto mais se sobe. Ao condensar vão formar pequenas gotículas de água que vão aumentar de dimensões devido ao acúmulo de mais gotículas. Quando se tornam demasiado grandes e pesadas caem sobre a forma de precipitação. A água que precipita volta para os oceanos, rios ou é absorvida pelo solo. Este ciclo repete-se sem parar.



Conhecer o papel dos oceanos no aquecimento global:

O aquecimento global é um dos temas ambientais mais debatidos deste século. Alguns cientistas afirmam que não tem de haver preocupação, outros afirmam o contrário. Apesar de tudo iremos falar do papel que os oceanos têm neste fenômeno.
Como foi afirmado no objetivo anterior, existem trocas de gases (principalmente de CO2) entre os oceanos e o ar. Estas trocas ajudam a remoção de um terço de CO2 libertado pela queima de combustíveis fósseis. Ao entrar nos oceanos, os seres vivos fotossintéticos utilizam esse CO2 para fazer fotossíntese. Mas como o CO2 tem vindo a aumentar a sua concentração no ar e consequentemente nos oceanos. Este aumento não significa que haja mais fotossíntese ou mais organismos porque o CO2 está em excesso.

O dióxido de carbono dissolve-se melhor na água fria, mas como uma das consequências do aquecimento global é o aumento da temperatura, o que vai aumentar a temperatura da água e todo este aumento irá reduzir a capacidade dos oceanos de absorver dióxido de carbono, o que poderá acentuar o efeito de estufa.

Consequências do aquecimento global:


Como o nosso blog e projeto são os oceanos só falaremos nas consequências do aquecimento global para os oceanos.
“Os oceanos e os seus habitantes serão irreversivelmente afetados pelo impacto do aquecimento global e pelas mudanças climáticas. Os cientistas dizem que o aquecimento global, ao subir as temperaturas dos mares, irá elevar os níveis das águas e mudar as correntes oceânicas.”

Green Peace


O aquecimento global está associado a altas temperaturas, e estas últimas irão derreter as calotas polares e aumentar o nível da água dos mares e oceanos. É esperado um aumento médio global dos mares de  90 a 88 centímetros, nos próximos 100 anos. O que fará com que as zonas costeiras fiquem inundadas, a contaminação dos depósitos de água potável e acréscimo da salinidade nos estuários. Mas este derretimento das calotas polares tem uma consequência ainda maior. Como sabemos, a circulação oceânica é muito sensível à quantidade de água doce que participa nela, pois esta última desempenha uma parte muito importante sobre a densidade da água dos oceanos. Ao haver descongelamento das zonas geladas irá ser lançado para os oceanos grandes quantidades de água doce, reduzindo desta forma a concentração da água salgada que por sua vez irá reduzir a intensidade das correntes oceânicas, ocasionando alterações climáticas em todo o planeta. É só apenas uma curiosidade de como afeta o nosso clima, alguns modelos informatizados de clima preveem um arrefecimento de aproximadamente 2 graus centígrados na Europa devido a diminuição da quantidade de calor vinda das Caraíbas, para o continente europeu, em consequência da corrente do Golfo estar mais fraca. Portanto, é preciso ver que o aquecimento global, ao derreter as calotas polares, está a comprometer o regime normal das correntes oceânicas e os ventos fazendo surgir com grande frequência tempestades, que também irá mudar significativamente a fertilização das águas e a vida marinha nestas regiões.

krill- um dos alimentos das baleias

O aumento da temperatura irá causar impactos na vida marinha. Toda a cadeia alimentar será afetada porque o fitoplâncton, que alimenta pequenos crustáceos incluindo o krill, cresce sob o gelo do mar, ora se há uma redução do gelo não haverá fitoplâncton o que implica uma diminuição de krill que alimenta muitas espécies incluindo as grandes baleias. A diminuição de gelo nos polos irá afetar também os habitats de muitas espécies que dependem deste habitat para sobreviverem e alimentarem. Para terem uma noção, algumas populações de pinguins diminuíram em 33% em certas regiões da Antártida por causa do declínio do habitat. Este derretimento, como foi referido acima, irá lançar água doce que muda as correntes oceânicas e se as correntes mudarem, os animais que se guiam por elas poderão ficar desorientados e acabarão por dar à costa onde geralmente morrem ou irão ter que mudar as suas rotas e deixam assim outras espécies sem alimento que irão morrer ou então ter de se deslocar até encontrarem alimento.


recifes de corais


Com um aumento da temperatura do ar irá haver um aumento da temperatura da água dos mares, oceanos (zonas mais baixas e superfície) onde existem recifes de corais e espécies tropicais que não sobrevivem quando a temperatura da água tem grandes oscilações. Isto irá afetar os locais com mais vida nos oceanos. Baleias e golfinhos encalham em temperaturas altas. E também ligado ao aumento da temperatura, está uma ocorrência cada vez maior de doenças em animais marinhos.


Concluindo, o aquecimento global não tem só consequências em terra e para nós. Os oceanos que são um dos maiores ecossistemas da Terra, são e serão bastante afetados. E as consequências nos oceanos poderão, indiretamente, afetar-nos de uma maneira trágica.

Apelo: Portanto diminuam a poluição para que o aquecimento global não ultrapasse limites críticos e torne o nosso planeta e oceanos num lugar inóspito.


ATIVIDADE :
1- Explique a troca entre oceanos e a atmosfera pelo ciclo das águas:
2- Por que a relação oceano/atmosfera é importante para a sobrevivência do homem e do próprio planeta?
3- Explique o fator do dióxido de carbono em relação ao efeito estufa :
4- Quais são as principais consequências ,com o aquecimento global ?
5-Explique o são correntes oceânicas e como podem ser?
6- Explique a atuação da corrente do Golfo e a de Humboldt :